Contra Info é uma rede internacional de contra-informação e tradução, uma infraestrutura mantida por anarquistas, anti-autoritárixs e libertárixs ativxs em diferentes partes do mundo. Ler mais »
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Contra Info é uma rede internacional de contra-informação e tradução, uma infraestrutura mantida por anarquistas, anti-autoritárixs e libertárixs ativxs em diferentes partes do mundo. Ler mais » Nestes tempos em que a Internet é um elemento essencial do nosso quotidiano, a defesa da sua capacidade receptiva é e deverá ser o ponto crítico da sua gestão, sendo essa uma das razões pelas quais apoiamos qualquer expressão de contra-informação. A contra-informação é, foi e continuará a ser um pilar principal para se gerir e promover a palavra e atos de movimentos políticos que na primeira linha se opõem ao estado e capital. É essencial defender em todos os sentidos – fisicamente e online – qualquer fonte de contra-informação saudável de que o indymedia.org & linksunten.indymedia.org é exemplo. Portanto, e como ato mínimo de solidariedade, deixamos uma faixa de solidariedade com o silenciado linkunten.indymedia.org num ponto central da velha cidade de Chania. Portanto, e como ato mínimo de solidariedade, deixamos uma faixa de solidariedade com o silenciado linkunten.indymedia.org num ponto central da velha cidade de Chania. Solidariedade não negociável com linksunten.indymedia.org Fonte Apatris (grego) via insurrectionnews (inglês) Destruamos a Sargentina!!! Estas “palavras” não são (só) isso: passámos à “fase” da @ção DIRETA e mentem porque têm medo de nós… Nem tudo o que se passa se vê nos ‘diários’ do sistema! Nem nos nossos tampouco! E está a acontecer tudo muito rápido compitas. Vertigem revolucionária a sacudir o coração: era o que queríamos e o que temos por fim. Sim, teve o custo de um companheiro; mas é a lava que os irá sepultar. Que não se dê o corpo ao manifesto de forma tonta – bem o advertem xs lindxs cúmplices de Portugal – sejamos inteli.gentes: nem “anarquismo de biblio.tecas”, nem uma punkitude “insurrecional” auto-destrutiva, estamos de acordo? Não inventámos nada. Somos da mesma fibra que conhecemos no “Lechu”, escutem aí bem tod@s que, agora, o reivindicam como “próprio”. É tal e qual como disse um@ d@s noss@s: ANARQUISTA! Inimigo do estado, do capital e da fodida “paz social” destas pessoas que agora (..um raio “ayahuasqueiro” os parta) andam por aí a choramingar, fazendo politi.Kaka com os nossos ideais. Não somos “infiltrad@s…”, como @s cúmplices do Espectáculo cacarejam cada vez que na revolta anárquica arde a paixão. Assim: – A 31 de Agosto, um dia antes de se cumprir um mês sem Lechu, ardeu o edifício do GEOF, eheh… O Grupo Especial da Operação Federal “anti-terrorista”, em pleno bairro burguês de Palermo… em pleno centro de Buenos Aires – os mass-merda ocultaram esse facto; tal como o fizeram com muitas das ofensivas que nunca lhes passou pela cabeça que poderiam atingir os seus centros de “poder”. – Após a manifestação no El Bolson [1 de Setembro], a merda da gendarmeria quase que foi incendiada com molotovs (eram “infiltrad@s” também..?). – Em La Plata, queimámos uma parte do senado, seguido de um atentado, no ‘Ministério’ da ‘Segurança…’, com um gendarme ferido e carros queimados, sem detid@s. – Após a manifestação em Buenos Aires – com um saldo de 31 detid@s que nem sequer estavam nas barricadas da Av. de Mayo – os mass-merda voltaram a dizer que a “calma” estava a regressar mas… cerca de vinte encapuçad@s colaram-se à casa rosada (sede do governo) com molotovs, e… estiveram a ponto de deitar fogo à sua sede imunda. – Foi destroçada a sede da gendarmeria, a pouca distância, numa ação coordenada, arriscada e muito valente. Mas não podemos deixar de mencionar as invasões policiais de Cordoba! A bófia entrou em vários locais libertários (circula a info nas redes), na capital dessa província e levaram bombos e faixas… Agradecemos a Contra Info pelo seu trabalho assim como a tod@s que (por toda a parte), apoiam a nossa luta de morte contra toda a autoridade. M@K (i) M.Anarquico.Kosmico.informal SANTIAGO PRESENTE SEMPRE, GUERRA AO ESTADO ASSASSINO. LUTA CONSTANTE CONTRA TODAS AS JAULAS, A AMNÉSIA E A PASSIVIDADE COBARDE!!! Estas palavras nascem e tornam-se necessárias quando é preciso abraçar todxs aquelxs que se entregam desmedidamente ao buscado encontro da Libertação Total. Pela ampliação da Revolta, pela ineludível confrontação com o poder, pela disseminação das práticas autónomas de negação da dominação e tudo o que a torna possível. Enquanto escrevo, o Ódio e a