A banda
CPM 22 apresentou seu set acústico no Estúdio Showlivre (www.showlivre.com) ao vivo dia 9 de dezembro de
2013.
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Setlist:
01- Perdas 00:23
02-
Regina Let's Go 03:59
03-
Tony Galano 06:43
04-
1000 Motivos 09:49
Entrevista +
Bate Papo 13:25
05-
O Mundo Dá Voltas 32:57
06- Pra Sempre 36:25
07- Vai
Mudar 40:39
08- Por Nós 3 43:40
09- Nossa Música 47:12
10- Alguns Quilômetros de
Lugar Nenhum 52:09
Perfil:
Numa tarde qualquer de maio, toca o telefone e me dizem que o Badauí quer falar comigo. Ok, já vou. O que será que ele quer comigo? Eu me lembro bem das primeiras vezes em que nos falamos. Colocaram a gente pra tocar juntos numa banda formada pra se apresentar em uma premiação da
MTV. Naquele momento eu era a celebridade, e o CPM 22, a novidade. Sempre gostei de estar entre a garotada que tá chegando. O sangue novo me dá a sensação de que rock brasileiro tá saudável. E no caso deles, tendo uma raiz parecida com a minha, o punk, o relacionamento foi fácil e natural. Mas, embora tivéssemos várias bandas em comum nos nossos iPods, a maior influência do som deles vinha de uma geração que eu só viria a conhecer mais tarde. A árvore genealógica do rock é imensa e cheia de ramificações, mas o punk rock parece, às vezes, ser uma planta em separado. E assim, eu, que achava que conhecia tudo, fui apresentado ao hardcore melódico.
Beleza, agora voltando ao telefonema do Badauí
... o cara queria que eu participasse do acústico do CPM 22.
Jura? É claro, maior prazer.
Onde e quando? Os ensaios são de tal a tal dia e as gravações em junho. Certo, vamos lá. Chego ao primeiro ensaio e encontro além do Badauí, Japinha,
Luciano e Heitor, o Phil, da banda
Dead Fish, e o incrivelmente versátil Ganjaman. O clima era relaxado.
Todos muito calmos. Se não me engano, o Badauí tava descalço, o Lu bebendo alguma coisa e o Japinha encostado na parede atrás da batera.
Ganja trocando ideias de arranjos com
Paul, o produtor do disco. O Heitor, um músico que sempre achei um fenômeno à parte, tava tirando alguma coisa ao lado de um baixo acústico maior que ele. O único que eu não conhecia era o Phil, que logo justificou sua presença ali; além de exímio guitarrista, é sangue bom, fácil de se gostar. E então, finalmente, faço contato com o
Acústico do CPM 22. Assisto a uns cinco, talvez seis ensaios.
Tá na cara que aqueles caras não eram mais os mesmos moleques que tinha conhecido uns dez anos atrás. Todos, sem exceção, tinham passado de músicos amadores viscerais a artistas igualmente intensos, mas agora com a precisão que profissionais só têm depois de anos na estrada. Os ensaios fazem da banda uma máquina mais azeitada ainda e, agora, é só esperar pelo show e pela gravação.
Numa noite fria de junho, enquanto o país estava sendo surpreendido por manifestações, nos encontramos todos num estúdio, meio longe de tudo e de todos, perto da
Granja Viana. O cenário estava montado. A platéia fielmente no seu lugar. As luzes e os instrumentos afinados.
E o CPM 22, calmo como se nada houvesse. E eis que tudo começa. Acredito que o propósito, ou talvez a virtude maior dos acústicos, é trazer as canções à tona sem maquiagem. Ali, sem nenhum efeito. Sem distorção, muitos pedais ou overdubs. Tudo tem que ser resolvido com violão e voz.
(Por Dinho
Ouro Preto / outubro de 2013)
- published: 09 Dec 2013
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