Historia A kalimera
A Rádio Kalimera nascera como uma rádio universitária há já mais de 15 anos, nos pavilhons estudiantis do Burgo das Naçons. Se bem, houvera uma curta etapa anterior na que se intentara criar uma rádio, partindo esta iniciativa da coordinadora da mocidade do bairro de Vite. Esta tentativa, que nom chegara a coalhar, fora funcral para criar os alicerces organizativos de Rádio Kalimera. Com pessoas do bairro e mais do campus, passava-se a iniciar a emissom no pavilhom social da residência autogerida de estudantes do Burgo Velho.
Desde o primeiro día a administraçom da fo autogerida polas estudantes e vizinhas que se esforçarom por fazer um medio horizontal e independente, que, se bem recebia subvençons do reitorado, financiava-se a través de actos realizados polas pessoas que constituiam a assembleia da rádio.
Rádio Kalimera rompe com a Universidade de Santiago de Compostela a partir da decissom do reitor de destruir esta residência universitaria autogerida. Aquela fora uma das lutas mais participadas polas estudantes de toda a universidade galega, fossem ou nom moradoras desta residência, e assim O Burgo resistira durante meses ao deslojamento imposto desde a autoridade académica. Nessa luta houvera cárregas policias contra as estudantes e vizinhas com várias pessoas feridas de consideraçom com denegaçom de asistência médica, além de múltiples expedientes administrativos e detençons arbitrárias, e até torturas nas esquadras policiais… A Rádio Kalimera instalada no coraçom do pavilhom sócial, contara o que via, claramente posiçonada do lau das residentes-resistentes. Desde a rádio coordinaram-se os movimentos de resistência ao despejo. Foi assim que a nossa rádio viu-se sendo o médio de comunicaçom fundamental para a coordinaçom a tempo real, numa época na qual ninguém, estudante duma universidade pública ou vizinha dum bairro periférico, tinha accesso a entelequias tais como telemóbeis ou internete.
Pouco depois, perdida a luta e desalojadas todas as suas ocupantes, rádio incluida, esta instala-se durante um tempo breve na nova residência do Burgo das Naçons, até que o reitorado trata de impôr os seus critérios de control e pretende que toda a emissom se passe previamente por um filtro. O reitorado ameaça com cortar a bilha das subvençons e até com o silenciamento físico da emissora, numa maniobra clara de impôr a censura instituiçonal. Assim as coisas, as pessoas que nesse momento constituiam a assembleia kalimera acordam colher os bártulos e marchar da opressom académica para fazer-se livres na cidade, converténdo-se desde entom numa rádio livre tal como se entende. E assim, na semana santa de há 15 anos é quando, depois do evidente parom motivado polo translado até um novo local, bota a andar a rádio insurrecta, no coraçom do fundamentalismo catolico compostelá.
Desde entom, a rádio tem tido diversas ubicaçons e paradas técnicas motivadas polos translados, mas como colectivo nunca deixa de existir, e hoje em día estamos nos cernes duma nova andaina donde há mais de trinta pessoas dispostas a pulir por uma rádio digna e de qualidade.
Na historia ficam momentos senheiros. Campanhas como o seguimento da cimeira de ministros de interior da CEE que sinificara a posta em comum com outras rádios do estado para poder transmitir os sucessos de violência policial que se viverom nesta cidade bunker num momento em que o movimento antiglobalizaçom estava no seu apogeo público. Também as sucesivas tomas de posessom de Fraga como presidente da Galiza forom cubertas polas nossas reporteiras sacando à luz pública as vozes das discrepantes e os golpes da polícia.
Mas, sem dúvida, a nossa laboura informativa mais combativa foi no momento em que, instaladas na casa okupa “A Casa Encantada”, demos conta da luta popular contra as mentiras do Prestige e posteirormente fumos parte activa no processo do desalojamento e derrubo deste local social okupa de grande significaçom nesta cidade.