Raiva guiam-me… Enquanto cada um segue a sua vida há um queridx compa que nos falta… SANTIAGO MALDONADO, o Lechu, o Brujo, desapareceu. Desde a altura em que experienciamos a prisão na região dominada pelo Estado da Argentina que os nossos passos se cruzaram. Nós encarceradxs na província de Newken e Santiago agitando na cidade de La Plata, junto a um universo de ativxs companheirxs, solidárixs e cúmplices. Mais de nove anos depois do momento em que os nossos passos se cruzaram no contínuo caminho da irmandade, caminho esse que nos situa no mesmo lado da trincheira. Porque tem de ser dito claramente: Estamos em Guerra contra a opressão e a miséria!!! Não há que esquecer nunca que aquelxs de nós que decidiram passar à ofensiva também assumiram o risco permanente. Não somos vítimas passivas das circunstâncias nem merxs espectadorxs. Tal como aconteceu com Santiago que em completa coerência com o seu sentir anárquico foi feito desaparecer a 1 de Agosto pela Gendarmeria (força intermédia entre a Polícia e o exército) enquanto se solidarizava ativamente com a luta Mapuche em Cushamen, província de Chubut, ao sul da Argentina e próxima da fronteira com o Chile. Já passou um mês e o Lechuga não aparece. E ainda que Santiago esteja entre todxs xs de nós que não esquecemos nem abandonamos a luta diária a sua presença física faz-nos falta. Trazê-lo-emos de volta devolvendo golpe por golpe, multiplicando os seus gestos e actos em todo o planeta, contra xs miseráveis responsáveis de que hoje não o possamos abraçar. Aqui da prisão, hoje a minha chamada é para se aprofundar o ataque contra a amnésia e o medo. Porque quem diz crer na Anarquia deve entrar em ação em concordância com a dita convicção. Centenas de prisioneirxs revolucionárixs em todo o mundo, unidxs por convicções similares, somos a expressão viva de uma luta sem pátrias nem fronteiras que busca a destruição total de todas as cadeias, jaulas e cárceres nas quais vivem grande parte da população do planeta. São tempos de combate, não podemos ocultar o evidente. O fogo rebelde e ancestral vai incinerando as máquinas do capital depredador, o sangue insurreto dxs nossxs caídxs acompanha os nossos rituais de guerra, as nossas silenciosas conspirações buscam a única justiça possível: A Vingança faz-se urgente e necessária. SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE INTERNACIONAL PELA DEMOLIÇÂO DE TODAS AS PRISÔES!!! ATÉ À DESTRUIÇÃO DO ÙLTIMO BASTIÃO DA SOCIEDADE CARCERÁRIA!!! ENQUANTO EXISTIR MISÉRIA HAVERÁ REBELIÃO!!! Marcelo Villarroel Sepúlveda No contexto da semana internacional pelxs anarquistas presxs, realizamos [1 de Setembro] aqui em Santander, um pequeno gesto de solidariedade com todxs xs lutadorxs ácratas que se encontram presxs por todo o mundo. Com especial carinho para a compa Lisa, encarcerada en Köln (Alemanha), recentemente condenada a 7 anos e meio de prisão,por assalto en Acheen. Via contramadriz Gostaria de agradecer novamente pela vossa solidariedade e pelo apoio que me têm expressado de diversas formas, desde o início e especialmente durante este julgamento, tanto no tribunal quanto à distância. Foram tantos os momentos em que esses gestos me ofereceram energia e calor tal como, evidentemente, deram alento à minha convicção de que a luta continuará sempre, sob quaisquer condições e independentemente dos obstáculos que se atravessem no caminho. Precisamente porque sei exactamente como a justiça funciona e da mania persecutória do Estado, e como neste julgamento o tribunal, a acusação, a bófia e a imprensa precisavam ter culpados, tenho imensa raiva. Raiva desse mundo miserável e totalmente desigual em que o direito dos poderosos nos é imposto. Raiva deste sistema de punição, opressão e confinamento para todxs aquelxs que não se enquadram nele. Raiva de toda a manipulação, farsa e mentira com que alimentam a opinião pública … e, claro, ainda mais raiva por tantas outras coisas. Desta vez tocou-me a mim, mas outras vezes tocará a outrxs e talvez até a todxs nós, especialmente aquelxs que seguem o seu caminho com dignidade e força. Mas não deixaremos que o estado e seus sequazes nos dobrem. A prisão nunca é o fim; estas condições agravadas nos encorajam ainda mais a continuar a defender a vida e os valores que representamos. A luta continua – tanto aqui dentro como aí fora – até que se derrubem todas as prisões e todas as formas de dominação e autoridade fiquem destroçadas. Muitíssima força e solidariedade a todxs xs companheirxs presxs e perseguidxs por todo o mundo! Liberdade para todxs. Lisa Junho de 2017 N.T. Lisa, nº 2893/16/7 Atualizações em solidaritatrebel