A disputa entre Hillary e Trump mostrou que, até na maior democracia do mundo, o presidencialismo faliu. Nenhum dos dois possui qualificação para liderar a potência americana. Da mesma maneira, esgotou-se o modelo "descolado e pra frentex" adotado pela imprensa.
Trump não segue um roteiro. É facilmente distraído e atraído por polêmicas sem sentido. E aí jaz uma esperança mais realista: que o presidente Trump se veja envolvido em tamanhas confusões, desde seu primeiro dia, que seu mandato passe sem qualquer outra marca significativa na história além de ter derrotado a primeira mulher candidata a Presidente.
Por mais que eu considerasse Hillary e Trump equivalentes, não dá pra deixar de se arrepiar com a vitória de Donald Trump. Mal ou bem ele é exatamente aquilo que representa, um psicopata misógino perigoso. Hillary tem uma capa, ela esconde o que realmente é -- e não é muito diferente dele.
Ao ouvir uma multidão de jovens mulheres, assustadas e exauridas, entendi o quanto é urgente falarmos da universidade livre das hierarquias opressoras e abusivas. Elas estavam juntas para acomodar o luto pelo suicídio de Ariadne Wojcik, ex- aluna do curso de direito da universidade. Na melancolia compartilhada, falavam de todas elas. Ao ouvi-las, me inquietei sobre o meu lugar como professora.
Nos últimos vinte anos, independentemente de governo tucano ou petista, os debates sobre os destinos da educação deram-se em um tom construtivo e progressista. Repentinamente surge uma equipe de um governo não eleito e quer mudar tudo do dia para a noite? Com que autoridade?
A percepção de que uma mulher extrovertida e "amigável" está querendo seduzir permeia a cultura do estupro. Pressiona as mulheres a serem altamente seletivas em sua gentileza (ou seja, é melhor ser considerada fria e mal-humorada, para ficar em segurança!).
Com tanto som, fúria e incerteza nos Estados Unidos, além das ameaças de uma "nova revolução", os perdedores não são apenas a população americana, mas aqueles que olhavam para os Estados Unidos em busca de inspiração e apoio.
E escrevemos textões de análise crítica política que só alcançam a quem forem agradar. Mostramos por A B e com todos os recursos visuais possíveis quais são os perigos do conservadorismo - mas só para quem já é liberal e progressista. Bom, a bolha estourou! Bem-vindos ao mundo real, onde nada do que você posta no Facebook faz diferença alguma.
Se você é introvertido, não deixe que os outros te façam se sentir mal porque você não quer "sair mais". E se você é extrovertido e está sempre tentando arrastar o introvertido para fora de casa: sabia que ele talvez esteja feliz assim. Não presuma que os introvertidos da sua vida não gostem do você ou não te achem interessante. Não é por timidez que eles não vão à sua festa, nem por que são esnobes. Introvertidos são como você, mas mais quietos. Precisamos de um tempo sozinhos e, às vezes, precisamos de um tempo sozinhos com você - só nós dois, realmente conectados.
As eleições de 8 de novembro levaram ao poder não só Trump, mas deram aos republicanos o controle da Câmara dos Deputados e do Senado. Em seu governo ele também terá a oportunidade de nomear ministros da Suprema Corte, consolidando uma hegemonia sobre os três poderes da república que os republicanos não tinham desde a década de 1920.
Os americanos precisam saber que viver no Canadá não é um prêmio de consolação. Viver no Canadá é como ganhar na loteria cultural e geográfica. O Canadá é um país rico em diversidade, com abundância de recursos naturais e paisagens de tirar o fôlego. Um país cujas contribuições musicais incluem Neil Young, Joni Mitchell e Drake. Nós nos solidarizamos com nossos amigos americanos, mas abrimos nossas fronteiras a refugiados que realmente precisam disso, não a pessoas privilegiadas com um candidato republicano tenebroso.
O mundo foi dormir apreensivo e acordou em choque. Em uma campanha que, dado momento, chegou a liderar com 15 pontos de vantagem, Hillary Clinton não teve a vitória fácil que se esperava dela. Ao contrário, a democrata não levou os delegados de estados considerados chave (notoriamente a Flórida, que por tradição, costuma definir o pleito) e perdeu feio para o republicano Donald Trump.
Sarcasmo não faz ninguém mais sábio. O rebaixamento do argumento alheio, com base em menosprezo, vem se mostrando a mais mal sucedida das táticas de guerrilha intelectual. Pois bem, Donald Trump eleito. É hora de de muita gente aprender a problematizar, ao invés de ridicularizar.
Uma enxurrada de memes e piadas sobre os "atrasados para o ENEM" surgiu novamente nas redes sociais. A "cereja do bolo" neste ano foi a organização de uma série de camarotes open-bar organizados pelo blogueiro Maurício Cid ("Não Salvo") para acompanhar pessoas que chegaram atrasadas. Cenas como essas nos fazem questionar se a falta de sensibilidade e de empatia da sociedade realmente aumenta a cada ano e, principalmente, quando vamos refletir de fato sobre as desigualdades brasileiras.
Se eu tivesse um centavo para cada vez que ouvi (ou li) essa pergunta nos últimos meses, teria dinheiro suficiente para tirar o cassino Trump Taj Mahal da falência. As pessoas que fazem essa pergunta geralmente atribuem a decisão a uma falta de maturidade. A uma recusa abjeta em tolerar posições contrárias. A uma questão de simples política partidária. Sabe o que eu tenho a dizer a essa gente? Chega.
Não está sendo fácil, mas eu deixo bem claro que a peteca não vai cair, o samba não vai morrer e a vida vai ficar cada vez mais linda, porque a verdade é que eu continuo a mesma e posso ser e ter tudo que queria antes, só que no momento, sou uma mãe solo e muito feliz com dois corações batendo aqui dentro.
No debate sobre os impactos da PEC, a posição oficial do governo defende que ela é o único meio para salvar o Brasil da crise. Essa posição, no entanto, tem sofrido duras críticas que afirmam que as medidas são desnecessárias, que alternativas de enfrentamento da crise existem e que caso aprovada, a PEC 55 terá efeitos perversos para o Brasil como um todo.