Infecção por coronavírus (Covid-19) e gravidez

Grávida de máscara ao ar livre
iStock.com / SbytovaMN
O novo coronavírus é o vírus que causa a Covid-19, uma doença que afeta o sistema respiratório e outros órgãos do corpo. A transmissão de pessoa para pessoa acontece através de gotículas de saliva ou de outras secreções respiratórias que ficam suspensas no ar por longos períodos, principalmente em lugares fechados ou com contato próximo entre pessoas.

A Covid-19 é muito contagiosa, e por isso a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma pandemia da doença em março de 2020. Estudos e observações estão sendo constantemente feitos. A mortalidade é maior entre idosos e pessoas com doenças crônicas, mas pode haver casos graves em qualquer idade, e em pessoas que antes eram totalmente saudáveis.

Grávidas e puérperas são consideradas grupo de risco para complicações e por isso foram incluídas no grupo prioritário para vacinação.

Clique aqui para ler sobre coronavírus em bebês e crianças

Quais são os principais sintomas da Covid-19?

A Covid-19 começa com um mal-estar parecido com gripe ou virose, mas nenhum dos sintomas abaixo é obrigatório. Eles podem aparecer isoladamente ou em conjunto. Os sinais mais significativos da Covid-19 são:

  • Tosse
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Perda de olfato e paladar (deixar de sentir o cheiro e o gosto das coisas)
  • Ardência no nariz e garganta
  • Calafrios
  • Dor no corpo
  • Falta de ar
  • Náuseas e/ou diarreia, em alguns casos
Para muitas pessoas, os sintomas podem ser leves e não muito diferentes dos de um resfriado ou de uma gripe comuns; para outras, no entanto, os sintomas podem evoluir para complicações como pneumonia, exigir hospitalização e intubação, e serem fatais.

Os sintomas demoram em média 5 dias para aparecerem depois que uma pessoa é infectada. Esse tempo de incubação pode ser de até 14 dias, segundo as observações atuais.

Vêm sendo registradas sequelas (consequências permanentes) na saúde de quem tem a doença, mesmo nos casos leves. Não se sabe ao certo qual é o grau de imunidade de quem pega o coronavírus. Foram registrados casos de reinfecção (pessoas que pegaram Covid mais de uma vez) e de sintomas que permanecem por várias semanas. Quem já teve a doença deve continuar tomando todas as medidas de prevenção, incluindo a vacina, quando disponível.

Grávidas, bebês e crianças correm mais risco com o coronavírus?

Grávidas correm mais risco de hospitalização por Covid-19 em comparação com mulheres não-grávidas, principalmente na segunda metade da gestação. No Brasil, há registro de mais mortes pela doença de gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz do que em outros países. Por esse motivo elas foram incluídas no grupo prioritário de vacinação (leia mais abaixo).

O risco das grávidas pode ser agravado por fatores que a mulher já tenha em conjunto com a gestação, como hipertensão ou obesidade.

Já entre bebês e crianças, apenas uma pequena porcentagem apresenta sintomas mais sérios do coronavírus. Dos casos graves e mortes confirmados no mundo, é baixa a proporção em crianças. Há uma síndrome inflamatória rara que também causa preocupação, e que se manifesta depois da fase aguda da doença em crianças.

O Ministério da Saúde classifica gestantes, puérperas e crianças menores de 5 anos (especialmente as menores de 2 anos) como grupo de risco.

O coronavírus prejudica o bebê dentro da barriga?

Nas análises feitas até o momento, foram poucos os casos de vírus encontrado na placenta e no líquido amniótico de grávidas que estavam doentes. A transmissão da Covid-19 dentro da barriga (a chamada transmissão vertical) é rara.

Mesmo quando o recém-nascido é contaminado pelo vírus, as observações vêm mostrando que a infecção na maioria das vezes não chega a ter gravidade.

Também não há indicação por enquanto de que a Covid-19 possa causar defeitos congênitos no feto, como acontece com a zika e outras doenças virais.

Mas quando a mãe está com coronavírus parece haver tendência para microtromboses na placenta. Isso pode alterar o fluxo sanguíneo da mãe para o bebê, afetando o crescimento dele e seu bem-estar, trazendo risco de óbito fetal. "Por esse motivo, no terceiro trimestre, dependendo da gravidade, pode-se optar por usar anticoagulante nas gestantes", afirma a obstetra Eleonora Fonseca, integrante do Conselho Médico do BabyCenter Brasil.

Observou-se ainda parto prematuro em mães com Covid-19. O fato de o bebê ser prematuro pode afetar suas chances de sobrevivência, além de deixá-lo mais suscetível a complicações do vírus Sars-CoV-2 se por acaso ele for infectado.

