[Argentina] Feira do Livro Anarquista de Buenos Aires, 4 e 5 de dezembro de 2021

Companheires, queremos fazer chegar um convite, tanto a editoras, a espaços, como a pessoas afins, para participar da feira do livro “anárquico/anarquista” que será nos dias 4 e 5 de dezembro na praça “China Cuellar”, cidade de Buenos Aires, Argentina.

Queremos compartilhar materiais críticos, dividir experiências, perspectivas de diferentes realidades, aprofundar as muitas formas de lutas; e aqui é onde queremos enfatizar.

Propomos a luta multiforme pela anarquia, partindo de um lugar crítico, de conflito e de tensão constante sobre nossos espaços e sobre os territórios em que habitamos.

Somos conscientes que estamos atravessades por nosso meio e contexto. Atravessades pela destruição da natureza, atravessades pelos negócios extrativistas, tanto privados como estatais. Mas este é o nosso presente de luta.

E assim como o nosso presente, também possuímos experiências anteriores, vivências narradas e contadas através de relatos e escritos; um passado de luta. E é neste passado onde levantamos a memória combativa, a memória da qual se cumprem 20 anos das revoltas de 19 e 20 de dezembro; memória da qual recordamos de nossxs companheirxs assassinadxs e presxs; memória pela qual temos nítidos nossos objetivos e quem nos impede de cumpri-los.

Como espaço, como encontro, como debate e como feira, buscamos expandir a anarquia e é por isso que desejamos a presença de vocês, para que nesta edição da feira do livro anarquista, as ideias que descansam nos livros alimentem nossas redes e se traduzam em nossas ações!

agência de notícias anarquistas-ana

Parece gostosa
a neve que chega em flocos
tão suavemente.

Issa

[Grécia] Patras | Dezembro de 2008 – Dezembro de 2021

13 anos desde o assassinato do estudante anarquista Alexis Grigoropoulos, de 15 anos, pelo policial Korkoneas em Exarchia, e a magnífica agitação social que se seguiu…

Contra a política de morte do Estado, a crise estrutural e prolongada do sistema capitalista, a gestão criminosa da pandemia e da repressão do Estado, os assassinatos nos bairros, nos locais de trabalho e nas fronteiras… continuamos a luta pela Vida, Saúde, Dignidade e Liberdade.

CONTRA O CAPITALISMO, REVOLTAS SOCIAIS E DE CLASSE

Manifestação: Segunda-feira 6/12, 12h00, a partir de Esperos, centro de Patras

Grupo Anarquista “Cavalo Indomável”

ipposd.org

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2020/12/10/grecia-marca-12o-aniversario-do-assassinato-de-alexis-grigoropoulos/

agência de notícias anarquistas-ana

O vento cortante
Assim chega ao seu destino –
Barulho do mar.

Ikenishi Gonsui

[Grécia] Interpelação de camaradas menores de idade por uma faixa em Strefi

Na noite de ontem, 2 de dezembro, alguns camaradas do Centro Social Okupado Zizania foram pendurar uma faixa em Strefi e foram apreendidos pela polícia em um outro exemplo diário de intimidação e repressão. Esses camaradas têm ambos cerca de 15 anos. A faixa chama à manifestação do dia 6 de dezembro [em memória do jovem anarquista Alexis Grigoropoulos, assassinado pela polícia grega em 2008, aos 15 anos de idade], e onde se lê “Nenhum mês de dezembro acabou! A insurreição é mais necessária que nunca!”.

Enquanto os camaradas penduravam a faixa, um grupo de policiais Delta passaram e os disseram que removessem a faixa, o que se recusaram a fazer. Após intimidarem os camaradas, levaram dois deles, que eram menores de idade, à delegacia. Foram eventualmente soltos após checarem suas identidades. Não se perde em nós, nem acreditamos que se perde nos policiais o fato de que apreenderam dois adolescentes que estavam pendurando uma faixa para resistir ao assassinato de um terceiro adolescente por um policial.

Os policiais querem comunicar que têm controle completo. Querem demonstrar que podem nos prender e intimidar, e agredir e matar indiscriminadamente. Que ser um adolescente em Exarchia é perigoso. Como sempre, recusamos e resistimos. Adolescentes continuarão tomando as ruas. Vamos todos continuar a tomar as ruas.

Veremos você na manifestação do dia 6 de dezembro, e você pode ver nossa faixa em Strefi e nas varandas da nossa okupação.

Nenhum mês de dezembro acabou!

A insurreição é mais necessária que nunca!

Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1615737/

Tradução > Sky

agência de notícias anarquistas-ana

Num pesado embalo
alguém traz a cerejeira –
Noite de luar.

Suzuki Michihiko

[EUA] Lançamento: “The Nation on No Map | Anarquismo Negro e Abolição”

William C. Anderson (Autor), Saidiya Hartman (Prefácio), Lorenzo Kom’boa Ervin (Posfácio)

Uma chamada para uma transformação radical face à crise generalizada.

The Nation on No Map examina o poder do Estado, abolição, e tensões ideológicas na luta pela libertação Negra enquanto concentra as políticas de autodeterminação e autonomia Negras. Em meio a interesses renovados no anarquismo Negro entre a esquerda, Anderson oferece uma rejeição por princípio ao reformismo, assim como à construção de nação e cidadania na luta contínua contra o capitalismo e a supremacia branca. Como uma alternativa viável em meio à piora das condições sociais, ele chama à urgente priorização do crescimento baseado na comunidade, argumentando que, para superar a opressão, as pessoas devem construir capacidades além do Estado. Isso interroga como história e mito e liderança são utilizados para reabilitar governança ao invés de alcançar uma abolição revolucionária. Por complicar nossa compreensão dos predicamentos que enfrentamos, The Nation on No Map espera encorajar seus leitores a utilizar lentes anárquicas Negras em favor da transformação total, não importa como seja chamada. O texto de Anderson examina o reformismo, a ortodoxia e a própria ideia de Estado-nação como problemas que devem ser transcendidos e lugares-chave para a reconstrução da perspectiva de luta em um contexto libertário.

