segunda-feira, 17 de abril de 2017

SAINT JUDE-DIARY OF A SOUL FIEND (2010/G&B; Custom Edition) / Repostagem


Aproveitando um pedido de repostagem, serve também como aperitivo para um novo álbum, a ser gravado no lendário Muscle Shoals Studios, previsto para muito em breve.

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Originalmente publicado em 04.10.2010.

Há aproximadamente 6 meses tento -como um completo imbecil que acredita em Papai Noel  e Coelhinho da Páscoa- postar a discog desta banda. Explico: perdidamente apaixonado por este 'Diary Of a Soul Fiend' (e sua talentosa e gostosíssima vocalista), desde já candidataço a figurar em qualquer lista de melhores do ano, resolvi pesquisar sobre a banda e deparei-me com uma completa rede de desinformações só comparável à criada por CIA e KGB na época da Guerra Fria. Encontrei mais de uma dúzia de discos atribuídos à banda e, é claro, aquele site cujo nome recuso-me a pronunciar (ou digitar), e que costuma servir de referência aos neófitos, foi o campeão absoluto no quesito. Refinando um pouco mais, cheguei a encontrar uma afirmação na Amazon da existência de um EP -'The Mountain'- anterior a este e lá fui eu em minha jornada internet adentro atrás de um link vivo para esta raridade e...nadica de nada! Só sosseguei quando decidi entrar em contato com a banda e tive garantias de que nunca haviam lançado nada antes deste magistral exemplar de roquenrou nas veias. Muito solícitos, ainda me enviaram uma bio lavrada em cartório para comprovar.


Formada em 2006 das cinzas da Soul Fiends (por que mudaram de nome se este era tão bom?) por Lynne Jackaman (vocais), Adam Greene (guitarras), Jo Glossop (teclados), Colin Palmer (baixo) e Lee Cook (bateria), a Saint Jude tem no mix de bandas seminais dos sixties e seventies e aquela veia blues/soul/r&b de uma Aretha Franklin e Maggie Bell o ponto forte de seu som. A respeito disso, já li declarações simplistas dando conta de serem como um Black Crowes de saias. A verdade é que fazem rock com erre maiúsculo e foi com esta imensa qualidade, traduzida em composições ganchudas e encharcadas do feeling da excepcional voz de Lynne (prestem muita atenção nessa gata!), que acabaram caindo nas graças do legendário produtor Chris Kimsey que, após uma apresentação em um club londrino onde são residentes, imediatamente os colocou debaixo de suas asas e resolveu produzi-los. Instigado por Kimsey, Ron Wood foi assistí-los e...caiu de quatro -e não graças a algumas boas doses de whisky a mais. Tanto foi que, não satisfeito em apenas participar de jams e dar canjas em diversas apresentações da banda, gravou o slide da faixa 'Gardens Of Eden'. Desde então, a Saint Jude vem arrebatando a admiração de ícones como Jimmy Page, Mick Jones e Mike Scott, entre muitos outros.
Agora só falta você.



segunda-feira, 10 de abril de 2017

CODY CHESNUTT

Atlanta é, reconhecidamente um celeiro de boa e variada música, com alta representatividade do southern rock ao blues. E Cody ChesnuTT (assim mesmo, com o duplo 't' em maiúsculas), filho de um conhecido empresário musical da região, tem já um expressivo currículo musical, iniciado ainda no início dos 90. Em 98, já liderando sua própria banda, The Crosswalk, com um EP independente -'1535'- lançado um ano antes, assina com a Hollywood Recs., por onde grava o álbum 'Venus Loves A Melody', com lançamento engavetado devido à falência do selo alguns poucos meses depois.
Com os sonhos de uma carreira interrompidos de forma tão traumática, ChesnuTT trancou-se em seu quarto, improvisado em um home studio equipado apenas com um modesto gravador de 4 pistas,  por mais de 2 anos, dedicando-se apenas a compor e registrar material para um álbum solo. Com mais de meia centena de canções, escolheu 3 dúzias para 'The Headphone Masterpiece', álbum duplo lançado de forma independente em 2002. Naquele mesmo ano, a prestigiada banda The Roots (sim, aquela mesma, residente do talk show de Jimmy Fallon) resolve gravar 'The Seed', um quase hit entre aquelas bedroom songs, agora rebatizada 'The Seed (2.0)', em seu álbum 'Phrenology', com a participação de ChesnuTT nas guitarras e vocais. E as coisas começavam a acontecer para este talentoso filho da Georgia, mas ainda de uma maneira um tanto arrastada, mesmo com alguns prêmios no período. Apesar de cada vez angariar um maior respeito no cenário nacional, e com datas frequentes no Velho Continente, um novo trabalho, o EP 'Black Skin No Value', também com canções registradas de maneira lo-fi, só veria a luz do sol em 2010, após o abortado projeto de um álbum ao vivo, 'The Live Release', registrado em performances ao redor do mundo.
Finalmente, um novo álbum, 'Landing On A Hundred', é lançado pela One Little Indian, em 2012, desta vez com uma produção condizente com a qualidade do material de ChesnuTT. A excelente repercussão de seu neo soul cru temperado com fartas doses de blues chamou a atenção até mesmo de Jools Holland, que lhe deu destaque em um episódio de seu programa naquele mesmo ano, e trouxe-lhe uma agenda intermitente. 
Enquanto um novo trabalho -previsto ainda para este ano- não chega, aproveitem o disponível até o momento aqui no G&B, o seu espaço brenfoetílicomusical