Arménia

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Հայաստանի Հանրապետություն
Hayastani Hanrapetut'yun

República da Armênia / Arménia
Bandeira de Arménia
Brasão de Arménia
Bandeira Brasão de Armas
Lema: Uma Nação, Uma Cultura

Մեկ Ազգ, Մեկ Մշակույթ;; Mek Azg, Mek Mshakouyt

Hino nacional: Mer Hayrenik
Gentílico: arménio / armênio ou armeno

Localização de Arménia

Capital Yerevan coa.gif Erevã¹
40º16'N 44º34'E
Cidade mais populosa Erevã
Língua oficial armênio/arménio
Governo República semipresidencialista
 - Presidente Serj Sargsyan
 - Primeiro-ministro Hovik Abrahamyan
 - Presidente da Assembleia Nacional
Formação e independência  
 - Data tradicional 11 de agosto de 2 492 a.C. 
 - Nairi 1 200 a.C. 
 - Urartu 840 a.C. 
 - Dinastia orôntida 560 a.C. 
 - Reino da Arménia formado 190 a.C. 
 - República Democrática da Arménia estabelecida 28 de maio de 1918 
 - Independência da União Soviética 23 de agosto de 1990 (declarada)
21 de setembro de 1991 (reconhecida)
25 de dezembro de 1991 (finalizada) 
Área  
 - Total 29 743 km² (141.º)
 - Água (%) 4,71
População  
 - Estimativa para 2014 3 009 800[1] hab. (134.º)
 - Densidade 101,2 hab./km² (99.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2010
 - Total US$ 17,086 mil milhões * 
 - Per capita US$ 5 178 
IDH (2014) 0,733 (85.º) – elevado[2]
Moeda Dram arménio (AMD)
Fuso horário (UTC+4)
 - Verão (DST) (UTC+5)
Cód. Internet .am
Cód. telef. +374
¹ Também referida como "Erivan" ou "Yerevan".
² Posição baseada na estimativa de 2005 da ONU da população de facto.

A Arménia (português europeu) ou Armênia (português brasileiro) (em arménio: Հայաստան; transl.: Hayastan, ou Հայք, Hayq), denominada oficialmente de República da Arménia (em arménio: Հայաստանի Հանրապետություն, Hayastani Hanrapetut'yun), é um país sem costa marítima localizado numa região montanhosa na Eurásia, entre o mar Negro e o mar Cáspio, no sul do Cáucaso.

Faz fronteira com a Turquia a oeste, Geórgia a norte, Azerbaijão a leste, e com o Irão e com o enclave de Nakhchivan (pertencente ao Azerbaijão) ao sul. Apesar de geograficamente estar inteiramente localizada na Ásia, a Arménia possui extensas relações sociopolíticas e culturais com a Europa.[3]

Foi a menor das repúblicas da extinta União Soviética. A Arménia configura-se num estado unitário, multipartidário, democrático, com uma antiga herança histórica e cultural. Historicamente foi a primeira nação a adotar o cristianismo como religião de Estado[4] em 301.[5] A Arménia é constitucionalmente um estado secular, tendo a fé cristã uma grande identificação com o povo. O país é uma democracia emergente e por causa de sua posição estratégica, tenta conciliar alianças com a Rússia e com o Oriente Médio. Entre 1915 e 1923 sofreu o que os historiadores consideram o primeiro genocídio do século XX, perpetrado pelo Império Otomano e negado até hoje pela República da Turquia. As mortes são estimadas em 1,5 milhão de arménios e a deportação de milhões de outros, fazendo com que a Arménia tenha uma diáspora gigantesca pelo mundo, de descendentes que fugindo das perseguições, tomaram o rumo de países como França, Estados Unidos, Argentina, Brasil, Líbano e muitos outros.

A Arménia é atualmente membro de mais de 40 diferentes organizações internacionais, incluindo a ONU, o Conselho da Europa, Banco Asiático de Desenvolvimento, CEI, Organização Mundial do Comércio e a Organização de Cooperação Económica do Mar Negro. É observadora da Francofonia, e do Movimento Não-Alinhado. A Arménia também atua em organizações internacionais de desportos, como a FIFA, a UEFA, e a Federação Internacional de Hóquei no Gelo.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

Haik, o lendário fundador da nação arménia

O nome nativo para o país é Haik. Na Idade Média foi aumentado para Hayastan, pela adição do sufixo -stan que significa terra. O nome é tradicionalmente derivado de Haik (Հայկ), o lendário patriarca dos arménios e trineto de Noé, que segundo Moisés de Corene foi quem defendeu seu povo do rei babilônio Bel e estabeleceu seu povo na região das montanhas do Ararate.[6] Porém, a mais remota origem do nome é incerta.

O exónimo Arménia aparece pela primeira vez em persa antigo na inscrição de Behistun (515 a.C.) como Armina (Old Persian a.png Old Persian ra.png Old Persian mi.png Old Persian i.png Old Persian na.png). Em grego clássico, Ἀρμένιοι (arménios) aparece pela primeira vez numa inscrição atribuída a Hecateu de Mileto (m. 476 a.C.).[7] As duas aparições na mesma época atestam a que o nome era empregado realmente naquela época.

Heródoto (440 a.C.) escreveu "Os arménios eram equipados como colonos frígios" (7.73).[8] Algumas décadas depois, Xenofonte, um general grego na guerra contra os persas, descreve muitos aspectos do cotidiano das vilas arménias e a sua hospitalidade. Ele relata que o povo fala uma língua que, para seus ouvidos, assemelhava-se ao persa.[9]

"Os sobrenomes terminam com 'ian', que significa algo como 'filho de'" diz a professora de dança Claudia Mascotian.[10]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História da Armênia

Antiguidade[editar | editar código-fonte]

O reino de Urartu

A Arménia é povoada desde os tempos pré-históricos e era o suposto local do Jardim do Éden bíblico.[11] O país se localiza no planalto ao entorno da montanha bíblica do Ararate. Segundo a tradição judaico-cristã, foi o local onde a Arca de Noé encalhou após o Dilúvio.[12] Arqueólogos continuam a descobrir que civilizações primitivas no planalto arménio, em locais que poderão ser os berços da agricultura e da civilização.[13] De 6 000 a.C. a 1 000 a.C., ferramentas como lanças, machados e artefactos de cobre, bronze e ferro eram produzidos na Arménia e trocados nas terras vizinhas, onde esses metais eram menos abundantes.

A Arménia é a principal herdeira do lendário país Aratta (Ararate), mencionado em inscrições sumérias. Na Idade do Bronze, muitos Estados floresceram na área da Grande Arménia (ou "Arménia histórica"), incluindo o Império Hitita (o mais poderoso), o Mitanni (sudoeste da Grande Arménia) e Hayasa-Azzi (1 500–1 200 a.C.). Na época, o povo de Nairi (séculos XII–IX a.C.) e o reino de Urartu (1000–600 a.C.) estabeleceram sucessivamente as suas soberanias no planalto Arménio. Cada uma das tribos e nações supracitadas participaram da etnogénese do povo arménio.[14][15][16][17] Erevã, a moderna capital da República da Arménia, foi fundada em 782 a.C. pelo rei urartiano Argistis I.