“Lançando nova luz nos trabalhos de pensadores anarquistas Negros como Lucy Parsons, Kuwasi Balagoon e Lorenzo Kom’boa Ervin, William C. Anderson nos convida a conceber a libertação Negra fora das algemas do Estado-nação. Participando novamente dos itinerários intelectual e político da rebelião Negra global, Anderson provém uma exploração incisiva e altamente original da urgência contínua do pensamento anarquista Negro e sua prática no século 21. The Nation on No Map é leitura essencial para qualquer um interessado em construir futuros abolicionistas.” — Robyn Maynard, autor de Policing Black Lives: State Violence in Canada from Slavery to the Present

The Nation on No Mapextrai uma genealogia rica da Tradição Radical Negra para desafiar condições resistentes de dominação supremacista branca e capitalista. Resgatando diversas linhagens de filosofia política e práxis anarquista Negra, William C. Anderson oferece uma meditação urgente e incisiva para libertação — uma que move a abolição para além do Estado.” — J. Kēhaulani Kauanui, autor de Paradoxes of Hawaiian Sovereignty: Land, Sex, and the Colonial Politics of State Nationalism

“Esta é uma contribuição extremamente importante para o discurso crítico relativo à natureza do racismo, elitismo, misoginia e outras formas de hierarquia como manifestações primárias de Estado-nação. Inclui uma explicação definitiva dos perigos completos da liderança carismática e veneração de celebridades individuais que ofuscam nossa compreensão da real natureza de um movimento social autêntico e válido. Procedendo de um pressuposto muito claro, preciso, e intensamente observado de que o Estado-nação deve ser desmantelado para que seja abordada a causa raiz da hierarquia em todas as suas formas feias e violentas, Anderson enche uma narrativa ampla repleta de experiência humana que nos ajuda a compreender inteiramente o escopo de nossa jornada humana de longo prazo por um mundo sem Estado e sem classe, desprovido de todas as formas de desigualdade social.” — Dr. Modibo M. Kadalie, fundador convocado do Autonomous Research Institute for Direct Democracy and Social Ecology e autor de Pan-African Social Ecology: Speeches, Conversations, and Essays

William C. Anderson é escritor e ativista de Birmingham, Alabama. Seu trabalho já apareceu no the GuardianMTVTruthoutBritish Journal of Photography Pitchfork, entre outros. Ele é coautor do livro As Black as Resistance (AK Press, 2018) e cofundador do Offshoot Journal. Também provém direção criativa como um dos produtores do Black Autonomy Podcast. Seus textos foram inclusos nas antologias Who Do You Serve, Who Do You Protect? (Haymarket, 2016) e No Selves to Defend (Mariame Kaba, 2014).

Saidiya Hartman é autora de Wayward Lives, Beautiful Experiments: Intimate Histories of Riotous Black Girls, Trouble some Women, and Queer Radicals Lose Your Mother: A Journey Along the Atlantic Slave Route, entre outras obras.

Lorenzo Kom’boa Ervin é autor de Anarchism and the Black Revolution.

The Nation on No Map | Black Anarchism and Abolition

William C. Anderson (Autor), Saidiya Hartman (Prefácio), Lorenzo Kom’boa Ervin (Posfácio)

Editora: AK Press

Formato: livro impresso

Vinculação: pb

Páginas: 120

ISBN-13: 9781849354349

$15.00

akpress.org

Tradução > Sky

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2018/09/05/eua-lancamento-as-black-as-resistance-finding-the-conditions-for-liberation/

agência de notícias anarquistas-ana

chapinhando a água
o vento da madrugada
brincando com a lua.

José Alberto Lopes

[Espanha] Mari Luz Lozano “A descoberta de uma vida anônima”

O nome de Mariluz Lozano, como o de milhares de mulheres que sobreviveram à Guerra Civil espanhola e ao regime de Franco, pode ser desconhecido e indiferente para nós. Entretanto, é hora de tornar sua história pessoal conhecida como contada por sua família, que, juntamente com o sindicato CNT Iruñea, deseja prestar uma sincera homenagem póstuma a ela.

Mariluz Lozano nasceu em 31 de outubro de 1913 na cidade de Sangüesa, onde viveu até a idade de 18 anos. Desde muito jovem, ela era ativa em grupos anarquistas e era membro do sindicato CNT em sua cidade, fato desconhecido de sua família até alguns anos atrás.

Por trás da figura de Mariluz, havia um espírito de luta e ideais libertários que tinha que ser escondido durante a ditadura por medo das represálias que seu filho e parentes próximos poderiam sofrer. No entanto, quando ela disse que iria à missa para rezar, escaparia para participar de uma manifestação, pois foi imortalizada na mídia quando confrontou a polícia com seu bastão durante os protestos no verão de 2001 contra o corte das árvores na Plaza de Castillo, no centro histórico de Iruña.

Durante sua juventude, ela se cercou de importantes personalidades anarquistas da região, como alguns membros da família Palacín Campaña de Sangüesa ou da família Ojer Campaña de Sos del Rey Católico, em Aragão. Sabe-se que Mariluz viveu entre Zaragoza e Barcelona, embora não se saiba ao certo quando. Acredita-se que ela possa ter colaborado com seu parceiro José Ojer Campaña no armazenamento de um depósito de armas encontrado pela polícia no final de outubro de 1933 em Zaragoza. Este evento foi amplamente noticiado por alguns jornais locais e nacionais, como “La voz de Aragón”, “Ahora”, “La época”, “ABC”, “La libertad”, entre outros.

Em 1935, Mariluz teve seu único filho, que ela registrou com um nome falso (Vicente Valiente) em Barcelona, poucos meses antes do início da guerra. Em 1955 seu filho Santiago reivindicou a paternidade de seu verdadeiro pai, José Ojer, que foi torturado e assassinado no cemitério de Torrero (Zaragoza) em 25 de setembro de 1936.

É fácil entender o medo que Mariluz sentiu quando decidiu esconder as verdadeiras origens de seu filho de seu pai, para que ele não fosse associado a um anarquista que havia sido baleado por um pelotão de fuzilamento. Sua mãe também havia sido “marcada” e humilhada no contexto da guerra. Muitos de seus companheiros cenetistas haviam sido assassinados, assim como os primos de José Ojer, Asunción e Adela Campaña Ortiz, cujos restos mortais foram encontrados no túmulo de Izco.

Até agora, muitos dos militantes da CNT fuzilados durante a guerra ainda não receberam um enterro digno e uma homenagem. A família Mariluz tem tido grandes dificuldades institucionais para ter acesso às informações do Arquivo Sos del Rey Católico e obter documentos básicos como as certidões de nascimento de suas tias. Tampouco foram nomeados nos tributos da Memória Histórica realizados nos últimos anos nesta cidade, como se as mortes anarquistas fossem de segunda categoria ou “menos mortas”. Estamos cansados de ouvir o número de vítimas nessas cerimônias, elas eram pessoas com nomes e sobrenomes. Do ponto de vista da família Mariluz, estas homenagens se tornaram circos midiáticos com políticos e jornalistas.

Os fragmentos que conhecemos de Mariluz Lozano são dados que sua família vem coletando nos últimos anos, quando ela já havia morrido. Seu paradeiro durante os anos de guerra é desconhecido, assim como se ela participou da luta armada em Barcelona junto com outras mulheres que estiveram envolvidas na guerra. Sabe-se que nos anos 40, ela se estabeleceu em Iruña para trabalhar como cozinheira no bar “Caballo Blanco” e no hotel “Tres Reyes”.

Mariluz sempre teve medo de ser descoberta, de que sua juventude anarquista viesse à tona nos duros anos do regime de Franco. Por esta razão, ela se zangava com sua neta quando ia a manifestações estudantis contra o regime ou contra a Opus Dei no início dos anos setenta. Nem permitiu que ela coletasse material relacionado à tentativa de assassinato de Carrero Blanco ou movimentos estudantis.

