segunda-feira, 17 de abril de 2023

BASKERY / Repostagem


Atendendo a pedidos, segue repostagem com novos links para os 3 primeiros trabalhos das cowpunks que vieram do frio. Ótima oportunidade para aqueles que ainda não as conhecem, pois, segundo apurado, estão em vias de lançar um novo álbum...e vocês não vão querer ficar de fora dessa, né?!?!?

YYYYYYYYYYYRRRRRAAAAAAWWWWWWWWW!!!


*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*

Originalmente publicado em 01.08.2011

Já tornou-se lugar comum afirmar que da Suécia chega-nos o melhor rock da atualidade. Concordo em gênero, número, grau e declinação. Que tem alguns dos melhores exemplares da fauna feminina em todo o globo terrestre. Sim, não há como discordar se até meu avô já confidenciava isso para o seu neto predileto quando este mal havia iniciado a alfabetização -e era viajado, o sacana! E IDHs incomparáveis e ABBA são apenas mais alguns de muitos de seus atributos notórios. No entanto, que este belo país da Escandinávia mantém forte tradição country/folk deveria ser ululantemente óbvio, visto sua sólida formação agropecuária, mas a verdade é que virtualmente nos esquecemos desta possibilidade. E a prova disso está agora disponibilizada para todos os parceiros do G&B através da Baskery ou como assim são conhecidas as irmãs Bondesson, Sunniva (vocais/violões/guitarras), Greta (vocais/banjo/violões e percussões diversas, tudo ao mesmo tempo agora) e Stella (baixo acústico/vocais).
Conheci estas princesas nórdicas algumas madrugadas de sábado atrás ao tentar aplacar com uma dose cavalar de Chicabon, calda de chocolate e Ovomaltine uma daquelas laricas aparentemente insaciáveis enquanto zapeava por todos os canais de música disponíveis na minha megahiperultra seleção de canais HD atrás de algo interessante para assistir mas só dava de cara com coisas tão degradantes quanto 'Luan Santana Live At Planeta Atlântida' ou bandas que, de tão alternativas, não me deixavam outra alternativa que não a de continuar apertando qualquer botão do controle remoto até que parei no clipe de 'The Widow' da The Mars Volta, uma das bandas prediletaças da casa, e já me dei por satisfeito. Mas o melhor viria na sequência quando um slide arretado da porra começa a passear virulenta e distorcidamente por um...zither banjo!!!! A esta altura eu já estava absolutamente vidrado no que meus olhos e ouvidos assustados captavam mas nada poderia me preparar para o fato de que aquela sonzeira misto de alt country, bluegrass, americana, swamp rock e o que mais queiram adicionar pudesse estar sendo executado por apenas 3 pitéuzinhos de responsa. Mas isto não interessa; o que interessa é que, mesmo já derrubado de tanto sono, resolvi procurar o que encontrasse de material das meninas e descobri não só o delicioso 'Fall Among Thieves'(2008), com aquela 'One Horse Down' (e ainda 'I Haunt You',  'The Brave', 'Out-Of-Towner', etc) que tanto me seduzira alguns minutos antes, como também fiquei sabendo que, resolvesse aguardar mais alguns dias, poderia obter seu novo trabalho, 'New Friends'. O resultado foi que passei um bom pedaço daquele sábado ouvindo aquela primeira bolachinha e sempre me espantando com seu talento, resultado de uma educação musical apurada -tradição na família, pois seu pai é baterista e desde muito novas já apresentavam-se profissionalmente. E a experiência adquirida nos palcos da vida traduziu-se em confiança suficiente para registrar todas as faixas quase sem overdubs. Tudo em 'Fall Among Thieves' é genuino e de emocionar muito carcamano rodado. E o destaque, além da perfeita integração das meninas na execução de seus 'killbillies', como costumam divertidamente denominar sua música devido à energia quase punk de suas performances ao vivo, vai para Greta, a mais velha da trinca que, do alto (e bota alto nisso!) de sua beleza, exala carisma, competência e raça por todos os poros, como uma autêntica one band woman.
Para minha sorte, semana passada vazou o aguardado 'New Friends' e, como seria de esperar devido ao sucesso e prestígio que amealharam pelo Velho Continente,  agora com uma produção mais esmerada e -apesar de ainda conseguir manter aquele jeitão "1...2...3...vai, porra!" presente em sua estreia e que tanto me conquistou-, em alguns momentos, acima do que seria aceitável, com overdubs de guitarras e uso de um kit tradicional de bateria em algumas faixas mas nada que chegue a comprometer o trabalho, até porque as músicas continuam excelentes. Apenas desnecessário, visto que seu público, muito provavelmente, não verá com bons olhos intrusos dividindo o palco com as loirinhas.



