A morte ronda por aí. É claro que ninguém vive sua vida achando que vai morrer a qualquer momento, senão, você ficar completamente bitolado e para efetivamente de viver. Mas, o protagonista do livro de Kim Frank, 27, tem certeza absoluta que seus dias estão contados.
Mika, no começo do livro, é um adolescente de 18 anos, que nunca teve contato com o rock, com o sexo, com as drogas ou qualquer outra coisa que se assemelhe a isso. Um menino puro, que come Corneflakes todas as manhãs e um dia, depois da morte de seu tio, um aficionado por música, encontra uma série de vinis. Coisas raras, como o primeiro LP do The Doors.
O fascínio lhe rompe a mente. E nessa busca por essa coisa tão diferente e prazerosa, ele conhece também o Clube dos 27. Aquele em que estão os roqueiros que morreram fatalmente aos 27 anos. Estão lá alguns nomes conhecidos, como Jim Morrisson, Janis Joplin, Brian Jones, Jimi Hendrix e Kurt Cobain. E outros nem tão comentados assim, como Dave Alexander, do Stooges, Ron Mckernan, do Grateful Dead e Kristen Pfaff, do Hole.
Depois de ler essa quase "teoria" da conspiração, o menino acha que tudo vai acontecer com ele. A vida toma seu prumo e ele passa por coisas que jamais pensaria em viver. Mas, se Kim Frank queria ter feito alguma análise ou contar alguma história mais aprofundada sobre a paranoia de achar que se vai morrer... Bem, ele não conseguiu. Uma pena, porque o livro parece ser bem interessante num primeiro momento.
Como tudo na vida, há o lado bom. Os pontos do romance estão para as partes históricas, que estão entremeadas à vida e memória de Mika. O problema é que se você é um pouco antenado, você sabe de tudo e isso não faz diferença na sua leitura.