O projeto pretende trabalhar com questões como a descolonização da educação, a diáspora africana, as religiões com raízes africanas e a qualidade da educação a partir da exibição do filme em diversas comunidades.
Desde que a criança nasce, é comum os pais darem reforços negativos (em vez de positivos) para que ela "aprenda" a obedecer e agir "corretamente", utilizando de ameaças e manipulação através do medo. O subtexto, na visão da criança, é: só serei amada se eu for como os outros desejam. E, assim, passam boa parte da vida sem saber quem realmente são, reproduzindo comportamentos, sem sequer arriscar olhar para dentro. Seus desejos não conseguem passar da fronteira de seus corpos oprimidos. E assim, seguem a vida na eminência de explodir desenfreadamente a qualquer momento, uma vez que nunca se sentiram acolhidos em sua essência o suficiente para se permitirem se ver no espelho, se respeitar e se expressar com liberdade.
O novo texto avança ao propor a ampliação da carga horária do Ensino Médio, em todas as escolas, de quatro horas para cinco horas (mil horas aula/ano) em no máximo cinco anos, abrindo espaço para maior tempo de exposição ao conhecimento e para a implementação da Base Nacional Curricular Comum (BNCC). Preocupa, porém, a ausência de um prazo para ampliação da jornada para sete horas (1.400 horas aula/ano), sem o qual a política pode não se concretizar.
Dizer que a culpa disso é de nossos políticos, é chover no molhado, portanto convido a fazer outra reflexão. Em Star Wars, é exatamente isso que Palpatine quer: que o povo da Galáxia pare de crer na República para que ele possa ampliar seus domínios e governar a tudo e todos.
Talvez, a frustração na infância seja um caminho para diminuir a frustração na vida adulta, que normalmente será mais longa e desagradável.
Esqueçam tudo isso, em nome daquilo que você considera sagrado, e volte a olhar uns aos outros como nos olhávamos no recreio da escola, quando tínhamos uns seis anos e todo mundo era amigo e as brigas acabavam quando alguém chorava. Você se lembra dessa época? Se lembra quando a dor do outro nos tocava, e nos abraçávamos para que a dor fosse embora? Alguém ainda se lembra que não vale a pena brigar, xingar, gritar com seu irmão por conta daquilo que ele acredita, seja em Deus, seja que o Lula é inocente?
Quando o assunto surge - machismo, feminismo, empoderamento feminino - nunca pensamos de cara nas crianças. É quase como se elas não fizessem parte da conversa, ou não fossem importantes para alcançarmos um Brasil de mais igualdade entre os gêneros. É um tabú falar com elas, ao mesmo tempo que é extremamente necessário.
Pra quem está em São Paulo, no dia 22.11, terça-feira, vai ter um evento sobre o tema lá no B_arco Centro Cultural, na Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, n. 426, Pinheiros, às 19:30h, com um papo com especialistas e lançamento de um kit de materiais que promove a abordagem do tema na escola. Os materiais vão ficar disponíveis pra download gratuito no site da Plan.
Existe todo um cenário pesado para aqueles que precisarão enfrentar mais um ano: as condições para bancar mais um ano de estudos num cursinho, a pressão dos pais pelo tempo perdido e autocrítica por não conseguir. Rir de quem sequer conseguiu tentar ingressar numa universidade diz muito sobre nós.
"A escola ainda está ocupada?" "Hoje, ela está ocupada pela polícia." O curto diálogo ocorreu na última quinta-feira (3) no Centro Educacional Gisno, na área central de Brasília, em horário de aula. Apenas dois estudantes estavam na porta da escola.
Em maio de 1968 os estudantes parisienses tomaram as ruas e foram fazer aquilo que ninguém estava disposto a fazer por eles. Pediam uma reforma estudantil que lhes possibilitasse estudos e um futuro melhor. Outubro de 2016 nossos secundaristas estão nas escolas, pedindo a mesma coisa. Suas reivindicações são no mínimo legítimas. Se posicionam contra a Reforma do Ensino Médio e contra a PEC 241.
Em 2015, o governo cortou R$ 10,5 bilhões do orçamento para a Educação. Era o ano em que foi definido o slogan "Pátria Educadora". O Fies, na ocasião, cortou 1,7 bilhão em relação a 2014. Quantos professores se indignaram nas ruas ou nas redes? Raríssimos. Quais movimentos estudantis ameaçaram ocupar instituições públicas? Não me lembro de nenhum.
Sempre que há desrespeito, há potencial para que formas de resistência se manifestem. Invariavelmente podemos compartilhar formas de desrespeito e quando conseguimos expor no espaço público que o modo como somos desrespeitados é compartilhado por mais pessoas, podemos gerar um motor para que possamos criar uma identidade social e política capaz de gerar em nós a estima que nos foi negada, e com isso lutarmos para ter nossas reivindicações atendidas. Neste momento voltamos a ter uma identidade política individual e criamos laços de solidariedade entre nós.
Quem tem esperança não cruza os braços dizendo que "as coisas não têm jeito", ou que "a realidade é assim mesmo". O discurso que induz as pessoas à acomodação, ao silêncio e à imobilidade; aquele discurso que elogia o indivíduo passivo que aceita resignado as suas péssimas condições, é um discurso que nega a humanização que a educação deveria inspirar.
Estamos destinados a cuidar uns dos outros por toda a vida, do nascimento aleatório até a morte da qual até agora escapei. Não foi fácil vencer até aqui. Vim da ZL, minha aula mais frequente no colégio era a vaga, sem professor em sala, mas sim em casa, doente de tanto trabalhar. Faculdade pública era sonho, pagar as contas do mês a meta, comer três vezes por dia o motivo da luta. Às vezes perdíamos a luta, às vezes a meta não era cumprida, e o sonho era aquela coisa que você sabe que vai perder quando acordar. E acordávamos sempre.
Concordando ou não, o pensamento de Ivan Illich oferece uma crítica estimulante para um debate amplo, corajoso e radical sobre as mais diversas dimensões do problema da educação no século 21 - das relações entre cultura, cidadania, urbanismo e educação, às questões relacionadas à distribuição de renda em políticas sociais. Negligenciar as suas reflexões é apenas uma forma de fugir de problemas históricos que infelizmente têm sido desconsiderados no debate sobre políticas educacionais.