Galera, de repente pintou uma oportunidade boa daquelas. Por conta disso ficarei ausente por um tempo meio que indefinido, mas voltarei assim que puder.
Metal + Sludge + Stoner + Thrash + Prog + Psych + Post + Rock + Experimental + Atmospheric + Ocaralhoaquatro...
John Baizley (vocais, guitarra), Peter Adams (guitarra, vocais), Nick Jost (baixo) e Sebastian Thomson (bateria) - ex-integrantes: Allen Blickle (bateria, 2003 - 2013), Summer Welch (baixo, vocais, 2003 - 2012), Tim Loose (guitarra, 2003 - 2005), Brian Blickle (guitarra, 2006 - 2008) e Matt Maggioni (baixo, 2012 - 2013)
Passeando aqui pelo Plano Z me dei conta de que o Metal vem sendo altamente negligenciado por mim. Comecei a me questionar o porquê disso. Será que estou ficando velho? Ou será que a maturidade me fez ver/sentir as coisas de outro modo? Será porque o gênero já não me emociona mais como antes? Ou será porque não há nada de novo no front, algo que realmente seja diferente? Afinal, é um dos estilos onde quanto menos se mexe, mais autêntico é – é só ver o quanto os fãs de uma banda reclamam quando há uma mudança, drástica ou não, na sua proposta musical. São tantas questões... E, na verdade, não é nada disso e tudo isso ao mesmo tempo, com muitos e muitos e muitos mais detalhes entre o Céu e o Inferno metálico.
Uma coisa que conta para essa negligência é o fato de que há zilhares de blogs e sites dedicados ao estilo e a todos os seus milhares de subgêneros, feitos com e por gente que pode falar com muito mais propriedade do que eu.
Mesmo assim, encasquetei com a ideia de que eu deveria postar um Metal por aqui...
Resolvi entrar em labirintos, pesquisando na minha mente, nos meus backups, sites, blogs e tudo o mais. A saída me veio repentinamente, simplesmente por ter tocado no player, que está ajustado para tocar aleatoriamente, uma música totalmente excelente (“Rays On Pinion”) dessa banda que agora trago ao Plano Z: Baroness.
Para aqueles que não conhecem, Baroness é a banda de John Dyer Baizley, que é o principal compositor, vocalista, guitarrista e quem faz toda a maravilhosa arte das capas e encartes; ele é, também, o único membro que está presente em todos os discos e shows desde o início.
Fundada em meados de 2003, a proposta musical no início já fugia dos clichês do Heavy Metal mais tradicional, tendia mais para um Sludge Metal com toques Prog e Thrash, mas mesmo naquela época já era difícil classificar o som deles. Com o tempo muitos outros elementos musicais foram sendo incorporados ao jeitão Baroness de se fazer música; é sempre uma surpresa a cada disco lançado, a cada faixa que toca. Basta dizer que neste momento de sua trajetória, a banda nos apresenta uma música muito mais chegada ao Rock do que ao Metal propriamente dito, com tinturas psicodélicas e progressivas, toques vanguardistas e experimentais, além de extrema ousadia – bem ao meu eclético gosto, parece que eles não querem nada com a noção de “limites” e tratam de estar sempre na linha de frente da evolução e desenvolvimento do seu estilo pra lá de autêntico e muito próprio.
Estou disponibilizando aqui a discografia oficial completa e mais um ou outro extra, edições de luxo, blá-blá-blá, tudo com o máximo de capas e encartes que consegui pescar na rede, além de a grande maioria dos arquivos estarem com qualidade de 320kbps.
Surpreenda-se. Bata a cabeça. Grite, urre, cante, viaje e, principalmente, divirta-se!!
