Violência no futebol

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Violência no futebol não é um fenômeno intrínseco ao esporte, muito embora não sejam raros os exemplos de manifestações violentas em partidas nos campeonatos ao redor do globo.

Hoje em dia, por vezes, pode ser comum haver brigas e discussoes em jogos de futebol (principalmente por parte da torcida)

Ver artigo principal: Hooliganismo

As palavras hooliganismo e hooligan começaram a ser associadas com a violência nos esportes, em especial a partir da década de 1960 no Reino Unido com o hooliganismo no futebol.

A maior demonstração de violência dos hooligans foi a tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, durante a final da Taça dos Campeões Europeus de 1985, entre o Liverpool da Inglaterra e a Juventus da Itália. Esse episódio resultou em 38 mortos e um número indeterminado de feridos. Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipes britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos.

Apesar da repressão muito forte a grupos hooligans, alguns fatos ainda ocorrem, como na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, em que ingleses e alemães promoveram quebra-quebra.[carece de fontes?]

Confusões premeditadas e brigas entre torcidas organizadas também são características do futebol brasileiro, apesar do termo hooliganismo(vandalismo) ser bastante conhecido no Brasil

As torcidas organizadas brasileiras praticam numerosos atos de vandalismo tendo como principal alvo a torcida rival. Apesar dos números assustadores esses casos são muito mais frequentes quando os jogos acontecem entre equipes do mesmo estado, principalmente em partidas de equipes das capitais estaduais.

De entre as principais causas de brigas, estão, principalmente, a exacerbação das rivalidades entre as camadas menos favorecidas (formação de gangues nos bairros e aglomerados) com roupagem futebolística, e a cultura do medo entre essas mesmas camadas, que leva a uma postura intimidatória.

Dados[editar | editar código-fonte]

De acordo com uma pesquisa realizada em 1994, o promotor de Justiça Fernando Capez apurou que 15% dos integrantes das torcidas organizadas tinham antecedentes criminais.[1] Segundo o sociólogo Maurício Murad, a porcentagem de torcedores violentos é de 5% a 7%[2] e é difícil calcular quanto são os "brigões" dentro das torcidas organizadas, pois o Governo Federal não tem os números de torcedores organizados no país.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BETTI, Mauro (1997). Violência em Campo. Dinheiro, mídia e transgressão às regras no futebol espetáculo (Ijuí, Brasil: UNIJUI). 
  • BUFFORD, Bill (Maio 1992). Among the Thugs. The Experience, and the Seduction, of Crowd Violence (New York, United States: W W Norton & Co Inc). ISBN 978-0393033816. 
  • MURPHY, Patrick; WILLIAMS, John; DUNNING, Eric (1994). O futebol no banco dos réus. Violência dos espectadores num desporto em mudança. (Trad. Raul Sousa Machado) (Oeiras, Portugal: Celta Editora). 
  • PIMENTA, Carlos Alberto Máximo (1997). Torcidas organizadas de futebol. Violência e auto-afirmação, aspectos da construção das novas relações sociais (Taubaté, Brasil: Vogal). 
  • PERRYMAN, Mark (3 de Outubro de 2002). Hooligan Wars. Causes and Effects of Football Violence Mainstream Publishing [S.l.] ISBN 1840186704. 
  • REIS, Heloisa Helena Baldy dos. Futebol e violência (Campinas, Brasil: Autores Associados). 
  • LIMA, Vanderlei de. Torcida Fúria Independente: reflexões e histórias acerca da maior organizada de interior no centenário do Guarani Futebol Clube. São Paulo: Ixtlan, 2011, 138p.
  • LIMA, Vanderlei de. Torcidas Organizadas em Amparo: o caminho da paz é possível? São Paulo: Ixtlan, 2011, 60p.
  • TOBAR, Felipe Bertasso; CAPPATTI, Hermenegildo Donizetti; LIMA, Vanderlei de. O protagonismo das torcidas organizadas na promoção da paz: ações preventivas e eficazes nos estádios e suas adjacências, segundo a legislação e o bom senso. Amparo: Ed. do Autor, 2012, 110p.

Referências

  1. Questão de Segurança - Correio Braziliense
  2. MURAD, Maurício. A violência e o futebol: dos estudos clássicos aos dias de hoje. Rio de Janeiro: FJV, 2007, p. 35.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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