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Tipos de fórmula para bebê e cuidados

Mulher lê rótulo de lata de fórmula infantil
Foto: Thinkstock

O leite materno é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê, porém, algumas mães não podem amamentar por uma série de motivos, como quando não há produção de leite ou a mulher foi diagnosticada com alguma doença que impossibilita a prática, por recomendação médica. Se esse for o seu caso, especialistas indicam que o bebê receba leite artificial — a fórmula — até um ano de idade. Este leite é especialmente desenvolvido para substituir o aleitamento materno, sendo diferente do leite em pó comum. 

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A fórmula é feita para se adequar ao sistema digestivo do bebê, que ainda é imaturo para digerir outros leites, como o de vaca. É produzido e comercializado sob a rígida fiscalização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e precisa ter quantidades certas de nutrientes essenciais para o desenvolvimento do bebê.

Os nomes técnicos para o leite artificial para bebês, no Brasil, são os seguintes:

  • Fórmula infantil: Leite artificial para bebês de até 6 meses.
  • Fórmula de seguimento: Leite artificial destinado a bebês entre 6 meses e 1 ano.
  • Composto lácteo: Produto que contenha uma quantidade mínima de 51% de leite, mas que pode ter vários outros ingredientes, como óleos vegetais. Só pode ser oferecido a bebês maiores de 1 ano. As embalagens são muito parecidas com as de leite em pó e por isso podem facilmente ser confundidas. Por isso, segundo a legislação brasileira, é preciso discriminar na embalagem qual dos dois produtos se trata — composto lácteo ou leite em pó.

Pela lei, só pode ser chamado de “leite em pó” o produto que não tenha nada além de leite. Leia as embalagens com atenção para conseguir diferenciar os produtos e comprar o que deseja.

Em geral, os pediatras recomendam que o leite de vaca original, tanto na versão em pó quanto na versão líquida, só seja dado à criança depois de 1 ano de idade.

Confira tudo o que você precisa saber sobre a fórmula para bebês e cuidados imprescindíveis na hora da alimentação.

Os tipos de fórmula para bebês

Basicamente, os tipos de fórmula vendidas no Brasil são: à base de leite de vaca, à base de leite de cabra, à base de soja, sem lactose, hipoalergênica e à base de outros grãos e cereais. Dependendo do tipo e da marca do produto, o preço pode variar bastante.

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No mercado nacional, as fórmulas infantis são sempre em forma de pó e costumam vir embaladas em latas. Em outros países, elas podem ser vendidas na forma líquida, prontas para tomar ou para diluir em água.

A fórmula em pó é preparada acrescentando-se medidas do produto (geralmente as latas de fórmula para bebês até 1 ano contêm colheres de medida) à água previamente fervida e resfriada.

A decisão sobre qual fórmula usar deve levar em conta o estado de saúde da criança, a idade e as necessidades alimentares, assim como o custo.

O tipo, a marca e a quantidade de fórmula para bebês são prescritos pelo pediatra ou profissional de saúde que acompanha o bebê. Em casos de dúvida, é preciso consultar o especialista. Não troque o tipo de fórmula, nem introduza leite de vaca sem orientação médica.

Complementação do leite materno com fórmula: saiba mais.

Fórmula à base de leite de vaca modificado: o tipo mais comum

A maioria das fórmulas infantis é à base de leite de vaca modificado, para que se pareçam o mais possível com o leite materno. Os fabricantes modificam o leite de vaca para o consumo de bebês, ajustando os níveis de carboidratos, proteínas e gordura, adicionando vitaminas e minerais.

A proteína do leite é bastante alterada nas fórmulas para tornar sua digestão mais fácil, já que os bebês só estarão aptos a digerir leite de vaca normal (integral) depois do primeiro ano de vida. Além disso, o leite comum não é recomendado para bebês por também ser pobre em vitamina C e ferro — o que pode levar a uma anemia.

Há no mercado alguns tipos diferentes de fórmula à base de leite de vaca. As fórmulas infantis, até 6 meses, costumam ter o número 1 junto ao nome. Já as de seguimento, para crianças de 6 a 12 meses, o número 2. Em alguns casos há o número 3, para os meses finais do primeiro ano de vida.

O seu pediatra fará a indicação do momento certo para trocar de fórmula, porque uma alteração precoce pode causar problemas digestivos, como a prisão de ventre. E, se o bebê não parece gostar da fórmula que você dá, é preciso conversar com o médico para discutir alternativas.

Entre as fórmulas infantis à base de leite de vaca, há versões especiais para prematuros, com maior quantidade de calorias ou com algum tipo de espessante para tentar aliviar os sintomas do refluxo gastroesofágico (às vezes essas fórmulas são denominadas pela sigla AR, de antirrefluxo).

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A versão parcialmente hidrolisada destina-se a bebês que tenham desconforto digestivo mas que não sejam alérgicos a leite.

Os fabricantes acrescentam vitaminas e outros elementos como prebióticos. Como as definições são técnicas e variam muito, o mais recomendado é discutir a escolha do produto com o pediatra.

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Fórmula infantil à base de leite de cabra

A fórmula infantil e de seguimento à base de leite de cabra segue os mesmos padrões de produção da fórmula feita a partir de leite de vaca. A fórmula de leite de cabra não é recomendada como alternativa para bebês que tenham alergia à proteína do leite de vaca (APLV), porque as proteínas do leite de cabra e de vaca são muito parecidas. Por isso, a criança pode ter reação alérgica também ao leite de cabra.

Os fabricantes alegam que o leite de cabra é mais próximo do leite humano que o leite de vaca. Pode haver também diferenças no sabor e na aceitação por parte do bebê.