Mais tarde, ficou conhecido que durante a guerra, Mariluz deixou seu filho em Zaragoza com sua avó paterna. Esta informação ficou conhecida da família há alguns anos, pois durante sua vida, ela nunca contou nada relacionado à sua juventude ou sua militância. Foi graças a uma herança da França que a família começou a montar o quebra-cabeça das origens de José Ojer Campaña, pois antes de seu relacionamento com Mariluz, ele havia tido uma filha exilada naquele país.

Como resultado deste evento inesperado, a família começa a se envolver em questões de Memória Histórica, visitando arquivos, cemitérios e tribunais. Eles descobrem a relação que as famílias Ojer e Lozano tinham com o anarquismo. Na verdade, o pai de Mariluz, Martín Lozano, era um conhecido cenetista, com grande interesse intelectual, que escondeu várias obras libertárias em sua casa no início da Guerra Civil. Infelizmente, como muitos de seus camaradas, ele foi torturado e fuzilado em 3 de dezembro de 1936.

A vida de Mariluz foi marcada pela morte de seus entes queridos. Não só perdeu seu pai, mas também seu filho Santiago em um acidente em 1970. Ela nunca mais foi a mesma. No entanto, ela não podia afundar, porque tinha três netinhas pelas quais lutar.

Como uma lutadora e uma mulher à frente de seu tempo é como a família se lembra dela. Houve muitas conversas e anedotas que ela foi capaz de compartilhar com suas netas durante sua vida. Mesmo com a idade de noventa anos, Mariluz viajou sozinha para Mallorca e Ibiza, e foi completamente independente até sua morte pacífica em 26 de novembro de 2003.

Fonte: https://www.cnt.es/noticias/mari-luz-lozano-el-descubrimiento-de-una-vida-anonima/

Tradução > Liberto

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2021/11/04/espanha-inaugurada-a-biblioteca-anarquista-mari-luz-lozano/

agência de notícias anarquistas-ana

Pra que respirar?
posso ouvi-la, fremindo,
maciez de noite.

Soares Feitosa

1922-2022: a hipocrisia é a arma indispensável à boa diplomacia

|| Campanha para ajudar a construir um projeto sobre o (bi)centenário da independência sob uma perspectiva anarquista ||

A p r e s e n t a ç ã o

Podcast, grupo de estudo e cinema sobre o (bi)centenário da independência. O nome é uma homenagem ao texto Paz Burguesa da anarquista Maria Antônia Soares.

O presente projeto envolve a realização de um grupo de estudo on-line, um podcast de 12 episódios e uma projeção de cinema sobre o (bi)centenário da Independência do Brasil, tendo como base os escritos da anarquista brasileira Maria Antônia Soares.

O podcast tem como objetivo compreender o centenário da independência, como era o Brasil naquela época com reverberações no hoje. Serão 12 episódio que serão pensados ao longo de 4 meses de encontros de um grupo de estudo com trabalho em conjunto com o podcast Fagulha, com a historiadora Beatriz Silvério, com o historiador Thiago Lemos e com o antropólogo Wander Wilson.

A projeção de cinema será uma releitura do cinejornal Ipiranga (domínio público), de Armando Pamplona, 1922. O vídeo a ser reeditado possui 10 minutos e mostra trabalhadores construindo o Parque da Independência. Na proposta estará em destaque o gesto de quem construiu o Parque. O filme será exibido em uma única sessão de cinema e apenas para 50 pessoas. Caso a meta 2 seja completamente alcançada, a projeção será acompanhada de música ao vivo.

O nome do projeto é uma homenagem ao texto Paz Burguesa da  Maria Antônia Soares, os escritos da anarquista sobre o centenário da independência serão o pano de fundo de todo o projeto.

O projeto é uma consequência de outras propostas sobre o bairro, como: rotunda, Arquivo 17, Sou Aquela Mulher do Canto Esquerdo do Quadro, idealizados por Fernanda Grigolin há mais de uma década. Fernanda também guarda materiais sobre o bairro desde 1998.

São 3 metas: a primeira permite o grupo de estudo e o podcast; a segunda, a sessão de cinema e a terceira garantiria uma transmissão ao vivo da experiência no cinema.

>> Mais infos (ajudar na campanha), clique aqui:

https://benfeitoria.com/1922?mc_cid=28e1ff89ac&mc_eid=8caea939b8

agência de notícias anarquistas-ana

Leve brisa
aranha na bananeira
costura uma folha.

Rodrigo de Almeida Siqueira

[Espanha] Nova seção sindical na FCC Medio Ambiente

Por CNT Logroño

Os trabalhadores de Logroño da FCC Medio Ambiente filiados ao sindicato CNT decidiram se organizar formalmente e criar uma seção sindical com o objetivo de defender nossos direitos trabalhistas e encontrar uma solução para as irregularidades que vêm ocorrendo no centro de trabalho da empresa no parque industrial de Cantabria, onde nos dedicamos principalmente à coleta de resíduos.

Os novos representantes do sindicato querem iniciar um bom relacionamento com a FCC Medio Ambiente. Após uma notificação inicial à empresa, aguardamos atualmente uma resposta a um conjunto de propostas apresentadas. Uma reunião formal foi proposta com o objetivo de tratar de questões importantes para a força de trabalho. Entre elas, é de vital importância garantir que as medidas sobre horas extras sejam cumpridas, tanto em termos de horas extras devido à escassez de pessoal quanto de pagamento de horas extras. Também procura remediar as condições deficientes no que diz respeito à Prevenção de Riscos Profissionais em termos de Saúde e Higiene que existem atualmente nas instalações do centro de trabalho.

Como ponto de partida, a Seção já tem um grande grupo de funcionários afiliados, e nomeou seu delegado e o responsável pela Prevenção de Riscos Profissionais para todos os funcionários da FCC Medio Ambiente no centro de trabalho.

Esta seção sindical foi criada em resposta às constantes tentativas do pessoal de resolver as irregularidades trabalhistas que temos sofrido no trabalho há algum tempo e que a empresa sempre evitou resolver.

Finalmente, pedimos aos funcionários de outras centrais da FCC que possam encontrar-se em situações semelhantes que entrem em contato com esta Seção Sindical, para responder suas perguntas ou fornecer-lhes todo o apoio que possam precisar.

Fonte: https://www.cnt.es/noticias/nueva-seccion-sindical-en-fcc-medio-ambiente/

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

Junco ressequido
dia após dia se quebra
para o rio levar

Takakuwa Rankô

[Espanha] Vídeo | Isto é guerra de classes: a polícia de choque espanhola invade a cidade de Cádiz como um exército

Guerra de classes: não apenas duas palavras, representando a guerra política e econômica do 1% e seu exército de políticos, burocratas e forças policiais contra o resto das classes socioeconômicas, mas uma realidade real, conforme retratado no vídeo abaixo na cidade de Cádiz, no sul da Espanha, onde um tanque foi instalado na segunda-feira, 22 de novembro de 2021, no bairro operário de Río de San Pedro de Puerto Real.

