domingo, 30 de março de 2008

COLUNA ANTI-SOCIAL VIII

A Tropa de Elite dos Blogs Musicais


Maddy (Comandante-Em-Chefe do OPE), Cris (Primeira-Dama do G&B),
Beth (Primeira-Dama do SDN) e Ser Da Noite


Sábado de Aleluia, 22.03.2008. Um belo dia para muita cerveja, bons amigos, boa comida, música da melhor qualidade e muita conversa jogada fora. Aliás, essa é uma expressão muito antipática pois sou da opinião que não existe conversa que mereça ser descartada, de tudo se aproveita um pouco de sumo. E nesse caso específico, aproveita-se até o caroço.
Poderia dizer que foi só mais um de nossos encontros brenfoetílicomusicais, desta vez na Sede do G&B, mas quando se trata dessa gallera aí nunca é um encontro. É garantia de papo e diversão da melhor qualidade. E o que dizer do cardápio? Um inigualável Empadão de Frango Ao Catupiry A La Cris, Arroz c/ Passas, Batatas Portuguesas Gratinadas e Salada de Tomate Cereja e Queijo Minas c/ Molho Especial G&B. Isso sem mencionar a deliciosa Torta Alemã, especialidade da Primeira-Dama do G&B. Há muito uma larica não era tão bem saciada.
A comemorar...ooops!...a lamentar apenas a ausência -uma vez mais- de nosso parceiro Hurley. Sim, é isso mesmo! Finalmente, após meses de incansáveis investigações que envolveram do BOPE (sob liderança do Cap. Nascimento em pessoa) ao FBI, passando por Austin Powers e Lois Lane, descobrimos não só porque Miguelito, El Gran Energúmeno da Leopoldina (a.k.a. Sarah Celeste, O Traveco Tribufú -ex-judeu- Budista Godiva do Méier), costuma mandar um 'tim' em 99,99% dos eventos. Uma coisa levou à outra e, segundo conclusões conclusivas e definitivamente definitivas dos organismos participantes das investigações, de surpresa, descobrimos que a verdadeira identidade de Miguelito é...pasmem...Hugo Reyes!!! Vulgarmente conhecido sob a alcunha de 'Hurley', importante e azarado (apesar de ser o feliz ganhador de alguns milhões de dólares na loteria) personagem de 'LOST'. Confiram a foto abaixo e chegarão à mesma conclusão.

É impressionante como não percebemos isto antes. Até porque explica muita coisa: as constantes 'furadas' de última hora (afinal, o Hawaii não é aqui), o baixo nível de seu QI e a impressão de estar grande parte do tempo com um olhar meio perdido ('lost', perceberam? hein? hein?) são apenas algumas das evidências que ratificam a solução deste grande mistério.
Apesar da falta de presença de tão ilustre personagem televisivo, e talvez até por isso, o evento foi um verdadeiro sucesso. Afinal, de que outra maneira sobraria um pouco de empadão e torta para o enterro dos ossos?

À Demande!