Por volta do ano 600 a.C., o reino da Arménia estava estabelecido sob a Dinastia orôntida (em arménio: Երվանդունիներ), a qual existiu sob diversas dinastias até ao ano de 428. O reino chegou em seu maior tamanho entre 95 e 66 a.C. no reinado de Tigranes, o Grande, tornando-se um dos mais poderosos reinos da região. Ao longo da história, o reino da Arménia gozou de períodos de independência alternados com períodos de submissão aos impérios contemporâneos. A Arménia, por sua posição estratégica, localizada entre dois continentes, foi sujeita a invasões por diversos povos, incluindo assírios, gregos, romanos, bizantinos, árabes, mongóis, persas, turcos otomanos e russos.

O Reino da Arménia na sua maior extensão, sob o reinado de Tigranes, o Grande

Em 301, a Arménia se tornou o primeiro país oficialmente cristão do mundo, tomando-o como religião oficial de Estado,[18][19] quando um número de comunidades cristãs começaram a se estabelecer na região desde o ano 40. Havia várias comunidades pagãs antes do cristianismo, mas elas foram convertidas por influências de missionários cristãos. Tirídates III (em arménio: Տրդատ Գ), juntamente com Gregório, o Iluminador (em arménio: Գրիգոր Լուսաւորիչ) foram os primeiros reguladores oficiais do cristianismo ao povo, conduzindo a conversão oficial do país dez anos antes de Roma emitir sua tolerância aos cristãos por Galério e 36 anos antes de Constantino I ser batizado.

Antes do declínio do reino arménio em 428, muitos arménios foram incorporados no período masdeísta ao império dos sassânidas (dinastia persa), regido pelo deus Aúra-Masda. Após uma rebelião arménia em 451 (Batalha de Avarair), os arménios cristãos mantiveram sua autonomia religiosa e também autonomia e direito de serem regidos por uma Arménia mazdeísta, enquanto o outro império era regido somente pelos persas. Os mazdeístas da Arménia duraram até 630, quando a Pérsia Sassânida foi destruída pelo califado árabe.

Arménia Medieval[editar | editar código-fonte]

Entrada de Balduíno de Bolonha em Edessa em fevereiro 1098

Após o período masdeísta (428-636), a Arménia emergiu como Emirado da Arménia, com uma relativa autonomia junto ao Império Árabe, reunindo terras arménias previamente tomadas pelo Império Bizantino como dele. A principal terra era regulada pelo príncipe da Arménia, reconhecido pelo califa e pelo imperador bizantino. Era parte da divisão administrativa Arminiyya, criada pelos árabes, que incluía partes da Geórgia e da Albânia Caucasiana e tinha a capital na cidade arménia de Dvin (ou Tvin, em arménio: Դվին). O Principado ou Emirado da Arménia terminou em 884, quando os arménios conseguiram a independência do já enfraquecido Império Árabe.

O Reino Bagrátida da Arménia reemergiu sob a dinastia dos Bagratuni (em arménio: Բագրատունյաց Արքայական Տոհմ; transl.: Bagratunyac Arqayakan Tohm, "Real Dinastina dos Bagratuni"), até 1045. Neste tempo, diversas áreas da Arménia Bagrátida foram separadas como independentes reinos e principados, como o reino de Vaspuracan, regido pela família Arcruni, desde que reconhecendo a soberania e supremacia dos reis da Casa dos Bagratuni.

Em 1045, o Império Bizantino conquistou a Arménia Bagrátida. Logo, os demais Estados arménios também caíram sob o domínio bizantino. O domínio bizantino teve uma vida curta, pois em 1071, os turcos seljúcidas derrotaram os bizantinos e conquistaram a Arménia na batalha de Manziquerta, estabelecendo o Império Seljúcida. Para escapar da morte ou da escravidão nas mãos daqueles que assassinaram o rei arménio Cacício II, rei de Ani, um arménio de nome Ruben (depois Ruben I), foi com alguns conterrâneos em direção os Montes Tauro e fundaram Tarso, na Cilícia. O governador bizantino do palácio deu-lhes o abrigo onde o Reino Arménio da Cilícia foi então estabelecido. Este reino foi a salvação dos arménios, uma vez que a Grande Arménia fôra devastada pelos invasores.

O Império Seljúcida entrou em colapso. Nos anos 1100, os príncipes da nobre família arménia dos Zacáridas estabeleceram uma semi-independência dos principados arménios do norte e da Arménia oriental (agora chamada de Arménia Zacárida). A nobre família dos Orbeliadas compartilhava o controle com os Zacáridas em várias partes do país, especialmente em Siunique e Vayots Dzor.

Domínio estrangeiro[editar | editar código-fonte]

Durante os anos de 1230, o Ilcanato mongol conquistou o principado dos Zacáridas, assim como o resto da Arménia. Os invasores mongóis vieram seguidos de outras tribos da Ásia Central, em um processo que durou dos anos 1200 até 1400. Após incessantes invasões, cada uma trazendo a destruição ao país, a Arménia ficou enfraquecida. Durante o século XVI, o Império Otomano e o Império Safávida dividiram a Arménia entre si. Mais tarde, o Império Russo incorporou a Arménia oriental (que consistia de Erevã e as terras de Karabakh, na Pérsia) em 1813 e 1828.

Sob o jugo otomano, os arménios tiveram relativa autonomia em seus próprios enclaves e viviam em relativa autonomia com os demais grupos constituintes do império (incluindo os turcos). Entretanto, os cristãos viviam em um sistema social muçulmano estrito. Os arménios enfrentaram a discriminação que persistia. Quando eles reivindicaram por maiores direitos, o sultão Abdul Hamid II, em resposta, organizou massacres e deportação de arménios entre os anos de 1894 e 1896, resultando uma morte estimada de 300 mil arménios. Os massacres hamidianos, como ficaram conhecidos, deram a fama à Hamid II de "Sultão Vermelho" ou "Sultão Sangrento".

Quando o Império Otomano entrou em colapso, os Jovens Turcos assumiram o poder em 1908. Os arménios, que viviam em toda a parte do até então Império Otomano, depositaram as suas esperanças no Comitê União e Progresso, criado pelos Jovens Turcos, como caminho para o fim das mortes e perseguições aos arménios e que eles deixariam de ser cidadãos de segunda classe. Porém, o pacote de reformas para os arménios de 1914 apresentaria a solução definitiva para os ensejos arménios e para toda a questão arménia da pior forma possível.[20]

A Primeira Guerra Mundial e o genocídio arménio[editar | editar código-fonte]

Sultão Abdul Hamid II aqui descrito como o carniceiro dos arménios
Um cartaz de angariação de fundos para o Comitê Americano para o Socorro em Oriente Médio, destinada a ajudar as vítimas do genocídio arménio
Ver artigo principal: Genocídio armênio

Com o advento da Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano e o Império Russo ocuparam o Cáucaso durante a "Campanha Persa", o novo governo turco começou a olhar para os arménios com dúvidas e suspeitas. Isso era conveniente com o fato do Império Russo ter em seu exército um contingente de voluntários arménios. Em 24 de abril de 1915, cerca de 600 intelectuais arménios foram presos e exterminados a mando de autoridades otomanas, e, com a lei Tehcir (29 de maio de 1915), uma grande parcela da população arménia que vivia na Anatólia começou a ser deportada e privada de seus bens, em um processo que levou a morte de cerca de 1,5 milhão de arménios.

