Omã
سلطانة عمان Saltānat 'Umān Sultanato de Omã |
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Lema: não tem | |
Hino nacional: Nashid as-Salaam as-Sultani
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Gentílico: omanense; omaniano; omani | |
Localização de Omã na Península Arábica |
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Capital | Mascate |
Língua oficial | Árabe |
Governo | Monarquia absoluta |
- Sultão | Qaboos bin Said Al Said |
- Vice-primeiro-ministro | Fahd bin Mahmoud al Said |
Independência | do Reino de Portugal |
- Data | 1650 |
- do Reino Unido | 1971 |
Área | |
- Total | 309 500 km² (70.º) |
- Água (%) | desprezível |
População | |
- Estimativa para 2009 | 2 845 198 hab. (139.º) |
- Censo 2003 | 2 341 000 hab. |
- Densidade | 9,2 hab./km² (219.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2008 |
- Total | US$ 66,889 biliões (79.º) |
- Per capita | US$ 24 674 (36.º) |
IDH (2014) | 0,793 (52.º) – elevado[1] |
Moeda | Rial (OMR ) |
Fuso horário | UTC (UTC+4) |
- Verão (DST) | UTC (UTC+4) |
Org. internacionais | Liga Árabe |
Cód. ISO | OMN |
Cód. Internet | .om |
Cód. telef. | +968 |
Omã (em árabe: عمان, lit. 'ʻUmān'), ou, mais raramente, Omão, oficialmente Sultanato de Omã (em árabe: سلطانة عمان; transl.: Saltānat 'Umān), é um país árabe na costa sudeste da Península Arábica. Com uma posição de importância estratégica na foz do Golfo Pérsico, o país faz fronteira com os Emirados Árabes Unidos a noroeste, Arábia Saudita a oeste, e Iémen ao sul e sudoeste, e compartilha fronteiras marítimas com o Irão e Paquistão. A costa é formada pelo Mar da Arábia, no sudeste, e pelo Golfo de Omã no nordeste. Os enclaves de Madha e Musandam estão rodeados pelos Emirados Árabes em suas fronteiras terrestres, com o Estreito de Ormuz (que partilha com o Irão) e o Golfo de Omã formando os limites costeiros de Musandam.
A partir do final do século XVII, o Sultanato de Omã foi um poderoso império, competindo com Portugal e Grã-Bretanha pela influência no Golfo Pérsico e no Oceano Índico. Em seu auge, no século XIX, a influência e controle de Omã se estendia através do Estreito de Ormuz aos atuais Irão e Paquistão, e até o sul de Zanzibar (hoje parte da Tanzânia, também sua antiga capital). Como o seu poder declinou no século XX, o sultanato ficou sob a influência do Reino Unido. Historicamente, Mascate foi o principal porto comercial da região do Golfo Pérsico. Mascate também esteve entre os portos comerciais mais importantes do Oceano Índico. A religião oficial de Omã é o Islã.
Omã é uma monarquia absoluta. O Sultão Qaboos bin Said Al Said têm sido o líder hereditário do país desde 1970. É o atual governante mais antigo no Oriente Médio, e o sétimo monarca cujo reinado é o mais longo do mundo.
Omã possui modestas reservas de petróleo, ficando em 25º a nível mundial. No entanto, em 2010, o PNUD classificou Omã como a nação mais aprimorada no mundo em termos de desenvolvimento durante os últimos 40 anos. Uma parcela significativa de sua economia vem do turismo e do comércio de peixes, e de certos produtos agrícolas. Isso o diferencia de economias exclusivamente dependentes do petróleo, como seus vizinhos. Omã é classificado como uma economia de alta renda e ocupa a posição 74º de países mais pacíficos do mundo, de acordo com o Índice Global da Paz.
Índice
História[editar | editar código-fonte]
Antiga satrapia do Império Aquemênida, e posteriormente, do Império Sassânida, o Omã só ficou livre desse poder em 632. Em 751, os ibadis criaram o Emirado do Omã, sendo governado por imames. Durante séculos o Omã não passava de um mero país incrustado no deserto, até que os portugueses o invadiram em 1508. Em 1659, os otomanos tomam o Omã e expulsam os portugueses. Em 1741, os otomanos foram por sua vez expulsos pelo depois proclamado sultão Amade ibne Saide al-Busaidi. Inicia-se a era de ouro do sultanato, que expande suas fronteiras e obtém várias colônias no Oceano Índico (Zanzibar e Comores, na África e o Baluchistão, na Ásia) que foram perdidas no colapso que o país sofreu, em 1891, quando virou um mero protetorado britânico, tornando-se novamente independente em 1971.
Geografia[editar | editar código-fonte]
Um vasto e plano deserto cobre o centro do território de Omã, com uma cadeia montanhosa que percorre do centro-leste ao norte, chamada Montanhas al-Hajar, onde encontra-se o maciço Jebel Akhdar. Neste maciço encontra-se o ponto mais elevado do país, Jebel Shams, com seus 2.980 metros, e outra a sudoeste do país. As principais cidades omanis estão no litoral. Destaca-se a capital e a proximidade com os centros internacionais de Dubai e Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Política[editar | editar código-fonte]
Em Omã, o Chefe de Estado - e também de Governo - é o sultão, que funciona como monarca absoluto. No início da década de 1990, o sultão instituiu um conselho eleito, o Majlis ash-Shura que, no entanto, tem apenas funções consultivas.
O sufrágio universal para os maiores de 21 anos foi instituído em outubro de 2003 e teve uma participação de 190 mil votantes (74% dos eleitores) para escolher os 83 membros dos conselhos. A dinastia Al Sa'id, a qual o sultão (Qaboos bin Said Al Said, no poder desde 1970) pertence, governa o país há mais de 250 anos.
