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Marcos do desenvolvimento: Socialização

Dois bebês sentados brincando
Foto: Thinkstock
Como o bebê entende a relação dele com outras pessoas? Como e quando começa a fazer amigos e criar relacionamentos? Tudo começa com você. Desde que nasce, o bebê recorre a você para suas necessidades básicas. No começo, precisa de comida e carinho. Conforme fica mais consciente, busca mais atenção e estímulos.

A pessoa que cuida diretamente do bebê é a principal companheira de brincadeira, e é sem dúvida a pessoa favorita da vida dele.

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Seu filho abre um sorriso só de ouvir sua voz, ver seu rosto ou ser tocado por suas mãos. A sensação de segurança que tudo isso transmite dá a ele confiança para começar a criar relações mais profundas com outras pessoas. Com sua ajuda, a criança passa a gostar da presença delas também. É o que dá início ao desenvolvimento do traquejo social.

Com que idade acontece a socialização do bebê?

Desde o momento em que nasce, o bebê aprende a se adaptar e a responder às pessoas em volta.

Durante o primeiro ano, ele se concentra principalmente em descobrir do que é capaz (segurar coisas e andar, por exemplo) e em interagir com os pais. Gosta de ver outras pessoas, mas prefere a companhia dos responsáveis diretos.

Por volta dos 2 anos, começa a gostar de brincar com outras crianças. Mas precisa de treino para entender como essa socialização funciona -- a princípio, seu filho não vai querer dividir brinquedos com ninguém, e o aprendizado acontece na base da tentativa e erro (com bastante choro no caminho).

Ao atingir 3 anos, está aprendendo a ter mais empatia com outras crianças e segue no caminho de fazer os primeiros amigos para valer.

Como estimular a inteligência da criança no dia a dia

Como a criança desenvolve relações sociais com outras pessoas?

Veja a seguir o desenvolvimento da socialização do bebê de acordo com a idade:

Recém-nascido a 1 mês

Até os recém-nascidos são de alguma forma sociáveis. Eles adoram ser tocados, segurados e embalados, e gostam de ver sorrisos.

Já no primeiro mês de vida, o bebê começa a fazer caretas e a gostar de olhar para rostos e até imitar alguns gestos. Se alguém lhe mostrar a língua, é provável que ele faça a mesma coisa.

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Dois meses

Nessa fase, o bebê passa as horas em que está acordado só observando o que acontece ao seu redor. Pode até dar seus primeiros sorrisos de verdade (sorriso social), que vão ser muito marcantes para você.

Três meses

O bebê vira especialista em iniciar a brincadeira de "conversar" com você, sorrindo e fazendo barulhinhos ao mesmo tempo. Responda conversando de volta.

A criança também gosta de fazer brincadeiras em que fica cara a cara com você, como "janela, janelinha, porta, campainha".

De 4 a 5 meses

Mais aberto a desconhecidos, o bebê dá gritinhos de alegria. Mas nessa idade ninguém se iguala na preferência a papai e mamãe, ou aqueles cuidadores diretos, que sempre receberão as reações mais animadas da parte dele. Esse é um sinal claro do vínculo afetivo que é tão importante para o desenvolvimento.

De 6 meses a 1 ano

O bebê pode começar a se interessar por outros bebês, principalmente quando começa a engatinhar e se movimentar mais. Isso quer dizer que vai brincar contente ao lado de outra criança, trocando olhares de vez em quando, chegando a imitar sons um do outro.

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Quando duas crianças com menos de 1 ano são colocadas lado a lado e diante de brinquedos, elas costumam continuar próximas, mas cada uma continua com seu brinquedo escolhido. Ou seja, elas brincam em proximidade, mas ainda não uma com a outra.

Os bebês nessa fase realmente gostam mais da própria família, principalmente irmãos e irmãs mais velhos, e podem até expressar medo perto de rostos desconhecidos.

A insegurança ao não ver você começa a surgir por volta dos 7 meses. Mas saiba que conforme os meses passam o bebê vai ficando mais confortável com outras pessoas. A ansiedade da separação costuma chegar ao ponto mais alto entre os 10 meses e 1 ano e meio, mas pode surgir a qualquer momento entre os 6 meses e 1 ano e 8 meses.

O bebê chora ao se separar da família e pode ser recusar a ir para o colo de pessoas que não conheça bem.

De 1 a 2 anos

Nessa fase, a criança fica mais interessadas em relação ao mundo, mas principalmente em como ele se relaciona com ela.

