Sobre as postagens

Se voce tiver alguma sugestão e/ou reclamação, por favor, envie um e-mail para: progmusicparadise@gmail.com

If you have any suggestions and/or complaints, please send an email to: progmusicparadise@gmail.com
Mostrando postagens com marcador Uruguay. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Uruguay. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Opa & Ruben Rada (Candombe/Jazz/Fusion/Rock {Uruguai/US})

Opa (photo 01)
Opa foi uma banda
uruguaia fundada nos
Estados Unidos por Ringo
Thielmann, junto a Hugo e
Osvaldo Fattoruso. A banda
fundia jazz, candombe
e rock, entre outros
gêneros.

HISTÓRIA

Após a dissolução da Los Shakers em 1968, os irmãos Hugo e Osvaldo Fattoruso gravaram o álbum "La bossa nova de Hugo y Osvaldo" para encerrar o contrato com a gravadora da Los Shakers. Hugo Thielmann, ex-companheiro dos irmãos Fattoruso na The Hot Blowers (banda de jazz anterior a Los Shakers), havia se estabelecido nos Estados Unidos e chamou os irmãos Fattoruso para formar uma banda. Eles foram descobertos por Airto Moreira, músico brasileiro que fazia parte da tendência jazz fusion e jazz rock que vinha se desenvolvendo nos Estados Unidos. Airto havia tocado com Miles Davis nos tempos de fundação da atual banda. Em 1973 os irmãos Fattoruso e Thielmann participaram do álbum "Fingers" de Airto Moreira. Hugo Fattoruso ocupou um espaço importante em sua composição "Fingers (El Rada)", é a música que dá nome ao álbum, e é uma versão da música "Dedos" que Ruben Rada e Eduardo Useta haviam composto para Totem. Em 1976, Airto Moreira conseguiu um contrato com a gravadora Milestone, subsidiária da Fantasy Records.

"Quando chegamos, decidimos que
tínhamos que nos dar um nome para
trabalhar, e surgiu o Opa, que é uma
espécie de Alô!, uma saudação
tipicamente uruguaia".
- Hugo Fattoruso, entrevista em
Expreso Imaginariomaio de 1981

REGISTROS FONOGRÁFICOS

Em 1975, o trio gravou suas primeiras canções de estúdio em Nova York. Foi uma demo que veria a luz do dia em 1996, quando foi lançada no Uruguai com o nome de "Back home". Nas sessões, Pappo Atiles participou tocando congas e percussão.

Em 1976 Opa gravou seu primeiro álbum, "Goldenwings", pela Milestone Records. Participaram do álbum os seguintes músicos: David Amaro (guitarra), Hermeto Pascoal (flauta, percussão) e Airto Moreira (percussão). O disco recebeu boas críticas no circuito do jazz, e foi lançado internacionalmente, mas a gravadora não apostou na sua difusão. Apesar de conter candombe, duas músicas de Ruben Rada e uma homenagem a Totem, os integrantes da Opa não ficaram satisfeitos com a identidade do álbum. Em 1977, para a gravação de "Magic time", seu segundo álbum, chegou Rada. Airto colaborou na percussão, Flora Purim nos vocais e o guitarrista Barry Finnerty juntou-se ao grupo. O disco contém o clássico da música uruguaia "Montevideo".

Cansados ​​de não terem entrado no mainstream, eles se separaram como banda. Hugo e Rada participaram do álbum "I'm fine. How are you?" (1977) de Airto Moreira. Hugo também participou em "Slaves mass" (1977) de Hermeto Pascoal e em "That's what she said" (1978) de Flora Purim.​

Em 1977 houve, nos Estados Unidos, um declínio do jazz rock e do rock progressivo que se explica, entre outros fatores, pelo advento do punk e da música disco.

Em 1981 surgiu a proposta de tocar em Buenos Aires como banda de abertura de Milton Nascimento e gravar um álbum de estúdio. No Río de la Plata eles se tornaram uma banda cult. Em maio de 1981 foram capa da revista argentina Expreso Imaginario. E no início da entrevista com a banda, o jornalista Pipo Lernoud escreveu sobre a Opa:

"(...) há um caminho ininterrupto
de evolução que inclui (...) ter dado
forma definitiva ao candombe eletrônico,
abrindo um enorme canal criativo
para a música local".

Nos estúdios ION de Buenos Aires eles gravaram, sob o nome de Otroshakers, o álbum "A Los Shakers", outro álbum que foi muito bem recebido pela crítica.

OPA NO URUGUAI

Em abril de 1981, Opa se apresentou pela primeira vez em Montevidéu. No Cine Plaza aconteceram dois recitais: as apresentações geraram muita expectativa do público e também dos músicos, e representaram um evento histórico para a corrente uruguaia da batida do candombe. Eduardo Mateo, Jaime Roos e Jorginho Gularte atuaram como convidados. Jaime Roos, que regressara um dia antes após quatro anos na Europa, descreveu a experiência como a maior emoção musical da sua vida.