*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*
20/10/2014 
E as talentosas loirinhas suecas chegaram com seu ansiosamente aguardado terceiro álbum. Gravado analogicamente em um espaçoso, e de generoso pé direito, estúdio de dança em Berlim em apenas 10 dias, 'Little Wild Life' aponta algumas mudanças na sonoridade das irmãs Boldesson. De uma maior eletrificação dos arranjos às letras de temáticas autorreferentes, quase um conceito por todo o álbum. Mas a raiz não mudou e isto confere à Baskery uma sonoridade única, como elas mesmas costumam se referir, killbilly até a medula. Divirtam-se e....yyyyyyyyyyhhhhhaaaaaaa!!!!



*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*
NEW!!!

01.04.2019
                              


E nossas meninas, autênticas representantes do killbilly, seguem mandando muitíssimo bem em seu novo álbum, 'Coyote & Sirens', incorporando novos elementos, como em 'Coup The Coeur', primeiro single, mas sem jamais perder o foco na essência de sua música. 
E todos seguiremos pipocando pela sala ao som irresistível da Baskery!



¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
VIDEOS
 





segunda-feira, 20 de março de 2023

MAGGIE KOERNER / Atualização


Atualização de links para os álbuns 'Quarter Life' e 'Neutral Groud', atendendo -e gradecendo!- a pedidos.

*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*

Mais um single, 'If I Die', lançado por esta talentosíssima compositora e intérprete...é pouco, mas ainda é melhor que nada. A torcida por um novo álbum continua...

*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*
Originalmente publicado em 06.05.2019

E a talentosíssima Maggie Koerner surge com um novo single, 'Shadows'...
Será que vem um novo álbum a reboque?
Fiquemos na torcida...

*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*
Atualização publicada em 11.12.2017.

Seguindo em frente com o processo de atualização de postagens, segue o último trabalho desta que considero uma das mais talentosas cantoras/compositoras da atualidade. Com apenas 25 anos, Maggie Koerner demonstra, a cada novo trabalho, crescente maturidade e potencial ilimitado.
Produzido por Fink, e contando, uma vez mais, com um time invejável de colaboradores, o EP 'Dig Down Deep' foi parido por longos 3 anos, entre turnês europeias e norte-americanas, seja como front-woman da prestigiosa Galactic ou abrindo para nomes do porte de Gov't Mule, do já saudoso Charles Bradley e da Widespread Panic, com os quais também dividiu palcos inúmeras vezes.
Seja, você também, dominado por esta linda e talentosa artista!

*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*
Originalmente publicado em 19.10.2015.


É fato que nutro uma forte tara por vozes femininas. E aquelas cheias de drive, soul e uma pitada bittersweet me são ainda mais caras. E este é o caso desta jovem caipira de Shreveport, Louisianna, Maggie Koerner, arquétipo do jovem talento local cujos limites geográficos já não lhe eram o bastante. E assim, a bela e carismática loirinha de voz potente e promissoras características autorais, seguiu para New Orleans em 2011, meca musical da região, logo gravando seu primeiro e surpreendentemente bom álbum, 'Quarter Life', e sendo rapidamente acolhida pelo melhor da cena musical da cidade. 
E foi através de um destes filhotes banhados pelo Mississipi, a Galactic, fantástico e prestigiadíssimo combo cajun funk liderado por Stanton Moore, que conheci esta voz, àquela altura já impregnada do mojo muito peculiar da música da cidade mais musical dos EEUU. E assim surgia uma parceria de química incendiária que gerou os sucessos 'Hey Na Na' e 'Dolla Diva'. 
Ao mesmo tempo, Koerner trabalhava incansavelmente no material de seu segundo álbum, agora já contando com a parceria de um número ainda mais expressivo de admiradores, além de David Shaw e seu The Revivalists, responsáveis por praticamente todas as bases de seu debut. E assim nasceu 'Neutral Ground', um trabalho maduro, desvinculado de gêneros (uma de suas melhores características como compositora e intérprete) e convincente do talento desta pequena diva, nem um pouco 'dolla', de voz potente, divisões arrojadas e ambições estilísticas ilimitadas. Se, após estas mal digitadas linhas, você ainda não foi tomado(a) pela curiosidade em conhecer a nova joia do delta do Mississipi, siga direto até o final da postagem e assista sua recente apresentação com a Galactic no New Orleans Jazz Fest e...pare se for capaz!
Olhos e ouvidos nessa menina! Eu já estou absolutamente de quatro!







NEW!!!
Publicado em 11.12.2017


NEW!!!




