quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Pink Floyd & Frank Zappa



É difícil de imaginar. Frank Zappa, um grande músico, guitarrista, com mais de 100 discos, fazendo uma JAM com o maior grupo de Rock Progressivo de todos os tempos. Cada um de seu jeito, desafiou os formatos, as escalas, abusando da experimentação acústica, eletrônica e instrumental. Dois mitos que por alguns momentos, compartlharam o mesmo espaço de tempo, os mesmos ouvidos, o mesmo palco. Isso realmente aconteceu, e fotografaram para provar... Melhor ainda, gravaram.




Esta obra prima gravada pelo Pink Floyd junto ao grande Zappa em uma faixa exclusiva (Interstellar Overdrive), realizada em 1969, na Bélgica. A genialidade do Dr. Zappa foi explorada com sucesso pelos integrantes do Floyd, e não há nada igual como fundir duas mentes brilhantes da guitarra, de David Gilmour e Zappa. Acompanhado de Mason na percursão e de Rick Wright nos teclados, não deixando de ressaltar a genilidade da composicao do Roger, este CD ao vivo possui elementos únicos e brilhantes que fazem o publico delirar.  O disco contem faixas especiais no final do disco, alem de outras fundamentais para se entreter com o CD, como "Tuning Up", na qual pode-se escutar os integrantes verificando o som antes do aparecimento de Zappa. Quando Zappa é anunciado, realmente percebemos que é um momento único da história. Para colecionadores.



   


   

Pink Floyd feat. Frank Zappa: Interstellar Zappadrive. Recorded Live at Mont de L'Enclus, Amougies, Belgium - October 25, 1969.

Disc 01
01. Astronomy Domine
02. Green Is The Colour
03. Careful With That Axe Eugene
04. Tuning Up With Zappa
05. Interstellar Overdrive
06. Tuning Up
07. Set The Controls
08. A Saucerful Of Secrets

Disc 02
01. Green Is The Colour (SBD)
02. Careful With That Axe Eugene (SBD)
03. Set The Controls (SBD)

Personnel: David Gilmour :: Nick Mason :: Roger Waters :: Richard Wright.
Special Guest: Frank Zappa.

sábado, 22 de setembro de 2012

Snowy White - Great Guitar Player

Snowy White (nascido em 3 de março de 1948, como Terence Charles White, em Barnstaple, Devon) é um grande guitarrista de Rock e Blues. Ficou conhecido por tocar  no Thin Lizzy (1979 a 1981) e no Pink Floyd (como um backup player; ele foi convidado para fazer parte do PF em 1977, em shows na Europa e América)).
Em 1990, White foi convidado por Roger Waters para ser um membro do Pink Floyd para tocar no memorável show do The Wall, nas ruínas do Muro de Berlim, entre outros convidados e realizou um solo inesquecível na música Confortably Numb.
Lançou vários discos solo, com seu própiro nome ou como Snowy White's Blues Agency e Snowy White & The White Flames.

O álbum a seguir é um dos meus preferidos.


Little Wing is an album that got a fantastic Snowy White stuff. 13 tracks which bring together the best of style, such as "Long Distance Loving" and "That Ain't Right" - some of the highlights. Check it out!

domingo, 9 de setembro de 2012

Paulo Bagunça e a Tropa Maldita (1973)




Sonzaço que descobri há pouco tempo, através de uma reportagem do Estadão. Já foi postado em alguns blogs e segue a melhor resenha de ( http://brnuggets.blogspot.com.br/2006/03/paulo-baguna-paulo-baguna-e-tropa.html ):