Opa se reuniu novamente em 17 de outubro de 1987, para dar um show no Teatro de Verano, também com músicos convidados. Do encontro saiu o álbum "Opa en vivo" (Orfeo, 1988), reeditado como "En vivo 87' & raridades" (Melopea, 2001) com três músicas extras, que são demos gravadas em estúdio pelo trio original em Nova York, no ano de 1974: "Tombo", "La manada" e "Brother Rada".

Em 2000, Ringo Thielmann se apresentou como convidado em um recital do Trio Fattoruso (Hugo, Osvaldo e Francisco) no teatro El Galpón. A última apresentação oficial da Opa foi em março de 2005, no Teatro Solís de Montevidéu, e foi gravada em vídeo para a mídia televisiva local.

⭐⭐⭐⭐⭐

Opa was an Uruguayan
band founded in the United
States by Ringo Thielmann, along
with Hugo and Osvaldo Fattoruso.
The band fused jazz, candombe
and rock, among other
genres.

HISTORY

After the dissolution of Los Shakers in 1968, the brothers Hugo and Osvaldo Fattoruso recorded the album "La bossa nova de Hugo y Osvaldo" to end the contract with the Los Shakers label. Hugo Thielmann, former partner of the Fattoruso brothers in The Hot Blowers (jazz band before Los Shakers), had settled in the United States and called the Fattoruso brothers to form a band. They were discovered by Airto Moreira, a Brazilian musician who was part of the jazz fusion and jazz rock trend that was developing in the United States. Airto had played with Miles Davis when the current band was founded. In 1973 the brothers Fattoruso and Thielmann participated in the album "Fingers" by Airto Moreira. Hugo Fattoruso occupied an important space in his composition "Fingers (El Rada)", it is the song that names the album, and it is a version of the song "Dedos" that Ruben Rada and Eduardo Useta had composed for Totem. In 1976, Airto Moreira got a contract with Milestone, a subsidiary of Fantasy Records.

"When we arrived, we decided
that we had to give ourselves a name
to work with, and Opa came up, which
is a kind of Hello!, a typically
Uruguayan greeting".
- Hugo Fattoruso, interview in
Expreso ImaginarioMay 1981

PHONOGRAPHIC RECORDS

In 1975, the trio recorded their first studio songs in New York. It was a demo that would see the light of day in 1996, when it was released in Uruguay under the name "Back home". In the sessions, Pappo Atiles participated playing congas and percussion.

In 1976 Opa recorded her first album, "Goldenwings", for Milestone Records. The following musicians participated in the album: David Amaro (guitar), Hermeto Pascoal (flute, percussion) and Airto Moreira (percussion). The disc received good reviews in the jazz circuit, and was released internationally, but the record company did not bet on its diffusion. Despite containing candombe, two songs by Ruben Rada and a tribute to Totem, the members of Opa were not satisfied with the identity of the album. In 1977, for the recording of "Magic time", their second album, Rada arrived. Airto collaborated on percussion, Flora Purim on vocals and guitarist Barry Finnerty joined the group. The disc contains the classic Uruguayan song "Montevideo".

Tired of not breaking into the mainstream, they broke up as a band. Hugo and Rada participated in the album "I'm fine. How are you?" (1977) by Airto Moreira. Hugo also participated in "Slaves mass" (1977) by Hermeto Pascoal and in "That's what she said" (1978) by Flora Purim.

In 1977 there was, in the United States, a decline of jazz rock and progressive rock that can be explained, among other factors, by the advent of punk and disco music.

In 1981, the proposal arose to play in Buenos Aires as the opening act for Milton Nascimento and record a studio album. In Río de la Plata they became a cult band. In May 1981 they were on the cover of the Argentine magazine Expreso Imaginario. And at the beginning of the interview with the band, journalist Pipo Lernoud wrote about Opa:

"(...) there is an uninterrupted path
of evolution that includes (...) having
definitively shaped electronic candombe,
opening an enormous creative channel
for local music".

At ION studios in Buenos Aires they recorded, under the name Otroshakers, the album "A Los Shakers", another album that was very well received by critics.

OPA IN URUGUAY

In April 1981, Opa performed for the first time in Montevideo. Two recitals took place at Cine Plaza, the presentations generated a lot of expectation from the public and also from the musicians, and represented a historic event for the Uruguayan current of the beat of candombe. Eduardo Mateo, Jaime Roos and Jorginho Gularte acted as guests. Jaime Roos, who had returned the day before after four years in Europe, described the experience as the greatest musical thrill of his life.

Opa got together again on October 17, 1987, to give a show at the Teatro de Verano, also with guest musicians. The album "Opa en vivo" (Orfeo, 1988) came out of the meeting, reissued as "En vivo 87' & raridades" (Melopea, 2001) with three extra songs, which are demos recorded in the studio by the original trio in New York, year 1974: "Tombo", "La manada" and "Brother Rada".

