Agorismo

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O agorismo é uma filosofia política fundada por Samuel Edward Konkin III que definiu um agorista como um praticante consciente da "contra-economia". O objetivo dos agoristas é uma sociedade na qual todas "relações entre as pessoas são de trocas voluntárias – um livre mercado". O termo vem da palavra grega "Ágora", um local aberto para assembléias e mercado nas antigas cidades-estados gregas. Ideologicamente, é um termo representando um tipo revolucionário de anarquismo de mercado. A característica que distingue o agorismo das demais formas de anarquismo de mercado é que sua estrategia tem por ênfase a contra-economia, entendida como atividades pacíficas de mercados livres do pagamento de impostos.

O Agorismo é uma forma de anarquia de mercado. Os agoristas seguidores de Konkin consideram a propriedade intelectual ilegítima, vêm em suas ideias uma evolução das de Murray Rothbard[1][2], enquanto os adeptos da linha de J. Neil Schulman a consideram legítima, considerando que cada invenção é logicamente propriedade exclusiva de seu criador. Como o mutualismo, o agorismo advoga um "livre mercado anti-capitalista"[3], mas diferentemente deste, não mantém que o uso contínuo seja requerimento para que a propriedade pertença legitimamente ao seu dono.

Visão da propriedade[editar | editar código-fonte]

A propriedade privada, particularmente a terra, não continuaria infinitamente, e sim se usaria apenas enquanto haja uma capacidade regular para evitar que seja considerada abandonada. Alguns anarcocapitalistas creem que "toda" propriedade deveria ser Propriedade Privada, enquanto os agoristas acreditam que a propriedade coletiva pode ser permitida, assim como a propriedade de "ocupação e uso".[4]

Os agoristas veem as empresas favorecidas pelo governo como um vínculo da ilegitimidade do Estado com muitos desses negócios. Creem que as restrições estatais que limitam a responsabilidade nas empresas corrompem os negócios de tal maneira que os gerentes atuam irresponsavelmente com os Ativos das empresas. Por exemplo, se esses negócios pagam excessivamente aos executivos e não podem resolver dívidas contratuais, muitas leis estatais protegem os salários daqueles que são responsáveis pela bancarrota. Os agoristas afirmam que a responsabilidade não pode desaparecer simplesmente por uma lei governamental e assim os negócios legítimos sempre teriam administradores ou donos que seriam responsáveis de qualquer ação executada.

Os agoristas tendem a se opor aos copyrights e patentes como um monopólio ilegítimo como sustentou Benjamin Tucker. Promovem e sustentam uma reconciliação entre as obras de autores diferentes como Pierre-Joseph Proudhon e David Friedman em parte reconhecendo as diferenças terminológicas, sendo a mais evidente a palavra "propriedade".[5] Porém, uma parcela dos agoristas considera a propriedade intelectual legítima [6].

Três tipos de capitalistas[editar | editar código-fonte]

Aonde os anarcocapitalistas geralmente se referem ao livre mercado como "capitalismo", os agoristas fazem a seguinte distinção em três partes.

empreendedor (Apesar de um empreendedor não ser necessariamente um capitalista) o capitalista que se arrisca (venture capitalist) capitalista não estatista capitalista pro-estatista
(bom) (neutro) (mau)
inovador, aventureiro, produtor; a força do mercado livre donos de capital, não necessariamente informados ideologicamente; "relativamente drone-like non-innovators" "O principal mal no reino político"

Ação política[editar | editar código-fonte]

Os agoristas tendem a se opor ao voto e a participação política ou não creem que tais meios poderiam ser os mais eficazes para uma sociedade livre.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Portal Portal da Anarquia

Na ficção[editar | editar código-fonte]

O escritor de Ficção científica J. Neil Schulman promoveu as ideias agoristas em seu romance Alongside Night.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]