Banda de rock pesado, seguindo a grande tradição dos titãs riffeiros lotadores de estádios, como Aerosmith e Led Zeppelin, a Dirty Honey surgiu no cenário das casas noturnas de Los Angeles, em 2019, com seu estreante EP homônimo, seguido, dois anos mais tarde, por seu primeiro disco longo.
O cantor Marc Labelle, o guitarrista John Notto, o baixista Justin Smolian e o baterista Corey Coverstone criaram um som clássico de rock pesado, em profunda dívida de gratidão com os colossais grupos supracitados e também com os roqueiros da nova geração, entre eles a Black Crowes. O primeiro single da Dirty Honey, "Fire Away", de 2018, ganhou razoável exposição nacional, sendo sequenciado por um EP homônimo, em 2019, produzido pelo veterano roqueiro Nick Didia (Pearl Jam, Rage Against The Machine).
Depois vieram turnês abrindo shows de artistas com estilos semelhantes – Red Sun Rising e Goodbye June –, bem como uma série de aparições em festivais. Trabalhando novamente com Didia, o grupo gravou seu primeiro álbum, também homônimo, lançado em abril de 2021. O LP continha o sucesso "When I'm Gone", que alcançou o topo das paradas da Biilboard Mainstream Rock Songs. As turnês ao lado de Kiss, Guns 'N' Roses, Mammoth WVH e Black Crowes elevaram ainda mais o status do grupo, culminando no lançamento, em 2023, do seu segundo disco longo, "Can't Find The Breaks", que incluía o descolado e impetuoso single "Won't Take Me Alive" (Timothy Monger, AllMusic; tradução livre do inglês).
Disco: Lightnin' In A Bottle (The Official Live Album)
Ano: 2022(*)
Faixas:
Disc One
1. Whole Lotta Shakin' (Williams) 3:12
2. Down And Down (Baird) 3:48
3. Run Run Rudolph (Marks, Brodie) 3:37
4. Open All Night (Baird) 2:59
5. Don't Pass Me By (Starkey) 5:24
6. Nights Of Mystery (Baird) 6:55
7. Battleship Chains (Anderson) 3:22
8. Mon Cheri (Baird) 4:22
9. White Lightnin' (Richardson) 2:59
10. I Go To Pieces (Shannon) 4:12
Disc Two
1. Shake Your Hips (Moore) 6:31
2. Games People Play (South) 3:37
3. Can't Stand The Pain (Richards) 4:04
4. Keep Your Hands To Yourself (Baird)/It's Only Rock 'N' Roll (Jagger, Richards) 5:45
5. Sheila (Baird, Bogan) 4:22
6. Hippy Hippy Shake (Romero) 2:15
7. Railroad Steel (Baird) 8:20
8. I Wanna Be Sedated (Ramones)/Shake Rattle & Roll (Calhoun) 6:29
Créditos:
✺Dan Baird: Vocals, Rhythm Guitar
✺Rick Richards: Lead Guitar, Vocals
✺Rick Price: Bass, Vocals
✺Mauro Magellan: Drums
(*) Gravado ao vivo no Peabody's Down Under, em Cleveland, Ohio, EUA, no ano de 1988.
Biografia:
A biografia da banda, que segue, em tradução livre do inglês, foi extraída do site Oldies, que, por sua vez, cita, como fonte primária do texto, a Encyclopedia Of Popular Music, de Colin Larkin (sob licença da editora Muze).
Esse quarteto foi formado, com o nome de Hellhounds, em Atlanta, EUA, no ano de 1980, quando Dan Baird (nome verdadeiro: Daniel John Baird, nascido no dia 12 de dezembro de 1953, em São Diego, Califórnia, EUA; vocais) e Rick Richards (guitarra) começaram a tocar juntos, inspirados por Rolling Stones, Kinks e Pretty Things. Rick Price (baixo) e Mauro Magellan (bateria) completavam a banda. Magellan – oriundo de Miami – era o único dos quatro que não veio da região Deep South (nota minha: segundo a Wikipedia, “dá-se o nome Deep South [que se poderia traduzir como Extremo Sul ou Sul Profundo] à região cultural e geográfica dos Estados Unidos composta por estados no sudeste do país”). Após um EP independente de baixo custo, o grupo assinou com a Elektra Records.