segunda-feira, 24 de março de 2008

EAGLES

A EAGLES é, antes de mais nada, uma instituição norteamericana. Isso a torna, com seu country rock, uma das mais veneradas expressões musicais daquele país ao mesmo tempo em que arrebanham fãs por todo o planeta. E estou entre estes. Afinal, não me recordo de outra banda que tenha conhecido ainda no ventre. Tudo bem, é uma figura de linguagem mas vocês entenderão o porquê de a estar utilizando. Em 71 comprei um LP de uma cantora country/folk/pop -e um pitéuzinho!- muito comentada à época, Linda Ronstadt. A bolacha se chamava 'Silk Purse' e era até bem bacaninha, mas o que chamava mesmo a atenção era a excelência da produção e de seu núcleo-base musical: Glenn Frey (vocais/guitarras/violões), Bernie Leadon (vocais/guitarras/violões/lap e pedal steel/mandolin/banjo), Randy Meisner (vocais/baixo) e Don Henley (vocais/bateria). Como a acompanhavam desde a turnê anterior, haviam já ganho um respeito considerável no meio e conseguiram, com o auxílio da própria Ronstadt, um contrato com a Asylum Rec., tradicional sêlo que costumava investir pesado no gênero coutry/folk/rock. Qualquer semelhança com a história da The Band é mera coincidência.
Após o tour de lançamento daquele trabalho de Mrs. Ronstadt, entraram em estúdio para a gravação de seu primeiro álbum já como Eagles, nome dado em homenagem a uma banda que todos admiravam -The Byrds- e de onde emprestaram a base do que viria a tornar-se a marca registrada de seu som: a ênfase em belas harmonizações vocais e o acento country. E já de cara, impulsionado por 'Take It Easy' -parceria de Frey com Jackson Browne-, 'Eagles', o álbum, encara de frente todos os charts desencadeando uma pequena, mas com características muito especiais, epidemia.
A cada lançamento -o excelente e conceitual 'Desperado'(73), o ótimo mas transicional 'On The Border'(74), já com Don Felder na guitarra em adição a Frey e Leadon, e o quase hard 'One Of These Nights'(75)- um rastro de sucessos com 'Desperado', 'Tequila Sunrise', 'Witchy Woman', 'Already Gone', 'Best Of My Love', 'Lyin Eyes', 'One Of These Nights', etc. Mas a tensão entre estes 5 talentosíssimos compositores, músicos e intérpretes resulta na saída de Leadon e a sua imediata substituição por Joe Walsh, veterano da James Gang e com uma carreira solo bem encaminhada. Apesar de os prognósticos para a banda serem os piores possíveis, já no ano seguinte lançam com essa nova formação o seu maior sucesso, e um álbum há muito na galeria dos clássicos do rock, 'Hotel California'(76), com a faixa título, o riff contagiante criado por Walsh para 'Life In The Fast Lane' e 'New Kid In Town' estourando em todas as rádios.
Mesmo assim, logo após o promo tour, mais uma baixa com a saída de Meisner e, uma vez mais, com Thimoty B. Schmidt a substituí-lo, papel que já havia desempenhado no Poco.
Não havia mais dúvidas de que a banda estava cansada -afinal, foram 5 álbuns em 5 anos e tours promocionais em sequência- o que levou a um intenso desgaste durante o longo processo de gravação do subestimado 'The Long Run', só completado 3 anos após, e que gerou uma sequência de shows de despedida e culminou com o lançamento do excelente 'Live'(80).
A partir daí, todos partiram para vôos solo, alguns de razoável sucesso como os de Frey, Felder e Schmidt, e outros de repercussão invejável: Don Henley e Joe Walsh.
Apenas 13 anos depois, resolveram reunir-se, em parte devido a Travis Tritt que, para o clip de 'Take It Easy' para um álbum-tributo, reivindicou a presença do último line-up da banda e foi prontamente atendido. E assim, no ano seguinte, era lançado 'Hell Freezes Over'(94) que, além de um show parcialmente acústico, continha 4 faixas inéditas, entre elas os sucessos 'Get Over It' e 'Love Will Keep Us Alive'. O fãs demonstraram com força toda a saudade que sentiam da banda e 'Hell Freezes Over' (CD e DVD) vendeu -e ainda vende- muito bem.
Passam-se mais 13 anos -será que a intenção é criar um ciclo?- e retornam com mais um trabalho, desta vez duplo e inteiramente de material inédito: 'Long Road Out Of Eden', um verdadeiro compêndio do estilo Eagles e obrigatório.
Todos estes estão aqui para os amigos do G&B como forma de agradecimento pela força e paciência durante a última semana.



LIVE ALBUMS




sexta-feira, 21 de março de 2008

EUMIR DEODATO Plays MARCOS VALLE-SUMMER SAMBA

No intuito de mostrar que não guardo ressentimentos, resolvi-me por postar uma compilação de músicas de um dos maiores compositores -e pianista dos mais influentes com seu groove no Fender Rhodes- da bossa nova executado por um de nossos grandes gênios arranjadores -e também um dos maiores mestres no mesmo instrumento e compositor de mão cheia- em homenagem ao Tinhorão, um dos grandes conhecedores e entusiastas do gênero.
Essa compilação da Irma (gravadora italiana) passa a limpo as melhores interpretações de Eumir Deodato para a obra de Marcos Valle lançadas desde o início de sua carreira com Os Catedráticos.
Espero que gostes, Tinhorão.