In 2000, Ringo Thielmann performed as a guest in a recital by the Trio Fattoruso (Hugo, Osvaldo and Francisco) at Teatro El Galpón. Opa's last official performance was in March 2005, at Teatro Solís in Montevideo, and was recorded on video for local television media.


Membros
George Fattoruso - bateria
Hugo Fattoruso - teclados, vocal
Hugo Thielmann - baixo,
vocal
Convidados
Hermeto Pascoal
- flauta, percussão
Flora Purim - vocal
David Amaro - guitarra
Barry Finnerty - guitarra
Airto Moreira - percussão
Ruben Rada - percussão, vocal
Jorge Fattoruso - percussão,
bateria, vocal

Los Shakers
Expreso Imaginario, maio de 1981

ALBUMS

OPA

Goldenwings (1976)
Opa - Goldenwings - 1976 (front)
01. Goldenwings
02. Paper butterflies
(Muy lejos te vas)
03. Totem
04. African bird
05. Corre niña
06. Pieces:
a) Tombo
b) La escuela
c) Tombo
d) The last
goodbye
07. Groove

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Magic time (1977)
Opa - Magic time - 1977 (front)
01. Mind projects
02. Camino:
a) Arise
b) Long walk
c) Romantica
d) Land
03. La cumbia
de Andrés
04. Montevideo
05. Malísimo

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Back home (1996)
[recorded in 1975]
Opa - Back home - 1996 (front)
01. Goldenwings
02. Brooklynville
03. Brother Rada
04. African bird
05. One+one
+one is two
06. Corre niña
07. Casa forte
08. Never can
say goodbye
09. Back home
(The inner cry)

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

RUBEN RADA

Montevideo dos (1999)
Ruben Rada - Montevideo dos - 1999 (front)
01. La cebolla
02. Ayer te vi
03. Julieta
04. Cumpa
05. Botija
de mi país
06. Mejor me voy
07. Inner city blues
08. Al siete y
medio pago
09. Chevrolé
10. Los cocos
11. Canción para
enamorar veteranas
12. Que no le compro yo
13. Llamada
14. Rainin'

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!
Link para o download dos 4 albums: enjoy!

Opa - Malísimo 1977
Opa - Montevideo - 1977
Radaen vivo ATC, parte 01 - 1988
[Argentina Televisora ColorBuenos AiresArgentina]
Rada - en vivo ATCparte 02 - 1988
[Argentina Televisora ColorBuenos Aires, Argentina]
Rada - en vivo ATCparte 03 - 1988
[Argentina Televisora ColorBuenos AiresArgentina]
Rada - en vivo ATCparte 04 - 1988
[Argentina Televisora ColorBuenos AiresArgentina]

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Psiglo (Hard Progressive Rock {Uruguai})

Psiglo
Psiglo foi um grupo de
rock progressivo uruguaio.
Apesar de sua curta existência, é
considerado um dos grupos mais
importantes da história do rock
americano e está entre os 20 mais
importantes da história do hard
rock progressivo da
América Latina.
HISTÓRIA

Os cinco amigos, César Rechac (baixo), Luis Cesio (guitarra), Jorge García Banegas (teclados), Carmelo Albano (bateria) e Julio Dallier (vocais), estavam em uma reunião no bar Rober, no bairro La Figurita, onde entre cervejas e pizzas, César escreveu em um guardanapo a palavra "siglo" (século) que, segundo Gonzalo Farrugia, amigo baterista e mais tarde membro da banda, era o nome que aparecia em um sonho que ele teve. Jorge achou que faltava algo que desse um tom mágico, então ele pegou a caneta e adicionou um "P", de psicodelia, pois segundo Jorge, eles estavam na era psicodélica. O nome da banda estava definido: Psiglo.

Em 9 de janeiro de 1971, atuam em conjunto com a Totem (banda de Ruben Rada) e Sindykato, no Segundo Concierto de la Rosa. Em fevereiro, como convidados do Segundo Concurso Nacional de la Música y la Canción Beat no Parque Harriage na cidade de Salto. No entanto, sua atuação mais importante no ano de 1971, ocorreu no dia 20 de novembro no megafestival argentino B.A. Rock II (Buenos Aires Rock [título oficial: Festival de la Música Progresiva de Buenos Aires]), no velódromo da cidade de Buenos Aires. O festival durou cinco dias durante o mês de novembro, reunindo um total de 15.000 pessoas. Algumas das bandas que participaram do evento foram: Los Gatos, Manal, Almendra, Vox Dei, Moris, Pajarito Zaguri, Arco Iris, Alma y Vida e La Cofradía de la Flor Solar.

Em julho de 1972, eles lançaram seu primeiro single - "Gente sin camino/En un lugar un niño" -, gravado nos estúdios da Sondor (o selo mais antigo do Uruguai) e com um formato não comercial: "Gente sin camino" excede seis minutos em um tempo em que a duração máxima para uma transmissão de rádio era de 3 minutos. No entanto, "En un lugar un niño" atinge a difusão em massa.

