domingo, 25 de junho de 2017

Acid Connection - Buzz Bait (1998)

GÊNERO: Crossover
ORIGEM: Japão (Nagoya / Chubu)
FORMAÇÃO:
Sasa-Yan (Vocal)
Otake (Guitarra)
Hee? (Baixo acústico)
Yu-Inch (Bateria)
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Este é o primeiro Ep e único lançamento do grupo, lançado pelo selo Downer. Existe pouca informação sobre a banda à disposição, todos classificavam a banda como sendo psychobilly, talvez pelo fato de ter contrabaixo acústico na formação, porém o som é muito semelhante à Accüsed, lembrando um pouco de Agnostic Front (na época do Cause For Alarm), podendo ser classificado como hardcore old school, já que é um crossover mais hardcore do que metal! O grande destaque está nos slaps do baixo, já que o som é bem cru, com palhetadas rápidas da guitarra que também ajudam a deixar o som mais bacana. Não existe uma qualidade técnica muito grande, mas tudo está no lugar, destacando, mais uma vez, o baixo acústico. Realmente uma proposta diferente, além das composições que são muito boas, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
A faixa que abre o Ep chama-se Reject. Na minha opinião, a melhor música do álbum, começa com uma introdução instrumental não muito veloz, para logo em seguida começar os slaps do baixo, bem como as palhetadas velozes da guitarra e o vocal rasgado e distorcido, com um refrão marcado, dando espaço para uma parte cadenciada. Ouça e não se arrependa, vai querer ouvi-la de novo!
Ballroom Blitz, uma das músicas mais copiadas por grupos de diferentes gêneros, é a última música do lado A. Esta música foi composta por Mike Chapman e Nicky Chinn, originalmente gravada pelo grupo Sweet, em 1973. A versão do Ep é bastante embalada, com as palhetadas velozes da guitarra e os slaps do baixo, mais uma vez, fazendo a diferença! Confira esta versão, muito bom o arranjo!
Radical Idea abre o lado B do Ep e, junto com a primeira faixa, está entre as melhores. No mesmo pique da primeira faixa, porém com refrão mais sing-a-long e uma introdução não tão extensa. O curioso é que no final entra um arranjo totalmente novo, não muito longo, o que dá a sensação de que uma nova música foi emendada. Esta última parte lembra bastante Agostic Front.
Buzz Bait, a faixa título do Ep é a música que fecha o álbum. Esta sim é a que tem mais característica de um psychobilly, aliás, esta é um psychobilly, com progressão harmônica típica do rockabilly, porém com um arranjo bem jazz mesclado com um psychobilly no decorrer da composição se torna a marca registrada da música. O grande destaque está no baixo acústico que carrega nas costas o arranjo da música, sendo a letra bem curta, cantado apenas o seu título.
Ouça o Ep e perceba que o baixo acústico é um excelente instrumento para se tocar, também, crossover!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Ace - Holding On (1986)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: França (Cannes / Provence-Alpes-Côte D'azur)
FORMAÇÃO:
May Field (Vocal)
Paddy (Guitarra)
Angie (Baixo)
Lee Mons (Bateria)
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Este é o primeiro single do grupo, lançado pelo selo N.E.W., após 3 demos. Possui músicas da primeira e terceira demos. É uma banda que se assemelha a Mötley Crüe, Poison, Judas PriestVan Halen, entre outros deste estilo. O último lembra muito devido às guitarras. É o típico hard rock glam poser da década de 80, com vocais melosos e frases de guitarra melodiosas. Para quem curte o gênero, este é um prato cheio!
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FAIXA A FAIXA:
Holding On abre o single. É uma balada hard rock típica! O exemplo perfeito de um love metal! Esta possui videoclip de divulgação que é bem divulgação, pois a música não toca até o fim! A parte A é executada com as guitarras arpejadas e sem distorção, existindo uma frase de guitarra que prepara para o refrão, que é quando a distorção aparece na base. O refrão e a frase da guitarra são o que dão um toque a mais na composição, que é bem "mela cueca". Não curto muito esse som, mas depois de ouvir bastante a gente se acostuma com o refrão!
Eat Me Love Me é a música do lado B do single e também tem videoclip de divulgação. Já bem melhor que a primeira, começa com uma frase de guitarra que lembra bastante Van Halen, enquanto que após a entrada da voz a música se assemelha a Judas Priest. O refrão é o ponto forte da música, com um refrão sing-a-long e um riff de guitarra que o tornam marcante. O final da música tem a caixa dobrada e dois bumbos que dão uma fúria a mais para o arranjo. Vale a pena conferir, muito boa música!
Escute o single e veja que os franceses sabem ser tão posers quanto os californianos!

quarta-feira, 14 de junho de 2017

A.C.A.B. - No. 1 (2002)