Grávidas com Covid-19 em qualquer momento da gravidez devem ser acompanhadas mais de perto pelo restante da gestação, principalmente para avaliar o crescimento e a vitalidade do bebê. Gestantes com o novo coronavírus no momento do parto são atendidas com ainda mais cuidado, para tentar evitar a transmissão para o recém-nascido.

Quais são os maiores riscos da Covid-19?

A observação da epidemia mostrou que pode haver uma síndrome respiratória grave. A infecção pode afetar outros órgãos, exigir internação em UTI e provocar a morte. Os principais fatores de risco são:

  • Idade: quanto mais velha a pessoa, maior o risco de complicações e morte. O risco de quem tem 40 anos é maior do que o de uma criança, e o risco de pessoas acima de 65 anos é maior que o de uma pessoa de 40.
  • Obesidade e diabete tipo 2
  • Gravidez
  • Fumo
  • Doenças como câncer, cardiopatias, doença renal, anemia falciforme e pessoas que passaram por transplante de órgãos
  • Condições crônicas de saúde podem representar risco maior: hipertensão, tratamento com imunossupressores, sobrepeso e diabete tipo 1

Grávidas podem ser afastadas do trabalho para não pegar Covid-19?

Sim, grávidas podem ser afastadas do trabalho segundo a LEI Nº 14.151, sancionada em maio de 2021, que determina que, "durante a emergência...do novo coronavírus, a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração".

A lei diz ainda que a grávida afastada tem que ficar à disposição do empregador para exercer atividades de maneira remota em casa ou através de outro tipo de trabalho à distância.

Como se diagnostica a Covid-19?

O diagnóstico da Covid-19 pode ser apenas clínico, feito pelo médico pela análise dos sintomas (perda de olfato e paladar são muito sugestivos) e histórico da pessoa, como por exemplo o fato de morar com uma pessoa que teve a doença.

Os melhores exames para diagnosticar uma infecção ativa pelo vírus são os testes moleculares, o RT-PCR, feito a partir de secreções do nariz e da boca, e o RT-LAMP ou PCR-LAMP, feito com a saliva. A recomendação é que o exame seja realizado entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas, porque antes disso pode dar falso-negativo. O resultado do RT-PCR não costuma sair no mesmo dia.

Testes rápidos de antígeno, com resultado que sai em algumas horas, são menos eficazes que os por PCR. Precisam ser feitos entre o 3o. e o 7o. dia de sintomas. O positivo é confiável. O negativo pode ser falso negativo, principalmente se houver sintomas e histórico de contato com doentes.

Testes de sorologia, feitos com sangue, não são adequados para o diagnóstico de uma infecção atual.

Qual é o tratamento para a Covid-19?

Ainda não há no mercado um remédio específico que seja eficaz contra a Covid-19. A grande maioria das pessoas doentes se cura sozinha, como num resfriado. Não é recomendado tomar nenhum medicamento por conta própria, principalmente na gravidez. O uso indevido de remédios pode afetar gravemente órgãos do corpo, como rins, fígado e estômago.

Em caso de agravamento dos sintomas (mal-estar, cansaço extremo, falta de ar, febre muito alta, confusão mental), o paciente é submetido a exames como tomografia dos pulmões, mesmo durante a gravidez, e hospitalizado, para receber medidas de apoio como oxigênio.

Antibióticos como a azitromicina não funcionam contra vírus como o coronavírus, mas podem ser usados para evitar ou tratar infecções oportunistas, dependendo do estado de saúde de cada paciente.

Corticoides como a dexametasona são usados em casos mais graves, quando há necessidade de uso de oxigênio. Os corticoides são remédios que diminuem a inflamação do corpo, mas ao mesmo tempo diminuem a ação do sistema imunológico da pessoa contra infecções. Se usados no começo de uma infecção, podem torná-la ainda mais grave. O uso de corticoides como a prednisona/prednisolona pode causar descontrole da glicemia, principalmente em quem já está com diabete.

Anticoagulantes são remédios que evitam um dos problemas causados pela Covid nos casos moderados a graves, que é a formação de trombos (coágulos) que "entopem" a circulação e prejudicam vários órgãos. São usados em pacientes internados, e têm o grave efeito colateral de poder causar hemorragia.

Nos casos mais críticos de Covid, a pessoa pode precisar ser intubada (submetida a respiração artificial) e mantida em UTI.

Não existe tratamento preventivo com remédios ou kits para a Covid-19. A única prevenção é através das vacinas (entenda como são feitas as vacinas) e de cuidados no dia a dia para evitar infecção, como não ter contato com outras pessoas em locais fechados, usar máscaras e lavar as mãos.