Este evento aqui iniciado ficaria conhecido como genocídio arménio. Havia uma resistência arménia na região, desenvolvida contra a atividade otomana. Os eventos de 1915 a 1923 são considerados pelos arménios e pela maioria dos historiadores ocidentais como um assassinato em massa patrocinado pelo estado, ou genocídio.

Entretanto, como a Turquia, herdeira direta do Império Otomano e que insiste na negação do genocídio arménio, é uma forte aliada ocidental na Ásia Menor e Oriente Médio, tanto os governos dos Estados Unidos como da Grã-Bretanha são lacónicos na categorização do massacre dos arménios como genocídio.

Autoridades turcas afirmam que as mortes são provenientes de uma guerra civil, acompanhada das doenças e fome que assolaram o Império Otomano no início do século XX, com baixas tanto para arménios quanto para turcos. As estimativas de mortos variam entre 650 mil e 1,5 milhão, sendo esta última cifra a mais aceita pelos historiadores ocidentais e mesmo por alguns intelectuais dissidentes turcos, como Orhan Pamuk, Nobel de Literatura em 2006 e Taner Akcam, professor da Universidade de Minnesota.

A Arménia tem feito campanhas para o reconhecimento do genocídio no mundo por trinta anos. Esses eventos são tradicionalmente realizados no dia 24 de abril, data que marca o início do genocídio arménio.

Embora o exército russo tenha obtido mais ganhos do que o exército otomano durante a Primeira Guerra Mundial, esta vantagem fora perdida com o advento da Revolução Russa de 1917. Neste momento, a Rússia controlava a Arménia oriental, Geórgia e Azerbaijão, criando uma ligação com a República Democrática da Transcaucásia em 28 de maio.

Divisão Política da Europa em 1919, mostrando a independente República da Arménia

República Democrática da Arménia[editar | editar código-fonte]

Brasão de armas da República Democrática da Arménia

Infelizmente, a vida curta da RDA independente deveu-se aos perigos da guerra, disputas territoriais, um massivo fluxo de refugiados da Arménia Otomana, espalhando doenças e famintos. A Tríplice Entente alarmada pelos horrores do Império Otomano procurou ajudar o recém-formado estado Arménio a arrecadar fundos e outras formas de se sustentar.

Com o fim da guerra, a vitoriosa Entente procurou dividir o Império Otomano. Assinado entre as potências aliadas e o as autoridades otomanas em 10 de agosto de 1920 em Sèvres, o Tratado de Sèvres previa manter independente a RDA e anexar os territórios da Arménia Ocidental. Pelas novas fronteiras terem sido desenhadas pelo presidente americano Woodrow Wilson, este território apontado pelo Tratado ficou conhecido como "Arménia Wilsoniana". Nesta época, foi considerada a possibilidade da Arménia se tornar um protetorado dos Estados Unidos. O tratado, entretanto, foi rejeitado pelo Movimento Nacional Turco e nunca entrou em vigor. O movimento, liderado por Mustafa Kemal Ataturk, usou o tratado como pretexto para legitimar-se no poder da Turquia, derrubando a monarquia sediada em Istambul e instaurando a República da Turquia, com capital em Ancara.

Em 1920, forças nacionalistas turcas invadiram a República da Arménia pelo leste e teve início a Guerra turco-arménia. Forças otomanas sob o comando de Kazım Karabekir conquistaram territórios arménios que a Rússia anexou em conseqüência da Guerra Russo-Turca de 1877-1878, e ocuparam a antiga cidade de Alexandropol (atual Gyumri). O violento conflito foi encerrado com o Tratado de Alexandropol em 2 de dezembro de 1920. O tratado forçou os arménios a se desmilitarizarem, ceder mais de 50% de seu território de antes da guerra e abrir mão da Arménia Wilsoniana, garantida pelo Tratado de Sèvres. Simultaneamente, o 11º Exércio Soviético, sob o comando de Grigoriy Ordzhonikidze, invadiu a Arménia por Karavansarai (atual Ijevan) em 29 de novembro. Em 4 de dezembro, as forças de Ordzhonikidze entraram em Erevã e a curta vida da República Democrática da Arménia teve fim.

Brasão de armas da República Socialista Soviética da Arménia (Arménia na União Soviética) com o monte Ararate representado ao centro

Arménia Soviética[editar | editar código-fonte]

A Arménia foi anexada pela Rússia bolchevista e juntamente com Geórgia e Azerbaijão, foi incorporada à URSS como parte da República Federativa Socialista Soviética Transcaucasiana em 4 de março de 1922. Com essa anexação, o Tratado de Alexandropol foi suplantado pelo turco-soviético Tratado de Kars. No acordo, a Turquia permitiu à União Soviética assumir o controle sob Adjara com o porto da cidade de Batumi, com o retorno da soberania de cidades como Kars, Ardahan e Iğdır, que pertenciam à Arménia Russa.

A RFSST existiu de 1922 até 1936, quando ela foi dividida em três repúblicas intituladas RSS da Arménia, RSS da Geórgia e RSS do Azerbaijão. Os arménios desfrutaram de um período de relativa estabilidade sob o jugo soviético. Eles recebiam medicamentos, comida, e outras provisões de Moscou, e o governo soviético provou ser um "bálsamo calmante" em contraste com os últimos anos do Império Turco-Otomano. A situação era difícil para a Igreja, estranguladas pelas normas anticlericais soviéticas. Após a morte de Lenin, Stálin tomou as rédeas do poder e recomeçou o período de terror para os arménios. Como várias outras etnias minoritárias que viviam na URSS durante o período do Grande Expurgo de Stalin, dezenas de milhares de arménios foram executados ou deportados.

O medo diminuiu quando Stalin morreu em 1953 e Nikita Khruschev assumiu o poder na URSS. Logo, a vida na Arménia Soviética sofreu uma rápida melhora. A Igreja que sofria com as perseguições de Stálin, foi restaurada quando o católico Vasken I assumiu as funções de seu cargo em 1955. Em 1967, um memorial para as vítimas do genocídio arménio foi construído nas colinas de Tsitsernakaberd acima do desfiladeiro de Hrazdan, em Erevã. Isto aconteceu depois de uma grande manifestação na capital onde se exigiu que fossem tomadas medidas para recordar as vítimas do genocídio no seu 50º aniversário.

Durante a era Gorbachev, nos anos 1980, com as reformas da glasnost e da perestroika, os arménios começaram a exigir melhores cuidados ambientais para o seu país, opondo-se à poluição que as fábricas soviéticas produziam. Tensões também se desenvolveram entre o Azerbaijão Soviético e o distrito autônomo de Nagorno Karabakh, maioritariamente habitado por arménios, separado da Arménia por Stálin em 1923. Os arménios residentes em Karabakh reivindicaram a unificação com a Arménia Soviética. Protestos pacíficos em Erevã apoiavam os arménios de Karabakh que se encontravam sob pogroms antiarménios na cidade azeri de Sumgait. Acrescendo os problemas da Arménia, um terremoto devastador atingiu o país em 1988, com uma escala sismológica de 7.2.[21]

Arménios reunidos na Ópera de Erevã para protestar contra a política soviética, em 1988