No dia 18 de julho, eles estofam as ruas, com placas que dizem "Los que aún no han comprado el primer simple de Psiglo están para el psiquiatra" ("Quem ainda não comprou o primeiro single da Psiglo é para ir ao psiquiatra"), e as vendas são excelentes. Em 13 de agosto de 1972, eles fazem um concerto no Teatro Solís.

Em dezembro do mesmo ano, o segundo single é lançado, este excede as vendas do anterior e se torna "disco de ouro". A organização do Seminario de Música Latinoamericana os reconhece, convidando-os para o evento que ocorreu no sopé do Cerro del Toro, em Piriápolis. Ainda em dezembro, eles são convidados pela segunda vez a participar do B.A. Rock (B.A. Rock III), desta vez com a banda Días de Blues.

Em 10 de janeiro de 1973, um importante baile é organizado no Clube de Atenas na U.J.C. e, no final, Gonzalo Farrugia levanta um quadro com uma foto de Lenin, o que agrava o entusiasmo dos jovens. Em 24 de fevereiro, a banda é convidada a participar do Festival de la Solidaridad Chile-Vietnam no Estádio Centenario, juntamente com Alfredo Zitarrosa, Víctor Heredia, Vera Sienra, SindykatoQuilapayún, Dean Reed e Camerata. A banda também participa como convidada nas sessões de gravação de outros artistas, como Jesús Figueroa (ex-vocalista da Opus Alfa), e no segundo álbum de León Gieco.

ÁLBUM "IDEACIÓN"

Entre janeiro e março de 1973, eles completam a gravação do primeiro LP, intitulado "Ideación". O álbum foi lançado em julho daquele ano e foi acompanhado pelo Cuarteto de cuerdas del S.O.D.R.E. na música "Catalina" e Nelson Pito Varela (saxofone) e Eduardo Giovinazzo (trompete) em "Es inútil". O fotógrafo Jorge Gómez estava encarregado do design da capa, mas quando o trabalho foi concluído, ele foi inesperadamente substituído pelo cérebro que, finalmente, se tornou o logotipo do grupo. O cérebro emblemático, foi criado pelo artista plástico, cenógrafo do Canal 5 e cantor da banda, Rubén Melogno.

Em 12 de agosto de 1973, o segundo concerto é realizado no mesmo local (Teatro Solís) e exatamente um ano após o primeiro. Lá eles recebem o "disco de ouro" de Leon Jurburg, proprietário da gravadora Clave Iemsa, no programa de TV Discodromo Show, conduzido por Rubén Castillo, transmitido no sábado 18 no canal 12, sob a forma de um especial da banda, chamado "Telesuceso del Psiglo".

Eles alugam uma casa, onde eles montam uma oficina/estúdio. Gonzalo Farrugia ensina bateria e eles tocam em todos os lugares, fazendo sete ou oito bailes em cada fim de semana.

ÁLBUM "PSIGLO II"

Seu segundo LP, popularmente conhecido como "Psiglo II", foi gravado em julho de 1974, mas foi censurado pela ditadura civil-militar, vindo a ser publicado apenas em 1982 e sem o tema "Héroe de papel". Esse tema apareceu anos depois na edição do CD que continha os dois LPs do grupo. Para este álbum, eles tiveram o acompanhamento musical do Álvaro Armesto Quartet com uma flauta no tema "El juglar y yo" e com saxofone na música "Gil 1038". Gustavo "Mamut" Muñoz se juntou à banda no baixo elétrico e César Rechac assumiu a guitarra elétrica, substituindo Luis Cesio, que deixou o grupo e formou a banda Ceibo.

ÁLBUM "PSIGLO III"

O terceiro trabalho, desta vez já em suporte digital, gravado em Madri, em 1991, no estúdio particular de Jorge Banegas e nos estúdios La Factoría, pertencentes a ex-integrantes da Asfalto, outro grupo importante na trajetória de Banegas. Neste álbum participaram os membros originais do grupo: Rechac, Banegas, Melogno, Farrugia - que enviaram as faixas do México - , e Cesio - que fez no Uruguai. O álbum contou com colaborações como Pepe Brother (baixo em "Vuela libre") e Vicky e Luisi Estévez (membro de JerusalemSupremas de Móstoles, coros), Fernando Luna (letra em "Mi dulce pelirroja") e Marisa Muñoz (letra em "Vuela libre”). Com este álbum encerra-se a discografia desta banda tão emblemática.

REUNIÕES

Em 1993, em um evento que reuniu 6.000 pessoas na Estação Ferroviária Central da AFE em Montevidéu, eles demonstraram seu chamado e a aceitação de uma platéia multigeracional, voltando à cena para o deleite das gerações que se alimentaram do mito da banda.

Em 1997, eles se reencontram em um evento de homenagem a Rubén Castillo no Teatro Solís.