Como funciona a vacinação contra Covid-19 para grávidas?

No Brasil, as grávidas e as puérperas (até 45 dias pós-parto, em princípio) foram incluídas no grupo prioritário de vacinação. Em algumas cidades e Estados, estão sendo vacinadas todas as grávidas e puérperas. Em outros, a imunização foi iniciada apenas com os grupos prioritários e gestantes que tenham as seguintes comorbidades, entre outras:

  • Diabete (tanto diabete prévia como diabete gestacional)
  • Hipertensão
  • Obesidade (em princípio o critério é índice de massa corporal antes da gravidez acima de 40, mas dependendo da localidade, para grávidas, o ponto de corte pode ser IMC maior que 30. Calcule aqui o IMC.)
  • Doença pulmonar e asma grave (o governo cita o uso contínuo de corticoides ou internação prévia como critérios)
  • Doença renal crônica
  • Cardiopatia
  • Lúpus
  • Uso de medicamentos imunossupressores
No mundo todo, cada vez mais entidades médicas recomendam a imunização das gestantes, e elas estão sendo vacinadas rotineiramente em vários países. Leia mais sobre as vacinas contra Covid-19.

É importante também manter a carteira de vacinação atualizada, assim como a vacinação anual contra a gripe.

E as vacinas de rotina, da gravidez e de bebês, devem ser mantidas?

É essencial manter as datas das vacinas tanto da gravidez quanto do calendário de imunização do bebê.

Em vista da epidemia de Covid-19, clínicas, postos de saúde e farmácias podem ter esquemas para expor o mínimo possível grávidas e bebês ao contato com outras pessoas na hora da vacinação.

Procure se informar com antecedência sobre os procedimentos, para saber a melhor forma de fazer a vacinação com o mínimo de exposição. Vacinação em locais abertos, marcação de horário, esquema de "drive-thru", visita domiciliar são alguns dos exemplos.

Como posso me proteger e proteger minha família do coronavírus?

Para se proteger e proteger sua família:

  • Evite ambientes fechados com presença de pessoas que não morem com você.
  • Prefira sempre locais ao ar livre quando tiver que sair, para arejar a cabeça ou fazer as coisas que precisa.
  • Ventile bem os ambientes abrindo todas as janelas. Uma estratégia para forçar a circulação do ar é ligar um ventilador virado para fora da janela. Isso faz com que o ventilador funcione como exaustor, renovando o ar interno mais rápido.
  • Todos devem usar máscaras para sair de casa ou entrar em contato com outras pessoas, em locais com disseminação do vírus. A máscara deve ser bem ajustada ao rosto, e não se pode ficar mexendo nela. Se a máscara ficar úmida, é preciso trocar. Máscaras cirúrgicas descartáveis costumam ser mais eficazes que as de pano, e precisam ficar justas ao rosto. As máscaras mais eficientes são as do tipo PFF2 ou N95, que podem ser usadas mais de uma vez e por mais tempo.
  • Lave as mãos com frequência.
  • Vacine-se quando houver disponibilidade e incentive as pessoas com quem você convive a se vacinarem também, assim que possível.

O que fazer em caso de suspeita de coronavírus?

Se você está grávida e com suspeita de Covid-19, busque atendimento médico, mesmo que em princípio o atendimento seja feito por telefone ou consulta de telemedicina. Você pode obter orientações junto a algum serviço de saúde (obstetra, UBS ou plano de saúde)

Para qualquer pessoa com suspeita de coronavírus, é importante tentar se manter distante de outras pessoas e usar máscara, para evitar a disseminação da doença.

Procure atendimento médico rápido se tiver qualquer um dos sintomas abaixo:

  • falta de ar
  • pressão no peito
  • respiração ofegante, cansaço excessivo
  • dificuldade de falar sem precisar parar para tomar fôlego, ou dificuldade em falar enquanto caminha
  • mau estado geral
  • confusão mental
  • sangramento vaginal
  • diminuição dos movimentos do bebê
  • dificuldade em despertar
  • lábios ou rosto arroxeados ou azulados
  • mais de três dias de febre
  • saturação de oxigênio no sangue abaixo de 95% (a medida da saturação é feita com um aparelhinho chamado oxímetro, que funciona a pilha e é colocado no dedo). Alguns serviços de saúde podem alugar ou emprestar o oxímetro para a monitoração em casa.
As complicações costumam ocorrer entre o quinto e o décimo dia após o início dos sintomas, por isso é preciso bastante atenção nesta fase. Mas qualquer piora, a qualquer momento, exige atendimento médico. Se tiver que ir ao pronto-socorro ou hospital, procure se informar sobre se há uma entrada especial para casos de Covid-19. Use máscara e evite usar transporte público.