A inabilidade de Mikhail Gorbachev de resolver os problemas da Arménia (especialmente Karabakh) criou desilusões entre os arménios e apenas alimentou o desejo crescente de independência. Em maio de 1990, o Novo Exército Arménio (NEA) foi estabelecido, servindo como força de defesa separatista do Exército Vermelho soviético. Logo irromperam choques entre o NEA e as tropas da Força Soviética de Defesa do Interior, baseadas em Erevã, quando os arménios decidiram comemorar o estabelecimento da República Democrática da Arménia de 1918. A violência resultou na morte de cinco arménios baleados numa estação de comboio, pela Força Soviética. Testemunhas acusaram a Força Soviética de uso de força excessiva e de instigação à violência. Atritos adicionais entre os milicianos arménios e as tropas soviéticas em Sovetashen, próxima à capital, resultaram na morte de 26 pessoas, a maioria civis arménios. Em 17 de março de 1991, a Arménia, conjuntamente com os Países Bálticos, Geórgia e Moldávia, boicotou um referendo onde 78% dos votos eram para a retenção da URSS, porém após uma reforma.[22]

Restabelecimento da independência[editar | editar código-fonte]

Em 1991, a União Soviética fragmentou-se e a Arménia restabeleceu a sua independência. Declarando-se independente em 23 de agosto, sendo a primeira república não-báltica a desassociar-se. No entanto, os primeiros anos pós-soviéticos foram assolados por dificuldades económicas bem como pelo começo repentino em grande escala de um confronto armado entre arménios de Karabakh e azeris. Os problemas económicos tiveram origem no início do conflito de Karabakh, quando a Frente Popular do Azerbaijão conseguiu pressionar a RSS do Azerbaijão a impor um bloqueio ferroviário e aéreo contra a Arménia. Essa medida enfraqueceu efetivamente a economia arménia, pois 85% de seus produtos e mercadorias chegavam através do tráfego ferroviário.[23] Em 1993, a Turquia adere ao bloqueio contra a Arménia em apoio ao Azerbaijão.[24]

A guerra de Karabakh terminou após um cessar-fogo intermediado pela Rússia estabelecido em 1994. A guerra foi um sucesso para as Forças Armadas de Karabakh que asseguraram 14% do território azerbaijano.[25] Desde então, Arménia e Azerbaijão têm participado de conversas de paz, mediadas pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE). O status de Karabakh está sendo ainda determinado. A economia de ambos países têm sido afetadas na falta de uma resolução definitiva e as fronteiras azeri e turca permanecem fechadas para a Arménia.

Ao entrar no século XXI a Arménia enfrenta grandes dificuldades. Mesmo assim, apesar dos altos índices de desemprego, conseguiu fazer algumas melhorias económicas, entre as quais, uma plena mudança para uma economia de mercado e desde 2007, permanece a 32ª nação mais economicamente livre no mundo. Suas relações com a Europa, o Oriente Médio e a Comunidade dos Estados Independentes têm permitido o aumento do comércio da Arménia. Gás, óleo e outros suprimentos chegam por meio de duas rotas vitais: o Irão e a Geórgia, com os quais a Arménia mantém relações cordiais.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Geografia da Arménia
A Arménia localiza-se em um terreno montanhoso e vulcânico

A Arménia é um país sem costa marítima na Transcaucásia. Localizado entre os mares Cáspio e Negro, o país faz fronteiras a norte com a Geórgia, a leste com o Azerbaijão, ao sul com o Irão e a oeste com a Turquia.

Desde os primórdios da humamidade, o povo arménio vive no planalto arménio, um vasto território com mais de 300 000 km², localizado na parte central e norte da Anatólia. O planalto arménio é cercado, ao norte, pelo encadeamento do Baixo Cáucaso e ao sul, pelo encadeamento do Tauro Arménio, enquanto declina-se ao oeste para o vale do rio Eufrates e ao leste para as terras baixas do mar Cáspio. Um enorme maciço vulcânico está localizado quase no centro desta região. Este maciço possui dois picos: o Grande Ararate, chamado pelos arménios de Massis (com 5 156 metros de altitude acima do nível do mar), e o Pequeno Ararate, identificado pelos arménios pelo nome de Sis (com altitude de 3 914 metros). Existe ainda, um número considerável de planícies e vales férteis dentro do planalto do país, entre os quais, os mais conhecidos são os vales de Ararate, Much, Khaberd, Yerznka, Alachkert e Chirak, destacando a vida económica do povo arménio. O vale de Ararate é o maior e mais fértil de todos estes, e transformou-se, com o passar dos tempos, no centro da vida económica, política e cultural da Arménia. Diversas capitais da Arménia histórica, como Armavir, Yervandachat, Vagarsapate e Dvin estavam situadas nesta região geográfica, assim como ocorre hoje com a atual capital, Erevã.[26]

Relevo e hidrografia[editar | editar código-fonte]

O relevo arménio é homogêneo. Constitui-se em sua maior parte por planaltos, sendo que estes são abundantes com rios. Localizam-se aí as nascentes dos rios Eufrates e Tigres, com seus afluentes, que se desembocam no Golfo Pérsico, bem como os rios Kura e Arax, que desembocam no Mar Cáspio. O maior rio da Arménia é o Arax, sendo seus afluentes os rios Akhurian, Hrazdan, Kassakh, Azat e outros. Os maiores lagos do planalto arménio são o Van, o Úrmia e o Sevan, sendo que atualmente, o lago Van está em sua grande parte, dentro do território da Turquia. Este lago possui uma extensão de 3733 km² e sua água é salgada. O lago Urmia, que também está em sua maior parte em outro país, no Irão, era denominado antes de Kaputan, também possui água salgada e não possui espécies de peixes. Sua dimensão é de 5800 km². O lago Sevan, antes chamado de Mar de Guegham, é um dos lagos mais altos do mundo, com aproximadamente 1400 km². Aproximadamente duas dúzias de pequenos rios desembocam no lago, e apenas alguns afluem dele. Sua água é doce.[26]

Topografia[editar | editar código-fonte]

Mosteiro de Khor Virap à sombra do monte Ararate, onde a Arca de Noé supostamente encalhou após o Dilúvio

A República da Arménia ocupa uma área de 30 mil km², localizada no nordeste do Planalto Arménio (ocupando 400 mil km²), outrora conhecida como Arménia Histórica e considerada a terra original dos arménios. O terreno é muito montanhoso, com rápidas correntezas de rios e poucas florestas. O Clima continental está em todo o planalto, o que significa que os verões são quentes e os invernos são rigorosos na Arménia. O ponto alto é o monte Aragats, localizado no Pequeno Cáucaso (4095 metros), e não há ponto do país que esteja abaixo dos 390 metros acima do nível do mar.

O monte Ararate que historicamente pertence à Arménia é o ponto mais alto da região. Atualmente ele se localiza na Turquia, mas da Arménia tem-se uma vista clara e total da montanha, que lembra aos arménios de seu maior símbolo. A montanha está presente no Brasão de armas da Arménia e em várias manifestações culturais do povo.