Em 1974, o selo Continental lançava um disco estranho, com o nome da banda bem grande na capa: Paulo Bagunça e A Tropa Maldita, que fez especialmente a cabeça da galera roqueira. A expressão Bagunça já era uma certa provocação, Tropa Maldita, então, nem se fala, mas o mais intrigante era mesmo o som dos caras, que a mídia da época classificava de "pop eletrônico".
Apesar de homogêneo, o disco permite destacar algumas canções, pela sua avançada concepção, especialmente 'Grinfa Louca' (com uma batida afro alucinada) e 'Madalena' (um samba carnavelesco à la Jorge Ben, com presença de algo parecido com um moog, que dá um toque eletrônico à música). Com uma concepção arrojada de percussão, que também lembrava Santana, em certos momentos, algumas canções, como 'Apelo' ainda traziam climas orquestrais, resultado da participação do maestro Laércio de Freitas, responsável pelos arranjos do disco.
O disco não podia ser mais emblemático e futurista, fundindo as influências mais estranhas, indo de Jorge Ben aos ingleses Traffic, passando por percussão afro, levadas de jazz e outros sons negros da época. Em 72, em entrevista ao jornal Rolling Stone, o próprio Bagunça definia sua música como algo "que vem lá de dentro, do coração, da caverna, dos sonhos e pesadelos". Na mesma época, Nelson Motta destacava o humor da banda, e outros críticos identificavam influências de Bob Dylan, John Mayall e outros expoentes da época (e de sempre).
Oriundos da Cruzada de São Sebastião, na cidade do Rio de Janeiro, o grupo surgiu em 1972, em um festival de música organizado pela própria comunidade. Além de Bagunça, cantor e principal compositor, a banda contava com Guerra (atabaque), Oswaldo (violão), Gelson (bongô) e Flávia (baixo). Até a gravação do único disco, a banda destacou-se na cena underground do Rio de Janeiro, realizando shows no Teatro de Bolso e outros locais. Texto publicado originalmente no site www.senhorf.com.br.


...Macau, um dos três garotos negros que criaram, em 1969, uma das grandes experiências musicais perdidas da MPB, a banda Paulo Bagunça e a Tropa Maldita. "É o soul latino! O som negro do Harlem carioca", escreveu Nelson Motta na época. "É a fusão de Santana com o samba", assinalou um jornal.

No mesmo cenário em que emergiam grupos como O Terço e Secos e Molhados, a Tropa Maldita representava a gênese do movimento Black Power no Brasil. Macau, ou Osvaldo Rui da Costa, está hoje com 60 anos. Após 42 anos de carreira, somente esta noite é que ele lança em São Paulo seu disco de estreia, Macau do Jeito Que Sua Alma Entende, no Sesc Pinheiros. Quando tinha 20 anos, Macau tinha a seu lado o talento, a sorte, a ousadia, o destemor. Ao chegar de Los Angeles, no início dos anos 1970, Tim Maia já tinha ouvido falar de sua banda e os chamou para perto de si. Abriam shows de Tim, conviviam com Hyldon, Cassiano, Oberdan, Dom Salvador, Fábio.

Mas, como naquele aforismo, cavalo encilhado não passa duas vezes. As rádios não queriam tocar o disco do grupo porque achavam o nome da banda meio assustador. "Batemos na trave", diz Macau, que passou do céu ao inferno da MPB em poucos meses. "Paramos naturalmente, a banda foi se desfazendo. Você sabe: negro, pobre, sem condição social, tem de arrumar trabalho para sustentar a si e à família", conta.

É aí que começa a segunda parte não tão glamourosa da vida de Macau. Um dia, já quase esquecido, acompanhava uma exposição escolar no Estádio do Remo do Flamengo, quando foi convidado pela Polícia Militar a ir a um lugar reservado. "Virei suspeito. Meu cabelo rastafári, minha roupa incomum. Havia um sargento me observando, quis ver meu documento. Eu não tô fazendo nada, eu disse. Me levou à força. Você é muito folgado!"

No bate-boca com o sargento, Macau deixou vazar seu inconformismo com a situação. "Qual é o problema com o meu cabelo? Qual é o problema com a minha roupa? Se você tirar essa farda, é um sarará criolo, que nem eu!" O sargento, também negro, não gostou. Mandou sumir com ele.

"Me trataram como um lixo humano, fiquei numa jaula, como uma lata de biscoitos, no 14.º DP, com tanta gente dentro que minhas pernas não conseguiam se mexer. Fui salvo por um padre da pastoral, Bruno Trombeta, e pelo meu amigo Paulinho Bagunça, que era salva-vidas na praia. Achavam que eu já estava morto quando me acharam."

Macau saiu revoltado. Quiseram levá-lo para casa, ele não foi. Foi caminhando até a praia do Leblon. "Virou um campo minado dentro de mim. Fiquei olhando para o mar, chorando, pensando em qual a maneira de revidar. E foi quando escrevi essa letra, Olhos Coloridos".

Ele não fez a música para gravar, era uma forma de extravasar. Macau só a tocava (com outras inéditas de seu repertório) num sarau em casa, no qual reunia amigos. Passou quase 10 anos na gaveta. Mas aí, um dia, precisando de dinheiro, foi tentar mostrar uma fita com suas composições para Durval Ferreira, na Som Livre.

