Agosto é o mês de aniversário do meu, do seu, do nosso G&B. A data oficial é o dia 07 e já faz 8 anos da criação deste espaço brenfoetílicomusical. Como há muito tempo este pai desnaturado não comemora, comme il faut, tão importante data, fá-lo-ei (olha a porno-mesóclise aí, gente!) em grande estilo promovendo a repostagem de algumas das publicações mais emblemáticas do blog ao longo destes anos. E vou começar por esta fantástica banda multicultural de rock progressivo.
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Originalmente publicados entre Novembro/2006 e Fevereiro/2007
e republicados em 21.11.2007.
e republicados em 21.11.2007.
Esperanto, como muitos devem saber, é uma língua criada há quase dois séculos por Zamenhof com o objetivo de tornar-se de amplo entendimento entre todos os povos, ou seja, uma língua universal. A ideia não vingou mas tem muitos seguidores até hoje. Eu mesmo já fui um entusiasta do idioma à época de faculdade...mas por motivos não tão nobres assim. É que uma gata que estudava comigo, cujo pai era mestre e divulgador do esperanto no país, propôs-se a me ensinar os rudimentos da língua. Não aprendi nada, mas me dei muuuiiiiito bem utilizando outra forma de linguagem universal, se é que vocês me entendem.
Mas, deixando a sacanagem um pouco de lado, Esperanto, ainda carregando o epíteto Rock Orchestra, foi formada em 1971 pelos belgas Raymond Vincent (violino) - recém-saído da Wallace Collection - e Bruno Libert (teclados) com o objetivo de fundir a música sinfônica ao rock. Era desejo da dupla, também, que o line-up fosse o mais multicultural possível, até mesmo para justificar seu nome que, com esta diversidade, teria a música como sua língua universal, seu próprio esperanto. Para tanto, recrutaram os fantásticos irmãos italianos Gino (baixo) e Tony (bateria) Malisan; os ingleses Godffrey Salmon (violino), Tony Harris (viola/sax) e Timothy Kraemer (cello/piano); os australianos Brian Holloway (guitarra/piano), Janice Slater (vocais) e Glenn Shorrock (vocais/guitarra); a havaiana Bridget Dudoit (vocais/violões) e a neo-zelandesa Joy Yates (vocais/flautas). Com esta formação gravaram o excelente 'Esperanto Rock Orchestra'(73). Já no ano seguinte, após algumas alterações na formação - a principal delas, a substituição de Shorrock pelo inglês Keith Christmas- e com a providencial redução do nome para Esperanto, gravam 'Danse Macabre', álbum conceitual culminando com uma leitura muito interessante da lendária obra de Saint-Saëns e produzido por Pete Sinfield. Contudo, a dificuldade de manter uma entourage de 12 músicos mais equipamentos (os mais caros para a época), aliados a uma estratégia equivocada de marketing por parte da gravadora (chegaram a fazer shows de abertura para a Slade!!!), levaram a uma enxugada na formação fazendo com que, para o próximo álbum, a Esperanto fosse reduzida a oito membros: Vincent, Libert, os irmãos Malisan, Salmon, Kraemer e dois novos vocalistas, Roger Meakin e Kim Moore. E foi com esta formação que gravaram 'Last Tango', considerado por todos - e aí me incluo - sua obra máxima. Não há sequer uma só música mais ou menos no CD inteiro, além de conter o mais acachapante cover para 'Eleanor Rigby' que já tive o prazer de ouvir em tantos anos de música. Infelizmente, ficaram por aí mas sem antes tornarem-se profundamente cultuados por muitos prog connoisseurs. Mas não é necessário ser um proghead para entender os inúmeros porquês disso: originalidade, dinamismo, excelentes temas e perfeição de execução são alguns dos atributos da banda. Acompanhei sua carreira desde seu surgimento e fui responsável por 'aplicar' muitos de meus amigos à época, que me encomendavam K7s deste material e, assim, ajudando um pobre adolescente a sustentar seu caro, porém prazeroso, vício: a música!!!
Mas, deixando a sacanagem um pouco de lado, Esperanto, ainda carregando o epíteto Rock Orchestra, foi formada em 1971 pelos belgas Raymond Vincent (violino) - recém-saído da Wallace Collection - e Bruno Libert (teclados) com o objetivo de fundir a música sinfônica ao rock. Era desejo da dupla, também, que o line-up fosse o mais multicultural possível, até mesmo para justificar seu nome que, com esta diversidade, teria a música como sua língua universal, seu próprio esperanto. Para tanto, recrutaram os fantásticos irmãos italianos Gino (baixo) e Tony (bateria) Malisan; os ingleses Godffrey Salmon (violino), Tony Harris (viola/sax) e Timothy Kraemer (cello/piano); os australianos Brian Holloway (guitarra/piano), Janice Slater (vocais) e Glenn Shorrock (vocais/guitarra); a havaiana Bridget Dudoit (vocais/violões) e a neo-zelandesa Joy Yates (vocais/flautas). Com esta formação gravaram o excelente 'Esperanto Rock Orchestra'(73). Já no ano seguinte, após algumas alterações na formação - a principal delas, a substituição de Shorrock pelo inglês Keith Christmas- e com a providencial redução do nome para Esperanto, gravam 'Danse Macabre', álbum conceitual culminando com uma leitura muito interessante da lendária obra de Saint-Saëns e produzido por Pete Sinfield. Contudo, a dificuldade de manter uma entourage de 12 músicos mais equipamentos (os mais caros para a época), aliados a uma estratégia equivocada de marketing por parte da gravadora (chegaram a fazer shows de abertura para a Slade!!!), levaram a uma enxugada na formação fazendo com que, para o próximo álbum, a Esperanto fosse reduzida a oito membros: Vincent, Libert, os irmãos Malisan, Salmon, Kraemer e dois novos vocalistas, Roger Meakin e Kim Moore. E foi com esta formação que gravaram 'Last Tango', considerado por todos - e aí me incluo - sua obra máxima. Não há sequer uma só música mais ou menos no CD inteiro, além de conter o mais acachapante cover para 'Eleanor Rigby' que já tive o prazer de ouvir em tantos anos de música. Infelizmente, ficaram por aí mas sem antes tornarem-se profundamente cultuados por muitos prog connoisseurs. Mas não é necessário ser um proghead para entender os inúmeros porquês disso: originalidade, dinamismo, excelentes temas e perfeição de execução são alguns dos atributos da banda. Acompanhei sua carreira desde seu surgimento e fui responsável por 'aplicar' muitos de meus amigos à época, que me encomendavam K7s deste material e, assim, ajudando um pobre adolescente a sustentar seu caro, porém prazeroso, vício: a música!!!
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