Relato escrito por Bill Van Auken para a reunião
ampliada do IEB (Comitê Editorial Internacional), reunido
em Sidney (Austrália) de 22 a 27 de janeiro de 2006. Van
Auken é membro da IEB do WSWS e do comitê central
do Socialist Equality Party (EUA). A primeira
parte foi publicada ontem.
Quais são as características do governo Chávez
na Venezuela? Suas origens políticas estão no movimento
conspirador de jovens oficiais, que surgiu em oposição
à corrupção do velho sistema político
venezuelano e profundamente descontente com o uso de militares
para suprimir o levante de Caracazo de 1989. Chávez projetou-se
no cenário nacional com a tentativa frustrada de golpe
de 1992 contra o governo da Accion Democratica, do então
presidente Carlos Andrez Peres.
Libertado logo após um breve período de prisão,
Chávez formou alianças com vários setores
da esquerda venezuelana e foi eleito com amplo apoio da população.em
1998.
As bases ideológicas do movimento "chavista"
são evidentemente ecléticas, comuns ao populismo
burguês. Ele próprio citou como inspiração
para a sua carreira política o movimento encabeçado
pelo General Omar Torrijos no Panamá e o "revolucionário"
governo militar liderado pelo General Juan Velasquez Alvarado
no Peru, ocorrido no final dos anos 60 e início da década
de 70.
Entre seus primeiros conselheiros políticos estão
um dos primeiros e mais antigos lideres do Partido Comunista Venezuelano
e um argentino auto-exilado e semi-facista que defende o anti-semitismo
e as virtudes da autoridade militar.
Aqueles que descrevem o governo Chávez como "socialista"
cometem uma distorção grosseira. Seu governo não
é nem mesmo a erupção de qualquer movimento
independente da classe trabalhadora. Além disso, grande
parte da economia venezuelana, hoje, está nas mãos
do capital privado e internacional. Isto em maior grau do que
no apogeu da Accion Democrática, trinta anos atrás.
A distribuição de terras no país continua
entre as mais desiguais da América Latina.
Em um recente artigo, Ramon Mayorga, o representante venezuelano
no Banco Inter-americano de Desenvolvimento (BID), caracterizou
a colaboração entre os bancos privados venezuelanos
e o governo Chávez como "altamente lucrativa".
"Os bancos estão ganhando toneladas de dinheiro",
declarou Mayorga. O aumento na lucratividade do sistema bancário,
a partir de altas taxas de juros alcançou, no último
ano, 30%, talvez uma das maiores do mundo. O patrimônio
dos bancos triplicou desde que Chávez chegou ao poder.
Como jamais ocorrera anteriormente, a parte mais importante
da economia da Venezuela está exatamente sob o controle
do capital financeiro, enquanto apenas uma parcela dos rendimentos
do petróleo é aplicada em programas assistenciais
para os pobres, como programas de alfabetização,
saúde e distribuição de alimentos, assim
como a criação de cooperativas. [1]
O governo venezuelano continua a estampar as origens militares
do movimento chavista, incluindo em seu alto escalão inúmeros
oficiais, muitos aposentados e alguns da ativa.
Há uma longa história na América Latina
dessas tendências militares de "esquerda" e das
adaptações oportunistas feitas pelos stalinistas,
revisionistas e nacionalistas de esquerda. Freqüentemente,
esses grupos vêem essa forma como um atalho para o poder,
bloqueando a mobilização das massas ou da vanguarda
proletária mais politizada.
As experiências com Velasco Alvarado no Peru, J.J. Torres
na Bolivia, Torrijos no Panamá sempre terminaram em traição
do proletariado. Em praticamente todos esses casos, esses regimes
foram a antecipação de regimes de direitaou,
no caso do Panamá, de uma invasão americana sem
qualquer tipo de resistência.
