O que já alertávamos durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff está se concretizando. O golpe trata-se, desde o início, de um jogo de interesses, que resultou em um governo completamente instável. Michel Temer jamais terá condições de implementar medidas concretas para o crescimento do País. É possível que, em pouco tempo, a grande maioria dos brasileiros e brasileiras que apoiaram o golpe comece a perceber o erro cometido. Incentivar um governo de total incerteza está longe de ter sido uma boa decisão.
Esqueçam tudo isso, em nome daquilo que você considera sagrado, e volte a olhar uns aos outros como nos olhávamos no recreio da escola, quando tínhamos uns seis anos e todo mundo era amigo e as brigas acabavam quando alguém chorava. Você se lembra dessa época? Se lembra quando a dor do outro nos tocava, e nos abraçávamos para que a dor fosse embora? Alguém ainda se lembra que não vale a pena brigar, xingar, gritar com seu irmão por conta daquilo que ele acredita, seja em Deus, seja que o Lula é inocente?
Ensinar letras, números e inglês na Educação Infantil é querer inserir a criança no mundo adulto o mais rápido possível. Já vemos isso acontecer nas roupas adultizadas, nas danças, na adultização precoce. Querem que aquele mini ser tenha uma agenda digna de executivo e que aprenda logo os códigos do mundo adulto. Querer fazer uma criança de cinco anos permanecer sentada, em silêncio, lendo e escrevendo é uma tentativa cruel de apagar a primeira infância. A primeira infância deveria ser dedicada a brincadeiras, aos amigos e à liberdade de ser criança. Querer colocar esse peso do mundo adulto nas mãos pequeninas de crianças que ainda estão trocando r pelo l na fala é um equívoco tão grande quanto exigir delas atitudes adultas.
Começou com Aécio Neves, candidato derrotado na última eleição presidencial, contestando o resultado e solicitando recontagem de votos. Depois, veio o ex-deputado Eduardo Cunha e suas pautas-bomba, que travaram o governo Dilma (que, a propósito, era uma bagunça por si só).
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), acaba de conceder liminar para afastar Renan Calheiros da presidência do Senado. Pelo roteiro supracitado, haverá insônia em Brasília nas próximas noites, contrastando com o bom humor de quem cumpriu o dever cívico nas ruas.
Este ano o Canadá também abriu um inquérito nacional sobre a violência contra mulheres e meninas indígenas. Ao mesmo tempo, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, se gabou publicamente de ter cometido agressão sexual e fez pouco-caso do que disse, qualificando seus comentários de "conversa de vestiário". Mais de uma dúzia de mulheres o acusaram de agressão ou assédio sexual.
Mas há um grande porém: eu quero um relacionamento, e há momentos em que eu bem que gostaria de não ter toda essa consciência crítica das normas sociais. Há momentos em que sinto "a pressão": por exemplo, a resistência que senti quando fiz 30 anos; a ansiedade evocada por meu perfil no Bumble quando ele deixou de dizer "29 anos"; a tristeza quando penso que minha mãe, na minha idade, já tinha dois filhos.
Estamos, neste momento, no meio do Oceano Atlântico. Nosso veleiro Kat parece uma ilha cercada de água por todos os lados. Voltaremos a ter "terra a vista", no dia 10 de dezembro, quando chegaremos na Marina Itajaí, em Santa Catarina. Mas a Expedição Oriente foi muito mais longa. Desde a partida, foram mais de 800 dias de aventura! O que acontece numa viagem dessa? Até agora, todos os detalhes eram segredo... Estou brincando, claro. Já compartilhei muitas emoções com vocês por aqui, certo?
Os números mostram a verdade. Por mais que queira ver uma mulher na Presidência, não seria Hillary Clinton. Me coloquei em situações de risco várias vezes combatendo a corrupção empresarial, e uma vez perdi o emprego por defender dezenas de funcionários. De maneira nenhuma votaria nela e iria contra minha moral; muitas das políticas dela são contra todas as fibras do meu ser. Por outro lado, como vítima de ataque sexual, votar em Trump seria como votar em todo homem que me degradou. As palavras que saíam da boca dele me lembravam da minha dor.
Querido Fernando Holiday, aqui quem fala é Marcelo. Assim como você, eu sou negro e faço parte da nada generosa classe média, um espaço com poucos da minha cor e da sua, já reparou? Ou você estava tão ocupado falando que negros se fazem de vítimas e esqueceu de reparar que nos lugares bacanas que frequenta você é o único negro em posição de consumidor?
O fato é que as denúncias contra o governo de Temer já se avolumam nos últimos seis meses, tanto que o presidente teve um ministro demitido por denúncias gravíssimas a cada 30 dias. Some-se a isso as gravações que revelam que a ideia deste grupo político era embarreirar investigações da Lava jato e de impor um projeto atrasado e derrotado nas urnas inúmeras vezes.
Preocupe-se, apenas, com a sua real vontade, aquela que vem de dentro. Aliás, você sabe o que realmente quer? Consegue separar seus verdadeiros sonhos daqueles que disseram que precisa ter?
Amar é deixar ir. E Ferreira Gullar foi. Missão cumprida, afetos correspondidos e alimentados. Passagem feita. Ciclo concluído. Vida que sempre segue. Morte que sempre chega. Poesia que sempre fica. Ferreira Gullar vai, mas fica. Eterno.
Temos uma semana para recorrer da análise e reverter o parecer. E como atualmente tudo parece funcionar à base da mobilização/pressão, vou pedir a sua ajuda: Se você conhece algum jovem com um grave problema odontológico e que nunca conseguiu atendimento público, deixe seu comentário aqui e nós o encaminharemos ao CMDCA... quem sabe assim alguém por lá descubra que o problema está mais perto do que se imagina.
Do lado de fora, bombas, cassetete e gás de pimenta. Do lado de dentro, um coquetel antes de aprovar o congelamento de gastos por vinte anos. Isso é reflexo de um governo antidemocrático, ilegítimo e que não deseja dialogar com a população. Aprovar uma proposta que causará limitação drástica de gastos públicos por 20 anos em um dia em que foi decretado luto nacional é, no mínimo, um ataque à democracia e um enorme desrespeito ao povo brasileiro. Estamos de luto. Pelas vítimas do acidente de avião e pelo povo brasileiro vítima deste governo.
Quando eu decidi que iria viver fora, uma das questões que tive que adaptar foi a rotina de exercícios. Não que eu seja super atlética, aliás, tem muito tempo que não piso numa academia. Meu "esporte" é o yoga. Não comecei a praticar yoga para emagrecer ou algo do tipo. Comecei por outras questões, como diminuir a ansiedade, mas é claro que acaba sendo um exercício também.
Não é normal desejar bater em pessoas desconhecidas nas ruas, nem saudável não poder passar tempo com a família, não é correto desejar que alguém seja morto e estuprado por discordância política e tenho certeza que sua mãe não deve ter te ensinado a xingar pessoas a torto e a direito.
São tempos difíceis. A cada dia que passa, parece que tudo se torna mais nebuloso. Não há dinheiro, não há emprego, não há saúde, não há paciência e muitos governantes e formadores de opinião que influenciam direta e indiretamente a grande massa, se assemelham aos vilões de histórias em quadrinhos com um requinte a mais de crueldade.
Um dos livros mais decepcionantes que li nos últimos tempos foi Sapiens - Uma breve história da humanidade. Não achei um livro ruim, mas decepcionante. Talvez porque eu tenha demorado tanto para ler - e, nos cinco anos desde seu lançamento, ele tenha se tornado tão popular e influente - que já não achei nenhuma ideia original.