GÊNERO: Oi!
ORIGEM: Malásia (Kuala Lumpur / Distrito Federal)
FORMAÇÃO:
Megat Magskin Hafiz (Vocal)
Eddy J. Herwan (Guitarra)
Anaskin Skywalker (Guitarra)
Hardy Sham (Baixo)
Zul (Bateria)
Black (Bateria)
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Esta é a segunda coletânea do grupo que contém músicas de todos os álbuns já lançados pelo grupo até então, nada mais do que 3 álbuns, 3 ep's e 1 demo. Esta coletânea foi lançada pelo selo Clockwork. É uma banda bastante eclética, apesar de ter classificado-a como Oi!, existem músicas punk rock, outras street punk, ska, rocksteady e até heavy metal! Fica extremamente perceptível a diferença de álbum para álbum, já que as músicas não estão em ordem cronológica ou algo em que separe pelas qualidades de gravação. É um disco com altos e baixos, existem músicas excelentes, realmente muito boas, em compensação existem músicas horríveis, realmente ruins mesmo. Não conheço muito a banda, mas, percebe-se, tem seu valor e creio ser uma das maiores bandas do gênero em seu país. Vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
O álbum abre com City Girls, um street punk cru e original. As pausas e o refrão são o toque a mais que toda composição merece! O solo, apesar de simples, dá um brilho a mais, assim como as eventuais pausas. Pena a qualidade da gravação não ser das melhores, já que vem de uma demo.
A segunda faixa chama-se Racial Hatred, já possui uma qualidade de gravação bem superior, bem pesada e, inclusive, com harmônicos artificiais na guitarra. O refrão é o ápice da música e este me lembra o refrão da música Human Rights do grupo Cruel Maniax! Não é das melhores mas não é ruim!
We Are The Skins é o nome da terceira faixa, que é um punk rock estilo inglês, não muito veloz, com refrão sing-a-long e solo melódico com poucas notas. Nada de especial, mas não chega a ser ruim.
A.C.A.B. é a primeira das melhores músicas do álbum a se apresentar! Sua harmonia na parte A é quase igual a uma música que eu tocava com o Los Sombreros, a música se chamava Sistema Maldito! É um punk rock, também não muito veloz, que tem um refrão simples e que fica na mente! Muito boa, vale a pena conferir!
Streets Of Uptown é a primeira de uma seqüência de músicas horríveis! É uma balada punk rock, lenta, com harmonia à la Beatles e frase melódica romântica, realmente muito ruim, não aconselho ninguém a ouvi-la!
We Are The Youth é a segunda música horrível da seqüência. Ela segue as mesmas características da música anterior, outra balada punk rock, lenta. Realmente muito ruim, passe esta faixa quando chegar a sua vez de ouvi-la!
Sabe quando o cara pensa que depois de duas músicas muito ruins, em seqüência, a coisa não tem como piorar? Pois piora, e muito! A responsável por isso é a faixa 7 chamada Bersama Semula. Esta consegue ser ainda pior que as duas faixas anteriores! Arrastada, chata, e também uma balada punk rock! Se esta tivesse a metade do andamento e outra expressão vocal, seria um ótimo doom!
Agora a coisa começa a melhorar! Ainda não no seu melhor momento, mas Orang Timur é um heavy metal. Com harmonias executadas em cavalgadas e seu modo menor, a música lembra bastante bandas de heavy metal como Iron Maiden, com exceção da qualidade técnica e, principalmente, o vocal. A guitarra está bem trabalhada nesta faixa, típico de uma música de heavy metal! Vale a pena conferir!
A faixa 9 nos leva do heavy metal da faixa anterior até um ska sem drive nenhum, tudo bem clean. Este ska chama-se Fight For Your Rights, e tem ainda um teclado executado por Megat Magskin Hafiz como toque a mais! Uma boa música para quem quer ficar sossegado!
Bookies é mais uma da demo, por conseqüência, a qualidade não é das melhores, mas a música é um street punk cru e sem frescuras, mostrando tudo a que tem direito! Boa música.
A partir da faixa 11 vem, na minha opinião, a melhor seqüência do álbum, e esta inicia com Unite & Fight. Um street punk no estilo Subhumans, com um refrão marcante, solo e embalada, excelente composição, uma das melhores do álbum, com certeza! Confira e confirme!
Unfairground. Creio ser esta a melhor música do álbum, na linha da faixa anterior, à la Subhumans, o refrão marcante e marcado, com frase da bateria e sing-a-long, fazem toda a diferença, que tem um brilho a mais com o solo de guitarra! Realmente esse som mata a pau!
Uma pausa pra respirar com a faixa 13, mais uma balada punk rock chamada Where Have All The Bootboys Gone!. Não chega a ser ruim como as baladas anteriores, mas também não é lá grande coisa, nada de mais a não ser as frases melódicas da guitarra que preenchem os espaços da melodia principal.
Skinhead 4 Life é outra música que mata a pau, com certeza a segunda melhor do álbum, e tudo graças à suas partes B e C, mas especialmente a parte B, esta parece uma declamação que aparenta ser bem sincera na sua expressão, existindo, ainda, um bom riff de guitarra na parte A, o qual também é a introdução da música. Vale a pena conferir, é daquelas músicas que chega a arrepiar os pêlos do braço!
A faixa 15 chama-se We Are A.C.A.B. e também é uma das melhores, segue a mesma linha da faixa anterior, embora não tenha nada que arrepie lugar nenhum! O refrão é o ponto forte, que já vem com uma preparação para ele na parte B. Muito boa a música.
Freedom & Justice também é uma balada, mas desta vez uma balada heavy metal e não punk rock! Depois ela embala e se torna uma mescla de heavy metal e punk rock, voltando a virar balada logo após. Não é ruim, mas quase!
A penúltima faixa chama-se Perjuangan e esta é uma cópia de Hallowed Be Thy Name do Iron Maiden. Eles poderiam, facilmente, serem processados por plágio, embora não tenha todos os detalhes iguais, a intenção é exatamente a mesma, a melodia é quase idêntica, as frases de guitarra... apenas o vocal que é autêntico! E isto por causa do timbre e não do arranjo! Mas é uma boa música, vale a pena conferir.
A última faixa chama-se Bunga Padang Pasir e esta é um rocksteady que começa de forma acústica com violões. É uma boa música para finalizar o álbum, embora não seja uma das melhores faixas dele. As frases da guitarra dão um brilho a mais, assim como o teclado existente.
Confira o ecleticismo de No. 1 e saia cantarolando "unfairground, unfairground..."!