Hoje seguimos ubicadas no novo local da Casa Encantada, e a Rádio Kalimera segue a ser uma radio livre, autogerida, anti-patriarcal e galega que se nutre da colabouraçom voluntária de malta do mais diversso ideologicamente e que mantem clara a sua independência de qualquer partido politico. COMO É QUE NÓS AUTO-DEFINIMOS? Rádio Kalimera como colectivo aberto, luta pola transformaçom social, na procura duma sociedade horizontal baseada nas relaçons anti-autoritárias entre pessoas e entre os colectivos (povos, grupos, comunidades…). As pessoas que constituimos a assembleia da rádio Kalimera pensamos que é preferível falar de “idiosincrásia colectiva” (expressom real das nossas capacidades e necessidades) que de “ideologia” da Rádio (termo que sostém premissas ideológicas em troques de seguir avanzando nas nossas contradiçons cotidiás). Por suposto apostamos por valores como a liberdade, igualdade, e pola nom discriminaçom e o respeito às diferentes realidades de género, etnia, cultura, preferência sexual,… Rádio Kalimera, coma rádio livre que somos, temos clara que a informaçom alternativa sempre foi o nosso primeiro objectivo e, nesse caminho, somos um colectivo aberto que desfruta da rádio intentando criar um espaço de comunicaçom que propície um maior achegamento entre os diversos grupos sociais, fomentando a pluralidade de ideias, visons ou enfoques que nos acheguem a um espiritu crítico e polo tanto evitando todas aquelas verdades impostas socialmente com as que nom nos sentimos identificadas. Do mesmo jeito tentamos dar uma visom das diferentes realidades, oferecendo uma informaçom diversificada e plural, servindo de soporte às manifestaçons culturais e sociais do nosso entorno, ensaiando novas formas de comunicaçom e de jeito de fazer rádio, na procura de criar assim sujeitos activas contra o papel de espectadora passiva fomentado polos “mass media”.
Rádio Kalimera, de sempre é uma preocupaçom como achegar-se aos colectivos marginados (que nom marginais) para fazer-lhes ver a importância que é ter um médio livre á sua disposiçom, onde vam ser as pessoas dissos colectivos as que se poidam expressar sem censuras, sem manipulaçons, dando-lhes a voz e a palavra polo tempo que precisem. De certo, nom tenhem sido poucas as pessoas que se passarom polos nossos estudos e sairom do local da rádio com um sorriso de agradecemento nos beiços, prova evidente de que algo estamos a fazer bem.
É laboura nossa achegar-nos ao povo como médio alternativo para fazer-lhe ver que imos mais aló do que é um panfleto político ou um organo de expressom partidista, para demonstrar que somos quem de oferecer uma boa informaçom bem contrastada, de primeira mam com argumentaçom e fundamento e temos que fazer ver que a nossa laboura de informaçom é uma moi boa via de intercomunicaçom entre as pessoas dos diferentes colectivos sociais e que uma boa informaçom é em si mesma um bem social a cuidar e mimar e interesante de impulsar.
Na Rádio Kalimera consideramos a linguagem coma fundamental no nosso médio, enviamos mensagens a uma interlocutora que nim nos vê nim nos conhece, por isso a revolucionamos na procura de fazer uma emissom limpa de linguagem discriminatória, desalojando-a de expressons racistas, sexistas, homófobas… Entendemos que a discriminaçom na linguagem é tam subtil e eficiente que muitas vezes nom nos percatamos do profundamente discriminatorias e omitivas que som as nossas expresons numa sociedade carregada de valores autoritários, sexistas, androcentristas, especistas,… e ao usa-la, moitas vezes, também nós, estamos a transmitir “subliminalmente” estes valores. Por isso tratamos de criar um jeito igualitário de comunicaçom. Novas formas, novos verbos, jeitos revolucionários de nomear as coisas, investigar e recuperar uma linguagem que nos posibilite nom discriminar, avanzar, ampliar as miras, para nom seguir transmitindo com ela o mesmo contra o que tentamos lutar.
Rádio Kalimera emprega o galego já que estamos numa realidade que queremos transformar e nesse caminho optamos pola língua galega e lutamos contra da marginaçom da mesma a nível comunicacional e social. Emitimos só em galego por convinçom e como jeito de contrarrestar a nefasta política lingüistica dos medios comercias. Nas nossas publicaçons escritas apostamos pela normativa AGAL porque cremos que é a única opçom real de defessa da nossa lingua que, como parte da lusofonia, se passa a ser umha das linguas mais faladas e escritas do mundo Rádio Kalimera é um projecto sério, mas gostamos da risa, porque somos quem de rir das coisas que mais nos preocupam coma melhor jeito de canalizar a resposta a esta sociedade do medo e da incomunicaçom, da prepotência dos fortes e dos seus lacaios, e dos lacaios dos lacaios, Lacairi, lacairó…
COMO É QUE NÓS ORGANIZAMOS?
A Rádio Kalimera é ASSEMBLEÁRIA.- Todas as membros da rádio participam directamente e as decissons tomam-se por consenso.
A Rádio Kalimera é NOM JERÁRQUICA.- Sem directivas, todas as pessoas participam por igual e se potencia a participaçom das novas coma contrapartida do excesivo protagonismo que soem assumir as veteranas.