Meio ambiente[editar | editar código-fonte]

A Arménia possui muitos problemas ambientais, os quais ela tenta resolver. Existe no país um Ministério do Meio Ambiente que introduziu taxas para a poluição do ar e da água, e para o despejo exagerado de lixo, que são usadas para atividades de proteção ambiental. A Arménia tem interesse em cooperar com outros membros da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e com a comunidade internacional nas questões ambientais. O governo arménio trabalhou para fechar a Usina Nuclear de Medzamor, próximo a Erevã, procurando desenvolver formas alternativas de energia.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima na Arménia é marcadamente continental. Os verões são secos e ensolarados, indo de junho até meados de setembro. A temperatura varia entre 22° e 36° C. Entretanto, a baixa umidade atenua o efeito das altas temperaturas. Brisas à tarde proveniente das montanhas promovem um bem-vindo frescor. A primavera é curta e os outonos são longos. Os outonos são conhecidos pela vibração e cor das folhas das árvores. Os invernos são muito frios com bastante neve, com temperaturas que variam entre -10° à -5 °C. Os esportes de invernos fazem sucesso essa época do ano, como a prática de esqui nas colinas de Tsakhkadzor, localizadas a 30 minutos de Erevã. O Lago Sevan está situado nas terras altas e é o segundo lago mais alto do mundo, a 1900 metros acima do nível do mar.[26]

Política[editar | editar código-fonte]

A política da Arménia situa-se em um ambiente de democracia representativa de república presidencial. Conforme a Constituição da Arménia, o presidente é o líder do governo e do sistema multipartidário pluriforme. O parlamento unicameral (também chamado de Azgayin Joghov ou Assembleia Nacional) é controlado por uma coalizão de três partidos políticos: o conservador Partido Republicano, o Partido Arménia Próspera e a Federação Revolucionaria Arménia. Os principais partidos de oposição incluem o partido do ex-presidente da Assembleia Nacional, Estado de Direito, e o partido do ex-primeiro-ministro Raffi Hovannisian, Herança, ambos são favoráveis a uma eventual adesão arménia à União Europeia e à OTAN.

O governo arménio declaradamente objetiva construir uma democracia parlamentar ao estilo ocidental e as bases para sua forma de governo. Contudo, observadores internacionais do Conselho da Europa e do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América têm questionado a clareza das eleições parlamentares e presidenciais da Arménia e o referendo constitucional desde 1995, citando divergência nas pesquisas, a falta de cooperação da Comissão Eleitoral e a escassa manutenção das listas eleitorais e os locais pesquisados. A Freedom House qualificou a Arménia como "praticamente livre" em seu relatório de 2007, apesar de não classificar o país como uma "democracia eleitoral", indicando uma relativa falta de liberdade e competitividade eleitoral.[27] Há o sufrágio universal com idade superior a dezoito anos.

Relações exteriores[editar | editar código-fonte]

Embaixada arménia em Washington, D.C.

A Arménia atualmente mantém boas relações com quase todos os países do mundo, com duas importantes sendo seus vizinhos mais próximos, a Turquia e o Azerbaijão. Tensões foram elevadas entre arménios e azerbaijanos durante os últimos anos da União Soviética. A Guerra de Nagorno-Karabakh dominou a política da região por todo os anos de 1990.[28] As fronteiras entre os dois países rivais permanece fechada nos dias de hoje, a solução para o conflito não foi alcançada apesar da mediação prestada por organizações como a OSCE. O ministro do exterior, Vardan Oskanyan, representa a Arménia nas negociações de paz.

A Turquia também possui uma longa história de conturbadas relações com a Arménia por sua recusa em reconhecer o genocídio arménio de 1915. O conflito de Karabakh tornou-se uma desculpa para a Turquia fechar suas fronteiras com a Arménia em 1993. Não tem revogado o bloqueio, apesar da pressão do poderoso lobby empresarial turco interessado nos mercados arménios.[28]

Devido a sua posição hostil entre dois países vizinhos, a Arménia tem aproximado laços de segurança com a Rússia. A pedido do governo arménio a Rússia mantém uma 102ª base militar russa no noroeste da cidade arménia de Gyumri como elemento de dissuasão contra a Turquia.[29] Apesar disto, a Arménia também tem olhado para as estruturas euro-atlânticas nos últimos anos. Mantém boas relações com os Estados Unidos especialmente por meio de sua diáspora. De acordo com o Censo americano de 2000, há 385 488 arménios vivendo naquele país.[30]

A Arménia é também membro da Parceria para Paz da OTAN, bem como, do Conselho da Europa, mantendo relações amigáveis com a União Europeia, especialmente com seus Estados-membros tais como a França e a Grécia. Uma pesquisa realizada em 2005 mostrou que 64% da população arménia estaria a favor da adesão à União Europeia.[31] Muitos oficiais arménios também têm expressado o desejo de seu país eventualmente tornar-se um Estado-membro da UE,[32] outros prevêem que será feito uma candidatura oficial em poucos anos.[33] Alguns também tem olhada a favor de uma adesão á Otan.[29] De qualquer modo o presidente, Robert Kotcharian, quer manter a Arménia atrelada à Rússia e à CEI e a OTSC, tornando parceiro, não membro, da UE e da OTAN.[34]

Forças Armadas[editar | editar código-fonte]

Soldados arménios durante a comemoração russa do Dia da Vitória

O Exército Arménio, Força Aérea, Defesas Aéreas e a Guarda de Fronteira são os quatro braços que formam as Forças Armadas da República da Arménia. As Forças Armadas foram formadas após o colapso da URSS em 1991 e com o estabelecimento do Ministério da Defesa em 1992. O comandante-em-chefe das Forças Armadas é o Presidente da República Robert Kocharyan. O Ministério da Defesa é um cargo de liderança política, atualmente ocupado pelo Coronel-General Mikael Harutyunyan, enquanto os comandos militares restantes estão nas mãos do Estado-Maior, liderado pelo Chefe do Estado, que atualmente é o Tenente-General Seyran Ohanian.

As forças ativas têm perto de 60 mil homens, com um adicional de reservas de 32 mil e "reservas dos reservas" estimados em 350 mil soldados. A Guarda de Fronteira arménia tem condição de patrulhar as divisas com a Geórgia e Azerbaijão, enquanto tropas russas monitoram as fronteiras com a Turquia e Irão. Em caso de eventual ataque, a Arménia pode mobilizar todos os homens capazes de manejar uma arma entre 15 e 59 anos com treino militar.

O Tratado das Forças Armadas Convencionais da Europa (FACE) estabeleceu limites nas categorias-chaves de equipamentos militares, foi ratificado pelo Parlamento Arménio em julho de 1992. Em março de 1993, a Arménia assinou a multilateral Convenção de Armas Químicas, que clamava pela eventual eliminação das armas químicas. A Arménia aderiu também ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares como um país sem armas nucleares, em junho de 1993. O país é membro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, juntamente com Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão. Participa do programas desenvolvidos pela OTAN "Parceria pela Paz" e Conselho da Parceira Euro-Atlântico. A Arménia estava engajada em missões de paz no Kosovo como parte das tropas kosovares não-OTAN, sob o comando grego.[35] E no Iraque, o país possui 46 membros das Forças Armadas como parte da Força de Coalizão.[36]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

As onze subdivisões da Arménia

A Arménia está organizada político-territorialmente em onze subdivisões. Destas onze, dez são chamadas marzer (em arménio: մարզեր) ou no singular marz (մարզ), que é derivada da palavra persa marz, cujo significado é "fronteira", "limite". Erevã é tratada separadamente e recebe status especial de hamaynq (համայնք) por ser a capital do país. O líder do executivo em cada uma das 10 marzes é o marzpet (մարզպետ) ou governador da marz, apontado pelo governo da Arménia. Em Erevã, o líder do executivo é o prefeito, apontado pelo presidente. A república possui 953 vilarejos, 48 cidades e 932 comunidades, das quais 871 são rurais e 61 urbanas.[37]