sexta-feira, 9 de junho de 2017

AC/DC - Live (1992)

GÊNERO: Hard Rock
ORIGEM: Austrália (Sydney / New South Wales)
FORMAÇÃO:
Brian Johnson (Vocal)
Angus Young (Guitarra)
Malcolm Young (Guitarra)
Cliff Williams (Baixo)
Chris Slade (Bateria)
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Este é o segundo álbum ao vivo da discografia oficial. Apesar de ter sido lançado em 1992, pelo selo ATCO, todas as faixas foram gravadas em 1991 durante a turnê de divulgação de The Razors Edge. O curioso do álbum está na edição das faixas e no arranjo do fim das mesmas, isto porque elas começam e terminam, quase que em sua totalidade com fade-in e fade-out, respectivamente, bem como a execução, ou do acorde dominante ou do acorde fundamental, do fim que cria um clima interessante. No mais se mantém como a banda sempre foi, com suas características próprias na exibição ao vivo, muito por causa de Angus Young. Um ótimo álbum, bem mixado e equalizado que vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
O álbum começa com Thunderstruck, abrindo o show com uma música do novo álbum, esta versão foi editada com momentos de dois shows diferentes. O início, com o som dos trovões e o final que contém um resmungo de Brian Johnson foram gravados no Donington Park, em Leicestershire, na Inglaterra no dia 17 de Agosto, enquanto a música foi gravada na Espanha. Uma excelente música para iniciar um show, em especial pelo riff de guitarra no início.
Shoot To Thrill é a segunda faixa, uma das poucas que não começa com fade-in, esta foi gravada no dia 23 de Abril, na Inglaterra, mais precisamente no NEC em Birmingham. Um clássico do seu álbum mais vendido pra animar o público logo no início!
Mais um clássico no início: Back In Black é o nome da faixa 3, que foi gravada no mesmo show da abertura dos trovões, na Inglaterra. Com exceção do final, é a música como ela é na versão de estúdio, sem mexer em nada do arranjo.
Sin City é a quarta faixa e a primeira da "Era Bon Scott", começa com uma pequena fala de Brian Johnson, e se mantém como na versão de estúdio, embora, obviamente, o vocal dá uma outra característica para a música. A parte do  meio em que as guitarras param cria um clima bastante interessante, em especial ao vivo, podendo se ouvir a platéia neste momento.
Who Made Who dá nome à faixa 5, e foi gravada no mesmo show da faixa 2, na Inglaterra. É uma música para dar uma amaciada no clima, já que ela não é tão explosiva quanto à maioria das outras. O grande destaque está nos legatos da guitarra que aparecem em diversas oportunidades no decorrer da música, tanto em regiões médias quanto agudas. Uma boa música para ouvir.
A sexta faixa, Heatseeker, foi gravada no mesmo dia da faixa anterior. Já é uma música mais embalada, mas sem o mesmo apelo que os grandes clássicos do grupo, embora as guitarras, mais uma vez, criam o destaque da música devido à seus riffs, embora existam alguns momentos em que arranjos rítmicos se tornam interessantes.
Fire Your Guns é a segunda música do álbum de divulgação a ser apresentada, esta foi gravada no mesmo show da faixa 3. Mantém uma boa seqüência, já que ela mantém um embalo semelhante à faixa anterior, também com um riff de guitarra como destaque.
A faixa 8, Jailbreak, é uma das músicas que mais tem variações no seu arranjo, começando pela exibição solo de Angus Young, o que também acontece no meio da música. Esta faixa foi gravada no mesmo dia da faixa 6. Vale a pena conferir esta versão, que é bem singular!
O blues clássico do grupo, The Jack, dá uma acalmada no clima, um momento para respirar! Esta versão foi gravada em um show em Moscou, na Rússia, num local chamado Tushino Airfield, no dia 28 de Setembro (o dia do centenário do Peñarol!). O destaque está na interação de Brian Johnson com o público, que canta junto e acompanha a canção no momento antes do solo de guitarra.
Mais uma música do álbum novo: The Razors Edge. Música gravada no mesmo show da faixa 8. É uma música pesada, mas sem grandes momentos, é mais o clima que a guitarra cria que destaca a música, apesar da dobra da caixa da bateria após o refrão.
A faixa 11, Dirty Deeds Done Dirt Cheap, foi gravada no mesmo dia da faixa anterior e se mantém semelhante à versão de estúdio. É uma boa seqüência, pois assim como a faixa anterior, é pesada, mas não muito embalada, a não ser no momento do solo, que também tem uns legatos, que sobem cromaticamente, bastante interessantes.
Moneytalks é o nome da faixa 12, que também é a última música do CD 1, ela foi gravada no mesmo show da faixa anterior. É mais uma música do novo  álbum, e ela se mantém fiel à versão do álbum de estúdio. Uma das melhores, com um refrão marcante!
O CD 2 abre com Hells Bells e é a primeira faixa com uma versão de uma apresentação fora da Europa. A música foi gravada no Northlands Coliseum, em Edmonton, no Canadá, no dia 22 de Junho. Mais um clássico, com o sino em seu início sendo a marca registrada da música, muito boa música que também se mantém fiel à versão de estúdio.
Are You Ready dá nome à faixa 14, esta versão foi gravada em local desconhecido, mas vale a pena conferir já que é uma música não muito comum de se ver no setlist do grupo, talvez apareça aqui por ser mais uma música do álbum novo de divulgação. Uma das melhores, sou fã deste som, vale a pena conferir.
A faixa 15 é That's The Way I Wanna Rock 'n' Roll, embalada e com um riff inspirador que se mantém por toda parte A, também é uma das melhores apesar de manter as características do arranjo como a versão de estúdio. Também tem local desconhecido, assim como a faixa anterior.
High Voltage, um dos primeiros clássicos do grupo, dá nome à faixa 16, que foi gravada também em local desconhecido, assim como a faixa anterior. Esta versão mantém o arranjo clássico das versões ao vivo, desde a época de Bon Scott, a qual existe uma pergunta e resposta entre o vocal e o público. Muito bacana, cria um clima mais intimista entre banda e público.
A faixa 17 é outro clássico do grupo: You Shook Me All Night Long, gravada no mesmo dia da faixa 7, na Inglaterra. Mantém o arranjo da versão de estúdio, com exceção do final.
Outro grande clássico dá nome à faixa 18: Whole Lotta Rosie, gravada no mesmo show da faixa 9, na Rússia. Versão semelhante à do álbum ao vivo anterior, ainda com Bon Scott, existindo, no começo, um coro da platéia gritando o nome de Angus, o que já se tornou uma marca registrada da música em suas exibições ao vivo. Sou grande fã desta música, nunca é demais ouvi-la!
No dia 20 de Abril, os irmãos Young voltaram à sua terra natal, Escócia, e fizeram um show no S.E.C.C., em Glasgow, o qual tocaram a faixa 19, Let There Be Rock, também com sua versão clássica das exibições ao vivo em que existe um longo trecho em que Angus Young improvisa em sua guitarra, se atirando no chão do palco, deitando e rolando, literalmente! Sempre é interessante ouvir o que sai ao natural da expressão do guitarrista nesta música, pois ela é baseada em improvisos.
No mesmo dia da faixa anterior, o grupo gravou Bonny, música que foi gravada originalmente no lado B do single Jailbreak, porém com o título de Fling Thing. Na verdade esta é uma melodia tradicional escocesa chamada The Bonnie Banks O' Loch Lomond, o mais vibrante é o público cantando a canção junto da guitarra que executa, sozinha, a melodia, realmente muito bom, embora de curta duração!
A faixa 21, Highway To Hell é uma continuação da faixa anterior, por isso também é outra que começa sem fade-in. O arranjo mantém-se fiel à versão de estúdio, com exceção do final. Um outro grande clássico do grupo.
T.N.T. é a penúltima faixa do disco, e foi gravada no mesmo dia da faixa 10. É uma boa música, mantendo o arranjo bem semelhante ao original.
O álbum termina com outro grande clássico do grupo, e, na minha opinião, uma das melhores do grupo: For Those About To Rock (We Salute You), esta versão foi gravada no mesmo dia da faixa 13, e tem como grande destaque os tiros de canhão em seu final, deixando-a como a música perfeita para finalizar o show, ainda mais com o arranjo do final da música que dá um clima de "campo de batalha". A música para finalizar o álbum com chave de ouro!
Ouça um álbum repleto de clássicos de uma das maiores bandas de rock da história!

