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Com Trump, Bolso, Corona e e as desgraça, parece que estamos entrando em um momento completamente novo da política. Parece que nada é como antes. Parece que, pra se envolver na política hoje, uma pessoa vai precisar inventar estratégias novas.

E de certa forma isso faz muito sentido.

Mas esse momento pode ajudar a gente a entender, também, que todas as estratégias políticas são novidades, que entrar no rio da política é sempre entrar num novo rio. A política está sempre começando.

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No último post falei sobre Esperança. Mas o post surgiu de uma pergunta, sobre se a esperança era importante pro design, e acabei não falando nada de design.

O que eu tava falando é que a ideia lugar-comum de esperança é mesmo uma coisa água-com-açúcar e até um pouco ingênua, mas que ao invés disso você pode entender a esperança como uma técnica e essa técnica é bem poderosa contra a ansiedade crônica dos sistemas de controle do mundo contemporâneo.

Sendo assim, qualquer pessoa pode usar a esperança, se aprender como. E designers não deixam de ser pessoas, como outras quaisquer. Então a esperança deveria ser útil para o designer, à primeira vista, só que… é mais complicado que isso.

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Quando você ouve a palavra “Esperança” pensa num sentimento puro, quase mágico, e dá uma sensação de que todos os problemas se resolveram, de que vai chegar finalmente um paraíso na terra.

Este sentimento pode ser um motor, que te impulsiona a buscar seus sonhos e não ficar preso no lugar comum, mas pode ser também uma esperança de tolo, que te faz confiar em promessas falsas e assim gastar suas energias de forma vã.

Esperança como atividade ou como passividade? Qual é mais verdadeira? Será que tem mesmo uma delas que é falsa? E, se existe a possibilidade de que a esperança varie entre boa e má, como você pode saber qual das duas você está sentindo? Por fim, como é que o sentimento da esperança se transforma em ação?

Ah, e também: isso tem alguma coisa a ver com design?

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Contar histórias é quase como mentir, no mesmo sentido que toda tradução é imperfeita. Mas a traição da tradução é também criatividade, é Use your Illusion.

E a gente conta muito a mentira das viagens no tempo. Surpreendentemente, a gente conta pra nós mesmos histórias em que voltamos no tempo e alteramos o passado. Coisas do tipo “se eu voltasse pro dia que eu fiz aquela cagada, eu diria pra mim mesmo que seria melhor ir por outro caminho“. Se é mentira falar de ir para o passado, é também conveniente, faz sentido, agora… ¿Aonde mora esta trapaça?

Viajar no tempo é mentira, mas querer falar pro seu eu-de-anos-atrás que fizesse isso ou aquilo, isto não é mentira. A tensão de querer isso se sente na pele. Agora… ¿Na pele de quem?

O eu-de-semana-passada não é eu. Não é, nem mesmo, o eu que viveu semana passada. Este eu-de-antes é só uma história. Ele existe tanto quanto Papai Noel e Coelhinho da Páscoa. É nele que está toda a lorota, que está a enganação que engana a nós mesmos. E é uma mentira que encanta. É difícil não acreditar nela. E é difícil não acreditar justamente porque este eu-de-antes é tão, mas tão parecido com o eu.

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