Lutas dos trabalhadores nas Américas3 de setembro de 2008Utilice esta versión para imprimir | Enviar por email | Comunicar-se com o autor O World Socialist Web Site convida os trabalhadores e outros leitores a contribuir com esta coluna regular. América Latina Córdoba, Argentina: milhares de funcionários públicos e professores entram em confronto com a polícia pela aposentadoria No dia 20 de agosto, milhares de professores e funcionários públicos marcharam pelo centro de Córdoba, a segunda maior cidade da Argentina. O motivo é a intenção anunciada pela Administração da cidade em cortar mensalmente pensões maiores que 5.000 pesos (US$ 1.700). Os trabalhadores pertencem a 24 sindicatos diferentes. Os trabalhadores grevistas reuniram-se em dois locais diferentes. Um grupo marchou pela legislatura da cidade, onde entraram em confronto com as forças de segurança, que os receberam com balas de borracha. O segundo grupo marchou pela Av. Vélez Sársfield, no centro de Córdoba. Na pauta da assembléia, no Pátio Olmos, os líderes das greves exigiam a resignação de Osvaldo Giordano, quem encabeçou o quadro de aposentadoria, e uma reunião com Juan Schiaretti, o governador da província. Os trabalhadores rejeitaram o argumento do governo de que a medida de corte de custos é necessária para resolver um déficit nos fundos da aposentadoria. O ministro governamental, Carlos Caseiro, culpou os grevistas pelos confrontos com a polícia, dizendo tratar-se de uma tentativa de criar o caos, ao invés de pressão pública. Greve dos professors em Morelos, México No dia 23 de agosto, 23.000 professores de escolas públicas no estado de Morelos, México, declararam uma greve de duração indeterminada em repúdio aos cortes no orçamento da educação, prolongando uma greve de 5 dias iniciada na última semana. Na sexta-feira, os manifestantes marcharam e reuniram-se para expressar sua oposição à assim chamada Aliança pela Qualidade na educação. A aliança foi configurada no dia 15 de maio pelo Departamento de Educação e a burocracia do sindicato dos professores na cidade do México. O protesto da sexta-feira juntou professores grevistas e milhares de pais que os apoiaram, marchando pelas ruas de Cuernavaca, capital do estado. Os protestos também tomaram conta dos estados de Veracruz e Quintana Roo. Os grevistas insistiram que a Aliança é uma cilada armada pelo governo Federal, liderada pelo presidente Calderón em colaboração com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Elba Esther Gordillo, para destruir a educação pública e privatizar o sistema de educação. Como parte da assim chamada iniciativa de qualidade, o governo anunciou que demitiria 300 professores universitários, alegando que estes não estavam produzindo professores de qualidade. No coração da Aliança pela Qualidade na Educação está um projeto para subordinar a Educação às necessidades dos grandes negócios, segundo o jornal da Cidade do México, La Jornada. Estados Unidos Acaba greve de caminhoneiros na fábrica da Ford em Kentucky Os 435 membros do sindicato dos caminhoneiros Teamster Local 89 finalizaram uma greve de cinco dias que bloqueou o carregamento de veículos da montadora da Ford em Louisville e da fábrica de caminhões de Kentucky. As partes conseguiram um acordo depois que a Ford rompeu seu contrato com a Auto Port, a subcontratora com base em Michigan que opera seus pátios ferroviários. Quando a Auto Port assumiu o contrato em junho passado, começou a despedir os caminhoneiros, cujos membros têm carregado novos veículos em ambas as fábricas por décadas. A Auto Port tentou estabelecer uma nova unidade do Sindicato dos Mecânicos e pagar aqueles trabalhadores com US$10 ou US$12 por hora, ao invés de US$20 ou US$22 pago aos caminhoneiros. Os caminhoneiros agora concordaram com a redução de salário, entre US$17 e US$18 por hora, mas em contraparte a companhia assinou o acordo dos transportadores automotivos, que garante os empregos dos caminhoneiros e o reconhecimento de maior experiência quando a Ford trocar a subcontratora de transporte. A Auto Port recusou, e uma greve começou no dia 18 de agosto. A Ford cortou o contrato com a Auto Port no dia 19 de agosto, mas, segundo o jornal Louisville Courier, o cabeça da unidade local dos caminhoneiros alegou que a empresa estava treinando membros da UAW na fábrica de caminhões em Kentucky para desempenharem a função de seus membros, prolongando a paralisação por mais diversos dias. Mecânicos ameaçam iniciar greve na Boeing A Associação Internacional dos Mêcanicos e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM, na sigla em inglês) indicou que iria se opor a proposta de contratos recentemente apresentada pela Boeing Corp. e lançaria uma greve no dia 4 de Setembro. A última oferta da companhia é esperada para o dia 1 de Setembro, Dia do Trabalho, e os membros da IAM votariam no dia 3 de setembro, dia em que o velho contrato expira. A IAM apontou que as três propostas enviadas pela empresa, que tem base no estado de Washington, eram inaceitáveis: a eliminação de benefícios de aposentadoria definidos aos novos contratados; a pequena parte das primeiras coberturas médicas para novos trabalhadores; e as subcontratações. O sindicato também falou que o salário oferecido pela empresa é inaceitável. A empresa propôs um aumento de 2.5% no primeiro ano e aumento de 2% no nos últimos 2 anos do acordo. Uma soma total de US$2.500 de bônus também está incluída. A Boeing retirou uma proposta anterior para dividir cerca de 750 trabalhadores em operações em Wicthita, Kansas, com um contrato diferente. A Boeing teve um recorde de US$4.1 bilhões em lucro líquido em 2007 e teve um recorde de US$346 bilhões de defesa civil e trabalhista em suas contas. Um total de 27.000 trabalhadores é representado em negociações correntes nas operações da Boeing nos estados de Washington, Oregon e Kansas. |