⭐⭐⭐⭐⭐

Psiglo was a Uruguayan
progressive rock group.
Despite its short existence, it
is considered one of the most important
groups in the history of American rock and
is among the 20 most important in the
history of progressive hard rock
in Latin America.

HISTORY

The five friends, César Rechac (bass), Luis Cesio (guitar), Jorge García Banegas (keyboards), Carmelo Albano (drums) and Julio Dallier (vocals), were at a meeting at the Rober bar in the La Figurita neighborhood, where between beer and pizza, Caesar wrote on a napkin the word "siglo" (century) that, according to Gonzalo Farrugia, drummer friend and later band member, was the name that appeared in the hype of a dream he had. Jorge thought something was missing that gave a magical tone, so he took the pen and added a "P", from psychedelia, because according to Jorge, they were in the psychedelic era. The band name was defined: Psiglo.

On January 9, 1971, they work together with Totem (Ruben Rada's band) and Sindykato at the Segundo Concierto de la Rosa. In February, as guests of the Segundo Concurso Nacional de la Música y la Canción Beat at Harriage Park in the city of Salto. However, its most important performance in 1971 took place on November 20 at the Argentine megastestival B.A. Rock II (Buenos Aires Rock [official title: Festival de la Música Progresiva de Buenos Aires]), in the velodrome of the city of Buenos Aires. The festival lasted five days during November, bringing together a total of 15,000 people. Some of the bands that participated in the event were: Los Gatos, Manal, Almendra, Vox Dei, Moris, Pajarito Zaguri, Arco Iris, Alma y Vida and La Cofradía de la Flor Flor.

In July 1972, they released their first single - "Gente sin camino/En un lugar un niño" - recorded at Sondor studios (Uruguay's oldest label) and in a non-commercial format: "Gente sin camino" exceeds six minutes at a time when the maximum duration for a radio broadcast was 3 minutes. However, "En un lugar un niño" reaches mass diffusion.

On July 18, they pad up the streets, with signs that say "Los que aún no han comprado el primer simple de Psiglo están para el psiquiatra" ("Those who have not yet bought the first single from Psiglo are for the psychiatrist"), and the sales are excellent. On August 13, 1972, they perform a concert at the Teatro Solís.

In December of the same year, the second single is released, this one exceeds the sales of the previous one and becomes "golden disk". The organization of the Seminario de Música Latinoamericana recognizes them by inviting them to the event that took place at the foot of Cerro del Toro, in Piriápolis. Still in December, they are invited for the second time to participate in B.A. Rock (B.A. Rock III), this time with the band Días de Blues.

On January 10, 1973, an important ball is organized at the Clube de Atenas at U.J.C. and in the end Gonzalo Farrugia holds up a picture with a picture of Lenin, which aggravates the enthusiasm of the young. On February 24, the band is invited to participate in the Festival de la Solidaridad Chile-Vietnam at Estádio Centenario, along with Alfredo Zitarrosa, Victor Heredia, Vera Sienra, SindykatoQuilapayún, Dean Reed and Camerata. The band also participates as a guest in the recording sessions of other artists, such as Jesús Figueroa (former Opus Alfa singer), and León Gieco's second album.


"IDEACIÓN" ALBUM

Between January and March 1973, they complete the recording of the first LP, entitled "Ideación". The album was released in July of that year and was accompanied by Cuarteto de cuerdas del S.O.D.R.E. in the song "Catalina" and Nelson Pito Varela (saxophone) and Eduardo Giovinazzo (trumpet) in "Es inútil". Photographer Jorge Gómez was in charge of cover design, but when the work was completed it was unexpectedly replaced by the brain that eventually became the group's logo. The iconic brain was created by the artist, Canal 5 set designer and band singer Rubén Melogno.

On August 12, 1973, the second concert is held at the same venue (Teatro Solís) and exactly one year after the first. There they receive the "golden record" from Leon Jurburg, owner of the label Clave Iemsa, on the Discodromo Show TV show, conducted by Rubén Castillo, broadcast on Saturday 18th on Channel 12 in the form of a band special called "Telesuceso del Psiglo".

They rent a house where they set up a workshop/studio. Gonzalo Farrugia teaches drums and they play everywhere, doing seven or eight dances each weekend.


"PSIGLO II" ALBUM

Its second LP, popularly known as "Psiglo II", was recorded in July 1974, but was censored by the civil-military dictatorship, only to be published in 1982 and without the theme "Héroe de papel". This theme appeared years later in the CD edition that contained the group's two LPs. For this album, they had the musical accompaniment of Álvaro Armesto Quartet with a flute on the theme "El juglar y yo" and with saxophone in the song "Gil 1038". Gustavo "Mamut" Muñoz joined the band on the electric bass and César Rechac took over the electric guitar, replacing Luis Cesio, who left the group and formed the band Ceibo.

