Posts Tagged ‘canadá’

Plumtree – This Day Won’t Last At All

17/01/2011

This Day Won’t Last At All [2000] <- Download

O Plumtree surgiu em 1993, em Halifax, Canadá. Formado por quatro garotas no auge da adolescência, o grupo lançou sua estréia, Mass Teen Fainting, em 1995 — um hit nas rádios universitárias canadenses. Predicts the Future veio em 1998, transformando as mascotes da cena indie em uma das bandas mais amadas do país. É deste disco o single Scott Pilgrim, que daria nome ao personagem-título da bem-sucedida série em quadrinhos criada por Bryan Lee O’Malley. Repleta de referências ao rock canadense, a HQ recentemente foi adaptada para o cinema, e o blockbuster, assim como as graphic novels, tem levado o Plumtree a um público novo e diversificado mundo afora.

This Day Won’t Last At All é o terceiro e último álbum do quarteto, lançado em 2000. Idéias mais elaboradas e melhor execução não chegam a desfigurar o costumeiro punk com guitarras limpas do grupo. O som é basicamente o mesmo indie pop açucarado dos trabalhos anteriores, mas a produção confere maior profundidade aos novos arranjos. O clima  significativamente mais amargo das composições, com as letras mais sérias da banda, também demonstra um amadurecimento natural. A começar pelo título, este é um disco sobre  transformações, crescimento; um consciente adeus à adolescência, e uma despedida honesta para o Plumtree e para a década que acabava de escorrer pelo ralo.

By Divine Right – All Hail Discordia

20/12/2010


All Hail Discordia [1997]

Depois de quase dez anos lançando fitas demo, o By Divine Right debutou com All Hail Discordia (Nettwerk, 1997). Despido das ornamentações de seus sucessores, o disco evidencia os riffs de Miguel Contreras – talvez o mais próximo que uma guitar band já chegou do rock setentista – e as inventivas estruturas de suas composições. Refrãos são protelados por alguns segundos, valorizando os arranjos que os antecedem e, sobretudo, valorizando a si mesmos – artifício que Feist e Brendan Canning, ex-parceiros de Contreras, aprimoraram no Broken Social Scene. Mas, em All Hail Discordia, a dinâmica instigante não impede que as músicas tenham um formato pop, tanto é que as faixas beiram os dois minutos e, muitas vezes, soam como se o Noise Addict tivesse surgido num país gelado como o Canadá.

By Divine Right – Bless This Mess

10/06/2009

bdr
Bless This Mess [1999] <-Download

Surgido em Toronto em 1989, o By Divine Right tem como único integrante fixo o guitarrista e vocalista José Miguel Contreras. Entre os vários músicos que o acompanharam por essas duas décadas estão Brendan Canning (baixo) e Leslie Feist (guitarra), que participaram do ótimo Bless This Mess, de 99. Após o lançamento, Canning deixou a banda para formar o coletivo Broken Social Scene – contando a partir do segundo álbum com o reforço da voz perfeita de Feist.

Apesar de Contreras monopolizar as composições, é possível perceber semelhanças com as suaves melodias criadas pelo Broken Social Scene, mas sem a sofisticação e riqueza de detalhes proporcionadas pelas várias cabeças do coletivo canadense. Enquanto o apelo pop do Broken Social Scene por vezes fica disfarçado em meio às elaboradas camadas de guitarras que o envolvem, o By Divine Right aproxima-se mais da concepção radiofônica de “pop” – boa parte do tempo, a influência do Big Star se sobrepõe à do Pavement e do Pixies.

The Bridge – A Tribute To Neil Young (VA)

15/04/2009

988871

The Bridge [1989] <- Download

The Bridge é um tributo de 1989 para Neil Young. As faixas passeiam por alguns clássicos do ser vivo mais foda já nascido no Canadá, com Only Love Can Break Your Heart executada pelo Psychic TV, After The Gold Rush pelo Flaming Lips e Helpless por ninguém menos que Nick Cave. Com uma sensacional versão do Pixies para o lado-b Winterlong, e o Sonic Youth não menos sensacional apropriando-se de Computer Age, só fica faltando o Meat Puppets para completar o cast, já que J. Mascis, filhote indie bastardo mais bem-sucedido do gênio, contribui com a ótima recriação do Dinosaur Jr para Lotta Love — que, aliás, consta como uma das prediletas de Neil no disco.

Participam ainda o BALL de Don Fleming, com uma pesada perfomance pré-cartas-de-suicídio-grunges de Out Of The Blue como faixa bônus da edição em CD, e Nikki Sudden (Swell Maps), com Captain Kennedy quase ofuscando de tão brilhante. O Soul Asylum, o Loop e Henry Kaiser (que tem duas faixas, a última apenas em CD) faltaram um pouco em criatividade; mas versões óbvias de Neil Young, de qualquer forma, não machucam ninguém. Baixe.

Chad VanGaalen – Soft Airplane

23/03/2009

softSoft Airplane [2008] <-Download

É de praxe apontar semelhanças entre Chad VanGaalen e outros artistas canadenses.  A estréia folk rendeu-lhe comparações com Neil Young, e seu primeiro hit, Clinically Dead, é totalmente Broken Social Scene. Soft Airplane demorou dois anos para ser gravado por VanGaalen, que nunca soou tão pop e psicodélico quanto neste terceiro trabalho. O álbum foi lançado no Canadá por sua própria gravadora, a Flemish Eye, e distribuído no resto do mundo pela Sub Pop.

A abertura Willow Tree é um mix de Elliott Smith com a psicodelia fofa do Flaming Lips, receita que se repete em Inside the Molecules. No decorrer das outras 11 faixas, você vai se surpreender com arranjos de vibrafones, acordeões,  clarinetes e outros instrumentos que fazem a alegria dos fãs da primeira geração da Elephant 6. Mas Soft Airplane está longe de ser um álbum acústico, batidas eletrônicas e guitarras também são frequentes, proporcionando momentos space-rock que remetem às viagens do Grandaddy.

Willow Tree

Inside the Molecules
Bare Feet on Wet Griptape

chad