Um muro: É assim que o governo decidiu resolver a crise em presídio em Natal
Após mais de uma semana de confronto na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, o Batalhão de Choque da Polícia Militar iniciou neste sábado (21) a construção de muro na unidade.
Materiais de construção e contêineres que irão compor a barreira chegaram na unidade na noite de sexta-feira (20).
A muralha irá separar os pavilhões 1, 2 e 3 - ocupados pela facção Sindicato do Crime - dos pavilhões 4 e 5, onde ficam os detentos do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Um confronto entre as duas organizações criminosas deixou 26 mortos, no último fim de semana. Desde então, os detentos têm feito diversos motins e circulado livremente, inclusive ocupado telhados, já que quebrar parte das celas.
O total de vítimas deve subir, uma vez que o governo de Robinson Faria (PSD) diz não saber o número de mortos e feridos ocorrido no confronto entre as duas facções nos últimos dias
Cerca de 650 homens do Exército chegaram a Natal nesta sexta para reforçar a segurança nas ruas. Desde quarta-feira (18), foram registradas 34 incêndios contra veículos e uma delegacia e quatro ataques com arma de fogo contra prédios públicos.
Até domingo (22), 1.846 homens do Exército estarão patrulhando as ruas da capital e da região metropolitana.
A crise carcerária que tomou conta do País já registrou 135 óbitos em 2017, o equivalente a 36% do total de vítimas no sistema carcerário no ano passado, quando 372 foram assassinados.
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