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
O Omã está dividido em 5 regiões (mintaqah) e 3 governorados (muhafazat; singular - muhafazah).
- Ad Dakhiliyah
- al Batinah
- al-Wusta
- Ash Sharqiyah
- Az Zahirah
- Mascate (governorado)
- Moçandão (governorado)
- Zufar (governorado)
As regiões estão subdivididas em províncias (vilaietes).
Demografia[editar | editar código-fonte]
Em 2013, a população total de Omã era de 3,8 milhões, sendo 2,150 milhões naturais do país e 1,680 milhão de estrangeiros.[2] A taxa de fecundidade total em 2011 foi estimada em 3,70.[3] 43% da população tem menos de 15 anos de idade.[4] Cerca de 50% da população vive em Mascate e a planície costeira de Al Batinah, no noroeste da capital; cerca de 200 000 habitantes vivem na região de Dhofar (sul) e cerca de 30 000 habitantes vivem na Península de Musandam e no Estreito de Ormuz.
http://www.geonames.org/OM/largest-cities-in-oman.html |
Cidades mais populosas da Omã|||||||||||
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Mascate |
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Posição | Localidade | Província | Pop. | Salalah |
|||||||
1 | Mascate | Mascate | 797 000 | ||||||||
2 | As Sib | Mascate | 237 816 | ||||||||
3 | Salalah | Zufar | 163 140 | ||||||||
4 | Bawshar | Mascate | 159 487 | ||||||||
5 | Sohar | Batinah | 108 274 | ||||||||
6 | Al Suwaiq | Batinah | 107 143 | ||||||||
7 | Ibri | Zahirah | 101 640 | ||||||||
8 | Saham | Batinah | 89 327 | ||||||||
9 | Barka | Sana | 81 647 | ||||||||
10 | Rustaq | Batinah | 79 383 |
Economia[editar | editar código-fonte]
Até meados do século XIX, Omã era um entreposto de escravos e armas. Com o fim da escravidão, a região perdeu muito de sua prosperidade, e a economia ficou reduzida à agricultura, ao comércio de Camelos e caprinos, à pesca e o artesanato tradicional. Hoje, graças ao petróleo, a economia tem apresentado grande desenvolvimento nos últimos 30 anos.
O governo prossegue com a privatização de serviços públicos e com o desenvolvimento de leis comerciais que facilitem o investimento externo e organizem o orçamento do país. O Omã continua a liberalização de seu mercado para se adequar às regras da Organização Mundial do Comércio. Para reduzir o desemprego, o governo vem encorajando a substituição de mão-de-obra estrangeira por trabalhadores do próprio país. Cursos de tecnologia de informação, técnicas de administração e língua inglesa para cidadãos do país apoiam este objetivo.
Infraestrutura[editar | editar código-fonte]
Educação[editar | editar código-fonte]
A taxa de literacia da população adulta omanense foi de 86,9%, em 2010.[5] Até 1970, apenas três escolas formais existiam em todo o país, com menos de 1000 alunos recebendo educação em suas dependências. Desde que o sultão Qaboos chegou ao poder, em 1970, o governo deu prioridade à educação como meio de desenvolver uma força de trabalho nacional, considerada pelo governo um fator vital para o progresso econômico e social do país. Hoje, existem mais de 1000 escolas estaduais e cerca de 650.000 alunos em Omã.
Em 1986, foi criada a primeira universidade do Omã, a Universidade Sultan Qaboos. A partir de então, outras instituições de ensino superior e técnico também surgiram no país, como a Universidade de Nizwa e a Escola Superior de Tecnologia. Há, ainda, outras seis faculdades de tecnologia, seis faculdades de ciências aplicadas, uma faculdade de economia e estudos financeiros, um instituto de ciências da Xaria, e vários institutos de enfermagem. Cerca de 200 bolsas são concedidas a cada ano para estudantes omanenses no exterior.
De acordo com o Webometrics Ranking of World Universities, as universidades de maior prestígio no país são a Universidade Sultão Qaboos, Universidade de Nizwa e a Universidade de Dhofar, que ocupam as posições 1.924, 7.090 e 8.160 entre as universidades mundiais, respectivamente.[6]
Cultura[editar | editar código-fonte]
Apesar de Omã ser um país bastante moderno, a influência ocidental é reduzida: o islamismo tradicional, ibadita, possui mais restrições que o islamismo sunita e o xiita.
A música tradicional acompanha vários aspectos da vida, incluindo nascimentos, cerimônias fúnebres, casamentos e circuncisões.
Referências
- ↑ «Human Development Report 2015» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2015
- ↑ «Oman population hits 3.83mn mark» (em inglês). Muscat Daily. 23 de abril de 2013. Consultado em 30 de agosto de 2014
- ↑ «Major Economic & Social Indicators» (PDF) (em inglês e árabe). National Center for Statistics & Information. 2011. Consultado em 30 de agosto de 2014
- ↑ «Oman's Sultan Qaboos: a classy despot» (em inglês). The Guardian. 4 de março de 2011. Consultado em 30 de agosto de 2014
- ↑ «National adult literacy rates (15+), youth literacy rates (15–24) and elderly literacy rates (65+)» (em inglês). Instituto de Estatística da UNESCO. Consultado em 23 de abril de 2014
- ↑ «Oman» (em inglês). Ranking Web das Universidades. Consultado em 23 de abril de 2014
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Ásia
- Lista de Estados soberanos
- Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da Ásia
- Missões diplomáticas do Omã