Passado um mês do desaparecimento do companheiro Santiago Maldonado, difundimos a informação nas ruas, no noroeste da península Ibérica: na Corunha, cidade portuária, da qual partiram centenas de barcos com imigrantes para a América Latina. Cidade onde é praticamente nula a informação que a este lado do Atlântico chega, através dos meios de informação hegemónicos. Também não estávamos à espera de outra coisa. A Europa colonizadora nunca deixou de o ser – embora pouco ou nada se fale aqui da devastação que as multinacionais europeias e os seus aliados, os Estados, estão a levar a cabo na América do Sul: oculta-se isso, atrás das máscara das ONGs e da mais hipócrita e paternalista das caridades. Antes que os serviços de limpeza da cidade silenciem de novo as paredes, algo ficará dito sobre o que se passou a 1 de Agosto – nesse dia a Gendarmeria da Argentina sequestrou Santiago, “El Lechu”, na Lof de Resistência Cushamen – e também sobre a repressão e a expropriação constante que sofrem o povo e a Comunidade Mapuche. Em apoio à situação que enfrentam xs companheirxs em toda a Argentina, e que se expande, rejeitando as fronteiras; em solidariedade com a luta do povo mapuche, para além de qualquer território delimitado pelo estado. Pelo companheiro “Lechuga” e todxs xs que lutam contra a dominação. Esta publicação reúne algumas ofensivas anárquicas dentro e fora das cadeias, contra a desprezível reunião dos vinte chefes de estado mais poderosos do mundo. Algumas palavras de provocação… Não tão somente… A energia caótica mantém a chama da anarquia queimando. As ações transcritas nessas linhas são recebidas por nós calorosamente. Todavia estas práticas não se encerram apenas na nossa memória, mas encontram solo fértil em nossas mentes e corações. Portanto não se trata de contemplar o passado, mas vivê-lo intensamente durante o presente. Uma cronologia para continuar… A visão transmitida é bastante nítida: nós não esperaremos pela próxima cúpula. Essa publicação celebra a rebelião, procurando manter pulsante a paixão demolidora pela total liberdade. Da leitura… Até a cumplicidade… tormentasdefogo[.]espivblogs[.]net/ em pdf aqui
Hamburgo Verão 2017: Estou lá, retido lá!. Há quase um mês e meio que fui preso durante a décima segunda cúpula do G20 em Hamburgo, em uma cidade sitiada e feita refém pelas forças de segurança mas que também presenciou importantes protestos locais e populares. Dezenas de milhares de pessoas, se não mais, convergindo de toda a Europa, talvez mesmo para além deste continente, encontraram-se, organizaram-se, debateram e desfilaram juntas durante vários dias numa grande onda de solidariedade – sempre conscientes da possibilidade de sofrer a violência e repressão policiais. Um grande tribunal de polícia foi fabricado especialmente para a ocasião, em construções modulares pré-fabricadas, de modo a punir qualquer protesto contra a Cimeiro do G20 o mais rápido possível. A minha detenção, tal como a de muitxs compas, é baseada apenas na palavra sagrada da polícia, de uma brigada enviada para infiltrar, observar e seguir a sua “presa” (durante quarenta e cinco minutos no meu caso, por supostamente ter arremessado um projétil…). Uma vez isolado, policiais infiltrados enviavam alguns colegas de profissão para nos deter, o mais rápido e violentamente possível, sem qualquer possibilidade de escapar. Então, cá estou, trancafiado em um desses lugares primordiais ao bom funcionamento da ordem social global, lugares que servem como uma ferramenta para o controle e gestão da pobreza, essencial para a manutenção da sua “paz social”. A prisão atua como uma espada de Damocles suspensa sobre cada individuo para que fique petrificado só de pensar em desviar-se dos códigos e regras da ordem estabelecida: “metro, trabalho, consumir, dormir”, às quais nenhuma individualidade dominada deve escapar – alienam-se através do trabalho e da vida rotineira – estar sempre a horas, nunca vacilar e isto não apenas durante o segunda volta das eleições presidenciais, onde fomos obrigados a estar “Em Marcha” [“En Marche”, slogan de Macron e do partido que tomou posse em França] ou a fenecer, de preferência devagar e em silêncio. A lei não tem qualquer vocação para garantir o interesse geral, nem para ser neutra, sendo apenas a expressão de uma crescente dominação institucional por parte dos mais poderosos para garantir a sua propriedade e segurança e, dessa forma, paralisar, punir e marginalizar qualquer pessoa que não concorde ou que não se submeta a isso. Além dos casos de activistas conhecidos e apoiados que estão presos, há também, e