Em casa, recomenda-se manter a maior distância possível entre o doente a as outras pessoas. As superfícies como maçanetas, torneiras, interruptores de luz devem ser limpas diariamente. A pessoa que cuidar diretamente do doente pode usar máscara para tentar reduzir o risco de contágio. A pessoa doente precisa ficar em isolamento por 10 dias a partir do início dos sintomas, e as pessoas que moram com ela, por 14 dias.

Como ficam as consultas de rotina do pré-natal?

É importante manter a rotina do pré-natal. Em decorrência da epidemia, o Conselho Federal de Medicina liberou atendimentos médicos online ou por telefone (telemedicina).

Procure se informar com a equipe de saúde que atende você. Entre em contato por telefone ou online com o consultório, o plano de saúde ou a UBS que você frequenta (faça uma busca na Internet), para saber qual é a orientação.

Muitos locais de atendimento se organizaram para proteger as grávidas. Pergunte exatamente para onde você deve ir na hora da consulta, sobre as condições da sala de espera, sobre se há atendimento especial para grávidas e bebês novinhos, e que medidas de higiene e cuidado você deve tomar naquele local. Pode ser que haja restrição a acompanhantes em consultas presenciais e exames.

Caso você tenha acabado de descobrir a gravidez, comece a tomar ácido fólico, se ainda não estiver tomando, e informe-se sobre quando vai poder iniciar o pré-natal. Gestações consideradas de risco, com complicações como pré-eclâmpsia e diabete, precisam continuar sendo monitoradas de perto para garantir a saúde de mãe e bebê.

Dúvida e possível urgência em relação à gravidez: ir ou não à maternidade?

No final da gravidez, principalmente, a orientação geral é: "em caso de dúvida, é melhor ir verificar" (será trabalho de parto?; o bebê está mexendo menos; será que a bolsa rompeu?).

É possível tomar cuidados para reduzir o risco de exposição ao vírus. Hospitais e planos de saúde estão disponibilizando serviços de triagem por telefone ou online. Ter condições de aferir a pressão arterial em casa ou próximo dela pode ajudar a identificar a perigosa pré-eclâmpsia. Procure se informar com a equipe que atende você, já perguntando o que deve fazer se passar por essas situações.

Em caso de uma emergência real, se der tempo, peça a alguém para tentar entrar em contato com o hospital para saber exatamente para onde você deve ir. O telefone 192, do Samu, também dá orientações por telefone numa emergência.

Veja os sinais de que se trata de uma emergência e não há tempo a perder:

Como fica o parto: via de parto, acompanhante, visitas

Maternidades, hospitais e casas de parto mudaram suas rotinas para evitar a exposição de pacientes e profissionais ao novo coronavírus.

Visitas são restritas e em muitos estabelecimentos apenas uma pessoa pode acompanhar o parto. Pode haver limitações à presença de doula ou profissionais de fotografia.

O acompanhante não pode estar com sintomas de infecção, e pode ser que não seja possível trocar de acompanhante ao longo da internação. É recomendável pensar em alternativas de acompanhante para o caso de a pessoa escolhida não estar disponível. É provável que todos tenham que usar máscaras.

Sobre a via de parto, mesmo em caso da mãe estar com Covid-19, as recomendações atuais indicam que em princípio não há indicação de cesariana. Pode haver restrição ao parto na água, devido ao risco de transmissão do vírus para o bebê e para a equipe médica, pelas fezes da mulher na água.

Nos dias e semanas pós-parto, mulheres que estiverem com Covid-19 precisam ser bem monitoradas, já que há alguns relatos de piora rápida da doença, além de casos de trombose pós-parto.

Amamentação e Covid-19

A orientação é que mães com Covid-19 continuem amamentando, com medidas de higiene para proteção do bebê, como uso de máscara. Leia mais no artigo sobre bebês e Covid-19.

Quem é tentante deve parar de tentar engravidar?

Ainda não se sabe ao certo se o Sars-CoV-2 pode causar aborto espontâneo ou malformações.

O que se sabe é que, em geral, vírus do tipo que causa infecção respiratória não costuma provocar alterações no bebê.

Grávidas que estão vivendo a epidemia e o isolamento vêm convivendo com enormes dúvidas e estresse, e correm mais risco de complicações e morte por Covid-19. Engravidar ou não é uma decisão muito pessoal, mas vale a pena levar esses fatores em conta.

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Atualizado em Junho 2021

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