Por 8 dias, desde terça-feira, 16 de novembro de 2021, milhares de metalúrgicos estiveram em greve indefinida na província do sul da Espanha exigindo aumentos salariais, em conformidade com o aumento da taxa de inflação do país. Enquanto a inflação dispara, seus salários permanecem os mesmos. Mas não são apenas os metalúrgicos. Toda a província de Cádiz fez uma greve em solidariedade à luta dos metalúrgicos ontem, 23 de novembro, também aderida pelo sindicato estudantil da cidade. A greve é amplamente apoiada na região, que tem a maior taxa de desemprego da Espanha, com 23% de desemprego e mais de 40% entre os jovens. Os sindicatos relatam que 98% dos trabalhadores estão em greve à medida que a raiva aumenta em toda a região.

E não é só Cadiz. A agitação nas ruas está se espalhando por toda a Espanha. Os motoristas de caminhão convocaram uma greve de três dias no Natal devido ao aumento dos preços do diesel, enquanto os trabalhadores do setor automotivo convocaram um protesto em Madri contra o fechamento de fábricas devido à escassez de chips de automóveis. Além disso, as associações de consumidores já organizaram várias marchas contra o aumento das contas de luz, e até mesmo cabeleireiros têm feito protestos para exigir taxas de imposto de valor agregado mais baixas. O que os conecta a todos é o aumento do custo de vida.

Ao mesmo tempo, a Espanha rural está novamente em pé de guerra com os preços baixos que os intermediários pagam por seus produtos, bem como com o aumento dos custos de produção, de modo que os agricultores também planejam seus protestos. De acordo com o El Pais, no ano passado, a eletricidade aumentou 270%, o diesel para tratores 73%, os fertilizantes 48%, a água 33% e as sementes 20%.

De volta a Cádiz, uma cidade de 116.000 habitantes localizada na costa perto do Estreito de Gibraltar, a luta dos metalúrgicos rapidamente se transformou em uma rebelião contra as burocracias sindicais e um confronto com a coalizão governamental da Espanha, composta pelo Partido Socialista Espanhol (PSOE) e o Podemos. De acordo com o wsws.org, os sindicatos inicialmente convocaram protestos de um dia para tentar desacelerar, com um ato convocado em 10 de novembro reunindo 4.000 manifestantes em Cádiz e 2.000 em Algeciras. Com a CCOO e a UGT tendo concordado recentemente em fechar uma fábrica da Airbus em Cádiz, no entanto, eles se sentiram obrigados a convocar uma greve por tempo indeterminado, temendo perder o controle à medida que a raiva crescia entre os trabalhadores. Agora, os dirigentes sindicais admitem abertamente que perderam o controle da situação e não sabem como ordenar aos trabalhadores o fim da greve e aceitar cortes de salários e demissões.

E então é a polícia que alimenta a situação tensa com suas violentas tentativas de esmagar a greve, com policiais marchando para as fábricas ocupadas e agredindo trabalhadores, não apenas com cassetetes e gás lacrimogêneo, mas até com balas de borracha e veículos blindados. Apesar de seus violentos ataques, os trabalhadores de Cádiz mantêm sua posição, com barricadas em chamas por toda a cidade para bloquear as vias de acesso, estradas e pontes para as refinarias. Os policiais têm ficado para trás repetidas vezes sem poder retomar as fábricas dos trabalhadores pelo 8º dia consecutivo.

>> Veja o vídeo aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=ufAOTbMV5A8&t=36s

Tradução > Amós Rocha

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2021/11/17/espanha-greve-do-metal-na-baia-de-cadiz/

agência de notícias anarquistas-ana

Uma flor que cai –
Ao vê-la tornar ao galho,
Uma borboleta!

Arakida Moritake

Canadian Tire Fire #21: Atualização da Repressão, Solidariedade aos Wet’suwet’en

Seguindo o ataque brutal de dois dias da semana passada ao Ponto de Controle Gidimt’en e ao Coyote Camp, assim como os vários dias de ações solidárias difundidas em resposta, esta semana trazemos uma atualização na situação do território Wet’suwet’en e o contínuo fortalecimento de apoio e solidariedade.

Trazemos também atualizações no acampamento de defesa da desocupação em Hamilton e Vancouver.

Em ambas as histórias desta semana, policiais continuam a fazer o que eles devem fazer: remover povos indígenas de suas terras para proteger empresas que destroem o clima, colonizadores e supremacia branca, e forçar pessoas pobres para fora dos lugares em que podem encontrar refúgio e comunidade.

Todas as semanas, mas nesta em especial: que se foda a polícia, em todos os lugares que estão e por tudo que fazem.

Vamos às notícias.

Acampamento de Defesa em Hamilton e Vancouver

No dia 24 de novembro, em Hamilton, um incêndio teve início no começo da manhã no acampamento do parque JC Beemer. O parque abrigou múltiplas etapas de ocupações e seus fins, mas a defesa da comunidade também teve sucesso em atrasar a desocupação dos acampamentos muitas vezes. A Polícia e a Prefeitura usaram o incêndio como uma desculpa para agilmente se alojar e emitir notas de despejo aos seis residentes que ainda estavam em choque por conta do incêndio que destruíra muitos de seus pertences.

A declaração pode ser lida na íntegra pelo link postado pela @HamOntESN (Hamilton Encampment Support Network):https://t.co/cpwNL3mrjY(em inglês, CA).

A Hamilton Encampment Support Network (HESN) foi também rápida para responder, juntando-se aos residentes do parque para tentar e lutar contra a nota de despejo e defender seus pertences de apreensão pela Prefeitura. No decorrer do dia, cerca de 30 policiais se acumularam no parque, em conjunto com eventualmente mais de 100 membros da comunidade. Em um momento, apoiadores se precipitaram na linha que cercava o acampamento feita pela polícia na tentativa de invadir e alcançar os residentes. Dois apoiadores foram presos no decorrer do dia. A presença de membros da comunidade, ainda que não tenha prevenido a desocupação, deu tempo aos residentes do parque para empacotar seus pertences e acessar apoios, uma vez encaram o desafio de precisarem se realocar e encontrar um lugar seguro para ficar mais uma vez.

Dois dias depois, ao apoiar outro acampamento sendo desocupado, uma organizadora da HESN foi presa por obstrução no acampamento de defesa dois dias antes. À medida que apoiadores se reuniam para exigir sua soltura em frente à delegacia, três outros organizadores foram detidos violentamente. Todas as quatro pessoas presas naquele dia eram da juventude Negra. Apoiadores permaneceram do lado de fora da delegacia até que todos fossem liberados, unidos em sua raiva contra a polícia e um único compromisso aprofundado à sua comunidade e uns aos outros.