Número Província População  % Área Densidade Capital
11 Erevã (Երևան) 1.091.235 36,3% 227 km² 5.196,4 km² -
7 Shirak (Շիրակ) 257.242 8,6% 2681 km² 96,0 km² Giumri (Գյումրի)
3 Armavir (Արմավիր) 255.861 8,5% 1242 km² 206,2 km² Armavir (Արմավիր)
6 Lorri (Լոռի) 253.351 8.4% 3789 km² 66,8 km² Vanadzor (Վանաձոր)
2 Ararate (Արարատ) 252.665 8,4% 2096 km² 126,1 km² Artaxata (Արտաշատ)
5 Kotayk (Կոտայք) 241.337 8,0% 2089 km² 114,9 km² Hrazdan (Հրազդան)
4 Gegharkunik (Գեղարքունիք) 215.371 7,2% 5348 km² 58,9 km² Gavar (Գավառ)
8 Siunique (Սյունիք) 134.061 4,5% 4506 km² 29,8 km² Kapan (Կապան)
1 Aragatsotn (Արագածոտն) 126.278 4,2% 2753 km² 45,8 km² Ashtarak (Աշտարակ)
9 Tavush (Տավուշ) 121.963 4,1% 2704 km² 39,1 km² Ijevan (Իջևան)
10 Vayots Dzor (Վայոց Ձոր) 53.230 1,8% 2308 km² 22,1 km² Yeghegnadzor (Եղեգնաձոր)

Símbolos nacionais[editar | editar código-fonte]

A bandeira nacional consiste em três listas horizontais de cores vermelha, azul e laranja. Existem muitas interpretações do significado das cores, mas a mais aceite diz que o vermelho simboliza o sangue derramado pelos arménios em defesa do seu país, o laranja simboliza o solo fértil da nação e o azul simboliza o céu.

O brasão de armas é composto por uma águia e um leão segurando um escudo. O brasão combina elementos simbólicos antigos e modernos da cultura arménia. A águia e o leão são antigos símbolos arménios que datam dos primeiros reinos que dominaram a região, na era pré-cristã.

Mer Hayrenik (em arménio: Մեր հայրենիք) é o hino nacional adoptado a 1 de Julho de 1991, adquiriu a mesma música do antigo hino mas com uma letra diferente. Esta foi adaptada de um poema de Mikael Nalbandian (1829-1866) que mais tarde foi transformado em música pelo compositor Barsegh Kanachyan (1885-1967). Seu título significada Nossa Pátria.

Economia[editar | editar código-fonte]

A cidade de Erevan, centro económico e político do país

A economia da Arménia sobrevive de pesados auxílios estrangeiros.[38] Antes da independência, a economia arménia era principalmente de indústrias de base como indústrias químicas, eletrónica, maquinaria, alimentos, borracha sintética e têxtil, totalmente dependente de fontes externas. A agricultura contribuía com cerca de 20% na produção final e com 10% dos empregos antes da queda da URSS em 1991. A república desenvolveu um moderno setor industrial, abastecendo com máquinas, tecidos e outros produtos manufaturados para as suas "repúblicas irmãs" em troca de matéria-prima e energia.[18]

As minas arménias produzem cobre, zinco, ouro e chumbo. A maior parte da energia é produzida com combustível importado da Rússia, incluindo gás natural e combustível nuclear (para a única usina nuclear); a fonte para a energia residencial é hidroelétrica. Pequenas quantidades de carvão, gás natural e petróleo do país não suficientes para o desenvolvimento.

Como outras recém-independentes estados da ex-URSS, a economia da Arménia sofreu com o legado da economia planificada e com o colapso do padrão de troca soviético. Investimentos soviéticos que apoiavam a indústria da Arménia virtualmente desapareceram, tanto que poucas das maiores empresas estão ainda em atividade no país. Além disso, os efeitos do terremoto de 1988 (Terremoto de Spitak ou Gyumri), que vitimou 25 mil pessoas e feriu mais de meio milhão, ainda são sentidos. O conflito com o Azerbaijão pelo território de Nagorno Karabakh ainda não está resolvido. As fronteiras fechadas com a Turquia e o Azerbaijão tem devastado a economia do país, pois a Arménia depende de outras formas de energia e de matérias-primas. Estradas através da Geórgia e Irão são inadequadas e insuficientes. O PIB cresceu cerca de 60% de 1989 até 1993. A moeda nacional corrente, o Dram, sofreu uma hiperinflação nos primeiros anos de sua introdução.

O Templo de Garni, uma das principais atrações turísticas do país

Todavia, o governo fez reformas económicas abrangentes que diminuíram os dramáticos níveis de inflação e estabilizou o crescimento. O cessar-fogo na Guerra de Nagorno-Karabakh em 1994 ajudou a recuperar a economia. A Arménia vem tendo um forte crescimento desde 1995, construindo uma reviravolta que começou no ano anterior, fazendo a inflação ficar em níveis insignificantes nos últimos anos. Novos setores, como o de pedras preciosas e joalheria, tecnologia de informação, tecnologia de comunicação e também o turismo estão começando a substituir os tradicionais setores económicos do país, como a agricultura.

Este estável progresso económico foi ganho com um crescente investimento de instituições internacionais na Arménia. O Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento e outras instituições financeiras internacionais bem como outros países fornecem consideráveis empréstimos, que desde 1993, excederam 1,1 bilhão de dólares. Estes empréstimos são direcionados para a redução do défict do orçamento, estabilizando a moeda; desenvolvendo negócios privados; energia; agricultura; comida processada; transporte público, saúde e educação; e a reconstrução da área atingida pelo terremoto. O governo aderiu a Organização Mundial do Comércio em 5 de fevereiro de 2003. Mas uma de suas maiores fontes de investimentos é a diáspora arménia, que financia a maior parte da reconstrução da infra-estrutura e outros projetos públicos. Sendo um Estado democrático, a Arménia também recebe ajuda do ocidente.

Uma lei liberal de investimentos estrangeiros foi aprovada em junho de 1994, e a Lei de Privatizações foi aprovada em 1997, bem como um programa de privatização de propriedades estatais. A continuação do progresso depende da habilidade do governo de fortalecer a gerência da macro economia, incluindo uma crescente coleta de rendimentos de governo, melhorando o clima dos investimentos e promovendo operações de combate à corrupção. Entretanto, o desemprego se revela o maior problema do país, principalmente devido ao grande fluxo de imigrantes vindo de Karabakh, refugiados do conflito, que encaram taxas de desemprego em torno de 15%.

Em 2007, a Transparência Internacional publicou na Lista de percepção de corrupção a Arménia na posição de 99º, em 179 países avaliados.[39][40] O país foi classificado como o 80º melhor IDH pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o mais alto das repúblicas transcaucasianas..[41] Em 2007, no Índice de Liberdade Económica, a Arménia foi classificada como o 32º país, com um índice próximo a países como Portugal e Itália.[42]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Demografia da Armênia
Parque aquático em Erevã

A Arménia possui[quando?] uma população estimada em 3 215 800 habitantes e é a segunda maior densidade populacional das ex-repúblicas soviéticas. Tem havido um problema de declínio populacional causado por altos índices de emigração após a dissolução da URSS. As taxas de emigração e o declínio populacional, no entanto, diminuíram drasticamente nos últimos anos e um moderado afluxo de arménios regressa à Arménia, têm sido as principais razões para a tendência, que estima-se continuar. É esperado que a Arménia retome seu crescimento populacional positivo em 2010.