segunda-feira, 29 de maio de 2017

AC/DC - Beating Around The Bush (1980)

GÊNERO: NWOBHM
ORIGEM: Austrália (Sydney / New South Wales)
FORMAÇÃO:
Bon Scott (Vocal)
Angus Young (Guitarra)
Malcolm Young (Guitarra)
Cliff Williams (Baixo)
Phil Rudd (Bateria)
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Este é um single de divulgação da música título, o qual o lado B possui duas músicas em versão ao vivo gravadas no show do dia 2 de Novembro de 1979, no Hammersmith Odeon, em Londres, durante a turnê de divulgação do álbum Highway To Hell. O curioso é que o lado A toca em 45 RPM, enquanto o lado B toca em 33 RPM! Este single foi lançado poucos meses após a morte do vocalista, pelo selo Atlantic. AC/DC dispensa comentários, muitos conhecem e cada um tem sua opinião, o que vale destacar é o trabalho de dinâmica que existe no arranjo das músicas, elas nunca terminam com a mesma dinâmica que começam, existe um crescendo à medida que a música se desenvolve para que a partir do solo tenha seu ápice. Não são todas, mas a grande maioria, e isso, com certeza, faz com que esta seja uma das grandes bandas da história!
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FAIXA A FAIXA:
O single começa com a música título, Beating Around The Bush, exatamente como sua versão no álbum. É uma música com um riff poderoso que já se apresenta logo no início, complementado com um arranjo cheio de pausas na parte A, o que dá um toque bastante interessante, já que estes espaços são preenchidos pela voz. Na segunda volta a guitarra acompanha a melodia vocal, para depois do refrão começar o solo, com a ideia do crescendo na dinâmica se apresentando, porém a parte A volta como na primeira volta, existindo um segundo solo logo em seguida, o que prepara para o final da música. A expressão vocal dá aquele tempero a mais para a composição. Excelente música, vale a pena conferir!
Live Wire é a primeira das duas músicas ao vivo, é a que abre o show. Não tem exemplo melhor que este para perceber o crescendo na dinâmica da música, embora nesta versão, todos instrumentos já começam forte em comparação à versão de estúdio, mas mesmo assim não perde a intenção. São três acordes executados, alguns deles, no contratempo, enquanto o baixo se mantém pedal em Si, o que causa uma ótima impressão e sensação. Considero uma das melhores músicas do grupo, já tive a oportunidade de apresentá-la ao vivo com um aluno de guitarra e outro de contrabaixo. O riff no momento do solo é muito bom, o qual fica ainda melhor no momento das pausas no final do solo. Realmente excelente!
Shot Down In Flames é a última faixa do disco. Sou um grande fã desta música, ela tem um embalo que poucas composições conseguem ter, além de um riff de guitarra bem blues, mas com cara de rock 'n' roll! O vocal de Bon Scott é outro destaque desta composição que tem um dos solos mais simples do grupo, mas ao mesmo tempo criativo, o que faz toda a diferença, deixando-o um solo que dá vontade de ouvir de novo! Todos devem ouvir!
Ouça o single e confira as excelentes versões ao vivo de dois clássicos do grupo!