sobretudo, homens e mulheres que estão expostos à brutalidade e crueldade do encarceramento. Aqui, o trabalho é pago a 1 euro por hora, do qual somente metade será concedido à saída da prisão. Na minha ala, as pessoas detidas por prisão preventiva [detenção pré-julgamento] ou por penas reduzidas (de seis meses a um ano de prisão) são encarceradas principalmente por um motivo: a sua condição social e origem. Além do pessoal da prisão agentes, muito poucos são “naturais da Alemanha”, todas as pessoas presas são estrangeiras, refugiadas e/ou precarizadas, pobres, gragilizadas pela vida. O seu crime: não se terem submetido às regras do jogo, estando a maioria envolvida no tráfico de drogas ou em roubos, golpes, sózinhas ou em gangues organizadas a várias escalas. O encarceramento é o pilar fundamental desse sistema mas ninguém pode criticá-lo sem atacar a sociedade que o produz. A prisão, que não opera só por si, é o elo perfeito para uma sociedade baseada na exploração, dominação e várias formas de segregação. “Trabalho e prisão são dois pilares essenciais para o controle social, sendo o trabalho a melhor forma de exercer o poder e a reabilitação uma permanente chantagem” Os meus pensamentos voam até aos/às companheirxs italianxs, que estão a enfrentar mais uma onda de repressão, especialmente companheirxs acusadxs na investigação relativa ao “dispositivo explosivo” deixado em frente de uma livraria associada à Casapound [nicho de fascistas]. A extrema direita deve ser enfrentada através de um contra ataque ofensivo, popular e organizado. A extrema direita é extremamente útil e complementar aos estados que alimentam através dela as suas aspirações de segurança delirantes e a estigmatização incessante do “estrangeiro”. Pensamentos que voam também até aos/às companheirxs que enfrentarão julgamento em Setembro, relativo ao processo do incêndio de uma viatura, no dia 18 de Maio do ano passado, em Paris, durante o movimento “Loi Travail” [lei do trabalho]. Muitas pessoas foram detidas e duas delas ainda estão presas. Força a elas! Agradecimentos aos ativistas locais, organizando às vezes concentrações em frente à nossa prisão, uma iniciativa apreciada por aqui, pois quebra a rotina e o estado de letargia a que nos tentam formatar. Agradecimentos a todxs aquelxs que nos apoiam aqui e em todos os lugares. Aos compas da ação antifascista, MFC, OVBT, jovens selvagens, BLF, e outrxs amigxs… Compas, força! Liberdade para xs prisioneirxs do G20 e para todxs xs outrxs! Um detido entre outrxs. Prisão de Billwerder, A 1 de Setembro, cerca de 50 encapuçados levantaram barricadas e confrontaram-se com a polícia, utilizando bombas molotov junto ao ex pedagógico (UMCE) no cruzamento da Macul com Grécia. Ação que foi realizada no âmbito de uma nova comemoração do 11 de Setembro de 1973, dia do início da ditadura militar no Chile. Por sua vez, desconhecidxs também levantaram barricadas na Universidade do Chile, Faculdade de Filosofia e Humanidades, Campus Juan Gomez Millas. A ação terminou sem detidxs. O T.I.P.N.I.S. (Território indígena Parque Nacional Isiboro Secure) é um território no qual os devastadores da Pacha (Terra) vêem um espaço para saquear e enriquecer, sofrendo um assédio permanente tanto do Poder como de outros com menos poder, mas igualmente exploradores, como sejam plurinacionais (colonos, de acordo com o disfarce semântico do neocolonialismo), capitalistas e os furtivos. Madeireiros, caçadores de jacarés, lagartos, jaguares, etc. Bolivianos e estrangeiros, produtores de coca, empresas petrolíferas, etc, constituem o grupo das partes interessadas que apoiam o “processo de mudança”, um projecto que ainda não é nada capitalista e já traz consigo empresas multinacionais, para o enriquecimento destas através da destruição da natureza. Não é apenas a flora que tentam destruir, são milhares de espécies animais e comunidades que têm até aqui sobrevivido ao avanço do capital e da civilização – levando-lhes quartéis, hospitais, doenças das cidades. O que o poder faz é subestimar a capacidade que têm para coexistir em harmonia constante com o seu meio ambiente – apenas um pretexto para entregar o seu território aos exploradores – e a única coisa que querem é que não se construa a estrada que irá levar “progresso e desenvolvimento” (miséria e etnocídio, em síntese) e verem-se livres do seu rápido desaparecimento, pois esse “desenvolvimento” envolve a prostituição, o tráfico e a exploração humana e animal, o narcotráfico e todas as doenças que temos de combater nas cidades. O TIPNIS encontra-se localizado entre o norte de Cochabamba e o sul de Beni; entre 