Hoje eu sou muito mais preocupada em tentar seguir hábitos saudáveis (ou pelo menos tentar evitar aquilo que certamente me faria mal). Hoje eu consigo falar sobre isso, e consigo não sentir culpa. Eu possuo uma doença crônica, e isso não faz de mim uma pessoa pior, menor, menos digna, ou mais suja. Só me faz eu ser quem sou, e assim sigo sendo, desde o dia 14 de agosto de 2014.
Um dia, o nó na garganta vai se desfazer. A Chape vai se reerguer, vai dar a volta por cima. Eu voltarei à Arena Condá para ver mais gols, encontrar mais amigos, comemorar mais gols, tomar mais garrafas de Kilsen. Não vai ser o que aconteceu na Colômbia que vai atrapalhar o futuro brilhante ao qual a Chape está destinada. Mas a resposta do Cocada no WhatsApp nunca vai chegar. E isso é o que mais me dói. Vai com Deus, amigo. Você cumpriu seu papel.
Jandira Magdalena dos Santos Cruz, Elisângela Barbosa e Caroline de Souza Carneiro. O que elas têm em comum? Todas morreram tentando realizar abortos em clínicas clandestinas, no Rio de Janeiro, nos últimos dois anos. São histórias que chocaram o país, mas, como tantas outras, caíram no esquecimento. Que a decisão de ontem signifique que menos nomes serão acrescentados a essa lista no futuro.
Todos os que estavam naquele avião fizeram muito por esse time. Deixaram um vazio que jamais será preenchido novamente. Porque dá para substituir jogadores e técnicos, mas não se substitui uma família e a família da Chape perdeu muito ontem. Temos agora o dever de seguir em frente para honrar a memória deles que tanto fizeram jus ao hino do clube: "nas alegrias e nas horas mais difíceis meu furacão tu és sempre um vencedor".
De nada adianta a esquerda aderir festivamente ao espetáculo da Lava Jato, como se nos regozijássemos porque agora chegou a vez dos outros. É preciso firmeza e coerência. É preciso separar a Justiça, bandeira a ser retomada pelos progressistas, da revanche e da autofagia.
Agora, sempre que a Chapecoense entrar em campo vamos nos lembrar das histórias de vida encerradas por aquele acidente, dos sonhos interrompidos, dos pais que perderam seus filhos, dos filhos que perderam seus pais, das esposas que não terão mais seus maridos pra abraçar, dos ídolos que não vão mais ser aclamados e das amizades de uma vida toda, que tão brutalmente foram despedaçadas.
É por isso que a PEC do teto dos gastos públicos é muito mais do que uma mera política de austeridade e ajuste das contas públicas. Por trás de seu discurso de que se trata de um mal necessário e inevitável oculta-se uma mudança radical na orientação política das prioridades do Estado brasileiro. Ao mesmo tempo, escamoteiam-se interesses que buscam privilegiar aqueles poucos que lucram com os títulos da dívida pública em detrimento dos milhões de brasileiros que serão prejudicados por terem seus direitos a serviços públicos de qualidade negados.
Não há palavras ou idioma que expliquem a tragédia ocorrida com a delegação da Chapecoense e demais passageiros do fatídico voo 2933 da LaMia. Diante da dor do torcedor que sonhava com um título inédito para um clube do oeste catarinense; ou de familiares que vibravam com ascensão profissional de seus maridos, pais, filhos, netos; só nos resta dar o ombro em solidariedade e chorarmos juntos.
A transferência de um período para outro acontece a partir do luto destes dias e é marcada por uma transição, embora antes anunciada, agora conveniente e mais tranquila para Raúl Castro. Diante dos sinais de transferência do poder para o ministro de Relações Exteriores até 2018, a atenção a uma transição mais conciliada, inclusive com efeito nas Forças Armadas, em cujo sistema já vigoram princípios distintos do regime castrista.
3. Quando seu filho estiver com 20 e poucos anos, você já estará oficialmente na terceira idade - o melhor incentivo para começar a cuidar de sua saúde agora, já. Vinho tinto e balinhas Gummy Bear de romã são superalimentos, certo?
Vivemos em um caleidoscópio de valores. Alguns destes valores são consequencialistas: por vezes agimos visando boas consequências, como no caso de políticas de bem-estar social. Outros destes valores são categóricos (ou, para usar o termo técnico, deontológicos): fazemos ou deixamos de fazer determinadas coisas porque são certas ou erradas, independentemente das consequências. Não devemos mentir em benefício próprio, por exemplo. Outros valores ainda se relacionam àquilo que entendemos ser um modo de vida valioso: reconhecemos a prudência na tomada de decisões como algo importante.
Bandida é a identidade afirmativa que Carol carrega desde o início de sua carreira - e da vida. Como ela mesmo já relatou em dezenas de entrevistas, ser mulher negra, vivendo em regiões periféricas violentas, a tornou uma adolescente reativa.
Talvez, a frustração na infância seja um caminho para diminuir a frustração na vida adulta, que normalmente será mais longa e desagradável.
Para falar do assunto entre mulheres, a Comum, comunidade de empoderamento feminino e plataforma de conteúdo digital, preparou uma imersão de dois dias - 3 e 4 de dezembro - em São Paulo. A imersão vai ser guiada pelas psicólogas e terapeutas corporais Renata Pazos e Maria Leonice, e vai misturar práticas e conversas importantes para as mulheres investigarem questões internas e começarem um processo de libertação e autonomia sexual.
Se no futebol as verdades não duram 24 horas, na política elas só duram até o próximo áudio. Michel Temer vai cavando seu próprio buraco com mais propriedade, quem diria, que sua antecessora.
A morte de Fidel pode ser uma barreira a menos para o fim do embargo econômico e das operações de desestabilização, que resistem ao fim da Guerra Fria. Que aqueles que veem Cuba como um farol compreendam que o maior legado de Fidel Castro e da Revolução Cubana, mesmo com todas as contradições, é a concepção de que a luta emancipatória é necessária e possível. Que Cuba siga os rumos que seu povo escolher. Que conserve as conquistas da revolução. Que seja a América que deu certo.
Quando nos machucamos, física ou emocionalmente, em vez de armazenar toda a dor em nosso corpo como tensão, podemos dissipá-la chorando, rindo, ficando bravos ou tremendo. É assim que o corpo processa emoções e se liberta delas. A maioria de nós não faz isso com frequência, porque desde que éramos pequenos nos mandaram "não chorar". Mas nossos filhos pequenos ainda têm seu sistema de recuperação intacto.
Se o jornalismo fosse uma pessoa, ele seria um homem, branco e de classe média. O último levantamento da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), feito em 2012, chegou à conclusão de que 72% dos profissionais das redações é branco, a maioria com renda entre 5 e 10 salários mínimos e que 36% eram homens.
O Brasil já teve nomes antes de República Federativa do Brasil, mas nenhum se ajustaria melhor à realidade política atual do que o nome de "República Corporativa dos Brasis". Somos um país dividido em uma parcela moderna e outra excluída da educação, da saúde, da renda, da participação política; e a parcela moderna é dívida em corporações, sem um interesse nacional comum e sem uma perspectiva de longo prazo que beneficie as futuras gerações.