Luca Marconi (vocais), Alessandro Patierno (baixo, guitarra, violão, piano, vocoder, percussões, “pingos“ e vocais de apoio), Tonino Politanò (guitarra e violão), Gianpaolo Saracino (violino), Davide Cirone ( Hammond, piano, teclados e sintetizadores) e Marco Pallotti (bateria) - com: Pierluigi Pensabene (sax soprano), Edoardo Capparucci (saxes tenor e contralto), Fabio AngeloColajanni (flauta), Francesco Marsigliese (trompete), Daniele Bicego (uilleann pipes),Davide Eusebi (percussões, vibrafone), Sanjay Kansa Banik (tablas), Esharef Alì Mhagag (vocais de apoio), Awa Koundoul (vocais de apoio), Chiara Calderale (vocais de apoio), Ben Slavin (voz em "Mr. Why"), Rodolfo Demontis (partes orquestrais) e Daisy (passos de cachorro em "Then It Goes Away")
Em 2012 eu postei aqui o primeiro álbum do MacroScreaM, “Sisyphus”; naquela época eu não postava textos, mas coloquei a seguinte observação “Best prog rock album of 2011!”. Talvez seja, talvez não, mas pelo menos para mim foi, até porque nada naquele ano me surpreendeu tanto, em matéria de prog, quanto esse disco. Se há um “senão” no álbum de estreia, talvez sejam os vocais de Alessandro Patierno (o “dono” da banda), mas, mesmo assim eu curti muito.
Agora, cinco anos depois, finalmente um sucessor e, meus camaradas, que sucessor!!
Pra começar, se os vocais poderiam ser o ponto fraco, agora temos Luca Marconi como titular dessa posição e, bem, o cara manda muito! São 6 músicas, com duração entre 6 e 13 minutos, em mais ou menos uma hora, e uma quantidade infindável de momentos excelentes, surpreendentes, sensacionais e todos os adjetivos superlativos mais incríveis. Resumindo, é um disco supermegablasterfoderalhasticamente foda pra caralho! (KKKKKKK) Ainda por cima, ajuda a demolir a besta ideia da “maldição do segundo álbum”. Para mim, na boa, a única coisa ruim nesse disco é que ele acaba.
Eu poderia escrever mais uma pancada de coisas aqui, tipo, elogios, histórias sobre a banda ou sobre o prog italiano, o renascimento do gênero nas duas últimas décadas, etc e tal e tudo o mais e tal e coisa e coisa e tal, mas não quero ser ainda mais redundante e atrasar ainda mais o seu prazer em escutar essa maravilha, nem adiar ainda mais a sua diversão; então, meus caros, vão lá nos comentários, peguem o link, baixem e desfrutem sem moderação. De preferência bem alto e muitas vezes!
A queridíssima queridona Márcia Tunes (Brasil-il-il-il!!!) me deu uma missão quase impossível, a de escolher meus 10 discos fundamentais e discorrer sobre essas escolhas. O que os amigos nos pedem sorrindo... rsrsrs Demorei pra caramba, mas o resultado está lá, no blog Discos Fundamentais, um dos vários blogs da Márcia, onde ela tem disponibilizado vários classicaços da música em geral. Quem quiser conferir minha lista é só clicar aqui. Vale a pena um passeio pelo blog. Comentários, lá e cá, são mais do que bem vindos! Divirtam-se!! Valeu!
É, eu sei, eu sempre quis que esse espaço aqui fosse dedicado única e exclusivamente para DIVERSÃO, muito mais do que compartilhar música e outras formas de arte. Porém, às vezes não dá pra se fugir de um assunto, tem-se que escolher um lado, seja lá qual for, e tomar partido. Tenho uma tendência a escolher o lado da verdade, por mais que a verdade seja uma faca de dois gumes. Recebi esse vídeo e percebi que, apesar de falar de algo extremamente sério, é também divertido, graças ao sarcasmo (deboche mesmo...) do apresentador. Está arriscado de o Brasil virar motivo de piada pelo mundo, mas dessa vez não vai ser por causa de bunda, carnaval, futebol ou por sermos o destino preferido de meliantes internacionais, mas porque enfim estão percebendo que somos mesmo uma “República de Bananas” – que vergonha...
Deixo, então, o vídeo para sua apreciação, além de apresentar uma ideia: tem-se uma perspectiva melhor de um quadro, como um todo, conforme nos afastamos dele.
Até quando nós, brasileiros, aceitaremos ser manipulados tão facilmente sem reagir de alguma forma mais contundente?
A saída não é uma nova eleição. Só uma revolução pode consertar tantos e tantos erros. Será que rola?
