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Desidratação infantil: sintomas, riscos e como prevenir

Criança dormindo
Foto: Thinkstock

A desidratação significa que o organismo não está com a quantidade de líquido necessária para o seu equilíbrio e bom funcionamento. Dependendo do caso, a desidratação pode ser leve e facilmente corrigida, mas existem certos tipos de desidratação mais graves e outras que podem ser até fatais.

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Crianças são bem mais suscetíveis à desidratação do que adultos e podem rapidamente perder líquido através de vômito, diarreia, febre e suor excessivo. Em situações assim é preciso prestar atenção no ânimo/aparência da criança, assim como no aspecto do xixi.

As orientações abaixo se referem a crianças acima de 1 ano de idade. Clique aqui para ler sobre a desidratação em bebês.

Como saber se meu filho está desidratado?

A criança fica desidratada porque perdeu muito líquido e não está conseguindo repô-lo em quantidade suficiente. Em outras palavras, há um déficit de líquidos e eletrólitos (principalmente sódio e potássio).

Crianças pequenas desidratam em pouco tempo, e a desidratação pode levar à morte se não tratada a tempo. Se você achar que seu filho está desidratado, leve-o ao médico ou a um pronto-socorro no mesmo dia.

Procure ajuda profissional imediatamente se perceber que:

  • A criança está há mais de seis horas sem fazer xixi.
  • A urina da criança está amarelo escuro, com cheiro forte.
  • A criança está muito letárgica (sonolenta demais), não brinca nem sorri como de costume.
  • A boca dela está seca demais, com lábios rachados.
  • Não saem lágrimas quando ela chora.
  • Os olhos parecem fundos.

Crianças seriamente desidratadas podem ficar ainda com pés e mãos frios, pele enrugada, além de apresentar delírio.

Em casos assim, é preciso levar para o hospital para a criança ser reidratada com soro na veia. A boa notícia é que a recuperação costuma ser rápida, e muitas vezes não é preciso nem ficar internada.

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Quais as principais causas de desidratação infantil?

  • Febre. A febre está entre as causas mais frequentes de desidratação, mesmo quando não há vômito nem diarreia. Quando fica com febre, a criança transpira, e a água evapora da pele na tentativa de controlar a temperatura. Ela também pode respirar mais rápido, o que acelera a perda de líquido quando exala o ar.
  • Calor demais. O excesso de atividade num dia quente ou a exposição ao calor em ambientes fechados podem fazer seu filho transpirar demais e perder muito líquido.
  • Vômitos e diarreia. Se a criança está com algum vírus ou bactéria que ataca o sistema digestivo, perde muito líquido na forma de diarreia, e também com os vômitos. Essa é a maneira mais comum de ficar desidratado, e pode acontecer bem rápido.
  • Rejeição a líquidos. A dor de garganta e doenças como estomatite e sapinho, que causam lesões na boca, podem fazer com que a criança não consiga engolir líquidos, o que pode levar à desidratação.

    A desidratação também pode acontecer depois de uma cirurgia para tirar as amígdalas ou intervenções dentárias.

Como cuidar de uma criança desidratada?

Ofereça muito líquido à criança -- pode ser o que ela costuma beber (água, suco bem diluído, água de coco, leite materno ou fórmula de leite). Não dê refrigerantes, pois eles contêm grande concentração de açúcar.

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Se o motivo da desidratação é dor de garganta ou de ouvido, pergunte ao médico se pode usar um analgésico para aliviar o desconforto, a fim de que a criança aceite algum líquido. Nos dias de calor, capriche ainda mais nos líquidos.

Caso seu filho esteja ficando desidratado porque está vomitando ou com diarreia, você pode tentar dar a ele uma solução especial para reidratação, vendida nas farmácias, ou o soro caseiro.

Para fazer o soro caseiro, use colherinhas medidoras vendidas em farmácias ou distribuídas no posto de saúde ou Pastoral da Criança. Se não tiver a colher à mão, a mistura, segundo o Ministério da Saúde, deve ser feita com um litro de água filtrada, fervida e resfriada, uma olher de cafezinho de sal e uma colher de sopa de açúcar -- o gosto deve ser parecido com o da lágrima.

É importante usar a colher dosadora corretamente para que solução fique equilibrada.

Os médicos não recomendam dar à criança bebidas esportivas (isotônicos), porque elas têm mais açúcar e potássio (e menos cloreto de sódio) que as soluções reidratantes do posto de saúde ou vendidas em farmácias, ou o soro caseiro. Em caso de diarreia, evite também os sucos de fruta, que podem agravar o problema.

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Experimente o seguinte plano:

  • Dê duas colherzinhas de chá de soro ou solução para reidratação a cada cinco minutos. Se seu filho conseguir passar uma hora sem vomitar, dobre a quantidade e aumente os intervalos para 15 minutos.
  • Se a criança não aceitar o soro ou a bebida para reidratação (dada gelada), experimente dar o que ela mais gosta (um suco de maçã, limão ou goiaba, por exemplo), bem diluído em água e com uma pitada de sal. Em último caso, vá dando água mesmo.
  • Não dê remédios contra a náusea nem contra diarreia para seu filho, exceto por estrita recomendação médica. O remédio pode dar sono e fazer a criança ingerir menos líquidos do que deveria. Além disso, existe o perigo da superdosagem, que pode ser extremamente tóxica. Medicamentos para "segurar" o intestino podem agravar os vômitos e a situação em geral.

Lembrando que, se a criança apresentar sinais de uma desidratação mais grave como os descritos acima, leve-a imediatamente para um hospital ou posto de saúde.

Conheça os sinais de alerta para problemas mais graves em crianças pequenas ou tire outras dúvidas sobre os cuidados com remédios para crianças pequenas

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