A característica reacionária dessa tendência
militarista pode ser vista , talvez, mais claramente, no apoio
de Chávez ao candidato à presidência do Peru
Ollanta Humala, um ex-oficial nacionalista que, como Chávez,
iniciou na política com uma tentativa frustrada de golpe
militarneste caso, em 2000, contra o corrupto e reacionário
governo de Alberto Fujimori, que entrou em colapso poucos meses
depois.
Agora, sendo um dos favorito para vencer as eleições
de abril, Humala lidera um partido chamado Movimiento Etnocaceristas.
O nome deriva, por um lado, do um presidente peruano do século
XIX, Andrés Avelino Cáceres, que foi herói
da Guerra do Pacífico, contra o Chile. Por outro lado,
o "etno" do nome deriva do movimento que promove uma
espécie de nacionalismo indígena.
Entre os antecedentes políticos de Humala aparece o
movimento fundado por seu pai, que defende que apenas a população
indígena seja considerada cidadã, excluindo brancos,
asiáticos e negros. Vale a pena registrar que repórteres
que estiveram na vila em que a família de Humala reside
descobriram que a população local considera a família
Humala branca, já que são conhecidos latifundiários.
Humala está promovendo uma virulenta plataforma anti-chilena,
propondo a expulsão das empresas chilenas. Da mesma forma,
vem pedindo pela anistia dos militares peruanos acusados de massacres,
assassinatos e torturas durante a guerra suja contra os grupos
guerrilheiros Sendero Luminoso e MRTA nas décadas de 80
e 90, e, nesse sentido, propõe que os recentes processos
sobre esses crimes hediondos sejam arquivados.
Ao mesmo tempo, esses diversos regimes latino-americanos de
"esquerda", em geral, incluem entre seus dirigentes
antigos guerrilheiros cúmplices do stalinismo dos anos
60 e 70. Lembremos, por exemplo, o vice-presidente boliviano Álvaro
Garcia Liñera e José Dirceu, um importante dirigente
do Partido dos Trabalhadores brasileiro, que recentemente teve
seu mandato de deputado cassado devido ao escândalo da compra
massiva de votos e suborno.
Oportunistas pablistas preparam novas traições
[2]
Na América Latina, os revisionistas pablistas, nos anos
50, adaptaram-se ao peronismo e a movimentos similares, depois,
nas décadas de 60 e 70, a movimentos guerrilheiros, hoje,
na mesma linha oportunista, os grupos pablistas estão construindo
na América Latina movimentos similares ao de Chávez,
como uma nova via para o socialismo.
Uma palavra que aparece repetidamente nas descriçõese
também nas auto-caracterizaçõesdesses
governos latino-americanos associados com uma "virada à
esquerda" é a palavra "governabilidade".
Os antigos partidos tradicionais estão absolutamente desacreditados,
não apenas na Venezuela, mas em todo o continente. "Fora
todos" é o slogan que predominou nas manifestações
na Argentina há cinco anos atrás, e vem sendo repetido
país após país.
Partidos e indivíduos identificados com a esquerda chegam
ao poder como uma forma de restabelecer a dominação
capitalista. Essa tendência surgiu, primeiramente, e de
forma mais relevante, no Brasil, com o crescimento e ascensão
do Partido dos Trabalhadores como um instrumento político
da dominação burguesa. A classe dirigente brasileira
utilizou de um movimento "esquerdista" com essas características
para se preservar no poder, já que todos os principais
partidos e políticos tradicionais estavam comprometidos
ou com o regime militar ou envolvidos em esquemas de corrupção
e uma reação social de massas aparecia como perigosa.
[3]
Assim, se os revisionistas pablistas desempenharam, nas décadas
de 50, 60 e 70, um papel crucial na traição do desenvolvimento
revolucionário na América Latina, hoje repetem o
mesmo caminho. Hoje, esses setores têm uma política
de continuidade com as posições daquele período.