2000 e 2012 foram feitas nove marchas pelo território e dignidade – exigindo que o Poder respeite a sua autodeterminação e que não se intrometa na sua forma de se relacionar com o seu meio natural , já que o lugar tem muita diversidade no que diz respeito à natureza, bastante atraente para os exploradores, portanto. Em Outubro de 2011, após a chegada de milhares de manifestantes, em marcha pelos TIPNIS, obteve-se a aprovação de uma lei que concedia a intangibilidade à área protegida; O poder aprovou no dia 8 de Agosto uma lei que elimina a intangibilidade de TIPNIS, com base numa consulta fraudulenta, na qual as comunidades indígenas resistiram a participar, votando colonos, outras pessoas e líderes compradxs, expulsos mais tarde pelas comunidades TIPNIS. A finalidade do Poder é terminar a parte que falta da estrada que dividirá o TIPNIS em dois, beneficiando sectores e empresas capitalistas interessadasno saque do parque. Este projeto faz parte da IIRSA, como sabemos; a sua intenção é “integrar” os países da América do Sul por meio de estradas, vias fluviais, ferrovias, etc. Esta integração é acompanhada de negócios entre o Poder, transnacionais, cocaleiros e restantes interessados em enriquecer à custa da pilhagem. Sabemos que o TIPNIS resistirá a essa imposição, o apoio solidário é importante em todas as cidades, para lá das leis e decretos, de ONGs, partidos de direita, ambientalistas reformistas e outras instituições. A solidariedade acrata marca presença nas lutas dos povos – porque lutam para se verem livres do Capital – alegramos-nos por ver ser gerada rebeldia e autonomia nestes setores, em que se luta por uma vida não condenada à exploração, como a que existe nas cidades. Temos muito contra que lutar: a central nuclear, as hidroeléctricas de Bala, Chepete, Rositas, contra todos os restantes projectos do Capital. Noutros Estados – as lutas nos irmanam – lamentamos comunicar a desaparição de Santiago Maldonado, na Argentina, após a repressão em Cushamen, Chubut, onde viram como os gendarmes o detiveram, como parte da repressão a esta comunidade, para que a Benetton lhes possa arrebatar as terras. Força ao Povo Mapuche no Chile e Argentina, a sua luta é compartilhada por nós, todos os Estados são iguais, o inimigo é o mesmo. Nem ditadura nem democracia, auto-organização e autonomia na luta Recebido a 1 de Setembro Companheiro dos livros, grande divulgador dos ideais acratas. Talvez seja por teimosia, ou talvez seja por ingenuidade, mas sabendo que algumas tradições valem a pena ser preservadas, este ano voltamos a organizar a Feira Anarquista do Livro de Lisboa. Contando com a instabilidade climática, mas também com o aquecimento global e os gases de efeito estufa, este ano a feira realizar-se-á nos dias 6, 7 e 8 de Outubro, novamente ao ar livre, na praceta António Sardinha e também na Disgraça. Grande abraço cheio de saúde, amor e anarquia! feiranarquistadolivro@mail.riseup.net Disgraça em alemão A 1/9 já se terá passado um mês da data de desaparição forçada do nosso compa Santiago Maldonado. Claramente foi detido, sequestrado e feito desaparecer pela gendarmeria. O estado e a sua força repressiva são obviamente responsáveis. A partir de 1/9 responderemos à chamada extensiva de um mês de agitação e ação através da insurreição pela revolta e o caos. Fogo revólver e bombazos até que nos devolvam Santiago Célula nihilista pela revolta expansiva Chamada a nível internacional para nos manifestarmos pela aparição do companheiro Santiago Maldonado, feito desaparecer pelo estado argentino durante a repressão à comunidade mapuche a 1 de Agosto na lof em resistência de Cushamen (Chubut-Arg.). Este facto demonstra-nos uma vez mais quanto sinistro é o estado e os seus verdugos. A 1 de Setembro cumpre-se UM MÊS de desaparição do “Lechu” ,“el Brujo”. Mês esse durante o qual o Estado e os meios de comunicação, mais do que uma vez, justificaram a desaparição e noutras viraram do avesso a informação, chegando até a culparem a comunidade mapuche e a sua família. QUE A RAIVA E AS AÇÕES TRANSBORDEM! No cartaz pode ser lido: Motim poético pelxs presxs anarquistas Recebido a 21 de Agosto Na manhã de segunda-feira, dia 21/08, começamos cedo nossa agitação exigindo aparição com vida do kompa Santiago Maldonado “Lechuga” – por semanas ouvimos falar que os fascistas do bairro escreveram merda nos muros da zona leste da cidade… encontramos o recado deles e adicionamos algumas palavras à essa frase para compor nossa própria mensagem. Como lembraram xs kompas que transitam pelo sul, do estado argentino ou de qualquer outro estado não esperamos nada, nossa