Togo
O Togo, oficialmente República Togolesa, é um país africano, limitado a norte por Burkina Faso, a leste pelo Benim, a sul pelo oceano Atlântico e a oeste por Gana. Capital: Lomé. Localizado no oeste da África, Togo é constituído por um estreito território que reúne povos de diferentes origens. O grupo étnico euê, o mais numeroso (45,4% da população), concentra-se no sul, perto do litoral, a região mais desenvolvida. A maioria dos habitantes vive da agricultura, cujos principais produtos são o algodão e a cana-de-açúcar. O país é importante centro de comércio regional graças ao porto de sua capital, Lomé.
Índice
História[editar | editar código-fonte]
Entre os séculos XIV e XVI, povos de língua ewe, provenientes da Nigéria, colonizaram o atual território do Togo. Outras tribos de língua ane (ou mina) emigraram de regiões hoje ocupadas por Gana e Costa do Marfim, depois do século XVII. Durante o século XVIII, os dinamarqueses praticaram na costa de Togo um lucrativo comércio de entulho. Até o século XIX, o país constituiu uma linha divisória entre os estados indígenas de Ashanti e Daomé.
Em 1847 chegaram alguns missionários alemães e, em 1884, vários chefes da região costeira aceitaram a proteção da Alemanha.[3] A administração alemã, ainda que eficiente, impôs trabalhos forçados aos nativos.
Os alemães foram desalojados durante a Primeira Guerra Mundial e, em 1922, a Liga das Nações dividiu o Togo entre o Reino Unido e a França.[4] Em 1946, esses dois países colocaram seus territórios sob a custódia das Nações Unidas. Em 1960 a porção britânica foi incorporada ao território da Costa do Ouro (atual Gana), enquanto os territórios franceses se transformaram na República Autônoma de Togo em 1956. O país conquistou a independência completa em 1960,[5] embora tenha continuado a manter estreitas relações econômicas com a França.
As relações do Togo com Gana foram difíceis enquanto Kwame Nkrumah presidiu o país vizinho, mas melhoraram após sua deposição. Durante a década de 1960, assassínios políticos e golpes de estado culminaram em 1967 com a ascensão do general Étienne Gnassingbe Eyadema ao poder. Uma nova constituição foi adotada em 1979 e Eyadema proclamou a terceira república togolesa. Em 1982, o fechamento de fronteiras decretado por Gana para conter o contrabando resultou em conflitos entre os dois países. Em 1985, o regime de Eyadema começou a se liberalizar. O general convocou em 1991 uma Conferência Nacional que suspendeu a constituição e elegeu Joseph Koffigoh, um civil, para o cargo de primeiro-ministro.
Em 2006 concordam em formar um governo de transição o governo e a oposição.[6]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Religião: 50% crenças indígenas; 40% cristã; 10% muçulmana.
Índice de pobreza: 40,1% (1996)
Taxa de alfabetização: 46,9% (2003)
Índice de Desenvolvimento Humano: (2007) 0,499 - baixo
PIB: 7000 milhões USD (1981)
PIB por habitante: 1.350 USD (1981)
PNB por volume: 6,2 mil milhões USD
PNB por habitante: 330 USD
Taxa de inflação: 7,2% (1997)
Taxa de desemprego: n.d.
Dívida externa: 1339 milhões USD (1997)
Moeda: franco CFA
Câmbio: 1 F CFA = 0,01
Natureza do Estado: República em transição para o multipartidarismo
Regime Político: presidencial
Demografia[editar | editar código-fonte]
De acordo com o censo de 2010, divulgado em novembro do referido ano, Togo tem uma população de 6 191 155 habitantes, mais que o dobro do total contabilizado no último censo, em 1981, onde o país registrou uma população de 2 719 567 habitantes. A capital e maior cidade, Tomé, cresceu de {fmtn|375499|habitantes}} em 1981 para 837 437 habitantes em 2010. A aglomeração urbana em torno de Lomé possuía 1 477 660 habitantes no mesmo ano.[7]
Outras grandes cidades em Togo, de acordo com o novo censo, são Sokodé (95 070 habitantes), Kara (94 878 habitantes), Kpalimé (75 084 habitantes), Atakpamé (69 261 habitantes) e Dapaong e Tsévié, com 58 071 e 54 474 habitantes, respectivamente. O Togo é o 107º país mais populoso do mundo, sendo que a maioria da população (65%) vivem em aldeias rurais dedicadas à agricultura ou pastagens. A população de Togo mostra um forte crescimento: Entre 1961 (um ano após a independência) e 2003, quintuplicou.[7]
Cidades mais populosas[editar | editar código-fonte]
http://www.geonames.org/TG/largest-cities-in-togo.html |
Cidades mais populosas do Togo|||||||||||
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Lomé Sokodé |
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Posição | Localidade | Região | Pop. | ||||||||
1 | Lomé | Maritime | 749 700 | ||||||||
2 | Sokodé | Centrale (região) | 117 811 | ||||||||
3 | Kara (Togo) | Kara (região) | 104 207 | ||||||||
4 | Kpalime | Kara (região) | 95 974 | ||||||||
5 | Atakpamé | Plateaux | 80 683 | ||||||||
6 | Bassar | Kara (região) | 61 845 | ||||||||
7 | Tsévié | Maritime | 55 775 | ||||||||
8 | Aného | Maritime | 47 579 | ||||||||
9 | Sansanné-Mango | Savanes | 37 748 | ||||||||
10 | Dapaong | Savanes | 33 400 |
Política[editar | editar código-fonte]
Pela constituição aprovada por referendo em 1992, o Togo tornou-se república multipartidarista, com um presidente como chefe de estado e um primeiro-ministro como chefe de governo. O poder legislativo é exercido pela Assembléia Internacional.