Boa sorte para todos nós.
A galera que costuma aparecer por aqui já deve estar cansada de conhecer o
Wolfmother; por isso o texto vai ser curto. Antes de qualquer outra coisa,
convenhamos que o Wolfmother é o Andrew Stockdale, que compõe tudo, canta, toca
guitarra, teclados, baixo e o que mais for preciso; os outros membros vêm e vão
sei lá eu por quê (acho que o maluco deve ter uma personalidade meio ditatorial
ou deve ser bem pentelho, sei lá, vai saber...), sendo que os únicos mais
constantes foram os baixistas Chris Ross (2004 – 2008) e Ian Peres (2009 –
atualmente), que também é tecladista.
Todas as informações sobre o grupo estão muito bem
detalhadas em vários sites; quem tiver curiosidade para tal, os links
mais bacanas estão logo ali abaixo.
Estou disponibilizando aqui a discografia de estúdio
completa, além de uns piratas, ao vivo, EPs e singles; incluí também “Keep
Moving”, o disco “solo” do Stockdale (que, não sei bem por que, se parece
muuuuuito com Wolfmother... hehehe – e ainda traz a participação dos membros
que compunham a banda na época), tudo com os melhores rips que pude encontrar
pela rede, a maioria em 320kbps e com o máximo de capas e encartes que consegui
garimpar:
Tendo postado três bandas de "rock retrô" em sequência, vou
pensar em algo realmente diferente para a próxima postagem; enquanto isso, meus
caros, só posso lhes desejar o de sempre: divirtam-se!!
Rock + Southern + Roots + Hard + Stoner + Psych + Prog
Three Legs Of Trouble (2008)
Matthew Tanner (vocais e guitarra), Neil Warren (guitarra), Champ Champagne (baixo) e Jason Krutzky (bateria e vocais)
Fountains Left To Wake (2012)
Matthew Tanner (vocais e guitarra), Neil Warren (baixo) e Jason Krutzky (bateria e vocais)
Hologram (2016)
Matthew Tanner (vocais e guitarras), Noah Pine (teclados), John Pratt (baixo) e Jason Krutzky (bateria e vocais)
Curto muito quando isso acontece! Essa banda acaba de entrar pra minha lista de favoritaças. Precisou de três discos e oito anos, mas entrou e entrou bonito! E tudo por causa do recém-lançado “Hologram”.
Tudo isso porque, pensemos bem, hoje em dia já é difícil aparecer uma banda que lance um único disco realmente muito bom, mas aí vem o StoneRider e lança três discos seguidos (tudo bem que demorou quatro anos entre cada um deles...) que são, sem sacanagem, totalmente excelentes, do tipo, nota 9,5 para o mínimo, e nota 11, para o máximo; aí não dá mais pra ser só “mais uma”.
As “credenciais” da banda fazem uma lista de referências de primeiríssima linha; tipo, pense numa banda de rock excelente, de preferência setentista, daquelas que todo mundo “tem que gostar”, vamos lá: Led Zeppelin, Deep Purple, UFO, Creedence Clearwater Revival, Jimi Hendrix, Allman Brothers, Lynyrd Skynyrd, ZZ Top, T. Rex, AC/DC, Rolling Stones, Bad Company, The Black Crowes, Black Sabbath, Cream, sei lá mais qual; pois bem, misture tudo, sacuda à vontade e em algum lugar vai respingar o StoneRider. Mas é aquela coisa: é praticamente impossível fugir das influências e/ou das referências, mas o que se faz com isso e, o melhor, como se faz isso é que são elas; nesse caso, o StoneRider se graduou com todos os maiores méritos, ficando melhor a cada disco.
O primeirão é mais na linha hard; já o segundo pega mais fundo nas raízes do rock; aí vem o último e é a evolução natural e descarada, com muitas músicas ganhando tinturas psicodélicas e até progressivas.