Levou um chá de cadeira de mais de 6 horas, até que Durval apareceu para lhe dizer que o ano já tinha acabado, canções novas só no ano seguinte. "Quando ele ouviu Olhos Coloridos, os olhos azuis dele brilharam. Mandou chamara a Sandra de Sá imediatamente. Ela estava no estúdio terminando. Quando ela apareceu, parecia que eu a conhecia de outra dimensão. Não era uma estranha para mim. E ali se formou um trio."

Em 1982, o ano em que nasceu Quênia, a filha de Macau, Olhos Coloridos ganhou o Brasil. "A música foi lançada nos Trapalhões, o Programa do Didi. Eu estava morando na Rocinha, não tinha TV. Fui ver na casa de um tio. Parecia que eu estava milionário."

Aí começa a terceira vida de Macau, que desemboca nesta quinta-feira, 26, no Sesc Pinheiros. Olhos Coloridos foi gravada pelo britânico Jim Capaldi na Inglaterra e pelo grupo Les Étoiles, na França. Suas composições foram gravadas por Eliana Pitman, Rosana, Seu Jorge, Dom Mita, Adelmo Casé, Preta Gil, Eletrosamba. Fez parcerias com Luiz Melodia (seu compadre, padrinho de sua filha), Durval Ferreira, Marisa Grecco, Raul Menezes, entre outros.

"Então, quando você me pergunta: ‘por que demorou 42 anos para chegar aqui?’ Eu respondo: porque eu ainda estava organizando", responde.

sábado, 1 de setembro de 2012

Festivais de Música Popular Brasileira

A postagem de hoje é para relembrar os Grandes Festivais de Música Popular Brasileira. Uma época que o país parava para cultuar a música, e a música era o instrumento mais original de comunicação, de protesto.
O país, nas décadas de 60 e 70 era bem diferente, e com a Ditadura Militar e a famosa Censura, a criação cultural sofreu diversos cortes, artistas foram perseguidos, exilados, e a música brasileira nunca mais foi a mesma depois destes episódios.

Após a instauração do regime militar no Brasil em março de 1964, uma facção da sociedade brasileira se levantou contra o amordaçamento da democracia no país: a da juventude universitária.
De 1965 a 1972 essa classe estudantil exerceu uma pressão que assumiria proporções inéditas, concentrando-se numa arma jamais utilizada em confrontos semelhantes: canções, cuja “munição” estava nas letras dos compositores de festivais.
Esse período notável tornou-se conhecido como a Era dos Festivais e, coincidentemente, foi nesses sete anos que uma privilegiada geração de compositores e cantores surgiu de repente, de uma só vez, numa florada incomparável. Quase quarenta artistas até hoje em atividade e na proa da Música Popular Brasileira.
Adaptado de (  http://weloverocknrollprincipal.blogspot.com/2010/05/historia-dos-festivais-no-brasil.html )

Um exemplo da irreverência destes tempos, a primeira vez que um instrumento foi destruído no palco, foi pelo músico Sergio Ricardo, no III Festival de Música Popular Brasileira, em 1967. Não há registros que Pete Townshend e Jimi Hendrix tenham conhecido Sergio Ricardo, mas com certeza, ele foi o primeiro...

Segundo o livro de Nelson Motta (Noites Tropicais), o público do III Festival de MPB não aprovara a classificação da música Beto Bom de Bola de Sérgio Ricardo e vaiava intensamente. Sérgio não conseguia ouvir a orquestra e nem a própria voz. Depois de várias tentativas, enfureceu-se, e arrebentou o violão no palco, gritando: "Vocês ganharam! Vocês ganharam! Isso é o Brasil subdesenvolvido. Vocês são uns animais!" Para ver o vídeo: ( http://blogs.jovempan.uol.com.br/dofundodobau/2012/08/30/sergio-ricardo-e-o-pinho-quebrado/ )

Voltando a Música, a história da Música Popular Brasileira foi marcada pela presença de inúmeros festivais, promovidos por emissoras de rádio, redes de televisão, teatros e movimentos estudantis. Esses festivais cumpriram (e ainda o fazem na atualidade) a função de revelar intérpretes, compositores e instrumentistas ao grande público.

A segunda metade da década de 1960, em especial, foi marcada pela consagração de artistas que passaram a figurar entre os grandes nomes da MPB, tais como Elis Regina, Edu Lobo, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento, Mutantes e Gilberto Gil, entre tantos outros.

Festivais: ( http://youtu.be/YtuPRcCp_90 )


O Festival Nacional de Música Popular Brasileira, promovido pela TV Excelsior de São Paulo, teve sua primeira edição em 1965 e sua segunda edição em 1966, e apresentou como respectivas vencedoras as canções "Arrastão" (Edu Lobo e Vinicius de Moraes), interpretada por Elis Regina, e “Porta-estandarte” (Geraldo Vandré e Fernando Lona), interpretada por Airto Moreira e Tuca.

