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Vacina de Covid-19: gravidez, amamentação, tentantes e crianças

Grávida de máscara recebe vacina no braço
Foto: iStock.com / bogdankosanovic
A vacina é uma das formas mais importantes para combater a Covid-19 e, principalmente, evitar casos graves e mortes. A vacinação é gratuita no Brasil e está sendo organizada pelos municípios, muitas vezes com regras diferentes de lugar para lugar, por isso é essencial se informar na sua cidade. Veja a seguir as orientações básicas sobre a imunização no Brasil para cada público:

  • Grávidas: todas as grávidas podem receber a vacina gratuitamente, em qualquer fase da gravidez. As vacinas recomendadas para gestantes no Brasil são a da Pfizer e a Coronavac. Gestantes adolescentes, a partir de 12 anos, estão incluídas na vacinação, que conta com doses de reforço e dose bivalente, que protege contra variantes.
  • Puérperas (mulheres até 45 dias pós-parto): todas as puérperas podem ser vacinadas no país, em princípio também só com a Pfizer e a Coronavac.
  • Lactantes: podem se vacinar normalmente, seguindo o calendário, independentemente da idade do bebê. Não é necessário interromper o aleitamento antes ou depois da vacina.
  • Tentantes: podem receber a vacina sem problemas. No caso de terem recebido a vacina da AstraZeneca, no entanto, tomam a dose seguinte com a Pfizer ou a Coronavac se a gravidez já tiver ocorrido.
  • Bebês, crianças e adolescentes: todas as crianças e adolescentes a partir de 6 meses estão incluídos na vacinação pelo Ministério da Saúde. As doses de reforço são recomendadas a partir de quatro semanas após a 1ª aplicação.
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As vacinas contra a Covid-19 são seguras para grávidas?

Estudos realizados em animais avaliaram riscos reprodutivos e de desenvolvimento fetal e não encontraram motivo de preocupação. Resultados preliminares de pesquisa realizadas com grávidas também não apresentaram riscos grandes para as gestantes, sem aumento de casos de aborto espontâneo ou malformação.

Devido ao risco aumentado de complicações e morte materna e fetal por Covid-19 já constatado, principalmente no Brasil, tanto a Anvisa quanto a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) recomendam que todas as grávidas recebam as vacinas contra a Covid-19, incluindo doses de reforço e a dose bivalente.

As únicas vacinas de Covid que não estão sendo aplicadas em gestantes no momento no Brasil, por determinação do Ministério da Saúde, são as feitas com base em adenovírus (AstraZeneca e Janssen), por cautela, para investigação de um efeito colateral raríssimo relacionado à trombose. Há estudos em grávidas em andamento, inclusive no Brasil, com autorização da Anvisa, para atestar a segurança desse tipo de vacina na gestação.

A maior parte das vacinas contra a Covid-19 usa a mesma tecnologia de outras imunizações aplicadas de rotina na gravidez. A vacina da Pfizer (assim como a da Moderna, não disponível no Brasil) foi desenvolvida com uma tecnologia nova, de mRNA, mas os estudos já realizados com gestantes não detectaram risco.

Pode tomar vacina contra Covid em qualquer trimestre da gravidez?

Tanto a Anvisa quanto a Febrasgo afirmam que a vacina pode ser tomada a qualquer momento da gestação, incluindo o primeiro trimestre, pois não há risco aumentado de malformação ou aborto espontâneo.

Informe-se a respeito dos documentos necessários para a vacinação no posto de saúde da sua cidade.

Caso a(s) primeira(s) dose(s) tenha(m) sido das vacinas que não estão sendo aplicadas em gestantes, a orientação do Ministério da Saúde é que a dose seguinte, durante a gestação, seja feita com a vacina da Pfizer, ou, se ela não estiver disponível, com a Coronavac.

Quem teve Covid-19 há pouco tempo pode tomar a vacina?

Segundo o Ministério da Saúde, quem teve diagnóstico de Covid-19 deve aguardar 30 dias a partir do início dos sintomas ou do teste positivo para receber a vacina. A espera vale também para doses de reforço. É preciso estar totalmente recuperado dos sintomas antes de receber o imunizante.

É verdade que quem toma a vacina e amamenta passa anticorpos para o bebê?

Sim, estudos já demonstraram que os anticorpos contra a Covid-19 desenvolvidos pelo organismo da mãe através da vacina estão presentes no leite materno. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que lactantes sejam vacinadas.

Não há nenhum motivo ou recomendação para suspender a amamentação após receber a vacina, seja qual for a idade do bebê.

Quais são as reações mais comuns das vacinas contra Covid-19?

Como em qualquer vacina, pode haver reações após a aplicação da vacina contra a Covid-19. Essas reações são um sinal do corpo produzindo defesas contra a doença.

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Reações mais intensas são pouco comuns. Há também quem não sinta nada de diferente depois de se imunizar, o que não quer dizer que a vacina não "pegou".