Os arménios configuram 97,9% da população, enquanto que os iázides 1,3% e os russos 0,5%. há demais minorias que incluem assírios, ucranianos, gregos, curdos, georgianos e bielorrussos. Pequenas comunidades de valacos, volgaicos, ossetas, udinos e tatras, existem comunidades de polacos e alemães caucasianos sobre uma pesada russificação.[43] Durante os anos soviéticos, os azerbaijanos compunham a segunda maior população no país (aproximadamente 2,5% em 1989[44]). Porém, devido às hostilidades com o vizinho Azerbaijão sobre a disputada região de Nagorno-Karabakh, praticamente toda população azeri emigrou da Arménia. Por outro lado, a Arménia recebeu um grande afluxo de refugiados arménios do Azerbaijão, dando assim um caráter mais homogêneo à Arménia.


Diáspora[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Diáspora armênia

A Arménia possui uma diáspora relativamente grande (8 milhões segundo algumas estimativas, excedendo signitivamente a população de 3 milhões da própria Arménia), com colônias espalhadas pelo mundo todo. As maiores comunidades arménias fora da Arménia se encontram na Rússia, França, Irão, Estados Unidos, Brasil, Geórgia, Síria, Líbano, Argentina, Chile, Uruguai, Austrália, Canadá, Chipre, Ucrânia e Israel.[45] De 40 a 70 mil arménios ainda vivem na Turquia (a maioria perto de Istambul).[46] Aproximadamente, mil arménios residem no bairro Arménio na cidade antiga de Jerusalém em Israel, remanescentes do que fora uma vez uma grande comunidade.[47] Na Itália se encontra a San Lazzaro degli Armeni, uma ilha localizada na Lagoa de Veneza, que é completamente ocupada por um mosteiro dirigido pelos mekhitaristas, uma congregação católica arménia.[48] Além disso, por volta de 130 mil arménios vivem na região de Nagorno-Karabakh onde compõem a maioria da população.[49] No Brasil se concentram principalmente na cidade de Osasco, no estado de São Paulo.

Cultura[editar | editar código-fonte]

Os arménios tem o seu próprio alfabeto e a sua própria língua. O alfabeto foi inventado em 406 pelo São Mesrob Machtots, e consiste em 38 letras, duas delas adicionadas durante o período ciliciano. 96% da população fala o idioma arménio e cerca de 75,8% fala também o russo. Entrentanto, o inglês vem ganhando cada vez mais espaço entre a população.[carece de fontes?]

Religião[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Religiões na Armênia

A religião predominante na Arménia é o cristianismo, sendo esta crença partilhada por 98,7% da população de acordo com o site.[50] As origens da Igreja Arménia remontam ao século I d.C. De acordo com a tradição, a Igreja Arménia foi fundada por dois dos doze apóstolos de Cristo, São Judas Tadeu e São Bartolomeu, que pregaram o cristianismo na Arménia entre os anos de 40 e 60 d.C. Por causa destes apóstolos fundadores, o nome oficial da Igreja Arménia é Igreja Apostólica Arménia. A Arménia foi a primeira nação à adotar o cristianismo como religião oficial de Estado, em 301. Mais de 93% dos cristãos arménios pertencem à Igreja Apostólica Arménia, uma forma de ortodoxia oriental (não-calcedônia), que é uma igreja muito ritualística e conservadora, muitas vezes comparada às igrejas copta e síria. A Arménia possui também uma população de católicos, ambos romanos e arménios-mekhtaristas (juntos 180 mil), evangélicos protestantes e seguidores da religião tradicional arménia. Os curdos iázides, que vivem na parte ocidental do país, praticam o iazdanismo. A Igreja Católica Arménia e sediada em Bzummar, Líbano. Os curdos não-iázides praticam o islamismo sunita. A comunidade judaica na Arménia diminuiu para 750 pessoas desde a independência devido às dificuldades económicas, onde a maioria dos emigrantes foram para Israel. Existem atualmente duas sinagogas na Arménia, uma na capital, Erevã, e outra na cidade de Sevan localizada próxima ao Lago Sevan. Casamentos com cristãos arménios são frequentes. Ainda assim, apesar destas dificuldades, existe muito entusiasmo para ajudar a comunidade a satisfazer suas necessidades.[51]

Os santos padroeiros da Arménia são o primeiro católico de todos os armênios, Gregório, o Iluminador, e o apóstolo Bartolomeu.[52]

Música e arte[editar | editar código-fonte]

Ópera de Erevã

A Galeria Nacional de Arte de Erevã possui mais de 16 mil obras que datam desde a Idade Média. O Museu de Arte Moderna, a Galeria de Imagens Infantis e o Museu Martiros Saryan reúnem notáveis acervos. Contudo, muitas coleções particulares estão em operação, abertas o ano todo. Elas promovem exposições rotativas e vendas de obras de arte.

A Orquestra Filarmônica da Arménia se apresenta na recondicionada Casa de Ópera de Erevã. Além disso, várias câmaras estão disponíveis para o aprendizado da música, como a Orquestra de Câmara Nacional da Arménia e a Orquestra Serenade. A música clássica pode ser ouvida em vários pequenos locais, incluindo o Conservatório Estadual de Música de Eerevã e o Hall da Orquestra de Câmara. O jazz é popular, especialmente no Verão, quando performances ao vivo acontecem frequentemente nos cafés e bares da cidade.

Em Erevã um mercado de arte e artesanato fecha a Praça da República com um alvoroço de centenas de mercadores vendendo uma grande variedade de artesanatos aos finais de semana e às quartas-feiras, embora com o horário reduzido ao meio-dia. O mercado oferece antiguidades, rendas finas e tapetes feitos à mão que são a especialidade do Cáucaso. A obsidiana é achada facilmente e é matéria-prima para os artesãos do país fazerem chaveiros, crucifixos, placas, objetos ornamentais, bijuterias, etc. A ourivesaria arménia é muito tradicional e ocupa uma esquina no mercado, com itens de ouro para serem negociados. Relíquias soviéticas e souvenirs manufaturados da Rússia - bonecas, relógios, caixas esmaltes também estão disponíveis no mercado.

Do outro lado da Opera House, um popular mercado de arte fecha o parque da cidade aos fins de semana. A longa história arménia, como no tempo das Cruzadas no mundo antigo, resultaram em paisagens com muitos sítios arqueológicos a serem explorados. Sítios da Idade Média, Idade do Ferro, Idade do Bronze e até a Idade da Pedra estão há poucas horas do centro da cidade. Porém, a mais espetacular experiência é poder visitar Igrejas e fortalezas como eram originalmente.

Músicos folclóricos arménios

A Universidade Americana da Arménia possui graduação em Negócios, Direito e em outras áreas. A instituição existe graças aos esforços combinados do governo da Arménia, da União Geral Arménia de Beneficência (UGAB), da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional e da Universidade da Califórnia. Os programas de extensão e a biblioteca da universidade fazem dela um centro da língua inglesa no país e um local de incentivo à vida intelectual na cidade.

