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Leite para crianças de mais de 1 ano

Criança bebendo leite
Foto: istock.com / LP7
O leite continua sendo muito importante para a alimentação da criança depois de 1 ano de idade, pois fornece proteínas, cálcio, magnésio e vitaminas.

A amamentação, recomendada pelo Ministério da Saúde e por organizações internacionais até pelo menos 2 anos, supre essas necessidades.

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Se a criança tiver desmamado, você já pode oferecer leite de vaca comum, integral, a partir de 1 ano. Existem também as chamadas fórmulas de seguimento e os compostos lácteos (leia mais abaixo).

Quanto de leite a criança tem de tomar depois de 1 ano?

Embora o leite continue sendo um alimento importante para seu filho, ele não necessita mais das mesmas quantidades de quando era um bebê.

Seu filho vai precisar ingerir cerca de 500 ml de leite por dia (incluindo outros derivados), para suprir as necessidades de cálcio. Mais do que isso pode acabar reduzindo o apetite dele por outros alimentos, exceto no caso do leite materno.

Caso seu filho não goste muito de leite, você pode oferecer duas porções por dia de alimentos ricos em cálcio, como iogurte, queijo e outros derivados. Outra opção é misturar o leite em alimentos e usá-lo como ingrediente (em purês, macarrão com molho branco, estrogonofe etc).

Se ainda assim ele estiver ingerindo pouco cálcio e vitamina D, o pediatra provavelmente recomendará suplementos.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças de até 2 anos devem tomar suplementação de ferro para prevenir a anemia. Essa dose preventiva de suplementação varia bastante dependendo da alimentação da criança, portanto deve ser prescrita individualmente pelo médico.

Confira mais informações sobre suplementação de ferro

Que tipo de leite é adequado para a criança de mais de 1 ano?

O leite para a criança de mais de 1 ano deve ser o integral, e não as versões desnatada ou semidesnatada. Leia as explicações a seguir para entender direitinho os tipos de leite que são vendidos nos supermercados e padarias.

Não adianta dividi-los pela embalagem ("de saquinho", "de caixinha" ou "de garrafa"), porque há leites diferentes em embalagens parecidas. O leite pode ser:

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Pasteurizado ou longa vida (quanto ao processo de esterilização)

  • Pasteurizado: Sistema em que o leite é aquecido e resfriado, para matar os micro-organismos causadores de doença. Precisa ficar sempre na geladeira. Não são acrescidas substâncias externas.

  • Longa vida (UHT): O leite passa por um método que esquenta e esfria a temperaturas mais extremas, tornando-o estéril. É colocado em embalagens bem fechadas que podem ser mantidas fora da geladeira enquanto fechadas, com validade mais longa. Podem ser acrescentados estabilizantes químicos.

Integral, semidesnatado ou desnatado (quanto à fração de gordura)

  • Integral: contém a gordura original do leite. Há vitaminas, como a A e D, que precisam da gordura. O leite para crianças até 2 anos deve ser o integral, com pelo menos 3 por cento de gordura.

  • Desnatado: Pode ter no máximo 0,5 por cento de gordura. Não é recomendado para crianças em nenhuma situação.
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Só a versão integral pode ser dada para crianças de menos de 2 anos.

Se o leite for pasteurizado, basta ver o nome tipo A na embalagem. Se for longa vida, procure a palavra "integral" no rótulo.

Fórmulas de seguimento de leite artificial e compostos lácteos

Também existem no mercado fórmulas de leite artificial para substituir a amamentação de crianças maiorzinhas, chamadas de fórmulas de seguimento, voltadas para crianças a partir dos 6 meses.

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Para crianças de mais de 1 ano, existem no mercado os compostos lácteos, feitos com no mínimo 51 por cento de leite de vaca, mas que não podem ser chamados de "leite em pó" por possuírem outros componentes (podem conter açúcar e aditivos, além de suplementos e vitaminas). São vendidos em pó e são muito parecidos com as fórmulas dadas para bebês que não tomam leite materno, e com o leite em pó.

O mais comum é encontrar esses produtos com divisões por idade da criança.

Esse tipo de leite artificial ou composto lácteo conta com os nutrientes necessários para cada faixa etária, incluindo o ferro, mas não é obrigatório usá-lo para crianças de 1 ano ou mais. O leite integral de vaca (ou o leite materno), juntamente com uma alimentação saudável e balanceada, é nutricialmente adequado para crianças dessa idade, desde que seja feita a suplementação de ferro, gratuita pelo SUS.

Já os "leites vegetais" -- feitos a partir de arroz, coco e amêndoas, por exemplo -- não têm todos os nutrientes de que a criança precisa e não podem substituir o leite comum ou materno, a não ser que haja expressa orientação do pediatra.

O que faço se meu filho tiver alergia ao leite comum

Caso você desconfie que seu filho é alérgico à proteína do leite de vaca (APLV) ou tenha intolerância à lactose, busque a orientação do médico.

Não comece a usar algum tipo de leite vegetal por conta própria.

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"Mesmo as fórmulas com proteínas do arroz não devem ser dadas como alternativa em casos de alergia à proteína do leite de vaca. Para esse fim existem fórmulas específicas, que são parcial ou extensamente hidrolisadas, ou ainda fórmulas de aminoácidos", explica o pediatra Fábio R. Picchi Martins, do Conselho Médico do BabyCenter.

Se seu filho já toma fórmula de leite à base de soja por recomendação médica, converse com o pediatra antes de introduzir o leite de vaca. É possível que ele oriente você a começar com outra bebida à base de soja fortificada com vitamina D e cálcio.

Fórmulas à base de soja não devem ser dadas a bebês nos primeiros 6 meses de vida.

Preciso ferver o leite?

Para crianças de mais de 1 ano, a necessidade de ferver depende do leite:

  • leite materno: nunca deve ser fervido

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  • leite cru natural não-pasteurizado (tirado diretamente da vaca): sempre precisa ser fervido

  • leite UHT ou longa-vida: não precisa ser fervido

  • leite pasteurizado tipo A: aqui há certa divergência entre os especialistas. Há quem defenda a fervura, para evitar o risco de haver micro-organismos prejudiciais, mas por outro lado, ao ferver o leite, algumas de suas propriedades positivas se perdem.

    Verifique com o pediatra qual é a orientação para o seu filho. Como regra geral, não precisa ferver, a não ser em caso de crianças com saúde mais debilitada.

Procure usar o leite aberto em no máximo dois dias, de preferência no mesmo dia. Guarde a embalagem aberta na geladeira (mesmo a longa vida).

Alguns médicos recomendam que se ferva o leite industrializado, mesmo o de caixinha, depois de mais de 24 horas aberto na geladeira.

Tudo bem continuar dando o leite na mamadeira após 1 ano de idade?

Caso seu filho use mamadeira, você pode aproveitar a mudança no tipo do leite para ensinar a criança que aquele leite é para gente grande (como ela!), que toma o leite no copo, e não na mamadeira (leia aqui boas dicas de como introduzir o copinho).

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Mesmo que não consiga fazer a transição de cara, fique com isso na cabeça. A mamadeira não traz só desvantagens para a formação da arcada dentária. Ela também favorece a contaminação por micro-organismos -- e aí aparecem aquelas doencinhas gastrointestinais que são tão chatas.

"A partir dos 6 meses o bebê já pode receber bebidas no copo de treinamento, passando depois para o copo comum (inclusive com o próprio leite)", afirma o pediatra Fábio R. Picchi Martins.

De acordo com ele, essa mudança para os copinhos mais cedo tem ajudado a evitar doenças como otites e rinossinusites.

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