A forma de governo de Togo é a República Parlamentarista.
Com a morte de Gnassingbe Eyadema a 5 de Fevereiro de 2005 foi imediatamente seguida pela suspensão da Constituição pelo Exército e pela nomeação do filho do falecido presidente. Este antigo coronel tinha aplicado um golpe de estado em 1967 e banido todos os partidos políticos. Em 1981, ele voltou a legalizá-los e, à frente do seu partido, o “Rally do Povo Togolês” (RPT), ganhou as eleições, que foram contestadas pela comunidade internacional.
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
O Togo está dividido em 8 regiões administrativas e a comuna de Lomé, as regiões são:
Regiões do Togo | |||
---|---|---|---|
Código ISO | Região | Área (km²) | Capital |
TG-M | Maritime | 6.395 | Lomé |
TG-P | Plateaux | 16.974 | Atakpamé |
TG-C | Centrale | 13.182 | Sokodé |
TG-K | Kara | 11.631 | Kara |
TG-S | Savanes | 8.603 | Dapaong |
Total | 56.785 |
O Togo se subdivide, ainda, em prefeituras (préfectures, em francês) e são as seguintes:
Economia[editar | editar código-fonte]
As atividades estão fundamentadas na agricultura de subsistência e de exportação, destacando-se a mandioca, milho, algodão e frutas, como produtos de subsistência, e café, cacau, algodão podre, cocos e frutos tropicais, como produtos exportáveis.
Importam-se da França, Reino Unido e Benelux produtos têxteis, tabaco, maquinarias.
Entre os produtos da industria extrativa mineral destaca-se o fosfato, com ricas reservas exploradas por investidores franceses. Entre as atividades industriais destaca-se a têxtil salientando-se como a primeira em produção em 1966.
A rede de comunicação é precária, com 742 km de rodovias de primeira classe, 560 km de segunda, 440 km de estradas de ferro e um aeroporto.
- Agricultura: pluma de algodão (52 mil t), caroço de algodão (68 mil t), café (12,1 mil t), cacau (5 mil t), mandioca (570,9 mil t), milho (452 mil t) (1997)
- Pecuária: bovinos (263,9 mil), ovinos (1,4 milhão), suínos (850 mil), caprinos (1,7 milhão), eqüinos (4,9 mil), aves (6,4 milhões) (1997)
- Pesca: 17,1 mil t (1998)
- Mineração: fosfato de cálcio (2,7 milhões de t) (1996), cádmio, calcário, mármore.
- Indústria: alimentícia, materiais de construção (cimento), produtos minerais não metálicos (fosfato), siderúrgica (aço). *Exportações: US$ 240 milhões (1998).
- Importações: US$ 380 milhões (1998).
- Parceiros comerciais: Gana, China, Nigéria.
Cultura[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Portal da Língua Portuguesa, Dicionário de Gentílicos e Topónimos do Togo
- ↑ «Human Development Report 2015» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2015.
- ↑ Série de autores e consultores, Dorling Kindersley, History (título original), 2007, ISBN 978-989-550-607-1, pág 554 | referencia apenas última informação
- ↑ Série de autores e consultores, Dorling Kindersley, History (título original), 2007, ISBN 978-989-550-607-1, pág 554 | referencia apenas última informação
- ↑ Série de autores e consultores, Dorling Kindersley, History (título original), 2007, ISBN 978-989-550-607-1, pág 554 | não referencia os nomes antigos e completos e o que se passou em 1956
- ↑ Série de autores e consultores, Dorling Kindersley, History (título original), 2007, ISBN 978-989-550-607-1, pág 554
- ↑ a b «Données de Recensement - Recensement 1961 1970 1981» (em francês). Direction Générale de la Statistique et de la Comptabilité Nationale. Consultado em 30 de agosto de 2014.