sábado, 27 de maio de 2017

Abosranie Bogom - Regurgitation (2000)

GÊNERO: Grind Core
ORIGEM: Israel (Haifa / Haifa)
FORMAÇÃO:
Shit Eater (Vocal, guitarra, baixo)
The Colon Grinding Corpse Butcher (Bateria)
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Este é um split com mais 3 bandas: Demonic Orgy, Intestinal Disgorge, e Slough, porém aqui comento apenas sobre o Abosranie Bogom, o qual é o responsável por abrir o lado B da fita! Este é o segundo trabalho lançado pelo grupo, também em fita K-7 assim como a primeira demo. Na verdade é uma banda de porno grind, o som é bem sujo, muitas faixas a voz esconde por total os instrumentos, deixando-os inaudíveis, a mixagem não possui grande qualidade e a sensação é de que o instrumental foi gravado ao vivo e primeiro, para depois a voz ser inclusa, com a sensação desta ter sido feita de forma caseira com gravadores micro-system! O som é pesado e veloz, com bastante distorção na guitarra e um vocal que parece um porco grunhindo! Vale a pena conferir, mas prepare seus ouvidos, já que as músicas têm, em média, 30 segundos!
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FAIXA A FAIXA:
Pauk's Ugly Legs é a faixa que abre o lado B do split-demo, ela começa com um grito feminino seguido de 9 segundos de distorção, riff e vocal grave. Uma das melhores!
A segunda música chama-se Shit On Ugly Legs, a qual começa com gritos de um homem, enquanto os instrumentos entram em ação, a voz distorcida tapa e suja a música, não podendo identificar o que acontece.
Pauk Is A Rooster é quase uma continuação da primeira faixa, começa, também, com gritos femininos até que a guitarra aparece. Não é uma música veloz e a voz não esconde o instrumental, também uma das melhores.
Defecated By God dá nome à quarta faixa que começa com gritos femininos, assim que entram os instrumentos, é bem sujo, assim como a voz, dando a sensação de muita coisa embolada.
A quinta faixa chama-se Jesus Covered With Diarrhoea, não é uma música ruim, mas também não empolga muito, já que não tem muita velocidade e o vocal lembra alguém vomitando.
Shit In A Sack dá nome à faixa 6, uma das poucas que se percebe uma intenção melódica, porém nada muito bacana, está mais para engraçado!
A demo segue com Gum Stuck Up The Ass a qual começa com a guitarra e seu riff, enquanto o vocal parece o de alguém fazendo força!
A faixa 8 chama-se Anal Lips e é daquelas que o vocal tapa todo resto dos instrumentos.
Bump In Cunt é o nome da faixa 9 e segue a linha da faixa anterior.
Maikov Is A Rechitis é uma das melhores, veloz, com as pausas no arranjo sendo o grande destaque, muito boa música! Vale a pena conferir.
Niggerhairy Montreal é outra em que se percebe uma intenção melódica, mas chega a ser irritante! A primeira vez esta chama atenção, mas depois torna-se chato.
A faixa 12 chama-se Anal Smell e tem muito efeito na voz, deixando inaudível os demais instrumentos.
Goats Green Peas é o nome da faixa 13 na qual a voz também deixa os outros instrumentos inaudíveis.
A faixa 14 chama-se Shit Of A Polar Bear, o vocal estraga a música mais uma vez, pois esconde o restante dos instrumentos, porém aqui, existem pausas na voz, dando espaço para perceber o instrumental.
Anus In A Fog dá nome à faixa 15 e tem um riff muito bom, com bastante harmônicos na guitarra. Também uma das melhores da demo!
Thick Fresh Diarrhoea é o nome da faixa 16 e também é uma das melhores, com um riff interessante, existindo ainda, um aceleramento do andamento no final.
Unwipped Asshole dá nome à faixa 17 a qual o vocal parece alguém vomitando, o qual esconde os instrumentos a partir da metade da música.
Got Dirty With Slut também não tem nada de especial, embora não seja uma música ruim.
Saulty Cunt dá nome à faixa 19. Muito boa música, com o vocal bem grave e até um certo groove!
Nigger In A Cage parece um vocal de arrotos com instrumental trivial.
Clit Squeezed By A Door segue a ideia da faixa anterior.
A faixa 22, Bloody Turd, é muito boa, com um bom riff de guitarra e um vocal grave, existindo aceleração do andamento no meio da música.
Face Covered With Hippopotamus é uma das melhores, com um bom riff de guitarra e o vocal grave.
Spermed Eyes não é uma música ruim, mas a equalização da voz faz ela não ser tão boa o quanto poderia ser.
Blister On Ass Of An Old Lady dá nome à faixa 25, apesar das eventuais pausas, o riff não agrada muito, mas não chega a ser uma música ruim.
Shit On Rails é daquelas que a voz esconde o resto.
Dirty Cunt Of A Cow é bem suja, com o vocal escondendo o instrumental.
Santa Crapped In The Chimney é uma das melhores, veloz com um riff furioso e o vocal não exagerado são as principais características. Vale a pena conferir.
A faixa 29 chama-se Coprophiliac (Shit Fucker) e começa com o áudio de um filme pornô na qual ouve-se sons de flatulências enquanto uma mulher geme para logo após a música começar, a qual não tem nada de empolgante, embora não seja ruim.
Someone Crapped tem só 3 segundos e é uma das melhores da demo!
Cunt In A Bear's Lair dá nome à faixa 31 tem o vocal meio bagunçado e o riff não empolga.
Tampax Commercials tem destaque nos harmônicos artificiais executados na guitarra, deixando-a uma música interessante, apesar do vocal bagunçado.
Wounded Turd é curta e veloz!
A penúltima música chama-se The March Of The Dead Clowns e começa com uma melodia típica de circo com um arranjo de guitarra distorcida executado com a alavanca, e uma voz que dá a impressão de ser, realmente, palhaços mortos!
A demo finaliza com Belorussian Partizan Hacked To Small Pieces In The Sewer a qual começa com um ótimo riff de guitarra, porém quando entra a voz, não se ouve mais nada além dela! No final ela some, podendo ouvir os instrumentos de novo.
Curta Regurgitation e sinta a porrada do grind core israelense entrar direto no seu ouvido e balançar seu cérebro!

