Alimentação por idade: 6 a 9 meses
![Bebê experimentando laranja](https://web.archive.org./web/20240425050553im_/https://assets.babycenter.com/ims/2017/11/iStock-480859590_wide.jpg?width=1026)
- O que muda na alimentação do bebê a partir de 6 meses
- Bebê de olho na comida de todo mundo
- Consistência dos alimentos: pedacinhos, mesmo sem dentes
- Comer sozinho: aventura e sujeira!
- Exemplos de cardápio para bebês que se alimentam com sólidos
- Precisa continuar dando leite mesmo que o bebê esteja comendo?
O período entre os 6 e os 9 meses é cheio de mudanças na alimentação do bebê.
O que muda na alimentação do bebê a partir de 6 meses
A partir dos 6 meses, o sistema digestivo já está mais maduro, e o organismo é mais forte para enfrentar eventuais infecções ou alergias causadas por novos alimentos.
Aos poucos, o bebê vai começar a comer frutas amassadas e raspadas e também as comidas "salgadas", primeiro só no almoço e depois também no jantar. Um exemplo de papa salgada pode ser um legume, uma verdura e um tubérculo cozidos em caldo de carne ou caldo de frango e amassados com o garfo.
Tudo sem pressa, com muita paciência, mas também com persistência, para que a criança vá se acostumando ao sabor e à consistência dos alimentos. O leite, no entanto, continua sendo um alimento importante e reconfortante para o bebê.
Veja o passo a passo de como oferecer novos alimentos e aprenda exemplos de receitas para as primeiras comidinhas.
Bebê de olho na comida de todo mundo
Você vai provavelmente notar que a criança passa a demonstrar interesse no que os outros estão comendo. É assim mesmo: ela aprende acima de tudo por imitação.
Vale lembrar que bebês de menos de 1 ano não devem comer mel, devido ao risco de botulismo, uma doença muito grave. Portanto, nada de adoçar frutas ou bebidas com mel. O guia alimentar do governo brasileiro, na realidade, não aconselha a dar mel, melado, rapadura ou qualquer tipo de açúcar ou doce para crianças menores de 2 anos, pois o consumo precoce de açúcar aumenta a chance de ganho excessivo de peso na infância e, consequentemente, o desenvolvimento de obesidade e outras doenças na vida adulta. Além disso, o consumo de açúcar pode causar cáries.
Alimentos ultraprocessados, como bolachas, sorvetes e bolinhos prontos, costumam ter alto teor de açúcar e também não devem ser oferecidos. As crianças já têm naturalmente o paladar mais acostumado ao doce devido ao leite, então oferecer alimentos açucarados pode dificultar a aceitação por verduras e outros alimentos saudáveis.
Seu filho é quase uma tela em branco em termos de paladar. Tem muita coisa que você pode fazer para que ele cresça com uma alimentação saudável e para que não seja enjoado para comer no futuro.
Claro que existem fatores da natureza da própria criança que influenciam nisso tudo também, mas vale a pena o esforço.
Não tem problema dar papinha comprada pronta de vez em quando, desde que seja de boa procedência. Aproveite, porém, a oportunidade para se aventurar na cozinha e entrar no hábito de oferecer uma alimentação caseira, o menos processada possível, para a família toda.
Troque ideias e receitas no grupo alimentação e família
Consistência dos alimentos: pedacinhos, mesmo sem dentes
A partir dos 6 meses, o bebê começa a movimentar a mandíbula de um lado para o outro, imitando a mastigação.
Mesmo que seu filho ainda não tenha dentes para mastigar, os especialistas consideram importante que ele se acostume a engolir pedacinhos de comida.
Amassando a comida, você deixa que seu filho perceba as diferentes texturas dos alimentos e as sensações que eles provocam na boca. E ele sente melhor os sabores também.
Ainda por causa do nascimento dos dentinhos, para aliviar o incômodo nas gengivas, você pode dar alimentos mais duros para o bebê "roer", como um bico de pão italiano, sempre tomando cuidado para a criança não engasgar.
Comer sozinho: aventura e sujeira!
Nesta fase, o bebê começa a desenvolver a capacidade de comer com as próprias mãos. Você já deve ter notado ou já já vai ver seu filho tentando pegar objetos com o polegar e o dedo indicador, no chamado movimento de pinça.
Além disso, tudo o que ele conseguir pegar vai parar na boca, outro sinal de que está pronto para expandir seu cardápio. Aproveite o interesse e ofereça, além de comida amassada, comida em pedaços, para ele pegar com a mão.
Por volta dos 7 ou 8 meses, a maioria das crianças tenta pegar alguma coisa do prato dos outros.
Você pode experimentar também o método BLW, uma filosofia de alimentação em que o bebê se alimenta sozinho, pegando alimentos inteiros, bem cozidinhos, com as mãos.
Quando se dá comida para o bebê com uma colher, é frequente que ele queira segurar o talher. O melhor a fazer é dar à criança uma outra colher, para que segure enquanto você o alimenta. Experimente. Sim, um pouco de sujeira é inevitável, mas você estará incentivando a criança a ser independente.
Procure também estabelecer um lugar certo e tranquilo para a criança comer. Quando ela já estiver se sentando bem, pode começar a usar um cadeirão.
Exemplos de cardápio para bebês que se alimentam com sólidos
Os exemplos de pratos a seguir são adaptados a partir do "Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos", elaborado pelo Ministério da Saúde. O ideal é ir introduzindo um alimento novo de cada vez e depois de uns dois dias, se não houver aparente reação alérgica, começar a combiná-lo com outros:
- Lentilha, arroz, frango e purê de abóbora
- Sopa de feijão, macarrão, caldo de músculo e cenoura
- Mexidinho de arroz com ovo e espinafre
- Tutu de feijão, couve refogada e ovo cozido picado
Precisa continuar dando leite mesmo que o bebê esteja comendo?
Sim, você deve continuar dando leite materno (ou fórmula) para o bebê. Continue amamentando com cerca de três a cinco mamadas por dia.
A orientação dos pediatras é que se espere até 1 ano para começar a dar leite comum para o bebê, no lugar da fórmula infantil. A continuidade da amamentação é a melhor alternativa, recomendada até 2 anos ou mais.
No caso de a criança tomar fórmula, ela ainda deve consumir as fórmulas especiais para crianças de menos de 1 ano. Confira os rótulos para que realmente seja fórmula de leite, e não "composto lácteo", que pode conter outras substâncias alimentícias, como açúcar, óleos e até corantes e aromatizantes.
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