mensagem é um grito de rebelião que faremos ecoar até ensurdecer as autoridades. O militarismo levou o anarquista Santiago Maldonado tal como levou muita gente para prisões e cemitérios clandestinos até que caíssem no limbo do esquecimento. Morte ao militarismo, vida à Lechuga. enquanto estivermos respirando vamos lembrar de você, kompa… “Morte ao militarismo já! aparição com vida de Santiago Maldonado”. anarquistas A partir de algum lugar da Bolívia, A 1 de Agosto de 2017 a Gendarmeria da Argentina reprimiu a Comunidade Mapuche Pu Lof em Resistência, no departamento de Cushamen, Província de Chubut do Território dominado pelo estado argentino – a qual pertence ao povo mapuche, que continua, tal como tantos outros povos de todo o mundo, a lutar por conservar o seu território avassalado há mais de 5 séculos, antes pela colónia, agora pelos estados. Desde esse dia que Santiago Maldonado (lechuga) se encontra desaparecido, desde esse dia que a nossa impotência pela distância cresce dia a dia, a nossa raiva, o nosso ódio a cada bastião autoritário perpetuado pelos estados é infinito – desde esse dia que muitxs de nós têm um nó na garganta ao desconhecer o seu paradeiro, desde esse dia (que como muitos outros dias da nossa vida é cinzento) que vamos afiando as nossas vidas, vamos conspirando, vamos nos encontrando, onde quer que estejamos, e vamos também enviando o nosso pequeno grande grão de areia, o nosso gesto solidário e os nossos desejos mais formosos, a nossa força e raiva. até todxs vocês. A 27 de Junho de 2017, o Lonko Facundo Jones Hualaé foi detido, após ter participado na cerimónia do Wiñoy tripantu. Transferido para Bariloche, logo a seguir passa para a unidade penal número 14 de Esquel. Facundo encontra-se em greve de fome desde 31 de Julho, sequestrado pelo Estado Argentino e reclamado pelo Estado Chileno – ambos os estados encontram-se em constante colaboração no que toca a combater não só a luta do povo mapuche como também cada foco de rebelião e de ataque, veja-se o caso dxs companheirxs Freddy, Marcelo e Juan, em 2008. Hipócritamente, a 1 de Agosto, o presidente argentino encontrava-se em Jujuy, realizando asquerosamente a cerimónia da pachamama, espectáculo circense e um insulto ao povo kolla, o qual luta contra as empresas mineiras que avançam em puna jujeña [terras altas na cordilheira dos Andes, a norte]. Festejando o dia da pachamama [a terra como símbolo de fecundidade] num entorno onde o cimento cada vez avança mais, onde ser vendedor ambulante é um delito, onde um formoso rio será transformado num parque frio. Mas não culpamos só o governo de turno, já que para nós todo o estado é terrorista!!! Todo o estado é terrorista, seja este de esquerda ou direita, qualquer estado quer a destruição da natureza selvagem, todos eles adoram o progresso. E porque tampouco esquecemos!!! A Julio Lopez, a Luciano Arruga, Pablo Moreno, Luciano Gonzalesi e a tantxs outrxs desaparecidxs, torturadxs e assassinadxs em delegacias de polícia e prisões, vilas, campos, aldeias remotas etc… muitxs delxs anónimxs, caídos nas mãos do estado argentino nas últimas décadas. E daqui, neste território dominado pelo estado Boliviano – o qual acaba de aprovar uma lei que retira a intangibilidade [que não pode ser adulterado] ao T.I.P.N.I.S. (Território indígena Parque Nacional Isiboro Secure). Com esta retirada, pretende-se construir uma estrada, que partirá em duas partes uma reserva natural – neste estado indígena que idolatra a civilização que planeia a construção de uma represa hidroeléctrica na sua Amazónia, que planeia a construção de uma central nuclear nas terras altas, que planeia construir uma petroleira em Boquerón, que saqueia, desfloresta, maltrata, contamina a natureza selvagem – saíremos às ruas para deixar a nossa mensagem em apoio. PELA DESTRUIÇÃO DA SOCIEDADE CARCERÁRIA!! FORÇA À LUTA MAPUCHE em espanhol O cartaz seguinte foi realizado com dois propósitos: por um lado pretende-se ampliar uma crítica anti-autoritária de modo a agir-se em conformidade, por outro lado deseja-se provocar tensão contra quem venda e facilite o uso de estupefacientes, tanto legais como ilegais – já que consideramos ser necessário o aprofundamento tanto de críticas como de auto-críticas contra o uso e a compra de drogas, dentro dos meios anárquicos. Insurreição Anárquica contra as drogas do capital e do Estado! Morte a toda a autoridade e aos seus polícias drogados! CONTRA O CAPITAL, ESTADO, DROGAS, NARCOTRÁFICO E TODA A AUTORIDADE As drogas legais e ilegais têm sido sucessivamente empregues como método de desmantelamento da ação direta contra o