Ter filhos é uma delícia, mas nem sempre a decisão de começar as tentativas é fácil. Se você ainda não tem certeza de que está mesmo na hora, preparamos a seguir um questionário bem simples para ajudá-la a entender melhor as exigências da maternidade e a identificar como fazer dela uma parte bem sucedida na sua vida.
Não há resposta certa e errada -- não é um teste com resultado, e sim um processo de reflexão e auto-conhecimento. O objetivo é que você descubra com você mesma como realmente se sente sobre o assunto. Uma sugestão é você escrever as respostas e guardá-las um tempinho, para ver como se daqui a certo período vai estar sentindo a mesma coisa. As questões que propomos têm por objetivo:
- Olhar melhor para sua própria vontade e descobrir aspectos surpreendentes/não tão evidentes dela
- Posicioná-la "na real" do momento de vida que está atravessando
- Descartar suposições não verdadeiras ou inúteis
- Ajudar você a fazer mudanças positivas em preparação para a maternidade
Suas expectativas
Vamos então começar. Pense na sua resposta para cada pergunta.
- Você convive com crianças? Gosta de estar perto delas? Sua resposta não necessariamente indica como se sentirá em relação a seus próprios filhos, mas pode trazer à tona alguns sentimentos e percepções sobre a vida com crianças.
- Você se sente mais à vontade com crianças de alguma idade específica e prefere não interagir com outras? Caso realmente não goste de se relacionar com crianças de certa idade, é possível que tenha algum problema da infância que seria bom resolver antes de virar mãe.
- Como você encara as responsabilidades e compromissos da vida de mãe? Como lida com o estresse? Se você não lida lá muito bem, agora é um ótimo momento para aprender algumas estratégias para digeri-lo melhor, já que ele será parte inseparável da maternidade.
- Quais são seus sonhos sobre a maternidade? Já pensou que talvez eles não se realizem exatamente como você tem em mente? Quais são seus medos? E se eles sim virarem realidade?
- Quão igual a seus pais você deseja ser? Quão diferente? Pense no que tem a aprender com os pontos fortes e fracos deles como pais. Que tipo de mensagem abstrata você acha que recebeu sobre como é que pais devem ser com os filhos?
Seu histórico familiar
- Do que mais gostou de sua infância? Do que não gostou?
- O que admira em relação à maneira como foi criada? O que não foi tão legal assim? Reflita sobre o que gostaria de imitar em relação àda sua infância e sobre o que gostaria de mudar.
Seus valores
- O que aprendeu com seus pais que gostaria de transmitir para seus filhos? O que não gostaria de passar para a frente?
- Que valores considera mais importantes para ensinar seus filhos? Estsa pergunta serve para ajudar você a esclarecer quais são as aspirações que tem para seus filhos e os adultos que um dia se tornarão.
- Como você acha que crianças devem ser disciplinadas (pense em castigos, broncas, palmadas, bate-boca e qualquer outro tipo de resolução de conflito que conheça)? Compare suas percepções com as de seu parceiro. Esta é uma área da criação de filhos em que marido e mulher costumam discordar, e falar sobre o assunto agora pode evitar atritos mais sérios no futuro.
Sua vida e como ela pode mudar
- Converse com pessoas que já têm filhos, assim como com aquelas que optaram por não tê-los (ou não puderam), para saber melhor como é a vida delas. Como você se sente em relação ao que elas contam? Ouvir o relato de amigos e parentes sobre escolhas diferentes pode ajudar a levantar questões que você não havia considerado.
- Você convive com a família? Tem parceiro, familiares e amigos que poderão auxiliá-la com uma criança? Não que seja essencial um pelotão inteiro de adultos para criar um filho, mas que poder contar com algumas pessoas por perto faz diferença, isso faz.
- O que costuma fazer em seu tempo livre? Como imagina que a vida mudará? Do que precisará abrir mão? Será fácil?
- Como anda seu relacionamento? O futuro pai do bebê e você têm a mesma vontade? Pensar em um filho como solução para uma relação que anda abalada pode ser uma armadilha, já que a chegada do bebê funciona como catalisador de qualquer tensão que haja entre vocês. Da mesma maneira, ter um filho como concessão a um desejo de só um dos pais pode dar errado, porque o ressentimento pode ressurgir a cada problema que aparecer (e certamente eles aparecerão).
Para mais informações sobre o que deve considerar antes de engravidar, veja a seção planejando a gravidez.