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Detroit: além de fábricas, escolas serão fechadas. Estudantes protestam

Por Joe Kishore
29 de maio de 2009

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Publicado dia 21 de maio 2009 em inglês.

Milhares de estudantes protestaram contra a demissão de diretores de duas importantes escolas na cidade de Detroit, EUA. Tais demissões seriam o primeiro passo para o fechamento de ao menos 50 escolas, com demissões em massa entre os professores.

A manifestação ocorreu na segunda-feira, dia 18/05, na região oeste da cidade. Estudantes e pais de alunos saíram às ruas para protestar contra apolítica do Secretário de Educação Pública da cidade, Robert Bobbio.

O Secretário publicizou na última quinta-feira seus planos para demitir quase 1000 professores, mais alguns funcionários, como medida drástica para cortar gastos. Tal número corresponde a cerca de 6% dos funcionários públicos da cidade.

De acordo com notícia do Detroit News, Bobb (que recebe US$ 260.000 por ano) "disse que planeja acertar o orçamento em junho - o que lança o problema da resolução do déficit de US$ 306 milhões o quanto antes... será feito através do amplo corte de gastos".

O corte de gastos da cidade, no entanto, não se realizará por meio do corte de burocratas, parasitas ou corruptos empregados, mas através da demissão de professores e do fechamento das escolas. Bobb também busca novas concessões por parte dos professores. Para tanto, buscará o apoio do sindicato da categoria. "Outras decisões serão tomadas, com algumas mudanças no contrato de trabalho sendo pensadas em conjunto com a Federação de Professores de Detroit", relatou o jornal.

O sindicato, por sua vez, já organiza um encontro na próxima terça-feira para preparar os professores para o acordo.

Detroit, histórica cidade americana, berço da indústria automobilística mundial - com as "Três Grandes", Ford, Chrysler e GM - não passa hoje de uma cidade em ruínas. As muitas fábricas que se alojaram pela cidade por décadas hoje correm o mundo junto do capital em busca de mão-de-obra mais barata para a extração de mais-valia, ou mesmo fecham diante da concorrência. Assistimos hoje, jundo às demissões e falências de grande porte, a falência social como um todo, quando escolas começam a ser fechadas em massa. Tal é o futuro sob o capital.

[traduzido por movimentonn.org]