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Abandin All Hope - An Excuse To Ramble (2006)

GÊNERO: Pop Punk
ORIGEM: Canadá (Fort McMurray / Alberta)
FORMAÇÃO:
Tyler (Vocal, guitarra)
Joey (Guitarra)
Darren (Baixo)
Steve (Bateria)
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Apesar de ser um álbum pop punk, tem alguns flertes com o hardcore melódico e outros poucos com o ska. Este é o primeiro álbum do grupo, lançado de maneira independente, sem selo de apoio. Lembra demais o Diesel Boy, mas lembra, algumas vezes MXPX. Não é um álbum ruim, mas longe de ser aquele que dá vontade de ouvir vezes seguidas! Não apresenta nada de especial. Tecnicamente, só o trivial. O destaque maior está no desenho melódico da voz. Vale a pena conferir... de vez em quando!
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FAIXA A FAIXA:
O álbum começa com a música You Want It. Um pop punk, na linha Screeching Weasel, com bom desenho melódico da voz, alguns contracantos harmônicos, frases em sincronia entre os instrumentos, bem como acentos fora do tempo forte e pausas. Estes são os brilhos que a música possui, tornando-a uma boa música apesar de não ser tão veloz.
A segunda faixa chama-se Dorm Phase e é como a trilha sonora de uma novela teen! Bem pop e fraquinha, perfeita para tocar em filmes da Sessão da Tarde ou na Malhação! Uma das piores do álbum, com nada de especial a não ser a frase da guitarra em ostinato.
Bad Influence é uma das melhores do álbum, esta já dá uma acelerada no andamento, apesar de cadenciar a partir da metade (ou menos) do tempo para depois voltar veloz. As frases oitavadas da guitarra são o diferencial do arranjo, bem como as variações rítmicas da mesma harmonia.
A faixa 4 chama-se Another Year e também é fraquinha, mas o desenho melódico da voz na parte A faz ela valer a pena, embora também tenha bastante variações rítmicas, a começar pelo ska em sua introdução, o qual também aparece na metade da música também. O refrão é o ponto fraco da música, tornando-a muito pop.
A quinta faixa chama-se Cavalier e também está entre as 6 melhores do álbum, possuindo trechos velozes embora também tenha um caráter pop. Esta se parece mais com MXPX! Os arranjos, assim como as demais músicas, são bem trabalhados, o que valoriza a canção.
Barkley Said It Best está entre as 3 melhores músicas do álbum, realmente muito boa. Esta é um hardcore melódico com nada de pop. Sem trechos sing-a-long ou intenções melódicas alegres, veloz, e tem na frase da guitarra, já na introdução, o seu destaque. Realmente muito boa a música.
A faixa 7 chama-se Camping Rules que tem diversas variações rítmicas em seu desenvolvimento, desde trechos velozes, a ska ou outros mais cadenciados. Boa música, mas com caráter bem alegre, o que a dá um aspecto mais pop.
A oitava música do álbum também é uma das melhores e chama-se Pop Culture. Com trechos velozes e uma frase de guitarra que faz valer ouvir a música por si só, o desenho melódico também tem seu valor, existindo contracantos e outra frase de guitarra, esta oitavada. Vale a pena conferir.
Giddy Up é outra música que começa com ska, tendo em seu destaque o desenho melódico da voz que é, na parte A, muito bem complementado pela frase da guitarra, e, mais uma vez, as variações rítmicas no desenvolver da música se tornam um ponto positivo.
A décima música do álbum chama-se Ten Days e é um típico pop punk que lembra, mais uma vez, MXPX. O desenho melódico da voz é destaque mais uma vez, em especial devido à resposta das frases melódicas da parte A da música, existindo pausas e frases de guitarra que ajudam a enriquecer a composição.
When I Died, a faixa de número 11, é, com certeza, a melhor música do álbum, um punk rock na linha de Bad Religion, mas que também lembra Living End. Realmente muito boa a música, o álbum valeria a pena de se ouvir se tivesse apenas esta música! Palhetadas velozes das guitarras com um bom desenho melódico da voz e acentos marcados junto entre os instrumentos são os destaques desta música que, com certeza, vai fazer querer ouvi-la de novo!
A penúltima música do álbum, We Don't Belong Here é um pop punk com destaque para os arranjos (mais uma vez) apesar de existir uma frase em ostinato da guitarra que tem o seu valor! Mas no mais é uma música fraquinha sem nada além do já citado.
O álbum finaliza com Oh Well, que também não é das melhores do álbum, mas tem um bom clima para finalizá-lo, com destaque para as frases de guitarra e para as duas vozes no refrão, não é uma má música, mas não chega a empolgar. O desenho melódico da voz lembra um pouco AFI!
Escute o primeiro lançamento deste grupo canadense e tire suas próprias conclusões sobre seus arranjos bem trabalhados! Vale a pena!