É importante saber que a banda, em si, é meio diferente em cada disco. Os únicos constantes são Matthew Tanner (vocais e guitarras) e Jason Krutzky (bateria e vocais). O baixista Champ Champagne deixou a banda antes da gravação do segundo álbum; então, se transformaram num trio, já que o guitarrista Neil Warren assumiu o baixo. Depois foi a vez de Warren sair da banda e, então, veio a entrada de John Pratt (baixo) e Noah Pine (teclados), que gravaram o último álbum. A entrada de Pine, com seus teclados, elevou o som da banda a um patamar bem diferente e muito mais amplo, mas sem descaracterizar o som característico deles.
Agora, só falta eles passarem aí por perto de onde vocês moram, para ter-se o prazer de vê-los ao vivo. Enquanto isso, os links para o download dos três álbuns estão lá nos comentários, tudo em 320kbps, prontos para descarregar altas doses de diversão.
Rock Psicodélico + Alternativo + ‘60s + ‘70s + música oriental
Uri Brauner Kinrot (vocais e guitarra), Dani Ever HaDani (teclados e vocais), Adam Schefflan (baixo) e Ira Raviv (bateria e percussão)
Baixei esse disco outro dia e gostei tanto da capa que resolvi escutá-lo logo e, meus camaradas, que grata surpresa!! Um belíssimo disco, contendo muita diversão, bem no estilo que mais gosto: eclético e totalmente enraizado nos fumacentos e lisérgicos campos dos anos 60 e 70 – cogumelo, marijuana, LSD, paz & amor, flores no cabelo, meninas dançando nuas... ops, viajei bonito... rsrsrs
Ainda vou me embrenhar mais no mundinho do Ouzo Bazooka, pesquisar mais sobre os caras e tudo o mais, mas eu não podia perder a oportunidade de apresentar esse álbum maneiríssimo para a galera aqui; então, meus caros, divirtam-se!!
Uma jornada através da loucura, a transição entre as doces fantasias infantis e o duro realismo da maturidade, a construção do caráter e da personalidade, a desconstrução dos heróis do passado e a escolha de se viver em seu mundo próprio, criado a partir de seus mais fantásticos delírios, desejos, sonhos e de suas múltiplas experiências. Seja bem vindo ao mundo de Moonshadow!
Esta graphic novel, classificada como “um conto de fadas para adultos”, é um dos marcos deste tipo de literatura. Criada e escrita por J. M. DeMatteis e ilustrada maravilhosamente por Jon J. Muth e Keith Williams, mais a colaboração de George Pratt, foi lançada pela Vertigo nos anos 80 e conta a história de Moonshadow, filho de uma hippie delirante com uma esfera brilhante alienígena, através do tempo e do espaço sideral, numa louca aventura em busca da maturidade e da felicidade, até o momento do seu, enfim, despertar.
A história é contada de uma forma satírica, extremamente refinada; é lírica e absurdamente divertida; é, também, cheia de referências, sejam elas literárias, musicais, filosóficas, religiosas e/ou muitas mais. Como exemplo:
. Moonshadow, nome da personagem principal, foi tirado da música de mesmo nome, um clássico de Cat Stevens;
. o gato de Moonshadow se chama Frodo, o bravo hobbit protagonista de O Senhor Dos Anéis;
. os G’L Doses (um dos quais é o pai de Moonshadow), são seres alienígenas misteriosos e caprichosos, em forma de um rosto esférico brilhante; são vistos em vários mundos, sendo considerado deuses, distribuindo benesses e destruição em generosas doses;
Além disso, há a personagem inesquecível, o mal-humorado, egoísta e viciado em sexo, Ira, um humanoide coberto de pelos, com rabo de pompom branco e seus indefectíveis charuto e chapéu coco – sem dúvida uma das melhores coisas dessa graphic novel.
Bem, em vez de contar e discorrer sobre todas as virtudes e importância dessa obra, um verdadeiro clássico moderno, e gastar todos os meus substantivos, adjetivos, elogios, superlativos e babações em geral, deixo para vocês terem suas próprias avaliações; é só pegar o link na caixa de comentários, baixar e se divertir. E só pra constar: comentários continuam a ser muitíssimos bem vindos!!!
