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Enjoo na gravidez: como melhorar e quando se preocupar

Mulher negra, no sofá, enjoada
Foto: iStock

O enjoo é um dos sintomas de gravidez mais comuns e falados, já que, além de incomodar, costuma ser um dos primeiros sinais de que um bebê vem aí. A ânsia e os enjoos, seja a cheiros ou sabores, estão relacionados ao aumento de hormônios no início da gravidez, como progesterona e hCG, podendo aparecer por volta da 5ª e 6ª semana.

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A hipersensibilidade a cheiro e gostos, o excesso de salivação e a azia na gravidez também podem estar associados aos sintomas de enjoo, que costumam durar até o segundo trimestre. Entretanto, há gestantes que sofrem com isso durante grande parte da gravidez, enquanto outras não sentem em nenhum momento. Infelizmente, é impossível prever se você terá ou não esse sintoma.

Veja o que você precisa saber sobre enjoo na gravidez, desde dicas para aliviar o incômodo até sinais de alerta que é importante se atentar.

Como é o enjoo na gravidez?

Além das alterações hormonais, não há um motivo comprovado para o enjoo na gravidez — ou, ainda, porque algumas mulheres sentem e outras não. A presença do enjoo, por si só, também não indica saúde para o bebê, diferente do que alguns podem pensar.

Algo que é possível observar, de fato, são os sintomas físicos nas gestantes, principalmente na fase inicial da gravidez. Dentre eles, é possível listar:

  • Náusea;
  • Vômitos;
  • nsia de vômito, muitas vezes sem vomitar de fato;
  • Hipersensibilidade do olfato e mudanças nas preferências de cheiros e gostos;
  • Excesso de saliva e gosto amargo na boca.

Se o enjoo e a náusea são tão fortes que não dá para manter nada no estômago — de comida até remédios e vitaminas — pode se tratar de uma síndrome chamada hiperemese gravídica.

Para esses casos, a equipe que acompanha o pré-natal pode prescrever uma dieta especial ou remédios para aliviar os sintomas, além de sugerir repouso e mudanças de hábitos. Em alguns casos, pode haver indicação de internação hospitalar para tomar soro na veia e repor líquidos, glicose e eletrólitos. De toda forma, é importante consultar um profissional de saúde e nunca se automedicar.

Como aliviar o enjoo da gravidez?

Não existe solução mágica para o enjoo da gravidez, mas há algumas medidas que você pode tomar para tentar se sentir mais disposta:

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  • Procure não ficar em jejum por mais de três horas, porque o jejum favorece a náusea.
  • Tente seguir o que seu corpo indica: coma o que conseguir, e devagar, porque a chance da comida ficar no estômago é maior.
  • Alimentos mais secos (como torrada) e ácidos (picolé de limão, água com gotas de limão) podem aliviar a sensação.
  • Evite se expor a agentes que desencadeiam enjoo, como alimentos apimentados e com cheiro forte, frituras, perfumes e ambientes de calor excessivo.
  • Consuma bebidas geladas entre as refeições. Mas não beba muito de uma vez só, para o estômago não ficar cheio, o que pode provocar náusea, além de tirar o seu apetite.
  • Escove os dentes e enxágue a boca. Se escovar os dentes também deixa você enjoada, experimente mudar de pasta, talvez para algo menos mentolado.
  • Fique ao ar livre o máximo que conseguir.
  • Procure um acupunturista que tenha experiência em lidar com enjoo de grávidas.

Além disso, há suplementos e remédios que são considerados seguros para tratar o enjoo da gravidez, mas que também devem ser indicados pelo médico. Os profissionais de saúde também podem prescrever vitamina B6 ou uma combinação da vitamina B6 com outras substâncias para tratar de casos mais graves de enjoo.

Veja mais dicas de como lidar com os enjoos.

Quando buscar ajuda para os vômitos na gravidez

Vômitos e enjoo no começo da gestação, apesar de incômodos, são comuns. Porém, há alguns sinais de alerta. É essencial buscar avaliação médica, se você:

  • Perder peso devido aos vômitos;
  • Começar a ter náusea e vômitos depois do segundo mês de gravidez;
  • Vomitar sangue;
  • Sentir tontura ao levantar de uma cadeira ou da cama, por exemplo;
  • Tiver sinais de desidratação, como xixi escuro ou pouco xixi;
  • Tiver dor abdominal, febre, dor de cabeça ou inchaço no pescoço;
  • Tiver passado mais que 12 horas sem que nenhum líquido pare no estômago ou 24 horas sem que nenhum alimento sólido pare no estômago.
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Leia sobre repulsa ou enjoo pelo cheiro do companheiro.

