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Terror noturno

criança negra chorando na cama
Foto: iStock.com / kali9
Os terrores noturnos são um tipo de distúrbio do sono e podem ocorrer tanto no sono da noite, como no do dia. Os especialistas encaram estes episódios como uma misteriosa falha das normalmente tranquilas transições entre as fases do sono. Durante uma crise de terror noturno, a criança pode chorar, gritar, gemer, sentar na cama e se debater. Muitos podem achar que é o caso de sonhos, já que qualquer criança e bebê têm pesadelo, mas não é bem assim.

A pessoa se encontra em um estágio entre acordada e dormindo. Mesmo que esteja de olhos abertos, ela não sabe que você está ali, não se acalma e provavelmente não responde a perguntas. A crise pode durar desde alguns minutos até quase uma hora. Depois que passa, a criança às vezes volta repentinamente a dormir e, no dia seguinte, não se lembra de nada.

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Terrores noturnos são mais comuns em crianças pequenas e costumam passar até os 12 anos. Uma pesquisa com quase 2.000 crianças apontou que 40% delas tiveram episódios de terror noturno entre os 2 anos e meio e os 6 anos. Confira o que você precisa saber sobre o distúrbio e se é possível evitar as crises.

Tratamentos para terror noturno

Não existe exatamente um tratamento para o terror noturno em bebês ou crianças, porém há várias medidas que você pode tomar para diminuir a chance de seu filho sofrer com episódios.

Não se sabe exatamente o que causa o terror noturno, mas o que se sabe é que esses episódios por si só não significam que a criança tem algum problema psicológico ou que esteja preocupada com algo. Para isso, é importante observar outros sinais, como mudanças de comportamento e agressividade ao longo do dia

Para ajudar o seu filho, analise se ele está dormindo o suficiente. Crianças que ficam cansadas demais têm mais tendência a passar por terrores noturnos. Para fazer com que a criança durma mais, prolongue a soneca da tarde, deixe-a dormir um pouco mais de manhã ou então coloque-a na cama mais cedo à noite. Também não se esqueça do ritual da hora de dormir, para ajudá-lo a se acalmar. Isso também é indicado para evitar pesadelos em bebês e crianças, apesar de nada ser garantia.

Os terrores noturnos costumam acontecer na primeira metade da noite. Por isso, uma estratégia, se nada mais estiver funcionando, é dar uma leve acordada na criança de uma a duas horas depois de ela ter adormecido — cerca de 15 minutos antes do horário em que as crises costumam acontecer. Com isso, o padrão de sono é alterado e há a possibilidade do episódio de terror noturno ser evitado.

Certos medicamentos e cafeína também podem contribuir para o terror noturno. Crianças que tenham alguém na família com algum distúrbio do sono, como sonambulismo ou histórico de terror noturno, são mais propensas a passar por isso.

Em alguns casos, o terror noturno é deflagrado por apneia do sono, um distúrbio sério mas tratável, em que a passagem do ar é bloqueada em função de amígdala e adenoides hipertrofiadas, tornando a respiração mais difícil e o sono interrompido.

Estudos sugerem ainda que certos transtornos que impedem que a criança durma suficientemente relaxada, como síndrome das pernas inquietas ou refluxo gastroesofágico, também podem provocar terror noturno.

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Se os episódios vêm se repetindo, comente com o pediatra na próxima consulta de rotina para que ele possa avaliar se não há alguma razão física contribuindo para o problema. A boa notícia é que quase todas as crianças que passam por terrores noturnos superam naturalmente o distúrbio do sono.

Sinais do terror noturno

Se seu filho estiver passando por um momento de terror noturno, você provavelmente notará alguns dos seguintes sinais:

  • Aparência de assustado ou desorientado;
  • Gritos ou choro inconsolável;
  • Balbucios ou fala que não faz sentido;
  • Falta de reconhecimento quando você tenta confortá-lo;
  • Ausência de memória do que aconteceu.

O que eu posso fazer na hora do terror noturno?

É claro que seu primeiro instinto é tentar acalmar seu filho, mas é bem possível que nada do que você faça adiante — afinal, ele está dormindo.

Fique por perto para garantir que ele não se machuque. Os especialistas recomendam falar calmamente com a criança, mas não pegá-la no colo, porque isso pode prolongar o episódio.

Em alguns minutos, seu filho deve se tranquilizar sozinho e voltar a dormir. É uma situação que costuma ser desesperadora para os pais: ver a criança ali tão assustada e não poder fazer nada. Mas é melhor não tentar acordá-la, de acordo com especialistas.

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E, antes de ir dormir, certifique-se de que não há nada por perto da cama da criança, como brinquedos ou outros objetos, que possa machucá-la se cair. Instale e feche portões na área de escadas de sobrados e confira se portas e janelas estão fechadas, porque, às vezes, crianças com terror noturno podem circular pela casa, como sonâmbulos.

Terror noturno e pesadelo em bebês e crianças têm diferença?

Normalmente as pessoas têm terror noturno durante o primeiro terço da noite, na fase de sono profundo e sem sonhos, conhecida como sono não-REM. Já os pesadelos ocorrem durante a fase do sono conhecida como REM, que é quando as pessoas sonham, no terço final da noite.

Depois de um pesadelo, a criança tem ideia do motivo de estar assustada, e após os 2 anos de idade começa até a explicar o sonho. Ela também tende a buscar a presença e o conforto dos pais.

Outra coisa que acontece quando a criança ou o bebê tem pesadelo é que ela pode ficar com medo de voltar a dormir. E, no dia seguinte, consegue se lembrar de que teve um sonho ruim, ao contrário de um terror noturno, que não deixa lembranças.

Na realidade, os terrores noturnos deixam recordações posteriores na cabeça dos pais, que assistem aflitos ao aparente desconsolo do filho sem muito o que fazer. A dica é manter a calma e lembrar que as crises tendem a passar sozinhas, em pouco tempo.

Em dúvida sobre quantas horas de sono seu filho precisa? Consulte aqui uma tabela. Leia mais também sobre sonambulismo.
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