Paul Seal (vocais, percussão, bass pedal), Rudy Perrone (guitarras, violões e vocal - “Stained Glass Stories”), David Doig (guitarras e violões - “The Bridge”), Tom Doncourt (teclados, glockenspiel, percussão e efeitos), Fred Callan (baixo, bass pedal e vocal), e Mercury Caronia IV (bateria e percussão)
Essa postagem é meio que um re-up, porque só um dos dois discos eu já tinha postado aqui (deletado agora), o “The Bridge”; porém, este e “Stained Glass Stories” foram postados pelo meu irmãoSinhoEdson d’Aquino, El The La Mota Master, no seu, no meu, no nosso Gravetos & Berlotas. Então, na cara dura, fui lá e surrupiei os ótimos textos do Edson e são as palavras dele que vocês lerão a partir de agora (valeu, bRodão!!!!). Divirtam-se!
Não se pode dizer que 1978 foi um bom ano para os amantes (ou apenas simpatizantes, como eu) do prog rock. O punk havia tomado de assalto corações e mentes de uma nova geração um par de anos antes e, na necessidade de canalização de sua ira, escolheu como seu principal alvo o gênero que impregnara o roquenrou com fortes doses de sofisticação. Pregando o D.I.Y., o movimento tinha como objetivo promover o retorno do rock às suas origens, incluindo aí fortes doses de inconformismo, tão comuns a qualquer jovem e negligenciado pelo cenário um tanto mais erudito do prog. Por conta disso, muitas bandas já apontavam para direções mais pop e que viriam a desembocar, já no início dos '80, no neo prog.
Mas não a nova-iorquina Cathedral, para cujos integrantes o que interessava era o symphonic prog de bandas inglesas do quilate de Genesis, Yes, King Crimson, Gentle Giant, Camel... A lista é longa. E foi na contramão que Paul Seal, Rudy Perrone, Tom Doncourt, Fred Callan e Mercury Caronia IV decidiram remar, devidamente assessorados e financiados por “papa” Mercury Caronia III, que lhes conseguiu ainda um contrato com a nanica Delta Rec., que prensou apenas algumas centenas de cópias, que logo se tornaram sonhos de consumo de colecionadores. E não à toa, pois seu único trabalho, “Stained Glass Stories”, foi um dos últimos grandes suspiros do rock progressivo como o conhecemos, cheio de longas peças/suítes e transbordando criatividade. Um perfeito exemplar de como absorver influências em proveito de encontrar sua própria voz. E para que isto ocorra não basta apenas juntar uma penca de excelentes músicos, deve haver um diferencial. E este tem nome: Rudy Perrone. Responsável por tudo que necessitasse de cordas de aço ou nylon para ser executado (exceto baixo, magistralmente digitado por Fred Callan), Perrone nos proporciona verdadeiras lições de como encontrar, demarcar e dominar seu espaço em arranjos extremamente complexos sem jamais soar desnecessário ou pedante.
Certamente, “Stained Glass Stories” está entre aqueles discos que lamento profundamente não ter conhecido à época de seus lançamentos. E talvez vocês compartilhem desta mesma opinião.
E a saga continua. Longos 30 anos após o lançamento de “Stained Glass Stories”', com quase toda a formação original. O “quase” fica por conta da entrada de David Doig na vaga de Rudy Perrone, hoje um renomado violonista new age vinculado ao selo Windham Hill, ícone do gênero.
O novo integrante não fez feio ao manter o elevadíssimo padrão impresso por seu predecessor naquele primeiro trabalho, o mesmo valendo para todos os demais integrantes, que procuraram ater-se, tanto quanto o possível, a estrutura daquele pequeno clássico cult (além de ainda valer-se dos bons e velhos teclados analógicos, incluindo aí o mellotron) ao mesmo tempo em que temperos mais contemporâneos eram cuidadosamente incorporados. Para tanto, foram necessários mais de três anos entre ensaios e gravações para que “The Bridge” se mostrasse um digno sucessor de “Stained Glass Stories”. Mas o esforço valeu muitíssimo a pena, pois apesar de ressentir-se da aura de surpresa causada na estreia, estão ainda aqui as longas e inspiradíssimas suítes, agora com guitarras timbradas de forma a acrescentar uma muito bem equilibrada dose de século XXI à sonoridade da banda e violões arpejados com diferenciada maestria por Doig. Não à toa, um seu tema solo (“Kithara Interludium”) está entre os melhores momentos do disco em seus mais de 6 minutos de pura delicadeza e virtuosismo perfeitamente dosado.
