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Quais são os sinais de atraso no desenvolvimento de uma criança?

Criança desenhando
Foto: Thinkstock

Conforme a criança vai crescendo, é natural que surjam as comparações e que os pais se preocupem se está tudo correndo dentro do esperado para a idade dela.

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Dúvidas como "Será que com essa idade ele já não deveria estar engatinhando?" ou "A filha da vizinha já falou uma outra palavrinha, por que será que a minha não fala ainda?" são comuns na maioria das famíias e não necessariamente indicam nada de errado. Por outro lado, quanto mais cedo algum possível atraso ou problema for identificado melhor é a chance de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado.

Como saber se há algo errado com a criança?

Cada criança tem um ritmo diferente de desenvolvimento. Assim sendo, muitas vezes é difícil separar o que é simplesmente uma particularidade e o que é um verdadeiro atraso no desenvolvimento, que possa estar sendo causado por alguma condição que precise ser investigada e tratada.

A observação dos pais e das pessoas que mais convivem com a criança é a melhor forma inicial de identificar possíveis atrasos. Caso seja identificado algum problema, intervenções médicas ou terapias específicas ajudam a reduzir eventuais prejuízos futuros, principalmente se iniciadas bem cedo.

O que significa exatamente "atraso no desenvolvimento"?

Os especialistas usam o termo "atraso no desenvolvimento" quando uma criança não atinge alguns dos marcos do desenvolvimento com a idade esperada, mesmo já levando em conta as variações individuais. O atraso pode ocorrer em uma ou mais áreas:

  • Coordenação motora ampla (habilidades físicas como rolar, sentar e andar)
  • Coordenação motora fina (capacidade de segurar as coisas, manipular objetos)
  • Linguagem e fala (tanto a compreensão quanto a fala)
  • Habilidades sociais (relacionamento com outras pessoas)
  • Capacidade de autocuidado (vestir-se, usar o banheiro)

É comum uma criança ter atraso no desenvolvimento?

Estudos já mostraram a ocorrência de atrasos no desenvolvimento entre 10 e 15 por cento das crianças de menos de 3 anos, portanto se trata de um problema relativamente comum.

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Entre os atrasos estão dificuldade de aprendizado, de se comunicar, de se movimentar e até mesmo de brincar. Muitas vezes há atraso em mais de uma área.

Quanto mais rapidamente a criança receber terapias adequadas, maior a chance de reduzir o impacto do atraso neuropsicomotor.

Alguns desses atrasos desaparecem até o início da vida escolar (ensino fundamental), enquanto outros são identificados apenas mais tarde.

É sempre boa ideia para quem tem filhos se familiarizar com os marcos do desenvolvimento físico e cognitivo para cada idade e usar essas informações como um guia geral de expectativa. Assim, fica mais objetivo saber que, por volta de 1 ano e 3 meses, uma criança tem entendimento de como se usa um garfo, que aos 2 anos a maioria das crianças emprega várias palavras ou que se até 1 ano e meio ela não andar é preciso conversar com o médico.

Que tipo de problema os pais podem perceber?

A maioria das famílias consegue perceber com certa facilidade atrasos nos grandes marcos do desenvolvimento, como engatinhar e andar. Mas também há atrasos mais específicos, como a dificuldade em segurar objetos pequenos ou passar um brinquedo de uma mão para a outra.

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Na área da linguagem, um dos sinais de alerta é perceber que a criança não entende o significado de palavras, ou não tenta se comunicar, seja apontando ou balbuciando.

Existem ainda as situações em que a criança perde uma habilidade que já vinha conquistando, seja na fala, na movimentação ou na socialização.

Nas consultas de rotina, o pediatra deve fazer perguntas sobre o comportamento do bebê e observá-lo para ter certeza de que ele está se desenvolvendo como o esperado.

Crianças que nasceram prematuras podem demorar mais para atingir certos marcos do desenvolvimento se comparadas com bebês nascidos no tempo certo. Até o segundo ou o terceiro aniversário, o pediatra pode preferir considerar como a "idade" do bebê prematuro a data prevista de parto, ou seja, a data em que a gestação teria completado 40 semanas -- é a chamada a idade corrigida do prematuro.

O BabyCenter preparou listas de sinais de alerta de várias áreas do desenvolvimento para você consultar e conversar com o pediatra:

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O que pode estar causando o atraso no desenvolvimento?

Em algumas situações, o atraso no desenvolvimento tem uma causa médica identificável, como complicações de um nascimento prematuro ou uma condição genética como a síndrome de Down ou outras síndromes. Também pode ser causado por algum acidente ou doença.

Problemas na fala e na linguagem podem ser causados por dificuldade de audição, questões físicas ou neurológicas ou ainda transtornos cognitivos, como os transtornos do espectro do autismo. Pediatras, neuropediatras e fonoaudiólogos costumam ser os profissionais envolvidos em diagnóstico e opções de tratamento. De toda forma, pais e cuidados podem e devem ficar atentos aos sinais precoces de autismo

Problemas de visão podem ser a causa de alguns atrasos, e são difíceis de perceber. No início é o pediatra que examina a visão do bebê, mas em caso de preocupação ele pode encaminhá-lo para uma avaliação mais detalhada com um oftalmologista.

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Em muitos casos, no entanto, é impossível detectar com precisão o que causou um atraso no desenvolvimento.

Leia mais sobre causas de atraso no desenvolvimento

O médico disse que está tudo normal, mas não consigo me despreocupar

Se, mesmo depois de uma avaliação cuidadosa por parte do pediatra, não tiver sido identificado nenhum atraso, mas você não se convenceu, confie nos seus instintos e procure uma segunda opinião. Outra opção é buscar a avaliação de um especialista (neuropediatra, fonoaudiólogo ou ortopedista, dependendo do tipo de atraso).

Pode até ser que esteja tudo normal e que a criança supere rapidamente o atraso, ou pode ser que uma terapia curta já seja suficiente para resolver o problema.

Mesmo que realmente não seja nada, você vai ter a tranquilidade de estar fazendo tudo o que pode para que seu filho tenha a melhor assistência e o melhor desenvolvimento possíveis.

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Nancy Montgomery
Nancy Montgomery é jornalista e editora especializada em saúde e bem-estar.
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