"PSIGLO III" ALBUM

The third work, this time in digital format, recorded in Madrid in 1991 at Jorge Banegas 'private studio and at La Factoría studios, owned by former Asfalto members, another important group in Banegas' career. This album featured the original members of the group: Rechac, Banegas, Melogno, Farrugia - who sent the tracks from Mexico - and Cesio - who made them in Uruguay. The album featured collaborations such as Pepe Brother (bass in "Vuela libre") and Vicky and Luisi Estévez (member of JerusalemSupremas de Móstoles, choirs), Fernando Luna (lyrics in "Mi dulce pelirroja") and Marisa Muñoz (lyrics in "Vuela libre”). With this album the discography of this emblematic band ends.

REUNIONS

In 1993, at an event that gathered 6,000 people at the AFE Estação Ferroviária Central in Montevideo, they demonstrated their calling and acceptance of a multigenerational audience, returning to the scene to the delight of the generations who fed on the band's myth.

In 1997, they meet again at an event honoring Rubén Castillo at Teatro Solís.


ALBUMS

Ideación (1973)
01. Sienteme
02. En un lugar un niño
03. Catalina
04. Vuela a mi galaxia
05. Nuestra calma
06. Es inútil
07. No pregunten porque
08. Piensa y lucha

Membros
César Rechac - baixo, vocais de apoio
Jorge Garcia - teclados, flauta, vocais de apoio
Rubén Melogno - vocais principais, percussão
Luis Cesio - guitarra, vocais de apoio
Gonzalo Farrugia - bateria
Convidados
Cuarteto de cuerdas del S.O.D.R.E. -
no tema "Catalina"
Nelson Varela - saxofone
no tema "Nuestra calma"
Eduardo Giovinazzo - trompete
no tema "Nuestra calma"

Mp3 320kbps and artworks: enjoy!

Psiglo II (1982)
[recorded in 1974]
01. Cambiarás al hombre
02. Héroe de papel
03. Construir destruir
04. No tiene razón de ser
05. El juglar y yo
06. Gil 1038
07. Gil 1038 (bis)

Membros
Gustavo "MamutMuñoz - baixo
Jorge Garcia - teclados, flauta, vocais de apoio
Rubén Melogno - vocais principais, percussão
César Rechac - guitarra, vocais de apoio
Gonzalo Farrugia - bateria

Mp3 320kbps and artworks: enjoy!
Link para o download dos 2 albums: enjoy!

Psiglo - Ideación 1973
Psiglo Psiglo II 1982

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Totem - Totem - 1971 (Psychedelic/Candombe/Rock {Uruguai})

Totem foi uma banda de
rock uruguaia que esteve ativa no
início dos anos 70. A banda era formada
por músicos com uma carreira reconhecida,
vários deles ex-integrantes da El Kinto. A
banda é geralmente enquadrada no
gênero chamado candombe beat
(uma mistura de ritmos originários
do candombe com música
pop e rock).

HISTÓRIA

O grupo era formado inicialmente por Rubén Rada, Eduardo Useta, Enrique Rey, Mario "Chichito" Cabral, Roberto Galletti e Daniel Lobito Lagarde. Com exceção do último (que tinha apenas 19 anos), todos eram músicos com vasta experiência em música uruguaia.

O nome do grupo foi proposto por "Chichito" Cabral em um ensaio em grupo. Segundo ele, em uma viagem a Hamburgo, ele viu um sinal luminoso que dizia "Totem". Ele pensou que poderia ser uma abreviação de "Todos tenemos música" ("Todos nós temos música") e prometeu a si mesmo que, se um dia ele reunisse um grupo, esse seria o nome.

Os primeiros ensaios da banda foram realizados no final da década de 1970. Suas primeiras apresentações públicas foram em janeiro de 1971: a 6ª no Clube da Universidade de Salto (em uma dança para a juventude do Partido Comunista), a 7ª no estádio dos Wanderers, de Paysandú e a 20ª em Montevidéu, no Segundo Concierto de la Rosa (onde a banda toca ao lado de Psiglo Syndikato). Sua performance em fevereiro em um festival no Parque Harriague, de Salto, também é bem lembrada.

O primeiro álbum, "Totem", foi gravado em 2 de maio de 1971 nos estúdios da ION em Buenos Aires e publicado em julho pela gravadora De la Planta. Embora haja músicas de Rey, Lagarde e Cabral, muitas das composições são de autoria de Rada e Useta (como co-autores ou individualmente). A apresentação do álbum foi no dia 14 de julho no teatro El Galpón, em uma apresentação com Camarata de Tango. Este primeiro trabalho foi muito bem recebido tanto em vendas (com mais de três mil cópias vendidas em seu país) quanto em em críticas.

No final de 1971, já era um dos grupos que a maioria das pessoas convocava no Uruguai, preenchendo todos os cenários em que foi apresentado. Isso se deve não apenas à boa recepção que o grupo teve, mas também à precisa gestão de marketing realizada pelo gerente Alfonso López Domínguez.

Em 1972, o grupo se estabeleceu como o mais popular no Uruguai (talvez junto com Los Iracundos). Nesse ano, eles são filmados pela RAI para um programa de televisão sobre música latino-americana e são apresentados nos bem-sucedidos sábados circulares de Pipo Mancera.

