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sábado, 23 de outubro de 2021

Pecho E' Fierro - Pecho E' Fierro (2007)

GÊNERO: Folk Metal
ORIGEM: Uruguai (San José De Mayo / San José)
FORMAÇÃO:
Leonrdo Carlini (Vocal, guitarra)
Michel Fauci (Baixo)
Elvis Morales (Bateria, percussão)
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Este é o segundo álbum lançado pelo grupo, através do selo Perro Andaluz, e foi gravado nos estúdios Sondor (bateria e baixo) e El Tío Ricky (guitarra e voz). É o primeiro álbum lançado por um selo, já que o primeiro álbum foi lançado de maneira independente, seis anos antes. É um folk metal com muita influência de rock. Não ouça o álbum pensando em ouvir um folk do hemisfério norte, como há inúmeras bandas, mas lembrem que o grupo é uruguaio, então o folclore adotado é o uruguaio, o qual percebemos chacarera, e, principalmente, a milonga. As guitarras têm o timbre clássico do heavy metal, na questão rítmica, muitas cavalgadas e intenções rítmicas, também bem características do heavy metal. As músicas não são muito velozes e nem sempre embaladas, embora, na maioria das vezes, elas sejam. Um som único, bem criativo e resgatando a música folclórica uruguaia, deixando-a viva ainda nos tempos atuais. O grande destaque, na minha opinião, está na empostação vocal, aliás, esta empostação, bem "payador", é uma característica do espanhol praticado no país, é algo bem peculiar, comum na região pampeana, aquela na fronteira entre os 3 países (Uruguai, Brasil e Argentina), com acentos e uma maneira de cantar, e até de falar, que me agrada bastante, chegando, muitas vezes, a me arrepiar! É o tipo de empostação que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo, uma característica muito forte e que acaba se tornando algo importante e cultural da região. Difícil encontrarmos um grupo uruguaio que não se aproprie desta empostação na hora de cantar. O álbum conta com duas faixas cover. Para quem gosta de rock e música pampeana, este é um prato cheio, vale a pena conferir!
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FAIXA A FAIXA:
1) Arazatí. O álbum inicia com a faixa que considero a melhor. Com uma intenção rítmica bem heavy metal, assim como o timbre da guitarra, bastante embalo, em uma levada bem "cavalgada", além de possuir um bom refrão, apesar de bem simples, sendo o destaque a voz.
2) La Milonga Del Vampiro. Esta é a primeira faixa do álbum a mostrar elementos de milonga. Mantendo a pegada heavy metal nas guitarras, com uma harmonia e melodia bem ao estilo do gênero pampeano. Bem embalada, mas não muito veloz, o destaque está na voz, mais uma vez.
3) Pecho E' Fierro. Esta é outra faixa que considero das melhores do álbum, com um ótimo arranjo, um excelente trabalho de dinâmica e em compasso composto, a guitarra alterna entre timbres limpos e sujos, existindo excelentes riffs e frases, bem como a melodia vocal.
4) Galopera. Outra ótima composição, em compasso ternário, com frases bem características da música pampeana, assim como a harmonia, melodia e ritmo, o que nos remete ao rock é a instrumentação. Mais uma vez o destaque está na voz, sendo bem embalada.
5) Metalúrgico. Considero esta uma das melhores faixas do álbum e é, também, a primeira das duas faixas cover. Esta é uma composição de Gerardo Lagos e Cacho Labandera, sendo gravada, originalmente, pelo próprio Cacho Labandera, em 1986. Com um bom embalo e um bom trabalho de dinâmica, o destaque está, mais uma vez, na voz e sua melodia e empostação.
6) Pa'l Gordo Julio. Mais uma composição em que a milonga está bem evidente. Talvez a faixa que menos me agrada no álbum, mais "suave", mas com um bom embalo, o destaque está no arranjo de violão.
7) Aquel Que Traicionó. Considero esta uma das melhores faixas do álbum, em compasso composto, com uma pegada bem heavy metal, principalmente devido à progressão harmônica, timbre e riffs de guitarra. Talvez a segunda faixa mais pesada do álbum.
8) Cantor De La Calle. Outra composição em que a milonga está bem evidente. Com um bom arranjo, um bom trabalho de dinâmica, aqui a guitarra alterna entre timbres limpos e sujos, com uma ótima melodia, sendo este o destaque.
9) Sur. Uma boa composição, com um excelente arranjo, muito bem trabalhado, que lembra, algumas vezes, Rush. Possui excelentes riffs de guitarra e um bom embalo. Me agrada mais as partes sem voz, pois o arranjo é muito bem pensado.
10) La Niña Y El Balero. Outra faixa em que a milonga está bem evidente, possuindo, esta, um excelente arranjo. Não possuindo muita distorção, o destaque está na progressão harmônica e no refrão e sua melodia vocal, embora o arranjo, principalmente rítmico, mereça atenção.
11) Guitarrita Oscura. Esta é uma composição com um excelente clima, bem pesado, sendo esta a faixa mais pesada do álbum, com excelentes riffs de guitarra, os quais são, justamente, o destaque. Não muito veloz, mas com um bom embalo, os timbres e intenções sempre bem heavy metal, mais uma vez.
12) Fuente De Rastrojos. Outra boa composição, bem embalada, com um bom arranjo, ótimos riffs de guitarra, assim como o timbre, a intenção é, mais uma vez, bem heavy metal, sendo o destaque a empostação vocal.
13) A Don José. O álbum finaliza com a outra faixa cover. Esta é uma composição de Ruben Lena, em 1961, a qual ele compôs para um professor de música da escola a qual trabalhava para que este a usasse com os alunos nas aulas, já que é uma composição em homenagem a José Artigas. Embora seja uma composição de 1961, ela foi registrada apenas em 1964, sendo gravada, pela primeira vez, em 1965, tendo a sua versão mais popular representada pelo grupo Los Olimareños. Em 2003 ela se tornou um patrimônio cultural do país, já que a canção é praticada em todas as escolas, sendo ela cantada pelos alunos todos os anos, em especial no dia 9 de Julho, data de nascimento de José Artigas. Esta é a primeira versão rock da composição, e ficou uma boa versão, embora sem nada de especial, apesar do bom embalo, sendo o destaque, mais uma vez, a voz.
Ouça o álbum e conheça o baú de ferro!

