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A respiração do bebê: o que é ou não normal

Bebê dormindo
Foto: Thinkstock
Muitos pais, especialmente os de primeira viagem, costumam verificar várias vezes por noite se o bebê está respirando normalmente. Não há regra nesse caso, e você deve olhar seu filho tantas vezes quanto quiser -- o que fará de você um pai ou mãe absolutamente normal!

Tantas idas e vindas, porém, tendem a acabar com seu sono, assim como cansar o bebê (especialmente se você ficar mexendo nele para checar).

Preciso checar a respiração do bebê durante a noite?

Caso seu filho seja prematuro ou tenha alguma outra condição especial, como apneia, é importante monitorar a respiração dele por um período, seguindo a orientação do pediatra.

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Mas, mesmo sem qualquer indicação médica, é normal que você se preocupe e queira vê-lo algumas vezes durante a noite.

Talvez seja tranquilizador saber que as crianças passam por muitos estágios de sono, incluindo fases em que ficam praticamente imóveis, e às vezes até de olho aberto!

Com o tempo e a experiência, você vai acabar se acostumando, e aos poucos aquelas checagens noturnas para conferir se o bebê está respirando direitinho vão ser menos frequentes.

Como é a respiração normal de um bebê dormindo?

A respiração dos recém-nascidos acontece em ciclos: começa rápida e profunda e depois passa a mais vagarosa e superficial. Esses ciclos podem ter intervalos de até 5 segundos e depois recomeçam.

Isso é normal e acaba mudando para um padrão regular de respiração, às vezes com a presença de suspiros, nos primeiros meses de vida.

Depois de mamar, a respiração do recém-nascido pode ficar mais acelerada, porque ele está com o estômago cheio. Conforme o estômago esvazia a respiração vai ficando mais tranquila.

Veja a seguir três rápidas maneiras de checar se a respiração do seu filho está normal:

  • Ouça. Coloque seu ouvido próximo à boca e ao nariz do bebê, e procure ouvir os sons da respiração.
  • Olhe. Abaixe-se para que seus olhos fiquem na altura do peito do bebê e acompanhe então o sobe-e-desce do corpinho dele.
  • Sinta. Aproxime sua bochecha da boca e do nariz do bebê e sinta a respiração dele contra a sua pele.
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O uso de equipamentos como babá eletrônica e monitores de respiração pode preocupar mais que tranquilizar. É natural que o bebê faça barulhinhos ao dormir, e o aparelho amplifica os sons, fazendo com que os pais se levantem a toda hora para ver se está tudo bem com a criança -- o que acaba atrapalhando o sono de todo mundo. Os monitores de respiração dão alarmes falsos que aterrorizam a família. Por isso, a recomendação é que só sejam usados se tiverem sido indicados pelo pediatra para monitorar a apneia do sono.

Devo me preocupar se a respiração do bebê tiver algum barulho?

Alguns grunhidos do bebê são totalmente normais e, em geral, não há nada com o que se preocupar.

Logo na primeira consulta, o profissional de saúde vai avaliar os sons do coração e do peito dele -- se você tiver alguma dúvida, é um bom momento para esclarecê-la.

Em momentos de resfriados leves ou secreção no nariz, você pode ouvir um "ronquinho" conforme o bebê respira. A aplicação de soro fisiológico (cloreto de sódio 0,9%) pode aliviar.

Preste atenção aos sinais de que um resfriado possa estar se agravando ou virando uma coisa mais séria, como uma bronquiolite, por exemplo.

Quando buscar atendimento médico por causa da respiração do bebê?

Você deve procurar atendimento rápido se o bebê:

  • parecer cansado, como se respirar fosse difícil e usasse todas as energias dele
  • estiver ofegante, respirando mais de 60 vezes por minuto
  • gemer sempre no fim de cada respiração
  • estiver com as narinas dilatadas, muito abertas, o que pode indicar esforço para respirar
  • apresentar chiado agudo ou tosse de cachorro (tecnicamente chamada de "tosse ladrante")
  • estiver com os músculos do peito subindo e descendo intensamente, demonstrando esforço
  • tiver pausa na respiração (apneia) de mais de 10 segundos
  • ficar muito pálido ou com a pele azulada (cianose), principalmente no rosto, lábios, extremidades dos dedos das mãos e dos pés, e na parte de dentro da boca (embaixo da língua e na parte interna da bochecha), o que significa que o sangue não está recebendo oxigênio suficiente.
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A equipe médica deve verificar como está a oxigenação do bebê e examinar os pulmões e o coração em busca de sinais de problemas como cardiopatias congênitas, por exemplo, ou infecções do sistema respiratório.

Tenho medo da síndrome da morte súbita. O que posso fazer?

Embora assustadora, a síndrome da morte súbita infantil (Sids, na sigla em inglês) é rara e acomete menos de uma em cada 1.000 crianças. Noventa por cento dos casos ocorrem antes dos 6 meses de idade e o risco praticamente desaparece quando o bebê chega ao primeiro aniversário.

Não se sabe exatamente o que causa a síndrome da morte súbita do lactente, mas alguns fatores de risco já foram identificados. Coloque sempre o bebê para dormir de barriga para cima e, se alguém na sua casa fuma, o ideal é que abandone o cigarro.

Por outro lado, durante o dia, e sempre com alguém observando, coloque a criança acordada de bruços para brincar por alguns minutos. Isso fortalece o controle do pescoço e contribui para que ela consiga virar a cabeça se por acaso acontecer de ficar com o rosto obstruído.

Não use travesseiro nem protetores no berço, e não agasalhe demais a criança. A Associação Americana de Pediatria recomenda, entre as medidas para reduzir o risco, que o bebê durma no mesmo quarto dos pais, mas não na mesma cama.

Segundo o pediatra Fábio Picchi, do Conselho Médico do BabyCenter, "é importante ressaltar o perigo de sufocamento no caso de bebês que dormem na mesma cama que os pais".

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Para que você se tranquilize em caso de risco, procure conhecer algumas manobras de emergência.

Na maioria dos casos, a respiração irregular dos bebês não é motivo de preocupação.

Veja outras informações sobre como colocar o recém-nascido para dormir e descubra 12 motivos por que os bebês choram tanto

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