Naquela época, vincularam-se primeiramente a movimentos
nacionalistas, começando com o peronismo na Argentina e
o MNR na Bolívia. Mais tarde, adaptaram-se ao castrismo
e aos movimentos guerrilheiros que dominaram até a década
de 70. Agora, como naquelas décadas, rejeitam a necessidade
de um movimento revolucionário da classe trabalhadora consciente
e independente. Hoje, porém, tornaram-se defensores diretos
da burguesia e instrumentos claros do estado burguês.
Um exemplo dessas atitudes é a reação
à eleição de Morales manifestada por um grupo
boliviano denominado POR- Combate, vinculado aos pablistas. Recentemente,
o grupo distribuiu resolução em que lamentava o
fato de que a Central Obrera Boliviana (COB) permanecesse
crítica a respeito de Morales. As críticas do POR
a Morales vinham pelo fato de que a COB permanecia cética
em relação a uma real nacionalização
das fontes energéticas bolivianas. [4]
Nesse texto escreve o POR: "É necessário
para os reformistas e revolucionários, para os nacionalistas
e para os socialistas, que se analise e se discuta conjuntamente,
antes de mais nada, sobre o papel que o proletariado deve representar
e quais as alianças que pode estabelecer, e depois seguir
a partir desta estratégia para a tomada do poder e para
construção do socialismo." O grupo ainda declara.
"Além disso, tudo não passa de erros e coisas
irrelevantes. Hoje, as forças do MAS e da COB estão
infelizmente muito distantes dos objetivos apresentados por este
documento e esta tática."
O POR ainda lamenta o fracasso da COB em se integrar plenamente
no regime burguês-nacionalista de Morales, cujo governo
se iniciou com uma turnê mundial para assegurar ao capital
estrangeiro que poderá contar com Morales na defesa da
propriedade privada e do lucro. A perspectiva de que os
socialistas revolucionários devem procurar a aprovação
dos reformistas nacionalistas, i.e., dos representantes da burguesia,
acerca do " papel que o proletariado deve representar e que
alianças deve estabelecer" é uma clara
proposta de subordinação dos trabalhadores bolivianos
ao capitalismo, pavimentando o caminho para outra traição
e derrota.
No entanto, tendo em conta a insignificante influência
dos pablistas, na Bolívia, nessas afirmações,
há um elemento da célebre afirmação
"a primeira vez como tragédia, a segunda vez como
farsa". Sem sombra de dúvida, tais afirmações
repetem, como uma espécie de eco, as grandes traições
empreendidas pela tendência revisionista no anos de 1960
e 70, desde o Sri Lanka, passando pelo Chile e Argentina.
Entre os mais vergonhosos aduladores do governo Chávez
está Alan Woods, líder do grupo centrista britânico
formado por Ted Grant. Num recente depoimento respondendo a críticas
que o acusavam de relações oportunistas com o governo
venezuelano, Woods escreveu: "Se os marxistas venezuelanos
não querem ser condenados ao completo isolamento e impotência,
eles devem trabalhar para estabelecer conexões com o movimento
bolivariano, para empurrá-lo para a esquerda e tentar ganhá-lo
para as políticas e o programa do marxismo."
E continuava: "As massas na Venezuela seguem seus líderes
e têm fé neles. Elas ainda não estão
convencidas das idéias dos marxistas."
A linguagem repete, quase literalmente, as justificativas dadas
pelos líderes do SWP (Socialist Workers Party [5]) dos
EUA, no início dos anos 60, em relação à
sua própria adaptação oportunista ao catrismo.
Opor uma perspectiva marxista, baseada na independência
política da classe trabalhadora, ao castrismo alertavam
eles significaria por em risco a atuação de
todos os partidos da Quarta Internacional, tornando-os irremediavelmente
isolados na América Latina.
Essa perspectiva de veneração do castrismo e
do guevarismo significou o abandono de qualquer batalha para a
construção de partidos revolucionários na
classe trabalhadora e conduziu à destruição
física dos quadros trotskistas, assim como, a derrotas
catastróficas para a classe trabalhadora latino-americana.