Acompanhe a gravação da Polícia de Hamilton prendendo três jovens negros na tarde do dia 26 de novembro postada pelo @HCCI1(Hamilton Centre for Civic Inclusion): #HamOntpic.twitter.com/Baw6y69yUy

Em Vancouver, uma manifestação ocorreu em 25 de novembro para apoiar os residentes do acampamento do parque CRAB. A manifestação foi feita em frente ao escritório do Conselho de Parques de Vancouver, que estão atualmente buscando uma injunção que os permita desalojar os residentes do parque, onde atualmente há cerca de 35 tendas. A manifestação exigiu uma retirada do pedido da injunção, um fim ao memorando de acordo entre a província de British Columbia (BC), a Prefeitura de Vancouver e o Conselho de Parques de Vancouver, que encorajou ouso da força contra os residentes do parque, e a consulta de pessoas sem-teto em políticas que impactam sua segurança e sobrevivência. Os participantes da manifestação ouviram os residentes do parque, uma juventude de Squamish, a Rede de Usuários de Drogas da Área de Vancouver e o grupo Our Homes Can’t Wait.

Os residentes do parque CRAB e seus amigos também expressaram solidariedade aos residentes de Moccasin Flats, uma cidade de tendas em Prince George, BC. Uma publicação dos Friends of CRAB Park diz:

Na última quarta-feira, cerca de uma dúzia de pessoas da cidade de tendas “Moccasin Flats” foram oferecidas novas habitações seguras com o apoio do Prince George Friendship Centre. Suas antigas casas foram rapidamente demolidas, antes que pudessem coletar seus pertences.

Moccasin Flats foi a casa de cerca de 75 pessoas sem-teto, 80% das quais eram indígenas. O acampamento foi tema de uma tentativa de injunção da Prefeitura de Prince George, que solicitou o fechamento da cidade de tendas em conjunto com uma outra, um grupo menor de tendas. Em uma decisão histórica, o tribunal recusou a injunção, permitindo a continuidade da cidade de tendas. Mas, quando alguns residentes foram conhecer as novas habitações na semana passada, seus pertences restantes foram destruídos.

#AllOutForWedzinKwa Atualização da Repressão

Na semana passada, cobrimos a prisão de 32 defensores da terra no curso de um ataque de dois dias ao Gidimt’en Checkpoint e Coyote Camp no território Wet’suwet’en. Desde a saída de nossa última edição, novos detalhes emergiram sobre o ataque e o tratamento dos defensores da terra sob custódia, e ações solidárias têm continuado inalteradas por todo o país.

Depois de sua prisão em 18 e 19 de novembro, muitos dos defensores da terra foram mantidos no final de semana até 22 e 23 de novembro. Muitos detidos do primeiro dia de ataque se recusaram a assinar condições durante sua audiência de fiança no dia 19 e foram mantidos com muitos dos detidos do segundo dia. Aqueles mantidos no final de semana incluíam Sleydo, seu parceiro Cody Merriman da Haida nation e Jocey Alec, a filha do Chief Woos. Muitos outros apoiadores também foram mantidos durante o final de semana, incluindo duas mulheres trans que foram mantidas em uma prisão masculina em Prince George.

Durante as audiências de fiança para a segunda leva de detidos, um esforço considerável foi feito da parte do advogado da CGL para prevenir os detidos Wet’suwet’ensa terem a possibilidade de retornar a seu território. Em particular, o advogado da CGL empregou interrogações absurdas, como se Sleydo e Jocey eram realmente Wet’suwet’en, assim merecendo a permissão para retornar a suas terras. O juiz, que, para contextualizar, foi o que concedeu à CGL uma injunção permanente em primeiro lugar, impôs uma condição a Sleydo de que ela seria impedida de estar a menos de 75 metros da infraestrutura da CGL. Isso é mais de 10 metros além dos outros que receberam essa condição.

O foco da mídia convencional (e até da alternativa) nos dias seguintes aos ataques estava ajustadamente na injustiça suprema percebida nas prisões dos jornalistas brancos Michael Toledano e Amber Bracken. Os jornalistas foram presos no Coyote Camp e mantidos no final de semana com os outros defensores da terra. Uma campanha orquestrada nas redes sociais chamaram especificamente por sua soltura, nos termos de que eles não deveriam ter sido presos por conta de suas credenciais de imprensa. Muito menos atenção foi dada a todos os outros detidos e à urgência de conseguir sua liberação.

Nos dias recentes, mais detalhes sobre as condições das pessoas que foram detidas emergiram. Sleydo explicou que no final de semana os detidos ficaram ao menos 12 horas sem acesso a comida ou água.

A CBC reportou que muitos detidos Haudenosaunee do primeiro dia de ataques foram forçados a comparecer às suas audiências de fiança vestindo apenas roupas íntimas e algemas e foram transportados até lá em “gaiolas de cachorro de metal.”

A Royal Canadian Mounted Police(RCMP) respondeu à divulgação da gravação do ataque ao Coyote Camp dizendo que “eles esperavam enfrentar resistência mais rígida” como uma explicação às cenas dramáticas do ataque. A CBC também reportou que a RCMP tinha especificamente Skyler Williams de Six Nations internamente marcada como “violenta” e um “risco de escape.” Todo esse disparate da RCMP é uma tentativa clara de justificar as táticas desumanas usadas contra os detidos, assim como de retroativamente justificar o uso de helicópteros, cães de ataque, motosserras, machados e outras ferramentas contra os defensores da terra.

No território Gitxsan próximo, em 21 de novembro, perto da ferrovia que foi o local de uma presença solidária desde o ataque, Denzel Sutherland-Wilson foi abatido por múltiplos policiais da RCMP. Em um vídeo viralizado, ele é ouvido gritando “Eu não consigo respirar!” múltiplas vezes enquanto policiais brancos estão em cima dele. Outra pessoa chega e é rapidamente agarrada e detida também.

#AllOutForWedzinKwa Ações Solidárias Continuam

À sombra da e em resposta à repressão, uma gama impressionante de ações de solidariedade tem continuado a varrer o país. Segue uma lista incompleta de ações que ocorreram apenas na última semana!

Em Hamilton, múltiplas ações aconteceram. Em 21 de novembro, foi feita uma manifestação. Alguns presentes pintaram All Out For Wedzin Kwa em enormes letras cor de rosa na rua. Pouco depois da ação, uma pessoa foi detida e acusada de desordem de menos de $5000 por sua suposta participação na pintura da mensagem.

Em 23 de novembro, a Hamilton Shell foi fechada por 3 horas e então o bloqueio se transformou em manifestação, a qual marchou para outro local para eventualmente bloquear o trânsito em “todas as faixas da rua Burlington, uma rodovia chave ao acesso industrial e à estrada.” Apesar da tentativa de uma picape vermelha de dirigir em meio à aglomeração, um comunicado da @DefundHPS explica que a multidão permaneceu calma e corajosa, lembrando “a coragem dos indivíduos do oeste frente à abordagem da RCMP às cabanas residenciais com motosserras e machados, interceptando toda a comunicação por aparelhos de rádio com a música “Ring Around the Rosie” antes de arrombar portas e, eventualmente, queimar ao menos uma cabana inteira.”