Seguem umas palhinhas e alguns álbuns no final:







O Festival da Música Popular Brasileira, promovido pela TV Record de São Paulo, teve quatro edições, em 1966, 1967, 1968 e 1969, com as seguintes vencedoras:
1966: "A banda" (Chico Buarque) empatada com "Disparada" (Téo de Barros e Geraldo Vandré), a primeira interpretada por Nara Leão e a segunda por Jair Rodrigues;







1967: "Ponteio" (Edu Lobo e Capinam), interpretada por Edu Lobo e Marília Medalha. Vale ainda ressaltar que, nessa edição, a segunda, terceira e quarta colocações foram respectivamente para as canções "Domingo no parque" (Gilberto Gil), interpretada por Gil e Os Mutantes, "Roda viva" (Chico Buarque), interpretada pelo autor e pelo MPB-4, e "Alegria, alegria" (Caetano Veloso), interpretada pelo compositor e pelo grupo argentino Beat Boys;












1968: "São, São Paulo, Meu Amor" (Tom Zé), interpretada por Tom Zé, Canto 4 e Os Brasões, na votação do júri especial, e "Benvinda" (Chico Buarque), interpretada por Chico Buarque e MPB 4, na votação do júri popular;










1969: "Sinal fechado" (Paulinho da Viola), interpretada pelo autor.




Infelizmente só encontrei este álbum:





E duas coletâneas dos festivais:




Em 1980, a TV Globo tentou reviver a época dos festivais, com relativo sucesso. O momento do país era outro.... A TV Globo promoveu na década de 1980 o MPB-80, conferindo o primeiro lugar à canção "Agonia" (Mongol), interpretada por Oswaldo Montenegro, que recebeu o prêmio de Melhor Intérprete na quarta eliminatória. Nesse mesmo festival, Eduardo Dusek ganhou projeção nacional quando defendeu sua composição "Nostradamus". Este festival de 1980 ficou marcado para mim, pois acompanhei e torci para Eduardo Dusek. Nostradamus era demais... Seguem alguns grandes momentos deste festival.

Eduado Dusek - Nostradamus ( http://youtu.be/-sYkWmdmRsc )
Baby Consuelo & Pepeu Gomes - O Mal é o que Sai da Boca do Homem (http://youtu.be/ThFPt4pBYWI)







No ano seguinte, o MPB-81 conferiu a primeira colocação à canção "Purpurina" (Jerônimo Jardim), interpretada por Lucinha Lins. Esse resultado provocou vaias da platéia, que tinha como favorita "Planeta água" (Guilherme Arantes). Lembro muito bem da Lucinha Lins cantando e chorando na apresentação final, no meio de muitas vaias.

Lucinha Lins - Purpurina (http://youtu.be/BC4J3TkVpMY)
Guilherme Arantes - Planeta Água ( http://youtu.be/uAQwD0UXMyo )












Em 1982, foi realizado o MPB-82, no qual Eduardo Dusek foi desclassificado ao apresentar a música "Barrados no baile", de sua autoria, no lugar da música que havia inscrito como concorrente, "Valdirene, a paranormal", também de sua autoria.

Primeiro lugar: ( http://youtu.be/KJr2gJPsMfQ )











Em 1985, também pela TV Globo, foi realizado o "Festivais dos Festivais", evento que revelou a cantora Leila Pinheiro, intérprete da canção "Verde" (Eduardo Gudin e Costa Netto), que recebeu a terceira colocação. O primeiro lugar ficou com "Escrito nas estrelas" (Arnaldo Black e Carlos Rennó), defendida por Tetê Espíndola, que pela primeira vez interpretava, em público, uma canção de amor.

Tetê Espindola: ( http://youtu.be/S0yY-NGjtsI ;  http://youtu.be/ligz5o6R2k4 )





A partir daí, os festivais perderam a força, ou perderam a graça para mim, pois não sei e não acompanhei mais nada. Sorry.

Para fazer esta postagem, consultei os seguintes blogs:
http://bloggdomoizes.blogspot.com.br/
http://jovempan.uol.com.br/entretenimento/dois-diretores-em-cena/2012/01/festivais-paulinho-da-viola-canta-sinal-fechado.html
http://50anosdetextos.com.br/2009/recordacoes-de-uma-final-de-festival/
http://www.dicionariompb.com.br/festivais-de-musica-popular/dados-artisticos

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