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À medida que desenvolve a fala e a comunicação com os outros, ela também aprende a fazer amigos. Gosta da companhia de qualquer criança, seja da mesma idade, seja mais velha. Ainda mantém o comportamento de brincar só do lado do amiguinho, sem interações muito grandes.

Com cerca de 1 ano e meio, a criança demonstra que fica abalada ao ver outro bebê chorar. No entanto, não sabe muito bem como reagir.

Entre 1 e 2 anos os bebês são bastante possessivos com seus brinquedos. Aprender a compartilhar as coisas é um aprendizado longo, e os pais podem passar por constrangimento em certas situações sociais.

Observe como seu filho imita outras crianças e fica um tempão só olhando o que elas fazem. Também aparecem novos sinais de independência, como a recusa em dar a mão para andar na rua ou o escândalo quando você diz a ele que não pode fazer alguma coisa.

De 2 a 3 anos

Entre os 2 e os 3 anos, a criança tem uma boa compreensão dos conceitos de confiança e amor. Sabe demonstrar afeição, tomando a iniciativa para dar beijos e abraços. Mas ainda tem dificuldade em entender o que as outras pessoas estão sentindo.

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Conforme vai crescendo, fica mais disposta a dividir os brinquedos, e começa a chamar as outras crianças de "amigos".

É da natureza das crianças adorar estar perto de pessoas, principalmente outras crianças. Seu filho vai aprender a cada dia a entender melhor os outros, dar a vez na brincadeira, compartilhar suas coisas. Pode ser que escolha uma ou duas crianças como amigos preferidos.

A linguagem se desenvolve rápido, e você percebe que seu filho começa a copiar expressões e palavras que ouve de você -- tanto as boas quando as não tão boas assim! O desenvolvimento da linguagem é uma parte essencial da socialização do bebê.

Como estimular a socialização do bebê?

Passe bastante tempo em atividades com o bebê em que ele olhe diretamente para o seu rosto, principalmente nos primeiros meses. Assim vocês dois aprendem a se entender apenas pelas expressões faciais, e ele vai até brincar de fazer caretas.

Sempre que for possível e seguro, promova o contato do bebê com seus familiares e amigos. Bebês adoram visitas, especialmente aquelas que lhes dão atenção e carinho.

Se seu filho demonstrar ansiedade na presença de gente estranha, não force a barra para ficar no colo de alguém. Esse estranhamento com pessoas é comum a partir dos 7 ou 8 meses.

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Se um parente ou amiga pegar o bebê no colo e ele chorar, pegue-o de volta. É importante esperar que ele primeiro se sinta seguro. Ter paciência e compreendê-lo ajudam no processo. Preste atenção para que a aproximação com pessoas novas seja feita aos poucos.

Para as crianças mais velhas, a convivência com outras é fundamental, por isso vale convidar amiguinhos e primos para brincar na sua casa quando possível e deixar um monte de brinquedos disponíveis para eles se distraírem. Saiba que certamente vai ser preciso mediar alguma disputa.

Colocar a criança numa escola ou atividade em grupo é outra forma de estimular a socialização e incentivar a criação de amizades.

Quando se preocupar se o bebê não se interessa por outras pessoas?

Leve sua preocupação para o profissional de saúde que acompanha seu filho, principalmente quando:

  • Com 1 ano ou mais, o bebê parece desinteressado pelo contato com outras pessoas que não sejam pai ou mãe (ou cuidadores diretos), mesmo com seu incentivo.
  • Com 1 ano, o bebê não parece querer interagir com você.
  • A criança tem comportamento extremamente agressivo e não consegue interagir com outras sem morder, bater ou empurrar.
  • A criança fica muito abalada sempre que há alguma mudança na rotina.
  • A criança é extremamente sensível a certos barulhos, texturas ou luzes.
Comportamentos assim às vezes são fruto de medo ou insegurança, e em alguns casos demonstram um distúrbio mais sério.

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Um especialista saberá fazer um eventual diagnóstico ou sugerir formas de lidar com as necessidades do seu filho. (Alguns bebês chegam a passar por uma fase de morder os colegas, mas isso geralmente é mais ligado à vontade de explorar novas atividades e sensações e descobrir o que têm ou não têm permissão de fazer.)

Procure manter a calma se a criança agredir outra e retire-a da situação. Por outro lado, faça muitos elogios quando ela estiver brincando bem e em paz com outras crianças.

É claro que todas as crianças têm momentos de agressividade, especialmente se querem um brinquedo, no entanto esse comportamento não é constante, crianças não costumam ser agressivas o tempo todo. Se você desconfiar de qualquer coisa diferente no desenvolvimento do seu filho, procure ajuda especializada.

Conheça alguns outros sinais de alerta no comportamento.

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