Em Edmonton, uma manifestação e marcha com mais de 100 pessoas aconteceu em 22 de novembro, atrasando o trânsito do centro da cidade. A conta @laurby comenta em 23 de novembro: “Um protesto apoiando a luta contra o gasoduto da TC Energy’s Coastal Gaslink em terras Wet’suwet’en está marchando pela avenida Jasper agora, desde o parque Beaver Hills House.”

Em Ontario e Quebec, múltiplos bloqueios rotativos de rodovias aconteceram simultaneamente por Haudenosaunees em 24 de novembro. Durante os bloqueios rotativos, ferrovias aparentemente foram bloqueadas brevemente perto de Belleville.

Manifestações aconteceram em London, ON e Waterloo, ON esta semana.

Em Vancouver, um protesto aconteceu em 23 de novembro fora do escritório da Crown-Indigenous Relations and Northern Affairs Canada. Então, um bloqueio do trem aconteceu perto da estação de Renfrew em 24 de novembro.

Em 27 de novembro, em Montreal, uma manifestação reuniu centenas de pessoas nas ruas do centro da cidade. Enfrentou uma pesada presença da polícia e resultou em ao menos duas prisões, mas foi, todavia, capaz de perturbar o trânsito por bastante tempo depois de contra-manobrar os policiais. Também em Montreal, um grande banner de “All Out For Wet’suwet’en” foi disposto na via expressa 720 West na manhã de 26 de novembro.

No leste de Quebec, a linha do trilho que leva ao grande porto industrial de Matane foi sabotada na noite de 22 de novembro. Em um comunicado em francês, os atores descrevem como eles empregaram várias medidas para assegurar que tais ações não machucariam as pessoas.

No sul de Ontario, uma ação coordenada noturna de solidariedade foi feita na infraestrutura ferroviária. Um comunicado postado no North-Shore.Info diz, em parte:

Usando vários métodos, nós interrompemos trilhos porto do o sul de Ontario pela noite, chegando a quase uma dúzia de pontos diferentes em ambas as linhas ferroviárias CN e CP. Fizemos isso em solidariedade sincera aos Wet’suwet’en, defendendo sua Yintah da destruição, e impulsionamos nossas ações com raiva justificada que sentimos pela RCMP e pelo Estado por invadir seu território em benefício de uma corporação privada.

Em Thunder Bay, cerca de 100 pessoas fizeram uma marcha solidária em 27 de novembro.

Em Halifax,um evento solidário bloqueou uma grande ponte no centro da cidade, expressando a solidariedade dos Mi’kmaw no dia 27 de novembro.

Manifestações e ações aconteceram em Abbotsford, Nelson, Kaslo, Kelowna e Ottawa.

Em 27 de novembro, um grupo de chiefs hereditários Gitxsan, matriarcas e idosos entregaram uma nota de despejo ao escritório Hazelton de Nathan Cullen, o NDP MLA do trajeto em território Gitxsan e Wet’suwet’en. O grupo sitia a falha de Cullen em agir para prevenir ou responder às ações da RCMP contra defensores da terra Wet’suwet’en e Gitxsan. De acordo com o escritório dos chiefs hereditários, a falha em se retirar tornaria Cullen um “invasor, sem permissão” em terra Gitxsan.

Manifestações e ações em solidariedade aconteceram mundialmente, incluindo em Londres, UK, Winnemucca, USA e Massachusetts, USA.

Por último, no momento de escrita deste artigo, os bloqueios em rodovias e ferrovias em Six Nations ainda estão firmes.

Os eventos da semana passada confirmam que a luta para proteger a Yintah está longe de acabar. Vamos continuar com #AllOutForWedzinKwa!

Fonte: https://itsgoingdown.org/canadian-tire-fire-21-alloutforwedzinkwa-repression-update-wetsuweten-solidarity-heats-up-encampment-defence-news/

Tradução > Sky

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agência de notícias anarquistas-ana

Tudo levou o fogo –
Mas pelo menos as flores
Já haviam caído.

Tachibana Hokushi

Individualidade e grupo anarquista. Gerasimos Tsakalos (Internacional Negra Ediciones)

Tentativa de Prefacio

Hoje temos que tomar cuidado com os perigos da repetição. É inaceitável recuar à ignomínia. De aí a urgente necessidade de apontar um substrato mínimo e imprescindível, que potencie nossa gramática e que fomente o alargamento da Anarquia negra nestes dias; um objetivo, uma vontade ou, talvez, um anelo essencial que em algum momento impreciso, porém preferivelmente próximo, gostaríamos de compartilhar com todas aquelas individualidades anárquicas que mostram uma inocultável proximidade teórico prática, que os converte em companheiros de rota de uma conspiração internacional que fundamente sua causa na Nada.” – Gustavo Rodríguez.

A publicação em espanhol e português de “Individualidade e grupo anarquista” do companheiro Gerasimos Tsakalos (quem fora parte da Conspiração das Células de Fogo na Grécia); tem oferecido para nós a oportunidade de realizar uma revisão profunda sobre sua contribuição, aguçando desde a praxis a cristalização do debate que da sustentação à Internacional Negra nestes dias.

Tem passado seis anos desde que Tsakalos lançou sua proposta organizativa desde a prisão, atravessando grades e muros, e driblando a vigilância de seus algozes na prisão  de Korydallos; e dois desde que saiu da prisão junto do seu irmão Christos. Durante esse período temos acumulado experiências que poderiam ser suficientes como para nos apontar quais coisas são suscetíveis de ser modificadas ou esclarecidas hoje. Porém, além do tempo passado, para qualquer anarquista informal e insurrecional que leia essas páginas, pula a vista um sem fim de contradições que dificilmente podemos subscrever desde a anarquia negra e o anarco nihilismo que anima a tensão anárquica contemporânea, particularmente se procuramos responder à pergunta que serve de coluna vertebral a sua contribuição: A individualidade anarquista encontra-se subjugada ou se mantém livre no interior do grupo?

Em homenagem à verdade, temos que admitir que, após a tradução e re leitura desse texto, e depois de um intenso debate entre aqueles que impulsionamos a difusão em espanhol e português da Internacional Negra Edições, temos deparado com infinidade de proposições com as quais discordamos. Apesar disso, coincidimos no que realmente nos convida a publicar esse folheto: a vontade de manter viva a prática solidária de dar voz a NOSSXS PRESXS, quebrando de forma enérgica todo isolamento, já que, entre outras coisas, são eles, que estando sequestrados pelo Estado como conseqüência de suas ações, abrem as portas ao debate atual, incitando à reflexão e alimentando a praxis.

É precisamente essa a essência e a razão desta iniciativa editorial, desde seus primeiros dias de vida, dando lugar, no debate, para xs companheirxs presxs e permitindo-lhes expor e confrontar as ideias desde a experiência, sem por aquilo outorga-lhes nenhuma autoridade nem homenagear elxs pelo fato de estarem em prisão, cientes de que nesta guerra, a cadeia (e ainda a morte em ação) são uma probabilidade que ameaça todos nós constantemente.

