Hútus
Hútus Bahutu |
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População total |
5-9.5 milhões |
Regiões com população significativa |
Ruanda, Burundi, República Democrática do Congo Oriental (a maioria refugiados) |
Línguas |
Kirundi, Kinyarwanda |
Religiões |
Catolicismo, Protestantismo, Islão Sunita, crenças nativas. |
Grupos étnicos relacionados |
Tutsi |
Os hútus[1] ou hutus[1] (Bahutu) são o mais numeroso dos três grupos étnicos presentes em Ruanda e no Burundi; de acordo com a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, 85% dos burundineses[2] e 84% dos ruandenses[3] são hutus. É um povo bantu e, tanto do ponto de vista da linguística como culturalmente, não se distinguem do segundo grupo étnico mais numeroso daqueles países, os tutsis.
Pensa-se que a divisão entre estes dois grupos tem raízes sociais, uma vez que os tutsis foram a classe política dominante da região denominada Grandes Lagos Africanos desde o século XV até sua colonização pela Bélgica. Tampouco há diferenças físicas significativas entre os dois grupos.
As etnias Tutsis e Hútus surgiram em grande medida pela divisão criada de uma só população pelos colonizadores belgas baseada em critérios diversos como altura, cor da pele e formato do nariz. Os belgas para criar essa diferença, procuravam padrões em cada um que fosse mais próximo do esteriótipo europeu, os tutsis eram formados por pessoas cujos narizes fossem mais finos, tivessem a pele mais clara e fossem os mais altos.
Os belgas seguindo esses critérios se utilizou dos tutsis para administrar os países no período de colonização, e toda a revolta hutus seria uma represália aos tutsis, os considerando traidores.
História pós-colonial dos hútus e tutsis[editar | editar código-fonte]
A monarquia tutsi, apoiada pela Bélgica, resistiu até 1959, quando o rei Kigeli V (1936 – 2016) foi expulso da colônia (então chamada de Ruanda-Urundi). A partir daí, a área foi dividida em Ruanda e Burundi e ambos os países tornaram-se independentes da Bélgica.
Hutus radicais, muitos deles do partido Parmehutu (Partido do Movimento pela Emancipação Hutu), chegaram ao poder e, em 1962, dominaram Ruanda. Após a tomada do poder, estes hutus começaram a matar milhares de tutsis.[4] Ainda assim, os tutsis permaneceram com o poder do Burundi.
Durante o genocídio de Ruanda de 1994, soldados das Nações Unidas recuaram enquanto extremistas hutus matavam dezenas de milhares de tutsis e hutus moderados.[5] Cerca de 30% da população batwa de Ruanda também foi morta durante o genocídio.[6]
Por enquanto, a violência entre hutus e tutsis não atingem grandes proporções. No entanto, a situação entre Burundi e Ruanda ainda é tensa e dezenas de milhares de ruandenses ainda moram fora do país.
Referências
- ↑ a b Paulo Correia; Direção-Geral da Tradução — Comissão Europeia. (Outono de 2012). "Etnónimos, uma categoria gramatical à parte?" (PDF). a folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias (N.º 40) p. 29. Sítio Web da Direção-Geral de Tradução da Comissão Europeia no portal da União Europeia. ISSN 1830-7809. Visitado em 13 de janeiro de 2013.
- ↑ «Burundi: People». CIA World Factbook
- ↑ «Rwanda: People». CIA World Factbook
- ↑ «The Hutu Revolution». Human Rights Watch. 1999
- ↑ «Timeline of the genocide». PBS
- ↑ «Minorities Under Siege: Pygmies today in Africa» UN Office for the Coordination of Humanitarian Affairs [S.l.] 2006