sábado, 13 de maio de 2017

A Wilhelm Scream - Mute Print (2004)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: EUA (New Bedford-B.C. / Massachusetts)
FORMAÇÃO:
Nuno Pereira (Vocal)
Trevor Reilly (Guitarra)
Christopher Levesque (Guitarra)
Jonathan Teves (Baixo)
Nicholas Pasquale Angelini (Bateria)
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Excelente álbum já na estreia do grupo! Primeiro álbum lançado sob o nome de A Wilhelm Scream (e não mais Smackin' Isaiah) pelo selo Nitro. As guitarras são destaque no álbum, principalmente por apresentar técnicas variadas e interessantes como tapping e legatos, mas os demais instrumentos não ficam para trás, demonstrando boa técnica e, o principal, boa sincronia entre si. É um som que lembra uma mistura de Strung Out com Good Riddance e desenhos melódicos semelhantes ao AFI. Vale a pena conferir! Tive a feliz oportunidade de assisti-los ao vivo, e a energia no palco é até maior daquela que se percebe no álbum!
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FAIXA A FAIXA:
O álbum começa com a música que dá título ao álbum: Mute Print. Uma das melhores do álbum, mesmo sendo de curta duração, ela começa com apenas a voz, para depois os instrumentos se apresentarem! Logo no início o embalo não é dos mais velozes, mas logo em seguida acelera, na qual vem riffs de guitarra com tapping dando um cartão de visitas do que está por vir! Esta faixa possui videoclip de divulgação.
Logo após começa a música Famous Friends And Fashion Drunks, a qual também possui videoclip de divulgação. O ponto forte da música são as guitarras, principalmente em sua frase em ostinato melódico descendente existente mais pro final da música. Só este detalhe já faz a música ganhar o merecimento de ser apreciada!
A terceira faixa, Anchor End, é embalada, e também tem destaque para as guitarras, porém possui o refrão bastante fraquinho, mas não o bastante para torná-la uma música chata, muito pelo contrário, é uma ótima composição!
William Blake Overdrive é a quarta faixa e uma das melhores do álbum, veloz e embalada quase que do início ao fim, com excelentes riffs de guitarra, que mais uma vez são  o instrumento de destaque, embora a parte melódica seja bem marcante e a bateria tenha seus momentos de frases bem executadas.
A faixa 5 chama-se Brand New Me, Same Shitty You, na minha opinião, é a pior do álbum. Com certeza a mais fraquinha, embora as frases com legato da guitarra dão um toque especial para o arranjo da composição. Não chega a ser ruim, mas perde se comparado às demais músicas do álbum.
The Rip é uma das melhores músicas do álbum, em especial pelo embalo e velocidade, mas também pelos arranjos de guitarra e bateria. As semi-colcheias do riff da guitarra na introdução me lembram muito trilhas para jogos de Atari! Muito bom!
A faixa 7 do álbum chama-se Retiring. Não é muito veloz, mas é muito boa, com um refrão sing-a-long que facilita seu entendimento. Muito parecida com músicas do Face To Face, vale a pena conferir!
Stab. Stab. Stab. dá nome à faixa 8, também está entre as 5 melhores do álbum, embalada e veloz, com destaque, mais uma vez, para as guitarras que executam riffs quase que o tempo todo da composição, que também tem uma boa execução melódica.
A faixa 9 leva o nome de A Picture Of The World, a qual é uma das músicas mais bem, trabalhadas do álbum, com muitos momentos que exigem boa sincronia dos músicos, elemento este que se torna o destaque da música, também não é muito veloz, mas mantém o embalo nos momentos em que arranjos sincronizados são executados.
Kursk é, na minha opinião, a melhor música do álbum, com um riff de guitarra na introdução característico do heavy metal, veloz e embalada, embora existam momentos mais na manha. Enfim, o riff da guitarra no início faz valer por qualquer elemento, muito bom mesmo!
A última música do álbum chama-se Dreaming Of Throwing Up, e é a música ideal para finalizar o álbum. Considero a música mais diferente das outras, lembra bastante Swingin' Utters e um pouco (de novo) de Face To Face, criando diversos climas diferentes no decorrer da música, o que é, por sinal, o aspecto positivo da faixa.
Ouça o álbum e confira um dos expoentes de uma nova geração do hardcore melódico que surgiria por esta mesma época!