Fórmula infantil sem lactose

A lactose é o açúcar do leite. Se seu filho tiver intolerância à lactose ou não conseguir digeri-la, o pediatra poderá indicar um tipo de fórmula em que a substância é substituída por outro açúcar, como o de milho, por exemplo.

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Mas atenção: fórmulas sem lactose podem conter proteína do leite de vaca, por isso podem não ser adequadas a bebês e crianças alérgicas à proteína do leite. As fórmulas sem lactose costumam conter a sigla SL no nome.

Fórmula para alergia: hidrolisada ou de aminoácidos

As fórmulas hidrolisadas ou de aminoácidos são indicadas para bebês com alergia à proteína do leite de vaca.

Para compor esta fórmula especial, a proteína do leite é quebrada em partes bem menores, facilitando a digestão do bebê. As fórmulas à base de aminoácidos são usadas nos casos mais extremos, de crianças que não toleram as partículas hidrolisadas. Existem versões das fórmulas extensamente hidrolisadas com e sem lactose.

Fórmulas hipoalergênicas são mais caras, porém são distribuídas gratuitamente pelo SUS mediante a apresentação de documentos. Informe-se com seu médico ou em um posto de saúde.

Fórmula infantil à base de soja

A fórmula à base de soja é feita a partir de grãos de soja, acrescidos de vitaminas, minerais e nutrientes. Somente dê leite de soja para seu filho se o pediatra recomendar. Esse tipo de fórmula está cada vez mais em desuso, por poder provocar alergias e problemas gastrointestinais.

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No caso de crianças com alergia à proteína do leite de vaca, é mais provável que o médico indique alguma fórmula hidrolisada.

Fórmulas à base de soja não são recomendadas como primeira opção em crianças de menos de 6 meses, porque é muito comum que bebês alérgicos à proteína do leite de vaca sejam também alérgicos à soja.

Intolerância à lactose é um problema totalmente diferente de alergia e requer uma fórmula diferente também, a sem lactose.

Fórmula à base de arroz e outras formulações vegetais ou veganas

Existe no mercado fórmula infantil à base de arroz, mas ela só deve ser utilizada com orientação expressa do pediatra ou profissional de saúde, especialmente para bebês com menos de 6 meses.

Atenção: leites vegetais caseiros feitos à base de grãos e cereais, como o leite de quinoa, não podem substituir o leite materno ou as fórmulas infantis tradicionais em crianças pequenas, porque não possuem todos os nutrientes de que o bebê precisa. Além disso, podem causar graves problemas de saúde.

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O mesmo vale para bebidas vegetais semelhantes a leite encontradas nos supermercados. Leite de amêndoas, leite de arroz e outros produtos parecidos não são realmente leite e não devem ser dados a bebês em substituição ao leite materno ou à fórmula, porque não têm as características de que o bebê precisa para se desenvolver.

Para crianças acima de 6 meses, bebidas à base de castanhas ou cereais que imitam leite até podem ser usadas de vez em quando em receitas, assim como o leite de vaca e derivados, mas não podem ser a base da alimentação.

Cuidados na hora de preparar e oferecer a fórmula ao bebê

Veja a seguir orientações para usar a fórmula infantil corretamente, sem riscos para a saúde do bebê:

  • Use a fórmula dentro do prazo de validade escrito na lata.
  • Prepare a fórmula exatamente como a prescrição médica e a embalagem indicarem. Se preparada fraca ou diluída demais, a fórmula pode prejudicar o crescimento ou levar a deficiências nutricionais na criança. No caso de dose maior que a prescrita, pode haver desidratação, constipação e problemas renais.
  • Lave bem as mãos antes de preparar a fórmula e alimentar o bebê.
  • Esterilize as mamadeiras ou copinhos antes de colocar a fórmula.
  • Jogue fora o leite que sobrar na mamadeira ou copinho depois que o bebê mamar. Germes e bactérias da saliva do bebê conseguem sobreviver e se reproduzir no líquido. Por isso, as sobras não podem ser guardadas ou reaproveitadas.
  • Não guarde a fórmula pronta na geladeira, mesmo que não a tenha utilizado. Faça a mistura do pó com a água na hora.
  • Não esquente a mamadeira no micro-ondas, porque a temperatura do líquido não será a mesma em todo o conteúdo e poderá queimar a boca do bebê. Se quiser amornar a água, aqueça-a em um recipiente separado e depois transfira para a mamadeira, sempre checando antes a temperatura no dorso da sua mão. Não é recomendado usar a fórmula diretamente na água fervendo.
  • Não engrosse a fórmula com cereal ou outros ingredientes, exceto sob recomendação específica do pediatra ou profissional de saúde.

Há casos extremos, por dificuldades econômicas, em que as famílias introduzem o leite de vaca mais cedo. Nessas situações, é importantíssimo seguir as instruções do profissional de saúde sobre como diluir o leite de vaca na proporção correta para não sobrecarregar o sistema imaturo da criança.

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O leite materno é o alimento ideal para um bebê, recomendado como fonte de alimentação exclusiva até os 6 meses de idade pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A orientação das autoridades de saúde é que a amamentação seja mantida até os 2 anos de idade ou mais. A fórmula deve ser usada em casos específicos, em que o aleitamento materno não pode ser realizado, sempre com acompanhamento médico.

Tire outras dúvidas sobre alimentação com fórmula.

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Luísa Silveira

Luísa Silveira é jornalista, responsável pelo site BabyCenter Brasil. Apaixonada por conteúdos de saúde, está na Webedia desde 2021.