Com tudo e as críticas, é indiscutível que a presente colaboração do companheiro Tsakalos, se localiza no marco de reflexões que tem marcado o ritmo da decidida trajetória da atual ação anárquica, mostrando que, ao igual que em todo caminhar, frequentemente se apresentam encruzilhadas difíceis, perigosas bifurcações, becos sinuosos, atalhos vantajosos e becos sem saída. Sem dúvida, esse texto se inscreve nesses “becos sem saída”.

Somente aqueles que permanecem apegados ao imobilismo (aficionados ao conforto e os lugares seguros), não se equivocam. Xs que impulsionamos a prática anárquica, afastados de dogmas e das trilhas batidas, fazemos caminho ao andar. Por isso, frequentemente achamos “becos sem saída”. De aí a necessidade de publicar as contribuições de Gerasimos e evidenciar nossa árdua trajetória, confusa certamente, mas sobretudo, irreverente e decidida, disposta a chegar até as últimas consequências neste presente continuo de conflito permanente com o existente. Sem demasiadas vacilações, Hoje podemos afirmar que as ações de Gerasimos -junto aos afines da Conspiração das Células de Fogo- não apenas incendiaram bancos, delegacias e tribunais, mas que além disso incendiaram nossos corações anárquicos, levando à prática os anseios de destruição e os anelos de libertação total até os confins mais inverossímeis. E para isso, não fez falta a leitura de um “manual”. Bastou com a troca de experiências, abrindo as portas para um diálogo anarquista internacional.

Nada mais distante do informalismo anárquico contemporâneo que os manuais de “formação de quadros” ao estilo do “Manual do guerrilheiro urbano” de Carlos Marighella, tal como nos apresenta o texto o companheiro Tsakalos, no que, consideramos, parece uma nova adaptação desse velho roteiro. Lamentavelmente, o companheiro tende a validar sob os parâmetros da organização fixa e super especializada, que nada têm a ver com aqueles primeiros comunicados e folhetos iniciais que carregaram de praxis o trajeto da Conspiração das Células de Fogo. Ainda quando o companheiro se afasta do discurso e práticas esquerdistas, parte da sua proposta tem muito em comum com a dinâmica organizativa de todas as guerrilhas urbanas marxistas-leninistas dos anos sessenta e setenta.

Algo similar aconteceu com a medula do projeto insurrecional anárquico que, desde vários lugares do planeta, impulsionou a ação internacional sob as siglas da Federação Anarquista Informal (FAI). Nos últimos anos, tem ficado evidente a terrível confusão daqueles que entenderam -e entendem- o informalismo insurrecional anárquico como a reprodução de uma guerrilheirismo militarista “autônomo”, abraçando a nostalgia da esquerda. Não são poucos os casos -sobre todo em territórios onde a reação da ultra direita tem ascendido ao poder- nos quais essas confusões tem conduzido alguns companheiros até experimentos mais “sociais”, o que na prática tem se traduzido em inércias existencialistas e cínicos flertes com o mais reformista do abrangente espectro das esquerdas. É o caso, desde esse lado do globo, do Núcleo de Oposição ao Sistema (NOS), no Brasil, exigindo a liberação dum ex presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e seu chamado a “esquecer as diferenças, se organizar e lutar contra o sistema”, e o caso dos Núcleos Antagônicos da Nova Guerrilha Urbana, no Chile, autodenominada “organização revolucionaria” que pateticamente tem feito alarde sobre sua capacidade técnica-operativa”, chegando a propor que as ações violentas que eclodiram ao longo da revolta social de outubro de 2019, foram “estritamente planejada” pelo poder e os agentes da repressão1.

Hoje nos toca ressaltar o fracasso rotundo da “estratégia guerrilheira” nos meios anárquicos para não repetir erros. Mais ainda porque esse fracasso é igualmente evidente nas próprias estruturas leninistas que tem re formulado suas estratégias de procura do poder, optando pelas mais descaradas manobras eleitoreiras apoiadas no discurso populista. Muitas das guerrilhas que sobrevivem em Latino América e o mundo, abertamente e sem vergonha, tem elegido o caminho do narcotráfico como caminho de financiamento da “luta”.

Diante disso, resulta muito importante re pensar constantemente qual é a finalidade da Anarquia, o que assumimos como Informalidade anárquica nestes dias e como re afirmamos nossos propósitos, cientes de que nossa proposta é o conflito. Obviamente, é impossível nos responder essas perguntas desde o conforto dum computador. Precisamos re afirmar na prática, desde a ação implacável da nossa guerra, o calibre de nossos objetivos. A tendência Informal e Insurrecional Anárquica não é uma proposta estática, aprisionada num manual, mas um fluxo torrencial que afia nossa ofensiva contra toda autoridade enquanto assume a libertação total como único horizonte, através da insurreição permanente e a violência anárquica contra a dominação, seja ela da ideologia que seja. Por isso, mais uma vez, nossa única proposta é e será o conflito contra toda forma de autoridade.

Pela Internacional Negra!

Pela Anarquia!

Novembro 2021.

Internacional Negra Edições.

>> Para baixar/ler:

https://ia801404.us.archive.org/8/items/individualidad-y-grupo-anarquista-es/Individualidade%20e%20grupo%20anarquista%20%28PORT%29.pdf

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Num pesado embalo
alguém traz a cerejeira –
Noite de luar.

Suzuki Michihiko

Relançamento do livro “Os fanzines contam uma história sobre punks”, de Antônio Carlos de Oliveira

Como parte do esforço para manter o espaço e divulgar as publicações de caráter social ou anarquista o Centro de Cultura Social (CCS-SP) acaba de relançar o livro Os fanzines contam uma história sobre punks, Antônio Carlos de Oliveira, Centro de Cultura Social, SP, 2021

“O objetivo mais importante desta obra é o de divulgar o material dos zines. No movimento existe uma situação de caos ideológico. Esse caos também ocorre nas relações entre os punks, isso porque cada indivíduo é único. Por mais parecidos que possam ser, cada um define o seu visual, seu gosto musical, seu estilo etc. Alguns têm os cabelos espetados, outros em estilo moicano; uns pintam o cabelo de azul, outros de vermelho ou simplesmente não pintam. Há os que se definem anarquistas, de esquerda; os que se comportam como fascistas; os que se dizem apolíticos ou os que afirmam não ter opinião sobre o assunto; quem quiser faz o seu fanzine, associam-se a outros e montam uma banda, fazem shows. Cada um é único e cada detalhe realça essa diferença”

Os fanzines contam uma história sobre punks

Antonio Carlos de Oliveira

Editora CCS

171 pags

R$ 20,00

http://ccssp.com.br/livrariaccs/

agência de notícias anarquistas-ana

Um pássaro –
Companheiro de caminho
Pelo campo seco

Senna

Entrevista com Martín Albornoz | Quando o anarquismo causava assombro, o século XIX e a Argentina

Em Soltando Pájaros, Atilio Bleta entrevistou o mestre em História da Universidade de San Martín, autor do livro publicado pela Siglo Veintiuno editores sobre o movimento que surgiu na Europa e sua difusão no país na última etapa do século XIX. “Está associado ao fenômeno migratório na Argentina, principalmente nas cidades importantes da época, como Buenos Aires, Rosário, La Plata, ou Bahía Blanca. O anarquismo não enfatiza tanto a exploração econômica quanto a dominação. E isso é extremamente versátil, pois eventualmente há dominação em todas as relações sociais. Isto o leva a recusar não só o Estado, o Capital, mas também as formas de organização familiar”, explicou.