Folk + Psicodelia + Música Medieval + Rock + Progressivo + Alternativo
Aqueles que frequentam este blog (e os outros que já tive) já devem ter percebido que tenho uma certa “queda” por bandas que parecem estar deslocadas no tempo e no espaço, já postei várias delas por aqui e tudo o mais. Porém, caros amigos, nenhuma delas parece mais deslocada do que essa: Circulus.
Pra começar, não me parece ser bem uma banda, mas muito mais uma comunidade, devido à quantidade de músicos que participam e colaboram em suas músicas – por essas e por outras que eu não coloquei as informações sobre a formação da banda ali em cima, como sempre faço. O certo é que se tivesse que se nominar um líder, esse seria Michael Tyack, principal compositor e cantor, que também toca uma pancada de outros instrumentos (entre esses, alguns bem raros como o cistre - uma espécie de alaúde).
Outras razões para esses “deslocamentos” são:
. o estilo musical, que é, tipo, um psychedelic alternative prog folk rock with influences of medieval music (achei que ia ficar mais maneiro em inglês... hehehe), um som bem chegado a muito do que se fez entre meados dos...
. anos 60 e 70; o que é outra característica em si.
. seus shows costumam ser ao ar livre, com o público sentado, viajandão, hippies, neo-hippies, alternativos, peace & love, fumaça e névoa.
. a influência escancarada de todos os artistas e bandas de folk “de raiz” e de bandas como Pentangle, Jade, Fairport Convention, Comus, Steeleye Span, Gryphon, Strawbs, entre outras.
. Michael Tyack verdadeiramente acredita em fadas, duendes, gnomos, elfos, pixies e demais seres elementais, fantásticos e mágicos (imaginem vocês o que as drogas não fizeram na cabeça desse sujeito – oooops, eu também quero!!!!).
Se eles apresentassem suas músicas, do jeito que são, na Idade Média, provavelmente serviriam de combustível, facilmente, para alguma fogueira da tal “Santa” Inquisição; felizmente, hoje em dia, é combustível para muita diversão, seja lá em volta de uma fogueira, envolvido em névoas lisérgicas, no escuro do quarto ou tocando no seu ouvido em meio ao caos da cidade.
Talvez eles tenham vindo mesmo de outra época ou de outro planeta, e quando chegaram aqui se depararam com instrumentos estranhos e LPs obscuros; talvez sejam filhos de hippies e já tenham nascido com sua cota de LSD no sangue, sei lá, mas o que interessa é que a música que fazem é do melhor tipo, música boa por natureza.
Estou disponibilizando aqui os três álbuns que lançaram, mais um EP e três singles, entre esses últimos a versão deles para “Lucy In The Sky With Diamonds” (de vocês sabem quem...) presente numa coletânea feita pela Mojo Magazine.
Rock Progressivo + Psychedelic + Space + Stoner + Hard + ‘70s + Retro + Vintage
Steve Houtmeyers (vocais, guitarras e efeitos), Steven Marx (saxofones, clarineta e teclados), Tom Vanlaer (baixo, teclados) e Dave Houtmeyers (bateria, percussão, efeitos e teclados).
Na postagem anterior sobre o Hypnos 69eu escrevi que o álbum “Live At Lido Berlin” estava disponível para download gratuito na página deles no Bandcamp. OK, está mesmo; porém, os arquivos estão com bitrate variável; então, consegui os arquivos em 320kbps e resolvi postar esse álbum aqui, também.
Além disso, no meio do caminho, acabei conseguindo também um EP que eles dividem com a totalmente excelente Monkey3. Nas músicas do Hypnos 69 têm o credito da participação de um guitarrista convidado, chamado somente de Robby, se alguém souber o sobrenome e quiser compartilhar conosco, será muitíssimo bem vindo (já pensou se for o Robby Krieger?!?!?!). Ambos os discos contêm músicas inéditas nos álbuns oficiais; assim é certamente um “algo a mais” para se completar a discografia.