Duração do enjoo e vômito na gestação

Ao longo do dia, o enjoo pode aparecer a qualquer momento. Para muitas grávidas, infelizmente, dura o dia inteiro. Há quem fique enjoada constantemente, enquanto outras sentem pioras em determinados horários, como de manhã ou à noite, próximo da hora de dormir. Mas nenhuma gestação é igual a outra. Ou seja, até se você engravidar de novo, poderá sentir diferenças, incluindo no incômodo.

O mesmo vale para a fase da gestação em que você se verá livre dos tão temidos enjoos. O sintoma pode durar de semanas a meses, principalmente no primeiro trimestre. Porém, não costuma persistir até o final da gravidez, com exceção de casos mais raros. Para a maioria das mulheres, a situação melhora após o terceiro mês.

Vale lembrar que, mesmo após o enjoo passar, é possível que o sintoma retorne ao longo da gravidez, muitas vezes deflagrado por determinados cheiros mais fortes. Já no final da gestação, próximo ao parto, o desconforto abdominal pelo tamanho do bebê pode ser responsável por mal estar e questões gastrointestinais.

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Fale com o profissional que acompanha o seu pré-natal se a náusea e os vômitos persistirem depois da 20ª semana. Enjoo que não passa debilita o corpo e, em casos mais graves, pode levar à desidratação, desnutrição e um ganho de peso inadequado na gravidez.

O que piora o enjoo na gravidez?

Uma série de hábitos e alimentos podem piorar o enjoo para as grávidas. Beber água ao mesmo tempo em que come, por exemplo, pode dificultar a digestão. Se aproximar de cheiros fortes, como o de cigarro, também pode ser um problema para quem está enjoada.

Na hora de montar o cardápio da semana, evite ingredientes gordurosos, com muita açúcar ou pimenta, além de alimentos com excesso de tempero. Esse tipo de alimentação pode ser mais agressiva ao estômago, o que, em período de sensibilidade, é ainda pior para o organismo.

Por fim, vale lembrar que existem alguns fatores de risco que contribuem para que certas grávidas sejam mais suscetíveis a enjoos. São eles:

  • Gravidez de gêmeos ou mais bebês, devido aos possíveis níveis mais altos de hormônios no organismo. A gestação de múltiplos também eleva as chances de enjoos mais severos, embora não seja uma regra.
  • Ter tido náusea e vômitos em gestações anteriores.
  • Ter histórico de náusea e vômitos como efeito colateral de pílula anticoncepcional. É provavelmente uma resposta do seu organismo à presença do hormônio estrogênio, cujos níveis sobem rapidamente no começo da gravidez. Esse aumento do estrogênio pode ser responsável pela maior sensibilidade a odores, resultando na aversão a comidas que tantas grávidas sentem no primeiro trimestre da gestação.
  • Ter histórico familiar de náusea na gravidez. Caso sua mãe ou irmã tenha tido enjoo sério na gravidez, há maior chance de você ter também.
  • Ter estômago mais sensível às mudanças do organismo no início da gestação.

O enjoo da gravidez pode afetar o bebê?

Enjoos moderados e vômitos ocasionais não ameaçam o bem-estar do bebê, desde que você consiga manter-se nutrida e hidratada. Talvez nas piores fases você não consiga se alimentar com tanta frequência, mas é importante priorizar os líquidos.

Caso o suplemento vitamínico de gestantes prescrito para você te deixar enjoada, tente tomá-lo junto com a comida ou à noite. Se mesmo assim você não aguentar, fale com o médico para que vocês busquem alternativas que contenham as vitaminas que você e o bebê precisam.

O enjoo moderado por si só não afeta o bem-estar do bebê. No entanto, vômitos contínuos e prolongados por toda a gravidez estão relacionados a um maior risco de partos prematuros, bebês com baixo peso ao nascer e atrasos no desenvolvimento, justamente pela possibilidade da mãe ficar desnutrida. Não deixe de buscar tratamento se achar que pode estar sofrendo com hiperemese gravídica.

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Claudia Boyd-Barrett

Claudia Boyd-Barrett é jornalista especializada em saúde e mora na Califórnia.

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