C6 Bank

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C6 Bank
Razão social Banco C6 S.A.
Empresa de capital fechado
Slogan É da sua vida
Fundação 2018
Sede São Paulo, SP
Presidente Marcelo Kalim
Empregados 1,4 mil (2020)
Produtos fintech, cartão de crédito, investimentos, conta corrente, empréstimo
Valor de mercado R$ 11,3 bilhões (2020) [1]
Lucro R$ 183,9 milhões (2019) [2]
Website oficial www.c6bank.com.br

O C6 Bank é um banco digital brasileiro que oferece, entre outros serviços, conta corrente, cartão de crédito e opções de investimento. Seus produtos são direcionados para pessoas físicas e pequenas e médias empresas.[3] Similar a instituições de pagamentos digitais, como o Nubank e o Banco Inter, a instituição financeira não tem agências físicas e oferece atendimento online. Seu aplicativo está disponível para Android e IOS. De acordo com dados de 2020, o grupo tem 1,4 mil empregados, 325 consultores empresariais e 12 mil correspondentes bancários.[4] O banco possui sede na Avenida 9 de Julho,[5] em São Paulo, além de um banco nas Ilhas Cayman e uma corretora em Nova York e outra na capital paulista.[6]

História[editar | editar código-fonte]

O banco foi fundado por ex-sócios do BTG Pactual no ano de 2018. Entre eles, Marcelo Kalim, Leandro Torres e Carlos Fonseca. Após poucos meses, Carlos Fonseca deixou a organização.[7] Em 2019, o C6 Bank teve a licença de funcionamento concedida pelo Banco Central do Brasil e iniciou suas operações. O investimento de abertura foi de R$ 500 milhões.[8] Já em 2020, o banco recebeu um aporte de R$ 1,3 bilhão de cerca de 40 investidores.[4]

Em 2018, a empresa adquiriu a companhia de pagamentos PayGo e a plataforma de câmbio Besser Partners.[9] Enquanto que em Julho de 2019 foi comprada a fornecedora de soluções de pagamento Setis.[10] Na sequência do mesmo ano, em Agosto, a startup de educação corporativa Idea9 foi negociada com o C6 Bank.[11] Dois meses depois, o banco comprou a distribuidora de seguros e resseguros Som.us.[12] Como estratégia de reposicionamento durante 2020, a compra do Banco Ficsa, dedicado a ofertas de crédito, foi consumada.[13]

No primeiro semestre de 2020, o banco anunciou uma parceria com a TIM Brasil. Com a oferta de vantagens aos clientes que possuíssem conta no C6 Bank, a companhia de telefonia atingiu as metas do acordo estabelecido e obteve direito a reclamar 1,4% do capital social do banco.[14][15]

Denúncias[editar | editar código-fonte]

Com os impactos da Pandemia de COVID-19 durante 2020, o C6 Bank direcionou seus esforços para o segmento de crédito consignado.[16] Em Agosto do mesmo ano, o C6 Bank comprou a financeira Banco Ficsa, que foi renomeada como C6 Consig.[17] Dois meses depois, começaram a surgir relatos de empréstimos consignados não contratados sendo repassados a aposentados.[18] Em ação ajuizada pelo Instituto de Defesa Coletiva e o Procon de Uberaba, o banco foi proibido de oferecer crédito consignado em todo o Brasil.[19] No final de 2020, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, determinou que o C6 Bank e sua subsidiária suspendessem as contratações de empréstimo consignado feitas de forma direta, exceto nos casos em que os interessados fizessem a solicitação por escrito.[20] Em Janeiro de 2021, o banco foi multado pelo Procon-SP com base em denúncias por repassar empréstimos consignados sem autorização.[21][22] De acordo com o Procon-SP, a empresa cometeu práticas abusivas ao conceder empréstimos sem solicitação e fazer o desconto das respectivas parcelas. A multa aplicada foi de 7 milhões e 59 mil reais.[23]

O banco não havia publicado seu relatório semestral da Ouvidoria Corporativa referente ao 2º semestre de 2020 até a metade de Fevereiro de 2021.[24] Por sua vez, em publicação do Banco Central do Brasil em relação ao 4º trimestre de 2020, o C6 Bank ocupava a primeira posição em número total de reclamações e a segunda de acordo com o índice desenvolvido pela autarquia federal para bancos e financeiras.[25]

Referências

  1. «Após receber aporte de R$ 1,3 bi, C6 Bank mira IPO em 2021». Forbes. 2 de Dezembro de 2020. Consultado em 16 de Fevereiro de 2021 
  2. «Demonstrações financeiras individuais e consolidadas» (PDF). C6 Bank. 14 de Fevereiro de 2020. Consultado em 17 de Fevereiro de 2021 
  3. C6 Bank (julho de 2020). «Relatório da Ouvidoria Corporativa» (PDF). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  4. a b «C6 Bank recebe investimento de R$ 1,3 bilhão». Money Times. 2 de dezembro de 2020. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  5. «Escritório do C6 Bank na 9 de Julho tem churrasqueira e coworking em 8 mil m²». InfoMoney. 19 de agosto de 2019. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  6. «Após receber aporte de R$ 1,3 bi, C6 Bank mira IPO em 2021». Forbes Brasil. 2 de dezembro de 2020. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  7. «Carlos Fonseca deixa a sociedade do C6 Bank». Valor Econômico. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  8. «C6 Bank, de ex-executivos do BTG Pactual, recebe aval do BC para operar». Época Negócios. 18 de janeiro de 2019. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  9. «C6 Participações compra plataforma de câmbio». Coluna do Broadcast. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  10. «PayGo compra Setis, empresa de tecnologia para meios de pagamento». Terra. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  11. Julio, Rennan (22 de setembro de 2019). «C6 Bank compra startup de educação executiva IDEA9». Época Negócios. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  12. «C6 Bank faz quinta aquisição, com foco em seguros - Economia». Estadão. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  13. «Banco Central aprova compra do Banco Ficsa pelo C6». Valor Econômico. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  14. «TIM obtém direito a uma participação de 1,4% no C6». economia.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  15. «TIM obtém direito de comprar participação no banco C6». noticias.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  16. Dolle, Camille (29 de janeiro de 2021). «Entenda aqui quem é o C6 Bank.». XP Investimentos. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  17. «Banco Central aprova compra do Banco Ficsa pelo C6». Valor Econômico. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  18. «Aposentados dizem que banco dá empréstimo consignado sem autorização». www.bol.uol.com.br. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  19. Menezes, Marciano (24 de novembro de 2020). «Juiz barra empréstimo consignado não solicitado por aposentado». Hoje em Dia. Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  20. «C6 Bank é barrado pela Senacon de vender empréstimo consignado | Finanças». Tecnoblog. 29 de dezembro de 2020. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  21. «Depois de aporte bilionário, C6 Bank enfrenta primeiro desafio de imagem». VEJA. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  22. «Procon multa C6 Bank em R$ 7 mi por conceder empréstimos não solicitados». economia.uol.com.br. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  23. Procon-SP (21 de janeiro de 2021). «Instituição financeira concedeu empréstimos não solicitados pelos consumidores». Procon-SP. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 
  24. C6 Bank. «Documentos». Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  25. «Ranking de Reclamações». www.bcb.gov.br. Consultado em 16 de fevereiro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]