Muitos nomes famosos da música mundial são arménios ou descendentes, incluindo o famoso compositor clássico Aram Khachaturian, o baterista Aram Khachaturian, a famosa cantora americana Cher e o cantor francês Charles Aznavour. Todos os membros da banda americana de metal System of a Down são descendentes de arménios.

Hospitalidade e cerimônia de casamento[editar | editar código-fonte]

A hospitalidade arménia é bem conhecida e tem origem nas antigas tradições do povo. Reuniões sociais são sempre acompanhadas de suntuosos banquetes com muita comida tradicional. Os anfitriões podem servir seus convidados com bastante comida e os pratos e copos nunca devem ficar vazios ou incompletos. Após uma porção de comida, é aceitável negar de forma educada e cortês repetir, ou mais simplesmente deixe um pouco de comida no prato. Bebidas alcoólicas, como conhaque, vodka e vinho tinto, podem acompanhar a comida ou serem servidas nas reuniões. É raro que se vá a uma casa arménia e não ser convidado para um café, massas, alguma comida ou mesmo água.

A elaborada cerimônia de casamento na Arménia é preparada desde quando o homem e a mulher são " "prometidos" um ao outro. O chefe da família (pai, avô ou em alguns casos o tio) vai até a casa da mulher pedir permissão ao pai dela para seus filhos namorarem e com esperança de terem um futuro próspero. Se a permissão for concedida pelo pai da mulher, o homem dá então a ela um anel de compromisso para oficializar a relação. Para celebrar a união das famílias, a família da mulher abre uma garrafa de conhaque. Após a promessa, muitas famílias promovem uma grande festa de noivado. A família da noiva é quem planeja, organiza e paga pela festa. Há apenas um pequeno envolvimento por parte da família do noivo. Na festa, um padre convoca a todos para rezarem, para que o casal se torne mais tarde marido e mulher e sejam abençoados. Quando as palavras do padre são concluídas, o casal desliza por uma fita de casamento pela mão esquerda (o anel é movido para a mão direita em uma cerimônia formal de casamento na Igreja Arménia). É o tempo habitual para escolher se o casal irá se casar é de um ano. Diferentemente de outras culturas, é o homem e sua família que pagam para casar. O processo de organização e planejamento é usualmente feito pela noiva.

Culinária[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Culinária da Arménia
Kebab (քեբաբ) de frango arménio, esfiha (լահմաջո; lahmadjo), charuto de folha de uva (թփով տոլմա; thpov tolma), arroz (բրինձ; brindz) e baklava (բակլավա)

Dada a geografia e a história do país, a culinária arménia é uma das representantes da mediterrânica e caucasiana, com fortes influências da Europa Oriental e do Oriente Médio e, em menor escala, dos Bálcãs. Os arménios têm influenciado as tradições culinárias de seus países vizinhos ou cidades, como Alepo.[53] A culinária arménia caracteriza-se pelos recheios, purés e coberturas na preparação de um grande número de carnes, peixes e legumes.[54]

Desporto[editar | editar código-fonte]

Na Arménia jogam-se vários tipos de desportos, entre os que se destacam estão a luta livre, o levantamento de peso, o judo, o futebol, o xadrez e o boxe.[55] O relevo da Arménia é bastante montanhoso, o que facilita a prática de desportos como esqui e o alpinismo sejam practicados massivamente. Uma vez que é um país sem litoral, os desportos aquáticos somente podem ser practicados em lagos, especialmente no lago Sevan. Competitivamente, a Arménia tem tido êxito em halterofilia e luta livre.

A Arménia é também participante activo na comunidade desportiva internacional com a plena pertencida à União das Federações Europeias de Futebol e a Federação Internacional de Hóquei no Gelo.

A Arménia, sem embargo é uma autêntica potência mundial em xadrez. Na Olimpíada de Xadrez de 2006, celebrada em Turim, a equipe masculina foi campeã e a equipe feminina ficou em sétimo lugar. Levon Aronian é o principal jogador de xadrez da Arménia.

O maior estádio do país é o Estádio Hrazdan localizado em Erevã.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Հայաստանի Հանրապետության Ազգային վիճակագրության ծառայություն: Հայաստանի Հանրապետության մշտական բնակչության թվաքանակը 2014 թվականի հուլիսի 1-ի դրությամբստուգվում: 1.8.2014
  2. «Human Development Report 2015» (PDF) (em inglês). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 14 de dezembro de 2015. Consultado em 24 de dezembro de 2015. 
  3. Como um país transcontinental, a Arménia pode ser considerada parte da Ásia e/ou da Europa. A ONU classification of world regions situa a Arménia na Ásia Ocidental; a CIA World Factbook [1], National Geographic, e Encyclopædia Britannica também situam a Arménia na Ásia. Convencionalmente, inúmeras fontes colocam a Arménia na Europa, como a BBC [2], Oxford Reference Online [3], Merriam-Webster's Collegiate Dictionary (também situa tradicionalmente o Reino da Arménia na Ásia), e www.worldatlas.com. Entretanto, o governo arménio e o seu povo se identificam como europeus e como parte integrante da Europa. [4]. O ministro das relações exteriores da Arménia, Vardan Oskanyan disse recentemente que: "A Arménia fica na Europa. Isso é fato, não uma resposta a uma questão." [5]. Torben Holtze, líder da representação na Arménia, Geórgia da Comissão Europeia e embaixador da União Europeia sediada em Tbilisi, pronunciou-se recentemente: "Por uma questão de princípios, a Arménia é uma nação europeia." [6]; Juergen-Zahorka, Hans. «How Armenia Could Approach the European Union» (PDF). LIBERTAS - Europaeisches Institut GmbH. Consultado em 23 de dezembro de 2006. ; «EUROPE AND ARMENIA». Inside Europe. Consultado em 23 de dezembro de 2006. 
  4. "A conversão da Arménia ao cristianismo foi provavelmente o passo crucial em sua história. (.) Que identifica a Arménia quase como a única nação cristã nesse período e a primeira a adotar oficialmente o cristianismo". (Nina Garsoïan (1997). ed. R.G. Hovannisian, : . Armenian People from Ancient to Modern Times Palgrave Macmillan [S.l.] pp. Volume 1, p.81. ).
  5. René Grousset (1947). Histoire de l'Arménie 1984 edition ed. Payot [S.l.] pp. p. 122. . Datas estimadas variam entre 284 a 314. Garsoïan (op.cit. p.82), seguindo a pesquisa de Ananian, favorece a segunda data.
  6. Razmik Panossian, The Armenians: From Kings And Priests to Merchants And Commissars, Columbia University Press (2006), ISBN 978-0-231-13926-7, p. 106.
  7. "Χαλύβοισι πρὸς νότον Ἀρμένιοι ὁμουρέουσι (The Armenians border on the Chalybes to the south)". Mark Chahin (2001). The Kingdom of Armenia (Londres: Routledge). pp. fr. 203. ISBN 0-7007-1452-9. 
  8. Tradução do grego: Ἀρμένιοι δὲ κατά περ Φρύγες ἐσεσάχατο, ἐόντες Φρυγῶν ἄποικοι
  9. Anabasis [S.l.: s.n.] pp. IV.v.2–9. 
  10. Estadão - Uma viagem por São Paulo: Armênios, discretos e (bem) tradicionais.
  11. Nubar Kerimian (1982). Massacre de Armênios e Memórias de Naim Bey para Aram Adonian 1982 ed. (São Paulo: Igreja Apostólica Armênia). 
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