Disquete

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Disquete
Tipo de mídia
Disco de mídia

Floppy disc.jpg
Dois disquetes de 90mm (3½ ")
Uso em Caseiro, corporativo/comercial
Capacidade 1.44MB (Para o disquete de 3,5 polegadas)
Mecanismo de leitura Leitor de Disquete (externo ou interno)
Dimensões 8 polegadas, 5¼ polegadas ou 3,5 polegadas.
CD

Disquete, também conhecido como diskette, disk ou floppy disk, é um tipo de disco de armazenamento composto por um disco de armazenamento magnético fino e flexível, selado por um plástico retangular, forrado com tecido que remove as partículas de poeira. Disquetes podem ser lidos e gravados por um leitor de disquete, chamado também de floppy disk drive (FDD).

Os disquetes inicialmente tinham o tamanho de 8 polegadas (200 milímetros), e posteriormente, seu tamanho foi reduzido para 5¼ polegadas (133 milímetros). Tão logo, os disquetes de 3½ polegadas (90 milímetros) se tornaram os mais comuns, sendo um disco de armazenamento amplamente utilizado em meados de 1970 até o começo dos anos 2000.[1]

A partir de 2010, as motherboards raramente possuem um suporte a um drive de disquete; os disquetes de 3,5 polegadas podem ser utilizados com o auxilio de um leitor de disquetes externo/USB, mas os leitores externos dos disquetes de 5¼ polegadas ou 8 polegadas são incomuns, raros, e quase inexistentes.

Os leitores de disquete ainda possuem usos extremamente limitados, especialmente se tratando de sistemas legacy, os disquetes foram sucedidos por mídias de armazenamento com espaços imensamente maiores, como o CD, DVD, pen drives, cartões de memória, HDs externos, discos óticos e redes de computadores.

Histórico dos formatos de disquete[editar | editar código-fonte]

Três dos mais populares formatos de disquete: 8, 5¼ e 3½ polegadas.

Os primeiros disquetes, desenvolvidos no final da década de 60, eram de 8 polegadas[2]; eles se tornaram disponíveis comercialmente a partir de 1971, com o último formato (3½-inch (polegadas) EDS) a ser definitivamente adotado.[3]

Tipo de disco Ano Capacidade
8-inch 1971 80 kB
8-inch 1973 256 kB
8-inch 1974 800 kB
8-inch dual-sided 1975 1MB
5¼-inch 1976 160 kB
5¼-inch DD 1978 360 kB
5¼-inch QD 1980 720 KB
5¼-inch HD 1984 1.2 MB
3-inch 1984? 320 kB
3½-inch 1984 720 kB
3½-inch HD 1987 1.44 MB
3½-inch ED 1991 2.88 MB
3½-inch EDS 1993 5.76 MB

Outras características dos disquetes[editar | editar código-fonte]

Disquete de 5"1/4[editar | editar código-fonte]

Disquete de formato 5,25 polegadas.
Tipo Usado em Setores por trilha trilhas por Face Capacidade Taxa de transferência de bits
Dupla Densidade P.C./XT 8 40 160/320 KB 250 KBit/s
Dupla Densidade P.C./XT 9 40 180/360 KB 250 KBit/s
Quadrupla Densidade AT 8 80 720 KB 300 KBit/s
Alta Densidade AT 15 455;47 1.73 MB 500 KBit/s

A capacidade dos disquetes 5"1/4, nos modelos mais antigos de leitora, é limitado a uma face. Neste caso, embora a mídia permita, apenas uma das faces é acessada de cada vez. Nos modelos mais novos, com duas cabeças de leitura/escrita, ambas as faces são acessadas.

Disquete de 3"1/2[editar | editar código-fonte]

Tipo Usado em Setores por trilha Trilhas por Face Capacidade Taxa de transferência de bits
Dupla Densidade P.C./XT 9 80 720 KB (0,70 MB) 250 Kbit/s
Alta Densidade AT 18 80 1440 KB (1,40 MB) 500 Kbit/s
Alta Densidade Extra AT 36 80 2880 KB (2,81 MB) 1 Mbit/s
Alta Densidade Extra Super AT 72 80 5760 KB (5,62 MB) 2 Mbit/s

Por dentro do disquete[editar | editar código-fonte]

Legenda: 1 - Trava de proteção contra escrita. 2 - Base central. 3 - Cobertura móvel. 4 - Chassi (corpo) plástico. 5 - Disco de papel. 6 - Disco magnético. 7 - Setor do disco.

Os disquetes possuem a mesma estrutura de um disco rígido sendo todos periféricos de entrada e saida, tendo como diferenças o fato dos disquetes poderem ser removíveis e o fato dos disquetes serem compostos de um único disco magnético.

Os disquetes são divididos em pistas ou faixas. Um conjunto de pistas concêntricas repartidas em intervalos regulares definem a superfície magnética do disco. As pistas são numeradas de 0 a n, sendo n o número total. A pista 0 é a mais externa.