domingo, 16 de março de 2008

AOS QUE VIERAM AO MUNDO PARA SOMAR, NÃO PARA DIVIDIR

Gallera, vou tentar ser curto mas nunca grosso.
Infelizmente, por força das circunstâncias, estou sendo obrigado a render-me ao artifício da moderação de comentários já amplamente utilizado em tantos sites e comunidades pela grande rede. Isso tudo por culpa de algumas (pouquíssimas, é verdade) almas sebosas, como alguém sabiamente os apelidou, que insistem em, valendo-se do fato de que a porta da casa está aberta, insultar o dono da casa e, pior ainda, seus visitantes. Esquecem-se, já que mal-educados e prepotentes, que, mesmo estando a porta aberta, deve-se limpar os pés antes de entrar e respeitar os desígnios de seu proprietário.
Com esta atitude não tenho a menor intenção de praticar qualquer forma de censura mas, tão somente, privar as pessoas -vocês, parceiros desta bela jornada de compartilhamento que tanto tem revolucionado a web- que visitam o G&B com o coração desarmado e ávidas por partilhar experiências e música, muita música, do constrangimento de conviver com esses arautos do escárnio e da falta de civilidade. Infelizmente, não escaparei desse infortúnio pois serei obrigado a verificar todos os comentários antes de liberá-los.
Para os que ainda não estão familiarizados com o processo, a única modificação é que, ao finalizar o texto, deve-se digitar um código de 4 letras e aguardar a minha verificação para a liberação do comentário. Simples assim. Como estou, praticamente, o dia inteiro lincado ao site através do Outlook Express, a liberação ocorrerá quase que automaticamente.
Sinceramente, espero que compreendam essa atitude pois, volto a frisar, não envolverá qualquer tipo de censura -até por que vivi aqueles terríveis dias de repressão que deixaram largas manchas negras na história desse país- e todas as críticas, elogios, sugestões, links, as sadias (e mesmo as nem tão) sacanagens, palavrões bem contextualizados, etc continuarão sendo liberados.
Este processo será ativado somente no dia 21/03 para que, até lá, todos -infelizmente, até mesmo as indefectíveis almas sebosas- opinem sobre o tema.
Gallera, uma vez mais, rogo que este mecanismo não interfira no volume de comentários, um dos maiores da rede e aos quais dedico grande parte do meu tempo em responder com um raro prazer, pois o intuito é, única e exclusivamente, o de deixar a casa mais confortável para os amigos que realmente interessam: os que vieram ao mundo para somar, até mesmo multiplicar, nunca para dividir.

E VAMOS FAZER FUMAÇA!!!
Abrações,
Edson d'Aquino

segunda-feira, 10 de março de 2008

WS-GTBB(2008)

Andem rápido pois não sei até quando, mesmo sem citações ao nome da banda, conseguirei segurar esse post.

Ééééé, eu sei, mais um post camuflado! E este álbum ainda nem foi lançado, só em abril.
É que não me contive após encontrá-lo de bobeirinha lá no Lágrima Psicodélica -cortesia de Mr. Bad Guy, assim como eu, colaborador bissexto- e escutá-lo meio que descrente de que ainda pudesse render alguma coisa. Sou fãzaço da banda desde sempre e, mesmo receoso quando da primeira grande alteração em seu line-up, sua apresentação no RIR I foi, junto com o AC/DC, a melhor expressão da face rock com 'R' do festival. Ali, apesar de ainda adorar a formação clássica com Moody/Masden e posteriormente Moody/Galley, senti que havia uma esperança para Mr. Coverdale & cia.. E com, praticamente, aquela formação -John Sykes assumindo todas as guitarras- lançou um excelente álbum, apesar da regravação de 'Crying In The Rain', onde a pretendida renovação na proposta -embora desnecessária para alguns de seus fãs e com os quais faço coro- não soou como um pecado mortal, muito pelo contrário. Mas os temores de dias piores se tornaram realidade quando, sei lá por que cargas d'água, uma das grandes divas do rock resolve mudar tudo e convoca para as seis cordas dois dos guitarristas mais ególatras do estilo 'quanto mais rápido melhor', o que altera por completo a sonoridade da banda levando-a para um pretenso heavy metal. Sim, pretenso por que heavy com letras versando sobre dor-de-cotovelo é, no mínimo, ridículo. Será que David estava tentando criar o emo metal?. Isso sem levarmos em consideração a falta de habilidade dos guitarristas na criação de riffs, as composições em geral muito fracas e a incrível falta de capacidade da dupla Vai/Vandenberg em trabalhar dinâmicas e solar com um mínimo de sensibilidade. E acho que nem preciso dizer que um dos gogós brancos mais negros do rock não combina com o gênero.
Bem, após um longo período de inatividade, eis que a cobra branca volta a fumar e -com o excelente Doug Aldrich, ex-Bad Moon Rising e mais uma porrada de bandas, em uma das guitarras e como parceiro autoral- lança um álbum ao vivo e com 4 músicas inéditas ('Live In The Shadow Of The Blues') onde se delineia um renascimento em alto estilo. E, agora, com este novo álbum, as esperanças se confirmam. É um discaço do início ao fim, a despeito de uma baladinha meia-bomba em uma tentativa frustrada de repetir o êxito de 'Is This Love', e com a pegada hard/bluesy que é a marca registrada da banda sem abrir mão de um toque de renovação, desta vez na medida certa. Soa como uma extensão natural da sonoridade pretendida quando daquele show espetacular que quem viveu, viu.