poder – e seus aparelhos repressivos e de vigilância – a nível internacional. Tal aconteceu com a Frente da Libertação da Terra, os Panteras Negras e alguns grupos de ação direta nos anos 60 nos EUA. Tal como o que afetou a maioria do movimento anárquico e anarcopunk no México. Ou seja, a facilidade em obter estupefacientes em lugares supostamente okupados ou libertados, e a abundância daqueles, converteu em fósseis alguns indivíduos – sendo apenas os patches e a música que ouvem o que os diferencia do cidadão drogado vulgar. É pois por este e outros motivos ainda que se insta à reflexão e ao auto-questionamento da função das drogas nos meios anti-autoritários – para que a crítica não se limite a considerarem-na uma absurda tendência de modas – e que incentive à ação contra quem as produza, venda ou facilite. A partir do México, Chile e da Grécia, insurreição anárquica contra as drogas do capital e do estado em espanhol [semana de solidariedade internacional com presos/as anarquistas – Recebido a 24 de agosto Luta multiforme contra a tirania global, nem um palmo ao avanço do terrorismo de estado Na Argentina, Chile, Uruguai, Perú, Brasil, México, Bolívia, Paraguai, Grécia, Turquia, Síria, Estados Unidos, Venezuela, Alemanha, Polónia, Rússia, Índia ou China – tal como em Portugal ou noutra qualquer parte do mundo – a ordem é para atacar por todos os meios quem resista, perseguindo implacavelmente todos os/as lutadores/as, aprisionando-os/as, torturando-os/as, matando-os/as, se preciso for. Os cães do poder são pagos para isso, as leis são feitas para proteger todos os crimes de terrorismo de estado, todos os crimes do capitalismo. O capitalismo, de todos os matizes, alimenta-se destas situações enquanto as populações se mantêm inertes, aterrorizadas ou adormecidas, ignorando a que ponto a sua inação reforça todo o fascismo que se tenta instalar por todo o lado. Somos contra todas as fronteiras, contra todas as formas de poder, de subordinação, contra todas as formas de capitalismo. Poderíamos apelar à solidariedade em particular com o companheiro Santiago Maldonado feito desaparecer pela polícia, na Argentina, quando se solidarizava com a digna luta do povo Mapuche – ou com todos/as os/as outros/as anarquistas que lutam diariamente em todo o mundo pela destruição deste sistema, pela liberdade, arriscando a sua vida, dentro e fora das prisões – mas consideramos que a única forma de defender a sua liberdade e a sua vida é todos/as cuidarmos da nossa liberdade e da nossa vida. Essa é a memória que deve prevalecer. Luta multiforme contra a tirania global, nem um palmo ao avanço do terrorismo de estado. A paixão pela liberdade é mais forte do que todas as prisões! em pdf aqui Ação simultânea contra o consulado argentino e nas ruas da burguesia, em Porto Alegre: Desapareceu Santiago Maldonado e não ficamos indiferentes. Em ação simultânea, o consulado da Argentina em Porto Alegre foi fisicamente atingido com garrafas de tinta enquanto que a Av. Goethe – uma via de relevância para boa parte da população burguesa e exploradora de Porto Alegre – foi paralisada pelas chamas de ódio e da revolta duma barricada. Panfletos, uma faixa pela aparição com vida de Santiago e a solidariedade com xs mapuches, foram deixados no consulado e na passarela da Av. Goethe respectivamente. Se chamamos pela aparição com vida de Santiago, isso não é demanda nenhuma. Não viemos para pedir nada ao Estado Argentino pois deles nada esperamos. Se chamamos pela aparição com vida de Santiago é porque lançamos, com força, o grito da agitação por ele, o grito da solidariedade combativa que não fica indiferente, o grito de guerra contra um sistema da dominação colonizadora. É oportuno lembrar que Santiago foi feito desaparecer durante o ataque contra o Pu Lof Cushamen, da provincia Chubut, território mapuche pré-colombiano. Ataque demandado pela empresa italiana de moda Benetton – “dona” de 900.000 hectares na Patagónia, desde 1991. É devido a esta histórica cumplicidade – entre os estados e os “produtores” capitalistas – que muitas culturas e formas de vida são banidas dia a dia e que, hoje, lamentamos o sumiço de mais uma pessoa que luta. O guerreiro povo mapuche luta contra estas invasões faz séculos, vivendo em constante conflito contra os estados chileno e argentino. Deles nos chega uma história cheia da digna insubmissão, de pessoas que – contra todas as probabilidades- resistem, existem, e confrontam a dominação. A repressão do Estado Argentino, ao atacar o território mapuche e fazer desaparecer o anarquista Santiago, é mais uma expressão da sua tentativa de controle