Entre as reações mais frequentes estão:

  • Inchaço, vermelhidão ou dor no local da aplicação;
  • Cansaço;
  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular no corpo;
  • Calafrios;
  • Enjoo ou náusea;
  • Tontura;
  • Sensação de gripe ou resfriado.
O mais comum é a reação acontecer no próprio dia da vacinação ou no dia seguinte. Grávidas que tiverem febre podem tomar um antitérmico depois da vacina, já que uma temperatura corporal muito alta da gestante pode prejudicar o bebê. Busque orientação médica se isso acontecer.

Especialistas vêm orientando também a tomar muita água no dia da vacina para amenizar os efeitos colaterais.

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A vacina não é capaz de provocar Covid-19, nem de fazer com que testes para o coronavírus deem positivo. Se o mal-estar após a vacina estiver muito forte ou demorar mais de dois dias para passar, busque atendimento médico, porque a causa pode ser outra infecção ou doença, ou ainda a própria Covid-19 que você tenha pego por coincidência no período próximo à aplicação da vacina.

São raríssimos, como em outras vacinas, os efeitos adversos realmente graves.

Lembre-se de que o fato de não sentir efeitos colaterais não quer dizer que a vacina não esteja funcionando. As reações às vacinas variam muito de pessoa para pessoa.

Quem toma a vacina pode relaxar nas medidas de prevenção?

As pesquisas mostram que a maior proteção oferecida pela vacina é contra a doença grave e não tanto contra a infecção em si. Por isso, em locais em que a Covid-19 esteja muito disseminada, todos precisam manter os cuidados de sempre.

Ou seja, distanciamento social quando possível, ambientes ventilados e uso de máscara em áreas em que haja contato com pessoas que não morem na mesma casa, especialmente lugares fechados e com aglomeração.

Como proteger bebês e crianças pequenas da Covid?

A vacina para bebês acima de 6 meses é considerada segura e já está disponível para todas as crianças no Brasil. Inicialmente, foi limitada a crianças com comorbidades, como síndrome de Down, cardiopatia congênita, entre outros.

De qualquer maneira, é uma boa estratégia garantir que todas as pessoas que tenham contato com bebês e crianças pequenas estejam com a vacinação em dia, incluindo as doses de reforço.

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Mantenha também os cuidados básicos para evitar o contágio pela Covid, como uso de máscaras para bebês acima de dois anos, distanciamento social, evitando lugares fechados com aglomeração de gente.

Pesquisas já mostraram que anticorpos contra a Covid-19 passam para o bebê durante a gravidez, quando a mulher é vacinada, e durante a amamentação, ajudando a proteger o bebê contra formas graves da doença. De toda forma, o seu filho ainda deve ser vacinado, quando atingir a idade permitida pelas instituições de saúde.

Entenda qual a máscara mais segura para cada ocasião.
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A equipe editorial do BabyCenter está comprometida em fornecer as informações mais úteis e confiáveis sobre gravidez e criação de filhos em todo o mundo. Ao criar e atualizar o conteúdo, confiamos em fontes seguras: organizações de saúde respeitadas, grupos profissionais de médicos e outros especialistas e estudos publicados em revistas revisadas por especialistas. Acreditamos que você sempre deve saber a fonte das informações que consome. Saiba mais sobre nossas políticas editoriais e de revisão médica.

Recomendação da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetríca) de 5 de julho de 2021 ( www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/1284-gestantes-e-puerperas-incluidas-nos-grupos-prioritarios-para-vacinas-contra-sars-cov2-no-plano-nacional-de-imunizacao)

Recomendação da Febrasgo sobre dose de reforço, de outubro de 2021 (www.febrasgo.org.br/pt/covid19/item/1327-febrasgo-recomenda-que-gestantes-recebam-dose-de-reforco-de-vacina-contra-a-covid-19)

Ministério da Saúde. Ministério da Saúde recomenda dose de reforço contra Covid-19 para crianças a partir de 5 anos. Janeiro 2023. (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/janeiro/ministerio-da-saude-recomenda-dose-de-reforco-contra-covid-19-para-criancas-a-partir-de-5-anos)

Ministério da Saúde. Ministério da Saúde incorpora vacina Covid-19 para crianças de 6 meses a menores de 5 anos no SUS. Dezembro 2022. (https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/dezembro/ministerio-da-saude-incorpora-vacina-covid-19-para-criancas-de-6-meses-a-menores-de-5-anos-no-sus)

Nota técnica No. 6/2021 - Secovid/Gab/Secovid/MS - Ministério da Saúde, 22 de julho de 2021.

Lei 14.190 de 29 de julho de 2021

Prefeitura de Várzea Paulista. Fevereiro 2023. Bebês acima de 6 meses e crianças têm vacina contra a Covid-19 disponível. (https://portal.varzeapaulista.sp.gov.br/2023/02/07/bebes-acima-de-6-meses-e-criancas-tem-vacina-contra-a-covid-19-disponivel/)
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