Não sou fã do Godsmack, até gosto de uma música ou outra. O Sully Erna (vocalista, multi-instrumentista) tem um disco solo (“Avalon”, de 2010) sensacional, que meu irmão de armas musicais Edson d’Aquino El The Berlotas Master até já postou lá no Gravetos & Berlotas.
A parada é que esse duelo de baterias e percussão é simplesmente totalmente excelente. Tão foda que resolvi postar aqui, para aqueles que, da mesma forma que eu, não tem a menor ideia de como é um show do Godsmack.
The String Quartet - Exit... Stage Right - Tribute To Rush (2002)
The String Quartet - Tribute To Rush's 2112 (2005)
The Royal Philharmonic Orchestra - Plays The Music Of Rush (2012)
Hoje, algo um pouco diferente: três tributos ao melhor, maior, mais fodaralhástico power trio de todos os tempos – RUSH
Dois são interpretados pelo The String Quartet, um projeto da Vitamin Records que já “coverizou” trocentas bandas, artistas e álbuns, com resultados sempre muito bons, alguns até extremamente surpreendentes. Um deles é a versão do disco ao vivo “Exit... Stage Left”, (porém, sem a minha preferida “La Villa Strangiato”) e o outro é a versão completa do disco “2112”, contando até com arranjos de violão (caso raro na formação desses tributos com quarteto de cordas).
O terceiro disco traz músicas interpretadas por nada menos que a Royal Philharmonic Orchestra, uma das cinco melhores do mundo, contando ainda com o auxílio luxuosíssimo de Adrian Smith (Iron Maiden), na faixa “Red Barchetta”, e Steven Rothery (Marillion), na faixa “Working Man”.
Tá esperando o quê? Vá já aos comentários, pegue os links, baixe os discos e divirta-se!!
Essa é uma ideia que pode até parecer bizarra, mas o resultado certamente é totalmente surpreendentemente excelente. Misturar jazz e Black Sabbath? Decerto há alguns anos atrás muitos achariam até uma blasfêmia, tanto os puristas do jazz quanto os fãs do Sabbath, do rock e do metal em geral, fazer esse tipo de coisa. Ainda bem que vivemos em outros tempos e tem bons loucos pelo mundo que não têm medo de se aventurar ou de se livrar de preconceitos de forma irreverente e divertida.
Os três loucos desse caso formam o The Casualties of Jazz e todos eles são músicos respeitadíssimos, que gravam e fazem tours com vários artistas renomados. Paxson Jr. e Golden, por exemplo, tocaram com Rod Stewart no álbum “Great American Songbook Vol. II”.
Jimmy tocava com Ronnie Montrose, em 1998, quando Brian Crumrine (baterista da banda que abria para Montrose) disse que ele deveria conhecer seu amigo Chris Golden, excelente baixista; quando os dois se conheceram, foram fazer um som e, então, Chris sugeriu que chamassem Matt Rohde, com quem já tocava, para se unir a eles. O trio se formou e logo em seguida conseguiram residência num bar em Burbank, CA, onde tocaram por dois anos em todas as segundas-feiras, até que resolveram deixar esse projeto suspenso por algum tempo, enquanto continuavam a participar, cada uma ao seu modo, de sessões de gravação e shows diversos.
Foi justamente nas sessões de gravação do tal álbum do Rod Stewart que o engenheiro de gravação, J. J. Blair, num momento “sweet leaf” de descontração, sugeriu que eles fizessem seu próprio tributo, mas dessa vez ao Black Sabbath. Surgiu então esse disco que estou postando, “Kind Of Black”, idealizado, produzido, gravado e mixado por Blair. Infelizmente, esse foi o único álbum que o trio lançou.
Se você ainda não conhece, surpreenda-se com esse disco totalmente excelente, onde a diversão é 100% garantida.
P.S.: para aqueles que curtem uma boa piada interna, esse disco foi gravado, mixado e lançado pelo estúdio Fox Force Five, que é o nome daquele grupo de mulheres agentes especiais, no qual a personagem de Uma Thurman em Pulp Fiction teria participado e gravado o piloto de uma série (que não deu certo).