O segundo álbum do grupo, intitulado "Descarga", foi gravado no mesmo estúdio que o primeiro álbum. Existem composições neste álbum de Rada, Lagarde, Cabral e Useta: a última música é assinada por todo o conjunto. Este álbum também é um sucesso nas vendas, embora as opiniões dos críticos de música não sejam tão boas quanto as do LP de estréia. O álbum foi lançado em Casapueblo (sem ainda ter sido editado) e sem a presença de Galetti na bateria, substituído por Santiago Ameijenda. A segunda apresentação do álbum (recém-editado) foi realizada em 9 de julho de 1972 no Teatro Solís, lotando o local (havia ainda mais de mil pessoas sem ingressos esperando do lado de fora do teatro).

No final de 1972, principalmente devido à situação sócio-política do país (no prelúdio do Golpe de Estado), as ações do grupo começaram a diminuir. Rubén Rada e "Lobito" Lagarde se afastaram da banda, juntando-se à primeira formação de Gula Matari (um grupo que só tinha alguns recitais no início de 1973). Roberto Giordano (baixista) e Tomás "Chocho" Paolini (que tocavam saxofone, flauta e clarinete) se juntaram ao grupo. As primeiras vozes do grupo tornaram-se as de Useta e Rey.

Em janeiro de 1973, eles gravaram seu terceiro e último álbum, "Corrupción". Das oito músicas do álbum, seis são assinadas por Useta, uma por Cabral e uma por Rey. Embora seja um disco respeitado pelo público e pela crítica, a ausência de Rubén Rada era perceptível demais para ser ignorada e o grupo começou a perder popularidade.

A banda se dissolve no início de 1974, época em que houve o desaparecimento de vários grupos musicais no Uruguai. Sua última apresentação foi no Olympia, alguns dias antes de sua separação.

⭐⭐⭐⭐⭐

Totem was a Uruguayan
rock band that was active in the
early 70's. The band consisted of
musicians with a recognized career,
several of them former members of El Kinto.
The band is usually framed in the genre called
candombe beat (a mix of candombe- like
rhythms with pop and
rock music).

HISTORY

The group was initially formed by Rubén Rada, Eduardo Useta, Enrique Rey, Mario "Chichito" Cabral, Roberto Galletti and Daniel Lobito Lagarde. With the exception of the latter (who was only 19), all were musicians with extensive experience in Uruguayan music.

The group's name was proposed by "Chichito" Cabral in a group essay. According to him, on a trip to Hamburg, he saw a flashing light that said "Totem". He thought it might be an abbreviation for "Todos tenemos música" ("We all have music") and promised himself that if he ever got together a group, that would be the name.

The band's first rehearsals were performed in the late 1970s. Their first public performances were in January 1971: the 6th at the University of Salto Club (in a dance for the Communist Party youth), the 7th on the Wanderers stadium, Paysandú, and 20th in Montevideo at the Segundo Concierto de la Rosa (where the band plays alongside Psiglo and Syndikato). His performance in February at a festival in Salto's Harriague Park is also well remembered.

The first album, "Totem", was recorded on May 2, 1971 at ION studios in Buenos Aires and published in July by De la Planta. Although there are songs by Rey, Lagarde and Cabral, many of the compositions are by Rada and Useta (as co-authors or individually). The album was performed on July 14 at the El Galpón theater, in a performance with Camarata de Tango. This first work was very well received both in sales (with over 3,000 copies sold in his country) and in reviews.

By the end of 1971, it was already one of the groups that most people called in Uruguay, filling all the scenarios in which it was presented. This is due not only to the good reception the group had, but also to the precise marketing management performed by manager Alfonso López Domínguez.

In 1972, the group established itself as the most popular in Uruguay (perhaps along with Los Iracundos). This year, they are filmed by RAI for a television program about Latin American music and are featured on Pipo Mancera's successful circular Saturdays.

The group's second album, titled "Descarga", was recorded in the same studio as the first album. There are compositions on this album by Rada, Lagarde, Cabral and Useta: the last song is signed by the whole ensemble. This album is also a hit with sales, although the opinions of music critics are not as good as those of the debut LP. The album was released in Casapueblo (not yet edited) and without Galetti on drums, replaced by Santiago Ameijenda. The album's second performance (just released) was held on July 9, 1972 at the Solís Theater, crowding the venue (there were still over a thousand no-ticket people waiting outside the theater).

At the end of 1972, mainly due to the socio-political situation of the country (in the coup prelude), the group's actions began to diminish. Rubén Rada and "Lobito" Lagarde left the band, joining the first lineup of Gula Matari (a group that only had a few recitals in early 1973). Roberto Giordano (bassist) and Tomás "Chocho" Paolini (who played saxophone, flute and clarinet) joined the group. The first voices of the group became those of Useta and Rey.