O primeiro álbum alcançou o 5° lugar nas paradas americanas em 1987, graças ao inspirado single “Keep Your Hands To Yourself”, um sucesso Top 5. Seguiram-se dois covers: “Battheship Chains”, da Woods, e “Hippy Hippy Shake”, de Chan Romero (incluído na trilha sonora do filme “Cocktail”, estrelado por Tom Cruise). Ídolo da banda, Ian McLagan, ex-Small Faces, juntou-se ao grupo para a gravação de “In The Land Of Salvation And Sin”. Depois, Baird debandou para seguir carreira solo. O resto da banda trilhou caminhos diferentes logo em seguida, mas Richards e Price reformularam a Georgia Satellites em 1996, recrutando Billy Pitt (bateria) e Joey Huffman (teclados) para o registro de “Shaken Not Stirred”. Richards e Price continuaram parceiros na Hellhounds, a par dos seus compromissos com a Georgia Satellites.
6. You're Not Pretty But You Got It Goin' On (3:04)
7. Navigate (5:40)
8. Hometowns (3:21)
9. Lies (2:27)
10. Close To Nowhere (4:32)
Músicas de autoria da banda.
Créditos:
✺Russell Marsden: Guitar, Vocals, Keyboards
✺Emma Richardson: Bass Guitar, Vocals
✺Matt Hayward: Drums
Biografia:
O grupo roqueiro inglês Band Of Skulls ganhou os holofotes no início de 2010 ao gravar discos sublimes de indie rock, que ecoavam o trabalho de bandas contemporâneas como Kills, Duke Spirit e Black Keys. Ainda que seu primeiro disco, de 2009, tenha ajudado a colocá-lo na vitrine, foram álbuns como "Sweet Sour", de 2012, e "Himalayan", de 2014, que lhe renderam um vasto fã-clube internacional e um contrato com uma grande gravadora, que lançou, em 2016, "By Default".
Formada por Russell Marsden (guitarra e voz), Emma Richardson (baixo e voz) e Matt Hayward (bateria) – enquanto todos cursavam faculdade na cidade de Southampton –, a banda (que originalmente se chamava Fleeing New York) gravou uma demo chamativa em 2008, que acabou redundando no seu álbum de estreia, "Baby Darling Doll Face Honey", editado em 2009, advindo, na sequência, uma turnê internacional para divulgá-lo. O segundo álbum, "Sweet Sour", gravado no Rockfield Studios, no País de Gales, com produção de Ian Davenport (Supergrass, Badly Drawn Boy), chegou ao mercado em fevereiro de 2012. Continha a canção "The Devil Takes Care of His Own", que, no formato single, havia feito relativo sucesso no Canadá em 2011.
O primeiro material do álbum seguinte, produzido por Nick Launay, surgiu no single (baseado em riffs) "Asleep At The Wheel", em janeiro de 2014. Já o disco longo correspondente, "Himalayan", chegou na primavera do mesmo ano.
Depois de ser contratada pela gravadora BMG, a BOS lançou o faiscante single "So Good", precedendo ao lançamento do seu quarto LP de estúdio, "By Default", emitido em maio de 2016. Foi o último disco com Hayward, que deixou a banda no início de 2017. Marsden e Richardson continuaram como uma dupla, usando bateristas profissionais. E assim o grupo gravou, em 2019, "Love Is All You Love", produzido por Richard X (Goldfrapp, Pet Shop Boys) (James Christopher Monger, AllMusic; tradução livre do inglês).
(*) Gravado ao vivo em 2004, nos seguintes locais e datas: a) Dingwall's/Lock 17, em Camden Town, Londres, Inglaterra, no dia 30 de junho; b) Rescue Rooms, em Nottingham, Inglaterra, no dia 1° de julho; c) King Tut's Wah Wah Hut, em Glasgow, Escócia, no dia 3 de julho; d) The Fleece & Firkin, em Bristol, Inglaterra, no dia 8 de julho.
Disco: Psychedelic Country Soul
Ano: 2019
Faixas:
1. Greenville (McCarthy) 4:26
2. Let It Fly (Stevens) 3:49
3. Molly Somebody (Griffin, Barton) 3:39
4. All Aboard (Stevens, Griffin) 3:43
5. Gonna Make It Real (McCarthy) 3:26
6. If You Want To See Me Cry (Griffin) 3:08
7. What The Eagle Sees (Stevens, Griffin) 3:19
8. California State Line (McCarthy) 4:31
9. The Sound (Griffin, Sowders, Stasium) 3:58
10. Walls (Petty) 4:40
11. Bells Of August (Stevens) 5:04
12. Psychedelic Country Soul (McCarthy, Griffin) 6:08
A biografia da banda, que segue, em tradução livre do inglês, foi extraída do site Oldies, que, por sua vez, cita, como fonte primária do texto, a Encyclopedia Of Popular Music, de Colin Larkin (sob licença da editora Muze).