A Rádio Kalimera é AUTOGERIDA.- Apostamos pola autogestom e mantemo-nos economicamente com meios próprios, rejeitamos qualquer tipo de subvençom dado que implicam um submetimento ideológico do colectivo por parte de partidos, instituiçons ou grupos de poder de qualquer caste (económica, política, religiosa…). A nossa autogestom inclue ser solidária com outros colectivos e rádios amigas.
A Rádio Kalimera é PIRATA e ALEGAL.- Nom figuramos em nengum registro de actividades, nem temos estatutos legalizados nem queremos figurar nas agendas de médios das administraçons. Consideramos que as ondas hertzianas nom devem ser propriedade de ninguém e existindo reclamamos o nosso direito a ocupar uma frequência livre de ataduras comerciais e do capital e cede-la aos movimentos sociais e culturais sem normativas que nos intimidem e ameaçem.
AS COMISSONS.- Coma projecto colectivo que somos, esto implica a participaçom de todas nas diferentes comissons, que som as que sustentam o día a dia do funcionamento da rádio. Cada comissom tem as suas funçons:
-COMISSOM ECONÓMICA.- Cobra as quotas, leva as contas, paga o aluguer e os recibos vários, busca, pensa e propom à assembleia formas de financiaçom.
-COMISSOM DE PUBLICIDADE.- Desenha materiais autopublicitários e programaçons, fai os cartazes de publicidade interna, organiza e desenha campanhas.
-COMISSOM TÉCNICA.- Arranja, mantém e melhora o equipamento técnico.
-COMISSOM DE CORREIO E DOCUMENTAÇOM.- Ordea, arquiva e contesta ao correio. Fai contactos com editoras discográficas e medios alternativos, alem de contactar com os colectivos socio-culturais.
-COMISSOM DE INFORMATIVOS.- Recolhe e emite novas. Contacta com colectivos para receber informaçom e convocatórias. Os informativos tenhem preferência horária sobre os demais programas. Toda pessoa que entra na rádio deve participar nalgum informativo.
-COMISSOM PÁGINA WEB.- Está a pôr em funcionamento a nossa nova página para dar-lhe vidi-lha ao servidor que alugamos e poder pôr a disposiçom das nossas ouvintes os nossos programas, cunhas e informaçons. Em construçom permanente.
-COMISSOM FESTA HORTERA.- A nossa festa mais agardada e desejada pelas nossas ouvintes e por nós mesmas. Nela colabouram altruistamente muitas pessoas que nom som parte da assembleia da rádio, mas que ficam moi achegadas e muitas delas forom parte dela tempo atrás.
AS ASSEMBLEIAS.- Funcionamos por assembleias, e procuramos a máxima participaçom. Há dois tipos de assembelia distintas:
-ASSEMBLEIAS GERAIS, onde se coordina o trabalho das distintas comissons.
-ASSEMBLEIAS TEMÁTICAS, que bem poderám ser de formaçom (técnicas de voz, coma preparar um programa…), de debate (língua, publicidade, legalizaçom…) ou de crítica constructiva (onde compartilharemos trucos de cada programa, opinaremos e daremos ideias dos nossos próprios programas ou dos d@s demais, onde trabalharemos “cultura assembleária”).
AS JORNADAS KALIMERAS.- Cada certo tempo (soem ser anuais) reunimo-nos para debater todos os pontos que na assembleia da rádio se considerem interesantes de repensar ou modificar ao respeito da nossa autodefiniçom ou funcionamento. Sempre forom umas jornadas de debate e confraternidade que serverom para conhecer-nos melhor entre todas nós e experimentar actividades conjuntas num clima de agradável camaderia e de cultura assemblearia.
AS MA-PADRINHAS.- Para que a entrada de novos programas seja mais dinámica, establecem-se umas relaçons mais pessoais no canto de assegurarmos que a gente que decide entrar na rádio, tenha um conhecemento e compromisso com o projecto. Assim por cada novo programa, haverá uma ou duas pessoas que farám de ma-padrinhas, explicando-lhes o que é a rádio, a sua organizaçom, dando-lhe formaçom técnica e sobretudo criando um canal mais pessoal e directo para que a gente nova integre-se na rádio e sinta-se participe dela.
COM QUE MÉDIOS TÉCNICOS TRABALHAMOS?