A perspectiva apontada por estes pablistas tardios em relação
à Venezuela não é diferente.
A falência dessa perspectiva é descrita numa resolução
de 2004 publicada pelo grupo de Grant e Woods intitulado "Revolução
venezuelana em perigo". O texto apresenta a seguinte avaliação
sobre a atual conjuntura da Venezuela de Chávez:
"... o sistema judiciário ainda está firmemente
em mãos reacionárias. Isso foi mostrado claramente
quando a Suprema Corte de Justiça decretou que não
houvera qualquer golpe em abril de 2002, mas apenas um vácuo
de poder'..."
" A oligarquia venezuelana e companhias multinacionais
ainda tem forte controle sobre a mídia de massas, as indústrias
privadas e o sistema bancário. Eles usam a posse sobre
esses setores-chave da sociedade para sabotar a vontade da maioria
e tramar outro golpe reacionário..."
"Apesar da sabotagem do petróleo ter sido derrotada
pela ação direta dos trabalhadores petrolíferos,
que assumiram o controle (juntamente com as comunidades locais
e a guarda nacional) sobre essa indústria, as mesmas estruturas
burocráticas ainda são amplamente utilizadas na
companhia estatal do petróleo, a PDVSA..."
"Apesar de muitos oficiais reacionários do exército
terem deixado o exército quando este se declarou rebelado,
muitos ainda estão ativos em seu interior, e a tradicional
estrutura burguesa do exército permanece largamente intacta..."
E continuando as justificativas do governo Chávez, escreve
ele: "Os ministérios e o aparato estatal em geral
estão cheios de reacionários que constantemente
sabotam o processo revolucionário. Essas instituições
capitalistas devem ser eliminadas e substituídas pela eleição
popular de todos os servidores públicos..."
Os problemas da revolução venezuelana são
descritos em detalhes nessa declaração, porém
o texto deixa de explicar qual é precisamente o caráter
dessa revolução', que deixa os principais
postos do Estado e da economia nas mãos de seus oponentes
reacionários. Esse retrato da situação oferece
uma confirmação irrefutável da absoluta necessidade
política de se construir um partido revolucionário
da classe trabalhadora, independente de e em oposição
ao governo Chávez.
Há ainda a situação específica
do Brasil, onde o papel oportunista dos pablistas é ainda
mais evidente. No ano passado, o antigo Secretariado Unificado
de Pablo [6] publicou um depoimento chamado "Sobre a situação
brasileira", desenhando um balanço dos dois primeiros
anos de governo do Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente
Luís Inácio Lula da Silva.
Nesse texto estava inclusa a constatação de que
a administração petista havia fielmente aplicado
as políticas ditadas pelo Fundo Monetário Internacional,
atacando as aposentadorias, os salários e os direitos trabalhistas
dos brasileiros enquanto prepara medidas ainda mais reacionárias,
como a privatização de universidades públicas.
Assim diz o texto: "A orientação geral desse
governo volta os ministérios mais à esquerda na
direção de políticas meramente paliativas
ou em hospedeiros para políticas que não são
as suas próprias". E acrescenta: "Esses dois
anos de experiência mostram claramente que a construção
de um bloco sócio-político anti-neoliberal, anti-capitalista,
dos trabalhadores está em contradição com
apoiar e participar no atual governo."
Os pablistas enfrentam, porém, um fato desagradável:
um dos seus principais dirigentes no BrasilMiguel Rossettoestá
justamente cumprindo seu papel com as medidas paliativas'
e como hospedeiro' das políticas mais à direita
do governo Lula ao continuar servindo como Ministro da Reforma
Agrária. Embora as lideranças pablistas agora declarem
que tinham reservas quanto à entrada de Rossetto no governo,
admitem que "evitaram colocar a questão da participação
no governo Lula em termos dogmáticos".