quarta-feira, 5 de março de 2008

TBC-WP(2008)

Esse negócio de ficar postando lançamentos de maneira camuflada já tá enchendo o saco!
Infelizmente, não há outro jeito pois as gravadoras estão marcando em cima. Esse caso foi mais um que tive de baixar via torrent pois todos os links, até por que a grande maioria dos bloggers tem o péssimo hábito de roubar links ao invés de subir um novo, estavam mortos.
Este novo álbum, lançado ONTEM!, está com o já mais que reconhecido altíssimo padrão rock'n'roll de qualidade perpetrado pela banda desde seu primeiro trabalho. Lamentavelmente, não encontrei as capas mas aí já é pedir demais, né?
Então, divirtam-se.

Rock'n'roll must never die!



Capa/Caratula/Cover
Sob os auspícios de Woody

terça-feira, 4 de março de 2008

THE BLESSING-PRINCE OF THE DEEP WATER(1991)


Esse presente vai para um de meus mais recentes amigos de infância Ser Da Noite (a.k.a. Morcegão), aniversariante de hoje.




William Topley

Eita cdsinho chato de encontrar!!!
Na época que descobri esse disco acabei adquirindo-o por dois motivos pouco convincentes para grande parte dos amantes da música mas que, na grande maioria das vezes, funcionam muito bem comigo: em primeiro lugar a belíssima capa e em seguida a ficha técnica que, no LP, para sorte minha, estava localizada na contra-capa.
Rewind: estamos em 1991, um período de transição entre formatos, e os lançamentos ainda são feitos em vinil e cd. E com o vinil a preços extremamente convidativos a minha opção quase sempre era por este quando se tratava de 'apostas'. Apesar de não saber nada sobre essa banda formada por William Topley (vocais), Luke Brighty (guitarras), Kevin Hime-Knowles (baixo) e Mike Westergaard (teclados), sei muito bem quem são Alex Acuña, Jim Bralower, Alan Clark, Nathan East, Steve Ferrone, Robben Ford, Mel Gaynor, Jon Giblin, Nicky Hopkins, Bruce Hornsby, Bashiri Johnson, Steve Khan, Hugh McCracken, Donald Myrick, Barry Beckett, Jeff Porcaro e Richard Tee. Ou seja, uma constelação de músicos fantásticos!!! E um produtor de primeira: Neil Dorfsman.
Bem, isso foi só o início da surpresa pois o que me deixou chapado ao colocar a bolacha no prato do pick-up e baixar a cápsula Pickering XV-15 equipada com Shure D-400 sobre seus sulcos foi me deparar com um disco daqueles que descem redondo -além, óbviamnete, de extremamente bem arranjado e executado-, com uma deliciosa sonoridade country/bluesy/soul e com um cantor na linha blue-eyed soul do qual não se consegue desvencilhar os ouvidos. Não esperem encontrar nenhuma revolução sonora aqui mas acho impossível não se deleitar com 'Highway 5', 'Flames', 'Hurricane Room', 'Back From Managua', 'Delta Rain' e a faixa título, só para citar algumas de um total de 11 excelentes faixas.
O The Blessing ainda lançou mais um álbum, 'Locusts & Wild Honey'(98), que não consigo encontrar de jeito nenhum. Após sua dissolução, William Topley seguiu uma discreta mas bem sedimentada carreira solo.
Se gostarem e conseguirem encontrar mais material da banda, não preciso dizer que a casa é de vocês, né?