Actualmente com a chegada das novas tecnologias ao nosso estudo, na Rádio Kalimera somos quem, por primeira vez na história, de manter uma emissom continuada as 24 horas de cada día do ano (nom fechamos nim na Semana Santa nim no Nadal como fam uns outros médios intitulados independentes), se bem, até agora esta continuidade nutre-se fundamentalmente de boa música e de cunhas e audios autoproduzidas, a nossa intençom é cubrir a nossa parrilha de programas próprios ou provintes das outras rádios galegas com as que compartilhamos a rede galega de rádios livres e comunitárias.
Estes som os nossos médios:
A EMISSORA: Que consta de um modulador que é de por se um emissor de baixa potência (45 vatios) e de um amplificador que eleva essa potência a uns 117 vatios, que som suficintes como para abarcar toda a comarca de Compostela e arredores, mas ficam loge das grandes potências e sobremodulaçons que utilizam as rádios comerciais dum jeito totalmente ilegal.
A ANTENA: Em forma de aro “Omnidirecçonal”. Que expande as nossas ondas livres.
A MESA DE MISTURA.- Encaminham as sinais entrantes cara a uma só saida que vai ser o que se escute nas casas. Consta de preescuta, ganàncias de volume, equalizadores alem doutras funçons que permitem a emissom monofónica da Rádio Kalimera.
MICROFONES DINÁMICOS- Que recolhem as nossas vozes no estudo e convirtem-nas em audio para todas nos seus receptores.
LECTORES-REPRODUCTORES de Música e Audios.- Conectados à mesa de misturas juntam-se às nossas vozes para fazer uma boa emissom.
NORMALIZADOR DE SAIDA.- É um aparato que permite assegurar uma emissom sem ruidos produzidos por saturaçom.
COMPUTADORES.- Actualmente dispomos de um computador conectado como reproductor de continuidade e estamos na procura de um outro adicado a gravar as nossas emissons. Alem de reproduzir música e cunhas kalimeras autoproduzidas, hoje em día temos a capacidade de emitir via internet a sinal de umas outras rádios livres e/ou alternativas espalhadas polo mundo. Assim recem vivemos a experiência de trasmitir ao vivo a repressom vivida em Oaxaca (Méjico) a través da sinal de Rádio Universidad.
GRAVADORAS.- Som os nossos micros mobis com os que recolhemos as vozes da rua e dos actos organizados polos diferentes colectivos da nossa cidade ou de fora dela, se é o caso.
TELEFONE.- De sempre na Rádio Kalimera foi fundamental a conexom de um telefone à mesa de misturas como o nosso quinto microfone que abria ás nossas ouvintes a possibilidade de fazer-se ouvir desde onde estiver., alem de ser uma ferramenta importantíssima para recolher a informaçom inmediata e ao vivo do que se passa fora do nosso estudo.Som medios adequiridos por toda a gente que se passou por esta rádio na sua itirenante existência e que se bem seguem sendo precários, estamos encaminhadas a uma melhora de médios que nos permita converter à Rádio Kalimera numa emissora de qualidade comunicativa onde todos os programas tenham uma boa emissom e sejam recebedos sem ruidos nos receptores das nossas ouvintes.
COMO É QUE INTERACTUAMOS NA SOCIEDADE?
A existência mesma dos médios alternativos há que achaca-la á necessidade de fazer-se escuitar, e é fruito da inquedança manifesta de muitas pessoas por fazer públicas as ideias e as acçons políticas e culturais que os médios do poder forom abocando á invisibilidade por ser molestas e atrever-se a questinonar a existência mesma desse poder. Os medios do poder nom só silenciam estas ideias e acçons senom que, nas contadas ocasions que se fam eco delas, é para dar uma informaçom tendenciosa e manipulada e em muitos casos criminalizadora.
Os grandes médios seguem convencidos de que podem impôr as suas verdades mediáticas a força de repetir, todos a um tempo, o que querem fazer passar como verdade pese a que seja mentira, pensam que podem seguir ponhendo em práctica o que dizia o seu mestre, o nazi Goebbels: “Uma verdade é uma mentira cem vezes repetida”. Mas hoje em día boa parte da cidadanía mundial sabe que mintem e sabe para quem trabalham, e cada vez que jurde uma nova “crise mundial” como os atentados em New York ou as invassons dos norteamericanos, disparam-se as audiências dos médios alternativos, simplesmente, porque nom cremos as mentiras dos grandes médios e queremos saber qué dim os povos, as jornalistas críticas, os colectivos sociais, que dim, em definitiva, todas as pessoas e organizaçons que nunca tenhem voz nos grandes médios.