*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*¨*








segunda-feira, 6 de março de 2023

MAGGIE KOERNER-THE BARTHOLOMEW SONGS (2022)


E esta birosca brenfoetílicomusical segue com o firme propósito de atualizar as discografias de algumas de suas preferências...até porque, sem querer ser arrogante mas já sendo, se não for através do meu, do seu, do nosso G&B, muito provavelmente, não será por nenhum outro lugar. Afinal, vivemos tempos estranhos, em que poucos se prestam a ouvir um álbum completo. Como se uma obra de arte pudesse ser apreciada e compreendida sorvendo apenas um pedaço...como se, da 'Monalisa', pudéssemos analisar apenas seu icônico sorriso, abrindo mão do significado do pouso de suas mãos, a textura do tecido de suas vestes, a ambientação, etc. 
Mas deixemos de viagem...é o mundo em constante modificação. Só não me venham chamar esta banalização intelectual de 'progresso'.
Chegou a vez de trazer o mais recente trabalho de uma de minhas cantoras/compositoras prediletas, um talento ainda a ser descoberto pela indústria, muito embora nem sempre costumem se interessar por talentos de verdade. E assim chegou a hora de trazer o álbum 'The Bartholomew Songs' (não me perguntem o porquê deste título, pois nada consegui de concreto), registrado em diversas sessões, iniciadas ainda no período imediatamente anterior à pandemia, com os singles 'If I Die' e 'Shadows', seguidos de 'Images', já em 2020. Um tremendo e angustiado trabalho, com destaques, além das já citadas, para 'Wasted', 'A Woman's Intuition', 'Storyteller' e a saltitante e solar 'Be Somebody', em que divide os microfones com David Shaw, um de seus mais constantes parceiros.
Se você ainda não conhece esta talentosíssima gata, deixe-se ser surpreendido...e se gostou, tem mais dela aqui.


.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

PRISTINE-FIREBALL (2020) & THE LINES WE CROSS (2023)



Seguindo com as atualizações discográficas, a banda liderada pela ruivinha -mais uma, né?- com a voz mais foda de toda a Noruega, Heidi Solheim, é a bola da vez. Na moral, sei que é chover no molhado mas vou perguntar assim mesmo: seus aplicativos de streaming alguma vez lhe sugeriram esta banda, após ouvir aquele tremendo blues rock que você ama, magistralmente interpretado por uma de suas cantoras prediletas no gênero?  Não...claro que não, né? Muito provavelmente lhe sugeriram, quando muito, uma Adele -que eu amo mas, convenhamos, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, certo?- ou, nos casos mais graves, um novo lançamento da Anitta. Portanto, posso presumir que você, caso nunca tenha passado pela porta desta birosca brenfoetílicomusical pelos últimos 5 ou 6 anos, jamais ouviu falar da Pristine e sequer sabe que este país mais ao norte da Europa não vive apenas de bacalhau e black metal. Mas o meu, o seu, o nosso G&B está de volta justamente para reparar este, e outros, digamos assim, hiatos melômanos.
E, desta vez, a atualização vem em dose dupla, com 'Fireball', um EP de 2020, e seu mais recente trabalho, o ainda quentinho 'The Lines We Cross', e carregado de belas surpresas, como o uso mais constante de naipes de cordas e, até mesmo, orquestras de médio porte, como a The Arctic Philharmonic, já uma antiga parceira das loucuras da talentosíssima Heidi, sempre com excelentes resultados. Não há como deixar de destacar, nestes dois petardos, faixas como 'Fireball', 'Ghost With A Gun', 'The Devil You Know' e a 'kashmiriana' e insuperável 'Carnival' e seu magistral arranjo de cordas. Mas, acreditem, vai ser difícil saca-los do player antes do fim...

Se gostou e deseja conhecer ainda mais de Heidi & Cia, é só dar um rolê por aqui.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

LAYLA ZOE-THE WORLD COULD CHANGE (2022)

Seguindo com a atualização de discografias, vamos de Layla Zoe, em minha modesta opinião a melhor cantora desconhecida de blues/blues rock da atualidade, e seu excelente -quase uma abissal redundância, em se tratando da ruivinha- novo trabalho, 'The World Could Change', contando agora com o retorno de um velho amigo, parceiro e colaborador, Henrik Freischlader
Como seu antecessor, o urgente, pungente, porém desleixado, 'Nowhere Left To Go', seu novo -e longo- álbum é um tratado profundo do agora, de tudo o que temos vivenciado nos últimos anos, de pandemias e desastres ambientais à ascensão do neonazifascismo e sanguinários conflitos bélicos. E Zoe nos cospe, em suas letras, muita amargura e raiva, mas sempre acompanhadas de um forte sopro de esperança. Como só o blues costuma fazer com propriedade, né mesmo?