In January 1973, they recorded their third and final album, "Corrupción". Of the album's eight songs, six are signed by Useta, one by Cabral and one by Rey. Although it is a respected album by the public and critics, Rubén Rada's absence was too noticeable to be ignored and the group began to lose popularity.

The band dissolves in early 1974, at which time several musical groups disappeared in Uruguay. His last performance was at Olympia, a few days before his breakup.

Membros
Rubén Rada - voz e percussão
Eduardo Useta - guitarra
Enrique Rey - guitarra
Mario "Chichito" Cabral - percussão
Daniel "Lobito" Lagarde - baixo
Roberto Galletti - bateria

01. Dedos
02. Chevere
03. De este cielo santo
04. Dias de esos
05. Todos
06. Biafra
07. El Tabano
08. Mañana
09. No me molestes
10. La lluvia cae
para todos igual
11. Mi pueblo

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Totem - Totem - 1971 (full album)

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Armando Tirelli - El profeta - 1978 (Symphonic Progressive Rock {Uruguay})

Armando Tirelli foi o tecladista e compositor principal do grupo uruguaio de soft jazz rock Sexteto Electronico Moderno a partir do final dos anos sessenta. Essa banda lançou quatro álbuns de estúdio antes de emigrar para o México sob o nome de Êxodo em meados dos anos setenta. Tirelli começou a lançar seu único álbum solo "El profeta", um esforço temático sinfônico e de palavras faladas baseado no romance poético "The prophet" do escritor libanês e ícone da contracultura dos anos sessenta Khalil Gibran.

Enquanto o trabalho anterior de Tirelli com o Sexteto Electronico Moderno foi caracterizado por influências clássicas e do jazz, além de inflexões latinas mais tradicionais de bossanova e salsa, "El profeta" é um álbum conceitual altamente sinfônico que é fortemente semelhante à música sinfônica italiana mais comovente (PFM, Le Orme). Tirelli inclui várias passagens declamadas em espanhol, presumivelmente em referência ao romance de Gibran.

As faixas são arranjadas para coincidir mais ou menos sequencialmente com o romance, com algumas faixas individuais até representando poemas específicos na obra. A instrumentação é toda centrada no piano de Tirelli e, em menor grau, em sintetizadores, além de um violão que dá uma faísca real a muitas passagens. Hoje é quase impossível encontrar o vinil original, mas existem versões reeditadas de CD disponíveis nas Américas e na Europa.

Tirelli teve uma longa passagem como compositor, arranjador e intérprete na Espanha depois de lançar este álbum e depois de deixar o próprio Uruguai.

Armando Tirelli merece ser destaque por seu esforço único, mas impressionante, em um lançamento sinfônico e pela distinção de ser um dos poucos artistas sinfônicos uruguaios de sua época.

⭐⭐⭐⭐⭐

Armando Tirelli was the keyboardist and primary composer for the Uruguayan soft jazz rock group Sexteto Electronico Moderno beginning in the late sixties. That band released four studio albums before emigrating to Mexico under the name Êxodo in the mid-seventies. Tirelli moved on to release his lone solo album "El profeta", a symphonic and spoken-word thematic effort based on the poetic novel "The prophet" by Lebanese writer and sixties counter-culture icon Khalil Gibran.

While Tirelli's previous work with Sexteto Electronico Moderno was characterized by jazz and classical influences, as well as more traditional Latin inflections of bossanova and salsa, "El profeta" is a highly symphonic concept album that is heavily akin to the most poignant Italian symphonic music (PFM, Le Orme). Tirelli includes several Spanish-recited passages, presumably in reference to Gibran's novel.

The tracks are arranged to coincide more or less sequentially with the novel, with some individual tracks even representing specific poems in the work. The instrumentation is all centered around Tirelli's piano, and to a lesser extent synthesizers, plus some fuzz guitar that gives a real spark to many passages. The original vinyl is nearly impossible to find today, but there are re-issued CD versions available in the Americas and Europe.

Tirelli enjoyed a long stint as a composer, arranger, and performer in Spain after releasing this album, and after leaving Uruguay himself.

Armando Tirelli is noteworthy for his unique but impressive effort in a symphonic release and the distinction of being one of the few Uruguayan symphonic artists of his time.

Músicos
Armando Tirelli - piano,
Mellotron, órgão, sintetizador, voz
J. C. Sheppard - bateria
Ricardo Bozas - bateria
J. Carrara - baixo
G. Bregstein - sax, flauta
G. Chaibun - flauta
Rody Troccli - guitarra

01. Prólogo "El profeta"
02. Candombe samba
03. Barco de los sueños
04. Tema central "El profeta"
05. El momento de partir
06. Amanecer en Orphalese
07. Háblanos del matrimonio
08. Háblanos del dar
09. Háblanos del amor
10. Los ecos de Almustafá
11. Hablanos de los hijos
12. Tocata Scarahuala
13. Tema central "El profeta"

Mp3 320kbps and full artworks: enjoy!

Armando Tirelli - El profeta - 1978 (full album)