As pessoas que fazemos da rádio Kalimera uma realidade nas ondas livres nom permanecemos alheias ao compromiso social, o nosso é a informaçom alternativa, dar-lhe voz às silenciadas e às criminalizadas nos grandes médios, mas também somos partícipes dos movimentos sociais, como um mais, a nossa laboura é animar e animar-nos as conciências e deixar claro que o povo debe ser o criador da informaçom, para que deste jeito se retroalimente a luta polo conhecemento, pola verdade ( parcial mas certa, relativa mas útil) e pola mudança social. Porque o poder dos médios alternativos reside em achegar-se a donde os médios tradiçonais nom chegam; à realidade. Fundirse, ser parte do movimento mantendo um pé afora para poder encirrar-nos na nossa cabina a emitir quando o resto descansa, isso é o que fai potente o nosso trabalho.
É clave do nosso éxito a implicaçom dos movimentos sociais, necessitamos deles, pois a participaçom social direita fortalece ao médio, e um ataque contra um médio alternativo suporia um ataque contra uma das estructuras do movimento, e sem um movimento que o defenda, o médio nom pode sobreviver. As organizaçons sociais tenhem que saber que existe um outro sistema de medios de comunicaçom alem do incluido na agenda de medios da sua administraçom. E nom só incluir-nos na sua agenda, senom comprender que temos muitas limitaçons e que o projecto comunicaçonal ha de ser um objectivo comum, ajudando na preparaçom de contidos, facilitando-nos o trabalho a umas pessoas que nom cobramos por esse trabalho, que nom temos capacidade para refazer notas de imprensa complejas e tediosas, que nom podemos ir a rodas de imprensa às once da manhá, etc…. Mas devem saber também que imos dar-lhes o protagonismo que merecem, que nom imos inhoralos como os grandes medios quando os temas comprometem ao poder. Que a Rádio Kalimera é a sua Rádio e fica lá a sua enteira disposiçom, sem censuras e sem cancelas.
Por todo isso somos perigossas sociais, por isso os poderes económicos estám dando-lhe voltas a como legislar para coartar as nossas liberdades. De certo vivemos agora uma etapa na que se demanda uma legislaçom que legalice a nossa situaçom e permita-nos emitir sem ter a espada de Damocles do feche administrativo, nesse sentido comprendemos o interés de muitas rádios amigas em regular-se e poder assim asegurar-se nom ser silenciadas polas emissoras comerciais que gostam de instalar-se nas nossas frequências para ganhar-se ouvintes, mas todas as iniciativas pretendem minorizar a nossa presência e marcar certas regras de funcionamento que som moi dispares ao nosso módelo de médio livre, polo que seguimos a reinvindicar o nosso direito a okupar um espazo nas ondas.
Já ha anos que a liberdade de informaçom é uma falácia e os medios que se atrevem a dar uma informaçom alternativa sofrem o peso da lei. Os poucos medios escritos que intentam o caminho da denúncia som silenciados, censurados ou fechados acusados de apologia do terrorismo ou outros delitos que figuram nas leis que o Poder inventa para perpetuar-se nel.
Mas o mundo da informaçom está mudando e a Rádio Kalimera somos parte já dessa nova especie de vigiantes e garantes da verdade, de gentes dispostas a aceptar o desafio de fazer fronte à desinformação e manipulação, constantes e geralizadas, dos grandes medios sequestrados pola economia. Estamos em loita para rescatar a dignidade e o honor que pertenece ás profesionais da informaçom e para volver a situar à profesom jornalística no lugar que lhe corresponde: o da paixom e luta porque se saiba sempre a verdade.
Em definitiva a Rádio Kalimera okupa o espaço que corresponde-lhe e, com ela, à vizinhança de Compostela. Um projecto em permanente construçom que pretende ser uma plataforma de informaçom, agitaçom e também diverssom. Aberta a todas as pessoas que tenham algo que dizer e aos colectivos presentes na cidade para fazer uma rádio livre que achegue um ponto de vista bem afastado dos mass media e que contribua a fazer, de todas nós, pessoas cada vez mais livres. Esta deve ser a nossa meta, até ter acadado o lugar na sociedade que, nós, sem humildade e num rapto de autoestima, achamos que merecemos.
RÁDIO KALIMERA 108.0 fm em Compostela a Março de 2007
Adicado a Mumia Abu Jamal (jornalista de rádio víctima duma montagem preso no “pais das liberdades”), a José Couso (cámara de tv assassinado polas forças armadas desse mesmo pais das liberdades por atrever-se a filmar os seus assassinatos), e a Pepe Rei (jornalista sequestrado no democrático reinado de Espanha falsamente acusado de terrorismo)
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