“Não tenho certeza qual é o fatal segredo“, Mathilde no Castelo de Otranto
A recente campanha da mídia contra a ocupação de casas não foi a primeira, mas uma das mais intensas dos últimos tempos. Seu lançamento, na véspera de uma provável intensificação do conflito habitacional, não parece ser uma coincidência. A crise econômica e sanitária colocou os setores envolvidos em alerta, e isto parece ser um primeiro movimento de um dos lados. Esta campanha está começando a ter respostas, especialmente sob a forma de artigos e redes sociais. Nessas respostas, foi relatado que o fenômeno da ocupação de casas é menos difundido do que a mídia sugere com um tom alarmista. Os dados e estatísticas reforçam este relatório. Além disso, houve críticas, com razão, de que a okupação está sendo deliberadamente confundida com arrombamento de casas. Finalmente, foi feita uma tentativa de reorientar o debate sobre o problema do acesso à moradia, que é a principal causa da ocupação da propriedade.
A tensa situação de calma que estamos vivendo parece ser o prelúdio para um maior conflito social, também em torno da questão com a qual estamos lidando. É por isso que as respostas defensivas são essenciais, mas seria melhor tentar ir um pouco mais longe e tomar a iniciativa no conflito, para isso pode ser útil examinar aspectos menos visíveis ou menos explorados. Além disso, diante de campanhas deste tipo, os dados e estatísticas geralmente são apenas meio úteis, porque o que está em jogo aqui é se ocupar ou não casas e instalações é legítimo. [Read More]