Bandida é a identidade afirmativa que Carol carrega desde o início de sua carreira - e da vida. Como ela mesmo já relatou em dezenas de entrevistas, ser mulher negra, vivendo em regiões periféricas violentas, a tornou uma adolescente reativa.
O mais novo "acordão" da Câmara dos Deputados para anistiar o caixa 2 e crimes como lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e desvio de verba (peculato) por políticos pode ser uma destas raras oportunidades em que os diferentes podem dar as mãos. Em prol de um bem maior: o combate à impunidade e à legalização da corrupção.
Em 2015, o governo cortou R$ 10,5 bilhões do orçamento para a Educação. Era o ano em que foi definido o slogan "Pátria Educadora". O Fies, na ocasião, cortou 1,7 bilhão em relação a 2014. Quantos professores se indignaram nas ruas ou nas redes? Raríssimos. Quais movimentos estudantis ameaçaram ocupar instituições públicas? Não me lembro de nenhum.
A periferia quer viver, mas viver não é só comer e beber, como dizem. Ela quer mais postos de saúde e hospitais (Paraisópolis suplica por um), quer salas de cinema, de teatro e espaços culturais nas suas quebradas, quer transporte público de qualidade e melhores condições de moradia. Dispensamos os beijos e abraços caridosos, assim como as dentaduras.
Esta semana, essa história toda dá mais um passo: está nascendo em São Paulo, a Rede Jornalistas das Periferias, grupo autônomo, apartidário e autorganizado, que reúne comunicadores populares, profissionais de comunicação que moram nas periferias e coletivos de mídia e comunicação das várias linguagens e lutas. o grupo, que até aqui tem 12 coletivos, quer debater, estudar, produzir, distribuir conteúdos e abrir espaço para o fortalecimento de uma narrativa que considere que a cidade somos todas nós. e que o centro do que quer que seja, é apenas um ponto de vista.
Desde o início do mês, o Programa de Fomento à Cultura da Periferia de São Paulo está com inscrições abertas a grupos e coletivos culturais de regiões de alta vulnerabilidade social da cidade interessados em receber apoio financeiro para a continuidade de suas atividades. Fruto de uma intensa e longa mobilização de coletivos culturais, o programa é resultado da aprovação da Lei 16.496/16 (a Lei de Fomento às Periferias) sancionada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no fim do mês passado. As inscrições podem ser feitas até o dia 6 setembro (confira o primeiro edital na íntegra aqui.)
Esta é uma investigação feita sobre jovens da quebrada por jovens da quebrada e que acabou levantando várias questionamentos sobre nossa própria identidade. Conhecemos dois jovens bem diferentes, suas famílias e seus passados, e fomos pedir ajudar pra duas psicanalistas para descobrir como nossas personalidades são influenciadas pelas marcas, pelas famílias, pelo desejo de consumo e pelo desejo de aceitação.
O Estado declarou uma verdadeira guerra às favelas, em particular aos jovens negros. Os alertas de especialistas, a mobilização de moradores e famílias de vítimas, a grita nacional e internacional das organizações de direitos humanos e nem mesmo as ocasionais reclamações por falta de recursos e apoio do próprio secretário de segurança do estado do Rio de Janeiro foram capazes de produzir uma priorização efetiva da área de segurança pública como política de Estado.
Em 2015, o programa Arrastart formou 1.102 jovens que criaram 32 propostas de startups. Para este ano, a meta é atender dois mil jovens, criando outras 50 propostas de startups sociais. A ampliação deste programa, no Projeto Arrastão, será com a implantação do nosso Lab Maker, como forma de potencializar o apoio deste aprendizado a jovens e adultos. E, apoiá-los na construção de negócios de impacto social.
Acordar de manhã está triste, parece pássaro sem alpiste. Xiu ai, sem drama vai! Já levantei da cama. Coloquei a meia, afinal assinei um contrato, por mais uns dias frustado.
Pouco mais de 24 horas após a posse, Lula já foi "destituído" do cargo três vezes -- por duas decisões liminares da Justiça Federal, derrubadas por tribunais regionais, e agora por uma decisão no STF (Supremo Tribunal Federal). Indisposto com a Justiça, após divulgação dos áudios da Lava Jato, ele pode não conseguir atuar como ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma.
Esse enorme contingente de pessoas, não só nas grandes capitais, mas no interior, no Norte, no Nordeste, denota o clima generalizado de insatisfação popular. O esgotamento com os esquemas dos políticos não poupa ninguém, a ponto de nomes emblemáticos da oposição serem rejeitados. Não à toa os tucanos Aécio Neves e Geraldo Alckmin foram hostilizados em São Paulo.
O importante é você bajular o secretário Alexandre de Moraes, maior responsável pela máquina de repressão política de São Paulo. Mesmo secretário que tem utilizado a manifestação do dia 13 como ferramenta partidária. Mesmo secretário que tenta se promover a qualquer custo.
Este domingo pode ser visto como uma oportunidade. oportunidade de ver, de novo, um país unido. Um povo desperto. Ver as pessoas paradas na rua, na porta da padaria, espiando a TV e puxando conversa com estranhos. Gritando de dentro dos carros. Batendo panelas e soltando fogos. E não é jogo da Copa. É entrevista coletiva da Polícia Federal.
vou começar essa estreia dizendo assim: tudo por aqui virá em minúsculas intencionais. é que eu gosto de escrever de um jeito que enxerguem o horizonte do que eu sinto, sem verticalização do entendimento. e isso foi desde o tempo em que eu fui uma pessoa antes de hoje. já gostava de escrever palavras com a mesma altura, sem diferenciar maiúsculas ou minúsculas, pois aí nenhuma delas desimportava mais quando eu olhava para o papel.