sábado, 16 de junho de 2012

Korpiklaani - Korven Kuningas (2008)

GÊNERO: Folk Metal
ORIGEM: Finlândia (Lahti / Päijänne Tavastia)
FORMAÇÃO:
Jonne Järvelä (Vocal, guitarra, mandolin)
Kalle Cane Savijärvi (Guitarra)
Juho Kauppinen (Acordeon, guitarra)
Jaakko Hittavainen Lemmetty (Violino, tin whistle, recorder, jouhikko, torupill, mandolin, gaita de boca)
Jarkko Aaltonen (Baixo)
Matti Matson Johansson (Bateria, percussão)
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O álbum possui músicas com compasso quaternário e andamento médio de 110 bpm. O ritmo é pouco denso, sendo elevado, principalmente, devido à eventuais variações de cadência, antecipações, pausas e arranjos específicos de cada instrumento, mantendo a figura da colcheia como a mais frequente. A melodia caminha, geralmente, por graus conjuntos, possuindo altura e extensão pouco elevados, mantendo as notas da tríade da tonalidade como referência. A harmonia é executada, quase toda, em power chords, existindo eventuais acordes com a inclusão da terça, bem como frequentes riffs de guitarra e frases do acordeon, violino, tin whistle, recorder, mandolin, e gaita de boca que ajudam a caracterizar a harmonia em questão. Destaque para a diversidade de instrumentos.
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DESTAQUE: Runamoine
Música com compasso quaternário, tonalidade de Gm (Sol menor), e forma A-B-C-A'-B-C-D-B-C-A'. O ritmo é pouco denso, sendo elevado, principalmente, devido à variações de cadência, antecipações e arranjos específicos de cada instrumento, mantendo a figura da colcheia como a mais frequente. A melodia caminha, geralmente, por graus conjuntos, possuindo altura e extensão pouco elevados, mantendo as notas da tríade da tonalidade como referência. A harmonia é executada toda em power chords, existindo um acorde de passagem, em A, oriundo de empréstimo tonal, e uma variação tonal, em D, o qual está no segundo grau, bem como frequentes riffs de guitarra e frases do acordeon que ajudam a caracterizar a harmonia em questão, sendo em A: I-VI-VII-III-IV-VI/IV-VII-III-VI, em B: I-II-III-IV-VI-V-IV-VII, em C: I-III-IV-VI-V-III-IV-VII, e em D: II-III/II-IV/II-VI/II-II-III/II-IV-VII. Entre A e B existe uma ponte onde nada mais é do que a progressão V-VI-V-I.