Cada cilindro é dividido em um número constante de partes de mesmo tamanho, denominado setor. O nome destes depende do formato do disquete e são numerados de 1 até n, sendo n o número de setores por pista.

Cada setor possui o tamanho de 512 bytes. O setor (ou bloco) é a menor porção do disco que o computador consegue ler.

O disco magnético geralmente é dividido em duas faces, denominadas 0 e 1. Alguns leitores mais atuais, visto que os discos possuem essas duas faces, são equipados com duas cabeças de leitura/escrita, uma para cada face do disco.

Para se calcular a capacidade do disquete, pode-se usar a fórmula: Número de faces × número de pistas × números de setores/pista × 512 bytes/setor.

Problemas[editar | editar código-fonte]

As unidades de leitura geralmente possuem um botão que, se pressionado ejeta o disquete. A possibilidade de ejetar o disquete mecanicamente pode acarretar erros de leitura, ou até mesmo a perda de todos os dados contidos no disquete caso a ejeção seja feita durante um processo de leitura. Uma exceção a isso é constituído pelas unidades de leitura dos computadores Macintosh, nos quais a ejeção do disco é comandada pelo sistema operacional e realizada através de um motor interno.

Um outro problema é referente à sua vida útil. Os disquetes possuem vida útil que varia de 5 a 6 anos (pouco, se comparado ao CD, que dura 20 anos). Disquetes mais velhos e com muito uso, começam a desprender fragmentos do disco magnético interno, sendo que alguns desses fragmentos podem grudar nas cabeças de leitura, dificultando muito a leitura/escrita de outros disquetes. Para essa situação, é recomendável utilizar um "disquete" especial para limpeza, em que no lugar do disco magnético fica localizado um tecido para limpeza.

Desuso[editar | editar código-fonte]

Informações magnéticas escritas em um disquete.

O disquete já foi considerado um dispositivo com grande capacidade de armazenamento, especialmente devido ao pequeno tamanho dos arquivos. Atualmente, devido ao tamanho cada vez maior dos arquivos e, devido à existência de mídias de armazenamento não-voláteis de maior capacidade, como cartões de memória (memory sticks, cartões MMC, cartões SD, ...), Pen Drives, CD-R, CD-RW, DVDs graváveis e regraváveis; além da existência de outras maneiras de armazenamento de arquivos, como armazenamento distribuído, Compartilhamento de arquivos em redes locais, e-mail, disco virtual, serviços de hospedagem de arquivos, cloud computing e SAN, o disquete se tornou um utilitário obsoleto. Atualmente os computadores saem de fábrica sem o drive de leitura de disquete.

Meio de Contaminação de Vírus[editar | editar código-fonte]

Leitor de disquete 3,5" para computador.

Os disquetes foram os primeiros transmissores de vírus de computador. No fim dos anos 80, os vírus Ping-Pong, Vírus Stoned, Vírus Jerusalém e Vírus Sexta-Feira 13 eram disseminados através do disquete, que contaminava o PC quando inserido na máquina e, após isso, contaminava qualquer outro disquete sem vírus, desde que fosse inserido no drive do PC. Até o surgimento da Internet, o disquete era o único meio de propagação de vírus que existia.

Na época, o único meio de proteger um disquete contra vírus era colocar um selo no lacre quadrangular superior ou, no caso dos disquetes de 3½", ativar a trava de proteção contra escrita, de forma a impedir que o PC gravasse qualquer coisa no disquete, fazendo dele um meio de leitura de dados somente, protegendo, assim, de vírus.

Legado[editar | editar código-fonte]

Imagem da barra de ferramentas do OpenOffice.org: o icone para salvar é representado por um disquete.

Por mais de duas décadas, o disquete foi o principal sistema de gravação e o mais utilizado. A maioria dos ambientes computacionais antes de 1990 não possuíam redes, os disquetes eram o principal sistema de transferência de dados entre os computadores, um método conhecido de forma mais informal como sneakernet. Diferentemente dos discos rígidos internos da época, os disquetes já eram portáteis e conhecidos; qualquer novato da informática já conseguia identificar um disquete. Em virtude a esses fatores, a imagem de um disquete de 3,5 polegadas se tornou uma metáfora para a gravação de dados virtuais. O símbolo do disquete continua a ser usado em interfaces de softwares (conhecidas como "GUIs") quando se trata da ação de salvar dados, como é o caso do Microsoft Office 2013, mesmo com o disquete ou os leitores de disquete tendo sido altamente obsoletos.[4]

Referências

  1. PC World anuncia o fim do disquete
  2. Fletcher, Richard (30 de janeiro de 2007). «PC World announces the end of the floppy disk». Telegraph.co.uk. Consultado em 22 de junho de 2011 
  3. «20th century disk storage chronology». IBM Archives. Consultado em 19 de julho de 2011 
  4. Landphair, Ted (10 de março de 2007). «So Long, Faithful Floppies». VOA News. Voice of America. Consultado em 25 de dezembro de 2008 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Commons
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