e guerra às pessoas que não aceitam as estruturas de poder e dominação. Repudiamos qualquer ação autoritária, atacando a ordem e os poderes estatais. Nossa resposta foi a ação direta, a cumplicidade e solidariedade entre xs que lutam. Pois não importa onde estejamos, não haverá indiferença entre aquelxs cujxs corações não se deixam dominar, entre xs lobxs neste mundo de ovelhas. Faremos com que sintam nossa raiva. Rompamos o sossego dos cúmplices do sumiço de Santiago, gritemos pela sua aparição com vida. A solidariedade – para com xs companheirxs que lutam pela destruição do sistema capitalista- não conhece fronteiras. Pela aparição com vida de Santiago Maldonado! Marichi wew! No panfleto podia se ler:
“Atacamos este símbolo do estado argentino por ser parte do genocídio do povo Mapuche e da desaparição do anarquista Santiago Maldonado. Assim como aqui, a colonização segue lá – aniquilando os povos e destruindo a natureza, visando apenas lucro.N a ditadura e na democracia, o Estado é o assassino daquelxs que lutam pela terra e pela liberdade.Ninguém será esquecidx e estarão sempre vivxs em nossas ações. Solidariedade combativa! Morte ao estado e à civilização colonizadora“ Na faixa:
Pela aparição com vida de Santiago Maldonado. Se tocam a um@ tocam a tod@s em alemão
Recebido a 17 de Agosto, traduzido para português por Contra Info Em Panaji, capital de Goa, foram colocados 25 cartazes em solidariedade com Santiago Maldonado, junto de lojas da Benneton. As reivindicações de propriedade desta empresa italiana são o motivo que levou ao ataque da polícia militarizada [gendarmeria da Argentina] à comunidade mapuche em resistência – ataque esse onde usavam balas de borracha e também chumbos de caça. As pessoas foram brutalmente espancadas e os seus pertences queimados. Alguns e algumas foram forçados a fugir através de um rio para salvar as suas vidas. Muitxs se tornaram testemunhas oculares de algumas pessoas estarem a ser levadas em camiões – entre estes Santiago Maldonado, ferido. Desde aquele dia, ninguém mais soube dele. O texto que se pode ler nos cartazes, com base em informação disponibilizada em Contra Info, está disponível em pdf aqui. Recebido a 18 de Agosto de 2017 nas últimas madrugadas, procuramos responder simbolicamente ao chamado de solidariedade com anarquistas que se encontram em cativeiro após a insurreição contra a cúpula do G20. colamos cerca de trinta adesivos distribuídos nas viaturas e delegacias da policia civil no território brasileiro a polícia civil é grande responsável pelo abastecimento dos depósitos humanos que chamam de prisões. mesmo que estes adesivos não fiquem colados por muito tempo, sabemos que nosso recado ficará grudado nas mentes desses vermes. principalmente, com isso queremos marcar nossa presença mostrando que estamos por perto a planejar nossa próxima ofensiva LIBERDADE IMEDIATA PARA RICCARDO LUPANO, EMILIANO PULEO, ORAZIO SCIUTO, ALESSANDRO RAPISARDA, FABIO VETTOREL FOGO NAS CADEIAS anarquistas — Ao amanhecer desta sexta-feira (18 de agosto), encontramos esta faixa pendurada no centro da cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, Brasil. A faixa diz “Cadê o Santiago? Liberdade a Facundo Huala, Newen povo Mapuche.” Há mais de duas semanas que Santiago Maldonado desapareceu em mãos da polícia. Ele se encontrava na comunidade Mapuche Pu Lof em Cushamen quando os porcos invadiram os territórios mapuche sob ordem no juiz Guido Otranto que mandou desalojar a comunidade. Seguindo a tradição colonial militar, os porcos entraram atirando nas pessoas e queimando as suas pertenças. Nove pessoas foram feridas e vários detidos, ainda no dia de hoje Santiago segue desaparecido… Vale ressaltar que essa caçaria aconteceu um dia depois de um protesto que teve lugar frente ao tribunal federal de Bariloche pela libertação do Lonko Facundo Huala detido em 28 junho de 2017. O estado chileno tinha pedido a captura internacional de Facundo, acusado de ter participado em 2013 de um ataque incendiário contra a casa dos cuidadores de um campo próximo à cidade de Valdivia, onde foi detido e logo libertado. Em setembro do ano passado, o mesmo juiz que mandou desalojar a comunidade Pu Lof, Guido Otranto, tinha declarado a nulidade do processo de Facundo por irregularidades, porém, diante desse absurdo jurídico, Facundo Huala ainda segue preso em Esquel enquanto o estado chileno pede sua extradição. Desde o território guarani invadido pelos estados nacionais e o capitalismo global, mandamos uma força para Facundo Huala e todo o povo Mapuche em luta! |
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