Coordenador Residente da ONU integra comitiva do Ministro das Relações Exteriores para conhecer empreendimentos no quadro da diversificação da economia e da produção de energia limpa

Apr 28, 2016

Luanda, 28 de Abril 2016 - O Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas em Angola, Paolo Balladelli, deslocou-se hoje dia 28 de Abril, às províncias de Malanje e Cuanza Norte, integrando a comitiva do Ministro das Relações Exteriores, Georges Rebelo Chikoti, para uma visita ao projecto de Bio-combustíveis de Angola (Biocom) e a Barragem Hidroeléctrica de Laúca. Igualmente, fazem parte da delegação os ministros da Energia e Águas, João Baptista Borges, da Agricultura, Afonso Pedro Canga, o Governador da provincia de Malanje, bem como representantes do Corpo Diplomático acreditado em Angola.

Esta deslocação tem como objetivo o de inteirar-se "in loco" as potencialidades dos empreendimentos, nomeadamente as potencialidades agro-industriais e hídricas da região, por estarem ligadas ao processo de desenvolvimento sustentável em curso no país.

“Aumentar o abastecimento de eletricidade é uma necessidade indispensável para o desenvolvimento do país - afirmou o Coordenador Residente da ONU em Angola. Tem grande impacto no desenvolvimento humano'' - declarou Balladelli. ''O Estado tem um grande desafio na utilização do orçamento do Estado para aumentar as infraestuturas ou na melhoria das capacidades para o desenvolvimento humano. É necessário, encontrar um  equilíbrio, já que os dois investimentos são necessários e interdependentes”.

De realçar que a província de Malanje possui vários recursos hídricos e estão implantados vários projectos, nomeadamente a barragem  de Capanda, a Biocom e a central térmica, para a produção energética e agrícola resultante do investimento de 40% de empresas angolanas, 40%  da Odebretch e 20% da Sonangol.

Enquanto que, o Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca (AHL), ainda em obras,  situado na província do Cuanza Norte, com cerca de 8000 trabalhadores, contará com uma capacidade de produção de 2.070 megawatts de energia eléctrica, superando as barragens de Capanda com 520 MW e Cambambe que contará com uma capacidade de produção de 960 MW. Será uma das maiores de África com 1,2 milhões de metros cúbicos de água em queda de gravidade para produzir energia eléctrica limpa ou verde em vias de transporte da eletricidade por 750 km e com um custo total de 2270 milhões de doláres.