segunda-feira, 1 de maio de 2017

A-Ok - Samurai (2006)

GÊNERO: Hardcore Melódico
ORIGEM: Brasil (Curitiba / Paraná)
FORMAÇÃO:
Daniel Kruger (Vocal)
Ricardo Oliveira (Guitarra)
Tiago Straioto (Guitarra)
Raphael Guarneri (Baixo)
Rodrigo Hayden (Bateria)
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Este é o quarto, terceiro de estúdio, e último álbum deste excelente grupo, lançado pelo selo Onelife. Não considero este o melhor do grupo, não tem nenhuma música de destaque, nem positivo nem negativo, as músicas são lentas, mas em compensação os arranjos estão extraordinários, principalmente os das guitarras, expondo muita técnica e sincronia, com grande criatividade, por parte dos integrantes, para preencher os espaços. Me lembra uma mistura de A Wilhelm Scream com Strung Out, com solos de heavy metal, mas com melodias vocais características do hardcore curitibano, semelhante a bandas como Sugar Kane ou No Break, o que é muito bacana, pois evidencia uma identidade na expressão artística musical de uma região. Tive a feliz oportunidade de dividir o palco com eles algumas vezes (a maioria em Santa Catarina) depois de ser um grande admirador do grupo ainda na década de 90, após ouvir sua primeira demo. Podem ter certeza que o que eles faziam em estúdio era executado com precisão ao vivo, a potência da voz se mantinha do início ao fim do setlist, sem deixar a peteca cair! Todos eles eram muito gente fina, lembro de trocar mais ideia com o Daniel e o Raphael, o qual trocávamos algumas figurinhas sobre nosso instrumento! Eles realmente curtiam tocar, o que fica evidente na evolução técnica de um álbum para outro, e eram bastante unidos, é uma pena que não tiveram maior reconhecimento, pois mereciam!
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FAIXA A FAIXA:
O álbum começa com a faixa chamada Contato. Ela é um cartão de boas vindas, pois todos os integrantes, sem exceção, têm um momento de destaque, mostrando um resumo do que virá a seguir no álbum, com excelentes riffs de guitarra e arranjos muito bem trabalhados.
Alternativa é o nome da segunda faixa, a qual possui um extraordinário riff de guitarra que se apresenta já no início da composição, é uma faixa com destaque para as guitarras, mais uma vez!
A terceira faixa, Código, é uma das melhores do álbum, com certeza a mais embalada, com a bateria dando o ar do que é esta composição já no início! Ela dá uma "murchada" na estrofe e no refrão, mas tem uma progressão harmônica, antes da parte C, que vai e volta bastante interessante. E, claro, o arranjo das guitarras que são o grande destaque.
Encerrando Ciclos é a música que menos me agrada no álbum, apesar dos riffs de guitarra, que são o grande destaque da música, mas creio ser a mais lenta do álbum, embora tenha pontes velozes. De qualquer forma, a bateria se destaca nesta faixa, além das guitarras.
A faixa 5 chama-se Paraíso Dos Infernos, também tem o grande destaque nas guitarras, com uma embalada no início da parte A. As variações rítmicas no arranjo da música também são destaque. Uma boa música, em especial pelas guitarras.
O Herói tem um excelente riff de guitarra no início da música que continua nas partes A e B seguintes, lembrando muito riffs de bandas de heavy metal da década de 80, assim como a parte C e o solo lembra demais bandas como Grave Digger ou Accept. Vale a pena conferir!
A faixa 7, Perfeição Cotidiana, tem um riff de guitarra na parte A que me lembra muito 2 Minutes To Midnight, porém o refrão muda completamente sua intenção devido à sua modulação, as guitarras demonstram técnicas como arpejos em sweep. O riff à la Iron Maiden faz esta música ser uma das melhores do álbum!
Honorário Sem H começa com um excelente riff de guitarra, com destaque para o arranjo executado em harmônicos em um dos espaços. A tercina em semínimas do vocal logo na primeira frase cria um clima interessante para a composição, mantendo um refrão trivial se não fosse a progressão harmônica acompanhada ritmicamente pela bateria. Uma boa faixa.
Profissão Mestre tem uma introdução muito boa, criando uma expectativa para o que vem a seguir. O grande destaque desta faixa está na bateria, onde Rodrigo Hayden preenche, com precisão e criatividade, todos espaços da harmonia. O solo é executado com uma escala exótica, o que dá um clima interessante para o trecho. Uma das melhores músicas do álbum.
A penúltima faixa do álbum, Sincro, é uma das melhores, começando com um excelente riff de guitarra que, por sinal é o grande destaque da faixa, com muitos legatos nos riffs, lembrando muitas vezes, de novo, bandas de heavy metal. O contrabaixo tem seu momento nesta faixa, desempenhando um fraseado criativo baseado na escala de cada acorde, o que mantém a intenção harmônica em evidência. Vale a pena conferir!
O álbum fecha com a música Shogun, que começa com sons que lembram uma batalha com espadas seguida de uma platéia. É uma música mais lenta também, é boa, com destaque para os arranjos e riffs de guitarra, mais uma vez.
Ouça Samurai e veja que o hardcore brasileiro tem muita qualidade, não só nas composições, mas também na técnica!