Durante a conversa com Soltando Pájaros, Martín Albornoz se referiu a uma das questões que também ocupavam o anarquismo: “Eles, inclusive, muito cedo levantaram o problema da relação com o mundo natural e animal. Os primeiros restaurantes do mundo também foram anarquistas”.

>> Ouça aqui o áudio da entrevista:

https://www.radionacional.com.ar/cuando-el-anarquismo-causaba-sensacion-ideales-libertarios-en-la-argentina/

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Em meio ao capim
de onde sopra o vendaval,
lua desta noite.

Miura Chora

Saiu a programação da I Feira Anarquista Feminista de Porto Alegre (RS)

Saudações Anárkicas!

É com muita alegria que divulgamos o local e a programação da I Feira Anarquista Feminista de Porto Alegre!

Nos dias 04/12 (sábado) e 05/12 (domingo) a FAFPOA acontecerá na Casa Estudantil Universitária de Porto Alegre – CEUPA II, localizada na Rua José do Patrocínio nº 648 – Cidade Baixa – Porto Alegre – RS.

Lembramos que haverá refeição vegana coletiva com base de arroz e lentilha – traga pratos ou potes, talheres e copos, e alimentos veganos para compartilhar, se puder. Também seguiremos a arrecadação de itens para o apoio de mulheres e pessoas trans em situação de cárcere.

Nos dias 11/12 (sábado) e 12/12 (domingo) será a edição Virtual da FAFPOA. Para se inscrever nas atividades acesse o link: https://framaforms.org/inscricoes-para-atividades-virtuais-da-i-fafpoa-1637072000

As atividades abertas para todos os públicos serão transmitidas, caso haja consenso das pessoas participantes, no canal da FAFPOA no link: https://kolektiva.media/a/fafpoa/video-channels

Maiores informações (programação completa, cartazes), também estão disponíveis no link https://feiraanarquistafeminista.noblogs.org/

Nos vemos lá!

FAFPOA

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A felicidade
nem de mais e nem de menos –
Minha primavera.

Issa

[Espanha] Seção sindical da CNT criada na ECYL

Por CNT Valladolid

A afiliação da CNT trabalhando na ECYL concordou, em assembleia em 14 de outubro de 2021, em criar a seção sindical no órgão regional autônomo.

A seção é iniciada com as seguintes motivações:

– Para destacar a situação irregular em que o grupo se encontra. Eles não aparecem na lista de empregos da ECYL, nem têm uma relação de emprego estável, embora tenham sofrido demissões e até mesmo um plano de regulamentação de emprego (ERE).

– Tornar pública a batalha legal que o coletivo mantém após a interposição de vários recursos e ações judiciais, a maioria do pessoal nesta situação adquiriu o status de Indefinido Não Fixado.

– Exigir uma solução para a estabilização em seus empregos deste pessoal em fraude da lei. Esta estabilização envolve a criação de dois postos a serem incluídos na lista de postos com as seguintes características:

Título: Orientador/a Laboral | Pessoal de trabalho – Grupo 2

Título: Técnico de emprego | Pessoal de trabalho – Grupo 2

– Designar o pessoal atual da ECYL para seu posto correspondente por meio de um contrato permanente, na medida em que são funcionários que já passaram por um processo de seleção sob condições de igualdade, mérito e capacidade de acesso e que a condição de Prazo Indefinido Não Fixo que atualmente afeta esta parte do pessoal da ECYL é discriminatória.

– Promover perante os órgãos necessários e por todos os meios à nossa disposição que esta é a forma de resolver a situação irregular em que este grupo se encontra.

Para entrar em contato com a Seção Sindical:

Email: ecyl@cnt.es | Telefone: 615 57 67 91

Fonte: https://www.cnt.es/noticias/creada-la-seccion-sindical-de-cnt-en-el-ecyl/

Tradução > Liberto

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Nuvem de mosquitos –
As flores da jujubeira
se espalham à volta.

Katô Kyôtai

[Grécia] Vídeo | Exarchia celebra a absolvição de Giorgos e Nikos!

Pequeno texto escrito na sexta-feira (26/11) à noite:

Para aqueles que acreditam que tudo acabou em Exarchia: estamos vivendo uma noite de festa com centenas de companheiros de luta e apoiadores.

São 4:30 da madrugada enquanto escrevo, a polícia não ousa intervir, pois somos tão numerosos e determinados, e não estamos cochilando!

Saudações a vocês, as pessoas incansáveis do mundo que não desistem! Aqui está um vídeo que gravei e editei com pressa, depois enviado a Giorgos que ganhou seu caso ontem (25/11); um vídeo que você conhecerá na íntegra em “Não temos medo das ruínas”, dentro de algumas semanas.

Força amigos! Obrigado por seu apoio, estamos pensando em você hoje à noite!

Viva a Anarquia! Viva a Revolução Social!

Y.Y.

>> Veja aqui o vídeo (00:58):

https://www.youtube.com/watch?v=iPKyoQCvajA&t=58s

Fonte: http://blogyy.net/2021/11/28/exarcheia-celebre-lacquittement-de-giorgos-et-nikos/

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ao seu voo rápido
borboletinha amarela
o mais é cenário!

Gustavo Terra

[Grécia] Rouvikonas: Obrigado, seguimos em frente!

O grupo Rouvikonas agradece a todos os apoios que lhe chegaram de todo o mundo desde o fim do verão europeu, começando pelos companheiros e companheiras que se deslocaram para Atenas durante as fases do julgamento de Giorgos e Nikos. Obrigado igualmente a todos aqueles que assinaram o apelo do Comitê de Apoio e aos que participaram nas enormes despesas de Justiça para os múltiplos julgamentos. Obrigado também aos coletivos e organizações que fizeram o mesmo, dando apoio político encorajador para o processo. O Rouvikonas não está perto de moderar suas atividades. Muito pelo contrário. Mais do que nunca, o nosso grupo está determinado a continuar desafiando todos os poderes que nos oprimem e a participar no apoio a base social. Seguimos em frente!

Rouvikonas, através do Comitê de Apoio Internacional de Giorgos e Nikos, 29/11/2021

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O cuco a cantar –
As águas do grande lago
Levemente turvas.

Naitô Jôsô