Se o secretariado internacional pablista decidiu vir a público
com suas lamentações, é porque o programa
reacionário e a enorme corrupção do governo
Lula trouxeram uma grande decepção a largas camadas
da classe trabalhadora brasileira, como também a setores
revisionistas e tendências radicais pequeno-burguesas em
que os pablistas atuam. Lideranças de sua própria
seção no Brasil (Democracia SocialistasDS)
foram expulsas do PT e lançaram-se na criação
de outro partido eleitoral de centro-esquerdao PSOL, Partido
do Socialismo e da Liberdade como um novo intermediário
entre a classe trabalhadora e o governo do PT.
Diante dessa situação em que a facção
líder de seu grupo brasileiroa DS- permanece dentro
do governo Lula e do PT, [7] partido que expulsou membros de sua
organização (como Heloísa Helena), membros
que por sua vez iniciaram a construção de um novo
partido em oposição ao partido do governo, o secretariado
internacional pablista aconselha que "se viva e se deixe
viver". Declara, nesse sentido, que seu objetivo é
"promover o diálogo" entre os que expulsaram
e os que foram expulsos.
Para seus próprios militantes brasileiros, agora colocados
em oposição uns aos outros, o conselho pablista
é o seguinte: "...mesmo se eles estão hoje
implicados em diferentes escolhas e dinâmicas, devem fazer
um esforço para não destruir as pontes e manter
suas opções futuras em aberto."
Não "destruir as pontes" e "manter suas
opções em aberto"não poderiam
existir formulações mais evidente de um ponto de
vista essencialmente oportunista.
O fato de que a burguesia na América Latina tenha que
utilizar tais elementos formalmente associados ao trotskismo para
defender seu poder tem imensa significação histórica.
Esses setores ditos "trotsquistas" têm sido utilizados
pelos regimes existentes como parte de uma estratégia da
burguesia nacional para conter a explosão da luta de classes.
Nesse sentido, o que o verdadeiro Comitê Internacional
da Quarta Internacional e o World Socialist Web Site realizam,
nesse momento, combatendo todos esses revisionistas, é
algo decisivo para a América Latina. Claramente, hoje,
existem imensas possibilidades que se abrem para a construção
do CIQI na América Latina, e precisamos desenvolver o trabalho
do WSWS de acordo com essas grandes perspectivas.
1. Como se vê, da mesma maneira que o
governo Lula, Chávez financia seu poder político
com programas sociais demagógicos, mas, concede lucros
fantásticos ao seu principal aliado, o capital financeiro.
2. Os "revisonistas pablistas" são os seguidores
de Michel Pablo, dirigente trotsquista que rompeu com o Comitê
Internacional em 1953. Esta corrente internacional teve e tem
grande atuação na América Latina, nas suas
diversas cisões posteriores, surgiu toda uma série
de correntes centristas no trotsquismo latino-americano, tais
como os seguidores de Moreno, de Altamira, de Lora, de Lambert
e outros...No Brasil, além da Democracia Socialista que
é a matriz, os pablistas se multiplicam em diversos agrupamentos
centristas, tais como PSTU, Partido da Causa Operária,
LER, Trabalho e outros.
3. Cabe lembrar aqui o papel enorme que tiveram todas as tendências
e variantes do trotsquismo "pablista" na construção
do PT: DS, Trabalho, Causa Operária, Convergência
Socialista/PSTU....
4. Como se sabe, a nacionalização ocorrida no último
primeiro de maio, portanto, posteriormente a este texto (apresentado
originalmente em janeiro de 2006), de fato está longe de
caracterizar uma real expropriação revolucionária.
5. Histórico partido trotsquista americano, com o qual
Trotsky colaborou diretamente, mas que se degenerou nas posições
pablistas com a adaptação a grupos pequeno-burgueses,
desde o final dos anos 50.
6. Que já há alguns anos, criando confusão,
se autodenominou de forma equívoca "Comitê Internacional
da IV Internacional".
7. Lembramos que hoje Raul Pont é secretário-geral
do PT e dirigente da Democracia Socialista.