Ilhote de Vélez de la Gomera

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Mapa das possessões espanholas no norte de África
Vista de Velez de la Gomera

O Ilhote de Vélez de la Gomera ou Penedo de Vélez de la Gomera (em espanhol: Peñón de Vélez de la Gomera), também conhecido como Penedo de Badis ou simplesmente Badis ou Bades, é uma possessão espanhola, na costa norte de Marrocos, no mar Mediterrâneo a 119 km a sudeste de Ceuta, junto à parte ocidental do Parque Nacional de Al Hoceima.

Geografia[editar | editar código-fonte]

O penedo até 1934 era considerado uma ilha, porém após uma tempestade foi depositada areia no canal que a separava do Marrocos, ligando-a a terra por essa estreita faixa de areia que possui 85 metros de comprimento, formando um tômbolo. Como a ilha é uma das possessões espanholas, pode considerar-se esta faixa de terra a menor fronteira terrestre do mundo.

Comprime-se no sentido noroeste-sudeste por cerca de 400 metros a uma largura que não ultrapassa os 100 metros, abrangendo o total de 19 000 m² (0,019 km²).[1]

O rochedo é dominado por duas montanhas da costa, Cautil e El Baba, entre elas corre o fluxo do rio Bades (Tómeda).

História[editar | editar código-fonte]

Vélez, Bélez, Beles, Belis (dos antigos textos portugueses) Bades, ou Badis era uma cidade situada na costa em frente do ilhote na desembocadura do rio Bades.

A cidade chamou-se Bades, correspondente à cidade chamada Parietina no Itinerário de Antonino. Depois é chamada Belis e Gomera.[2] Este último nome vem do da tribo dos Ghomaras (em árabe: ḡumāra, غمارة) do grupo dos Masmouda que habitavam a região.[3]

Na Idade Média a região é arborizada e fornece a madeira necessária à construção naval. Em 1162, o califa almóada Abd al-Mu'min dá ordem para fortificar as costas, e manda construir cem navios nos portos de Tânger, Ceuta, Badis e nos outros portos do Rife.[4]

A 23 de julho de 1508, uma frota espanhola comandada por Pedro Navarro, venceu os "piratas" que defendiam a ilha. Em 1522 Moulay Mohammed, senhor do território, conseguiu tomar de volta o rochedo.

Em 1549, quando D. João III tencionava abandonar Arzila, o "rei de Beles", que era Abû Hassûn `Alî, pediu que lhe fosse dada a fortaleza portuguesa, e afirmou que, em troca, se tornaria tributário do rei de Portugal. Depois de muita hesitação o rei não acedeu a esse pedido. Mais tarde, o mesmo "rei de Beles" deu a ilha aos Otomanos que o ajudaram a recuperar o poder em Fez (por volta de Maio de 1554). Beles tornou-se então num centro de Corso que atacava as costas espanholas, até que, a 6 de setembro de 1564, Dom García de Toledo, o Marquês de Villafranca e vice-rei da Catalunha, por ordem de Filipe II de Espanha (futuro Filipe I de Portugal), recupera o território para a Espanha.[5]

Hoje o rochedo tem o estatuto de plaza de soberanía (praça de soberania).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. V Centenario del Peñón de Vélez de la Gomera. Artigo em espanhol. Acesso em 06 de mar de 2010.
  2. (em inglês) James Richardson (2007). Travels in Morocco. Echo Library 
  3. Ibn Khaldûn (2002). Le livre des exemples. Gallimard 
  4. Ṣâliḥ b. ʻAbd al-Ḥalîm Gharnâtî (1860). Roudh el-Kartas, histoire des souverains du Maghreb ... et annales de la ville de Fès 
  5. Acesso em 06 de mar de 2010.
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