Formada em novembro de 1981, a Long Riders (como a banda era então chamada) inicialmente incluiu três ex-integrantes da Unclaimed – Sid Griffin (nascido em Kentucky, EUA; guitarra e vocais), Barry Shank (baixo e vocais) e Matt Roberts (bateria). Steve Wynn completou esse lineup inaugural, mas o guitarrista saiu para fundar a Dream Syndicate, cedendo sua vaga para Stephen McCarthy. Griffin e McCarthy permaneceram no leme durante a turbulenta trajetória do grupo. Como participante do movimento "paisley underground" (nota minha: subgênero do rock alternativo, com raízes em Los Angeles e popular na metade dos anos 80. Caracterizava-se pela psicodelia, refinadas harmonias vocais e interação de guitarras), a história da Long Ryders conecta-se não apenas à Dream Syndicate, mas também a outras bandas guitarreiras, como Rain Parade, Bangles (do começo), Green On Red e Blood On The Saddle.
Um minidisco homônimo foi completado com Des Brewer (baixo) e Greg Sowders (bateria), mas, na ocasião em que o quarteto assegurou um contrato definitivo com a gravadora, Tom Stevens já substituíra Brewer. "Native Sons", um excelente álbum, influenciado por Buffalo Springfield e Gram Parsons, sugeria um futuro promissor, mas a Long Ryders mostrou-se incapaz de reproduzir o equilíbrio entre melodia e determinação. O grupo abateu-se com a indecisão da gravadora em promovê-lo e, sem condições de conseguir um distrato, separou-se em 1987. Griffin abraçou dupla carreira, liderando a Coal Porters e atuando como jornalista musical. A Long Ryders reagrupou-se em 2004 para uma turnê.
✺Gregory Meleney: Vocals, Lead Guitar, Synthesizers
✺Zachariah Dellorto Blackwell: Bass Guitar
✺Andrew Forgash: Guitar
✺Matt Oliver: Drums
Disco: At Midnight You Die
Ano: 2016
Faixas:
1. At Midnight You Die (Danava) 5:32
2. My Spirit Runs Free (Mitch Irish, Keith Irish) 3:00
Créditos:
✺Gregory Meleney: Guitar, Vocals
✺Dominic Casciato: Bass Guitar
✺Peter Hughes: Guitar
✺Matthew Oliver: Drums
✺Andy Animal, Alana Amram, Colin Jarrel, Jerry A.: Chorus (faixa 2)
Disco: Nothing But Nothing
Ano: 2023
Faixas:
1. Nothing But Nothing (4:05)
2. Let The Good Times Kill (3:36)
3. Season Of Vengeance (3:34)
4. Enchanted Villain (6:44)
5. At Midnight You Die (5:31)
6. Strange Killer (6:31)
7. Nuthin But Nuthin (5:38)
8. Čas (5:07)
Músicas de autoria da banda, exceto "Čas", composta por Jill Schelinger e F.R. Čech.
Créditos:
✺Gregory Meleney: Guitar, Synthesizers, Vocals
✺Kerby Strom: Guitar
✺Dominic Casciato: Bass Guitar
✺Matt Oliver: Drums
✺Peter Hughes: Guitar (faixa 5)
Biografia:
Os sons clássicos do hard rock e do heavy metal dos anos 70 nunca saíram de moda (e é por isso que ganharam o rótulo de "clássicos"), mas apesar de cada geração subsequente ter produzido bandas ansiosas em tocar, reciclar e reinterpretar esses ensinamentos atemporais, a duradoura tradição "retrô" ganhou uma legião especialmente grande e dedicada de fiéis na década de 2000.
Tanto é assim que, para cada banda influenciada pela previsível tríade inspiradora: Sabbath/Zeppelin/Aerosmith (vide Wolfmother, Witchcraft, The Sword, etc., etc.), há outras que procuram referências meio esquecidas e muito menos óbvias para se inspirar, como, por exemplo, as viagens psicodélicas de ácido da Iron Butterfly, as aventuras espaciais da Hawkwind, o épico progressivo metal, carregado de sintetizadores, da Rush e mesmo um pouco de Black Sabbath, mas do período geralmente descartado do final dos anos 70, dos discos "Technical Ecstasy" e "Never Say Die!". Essas múltiplas influências aplicam-se à Danava (pronuncia-se do-nuh-vuh), de Portland, Oregon, formada em 2003 por Dusty Sparkles (vocais, guitarra, sintetizador), antigo morador de Illinois, Buck Rothy (bateria) e Dell Blackwell (baixo), com o tecladista Rockwell integrado ao grupo a tempo para o lançamento do seu disco de estreia, de 2006, pela Kemado Records (Eduardo Rivadavia, AllMusic; tradução livre do inglês).