Voltei para casa lendo notícias no Facebook sobre o "trágico" término do casal Angelina Jolie e Brad PItt. As especulações sobre o divórcio, a princípio, giraram em torno de traição, drogas, álcool e divergência quanto à criação dos filhos. Motivos à parte, só se via uma enxurrada de tristeza e frustração alheia sobre o divórcio do ex-casal nos status de Facebook. Comentários do tipo "parei de acreditar no amor agora" começaram a pipocar também dizendo que não acreditavam que o relacionamento tão "perfeito" e lindo tinha dado "errado".
Os exames laboratoriais não encontraram nenhuma cocaína na mamadeira da bebê, apenas medicamentos receitados pelo médico. Nunca nenhum médico, autoridade policial ou o hospital foram responsabilizados. Daniele foi inocentada apenas em 2008 e recebeu 15 mil reais de indenização do Estado brasileiro. Não custa lembrar que o montante - que não representa nem um mês de trabalho de um juiz ou delegado - não lhe devolverá a vida que foi interrompida no dia da morte de sua filha.
Você é divina perfeição feminina. Seu corpo é belo. Você merece amar a si mesma da forma que é e mostrar seu amor ao seu próprio corpo através do movimento. Você merece viver em toda a sua amplitude e você pode fazer a escolha nesse exato instante e dizer "Não!" para o corpo de praia e "Sim!" para abraçar seu corpo como ele é. Qual você escolhe?
Minha filha de quatro anos, Maya, tem aula de natação toda semana. Certa vez, depois da aula, soltei o rabo-de-cavalo para secar melhor o cabelo dela. Decidi deixá-lo solto, e ela me perguntou, nervosa: "Mamãe, o que você está fazendo? Está prendendo meu cabelo de novo?" Respondi: "Não, vamos deixar o cabelo solto e mostrar esses cachos lindos".
A benção divina ou das religiões não é necessária para a vida política de uma democracia laica. Religião é matéria de ética privada, o que significa que cada pessoa deve ser livre para fazer suas escolhas, religiosas ou ateias. Precisamos de candidatos que digam: "por respeitar os direitos humanos, defendo a igualdade sexual e racial", "por respeitar os direitos humanos, garantirei a separação entre Estado e igrejas", "por respeitar os direitos humanos, lutarei pela descriminalização do aborto". Assim, um conselho: atente para os vocativos dos candidatos, dê preferência para os que falam do mundo.
Os ministros não vacilaram nos bons modos por acaso. A presença de uma mulher na cadeira do poder os interpela à masculinidade dos carrinhos e dos aviões de um mundo em que a toga do poder sempre foi privilégio dos homens. Ela, agora, é reservada a uma mulher que se lança com regras claras de cumprimento do horário, de bons modos ou de cortesia da corte. Ministra Cármen Lúcia tomou gosto pelo tema - não se manteve na discussão sobre os 15 minutos como tempo mínimo para a proteção da vida das mulheres no excesso do trabalho, mas falou de si mesma. Definiu-se como tendo "cátedra" na discriminação sexual. É verdade: imagino a árdua batalha que foi para esta mulher ocupar, hoje, a mais importante cadeira das cortes brasileiras.
Depressão e doenças psicológicas são desenvolvidas também em decorrência dos abusos constantes. Precisamos nos curar, precisamos nos permitir a ser fracos para que juntos possamos ser fortes, pois somos a resistência. Eu tenho aprendido a lidar diariamente com a depressão, mas é sem dúvidas a relação mais abusiva que vivo.
Pouco se fala, mas é sempre bom lembrar: há uma epidemia de zika em curso no Brasil. E o protagonista não é o mosquito, mas mulheres e crianças. O procurador-geral da República Rodrigo Janot emitiu parecer na última sexta-feira dia 06 de setembro e defendeu a proteção de direitos constitucionais de mulheres e crianças afetadas pela epidemia, e reconheceu que a maioria são "mulheres pobres e nordestinas, vítimas da negligência estatal".
Então, quem coloca o que em quem? Quem estipula qual a minha ou a sua zona de conforto? Quem dita as regras da "liberdade de expressão"? Mulheres de burkini, segundo o questionável governo francês, são oprimidas e, portanto, obrigadas a seguirem determinado código sartorial pra desfrutarem de uma vida social - além, claro, das questões do potencial uso da burca e burkini como instrumentos terroristas.
A França sempre defenderá a razão e a liberdade de consciência contra o dogma. Pois ela sabe que, sem isso, são o fundamentalismo e a intolerância que sairão vencedores. A França está decidida a fazer viver esse islã moderno, fiel à sua mensagem de abertura e de tolerância.
As mulheres possuem racionalidade, estratégia e preparação para diversas posições, e enquanto perpetuarmos tão facilmente a ideia de serem loucas ou de 'perderem o controle' estaremos reproduzindo uma concepção machista que nos prejudicou historicamente e nos prejudica diariamente no exercício de nossas profissões.
Eu me lembro de ouvir sobre pessoas transgêneros pela primeira vez quando eu tinha onze anos. Tal fulano, um 'pai' tinha passado por uma cirurgia de 'mudança de sexo'. Isso era relacionado comigo através de sorrisos e vozes abafadas, faladas em tom de ridículo. 'Ele' tinha uma doença mental e nós não tínhamos que mencionar nada. Eu implicitamente entendi que essa era a causa da fissura que contribuía para uma família em pedaços.
Hoje - o dia em que você revirou os olhos com tanta força que seus olhos quase caíram da sua cara e o tom da sua voz estava pior que as suas palavras. Reconheci o "dã" da minha própria voz de adolescente. Seu comportamento me chocou tanto, que pela primeira vez fiquei sem palavras.
Bel Pesce fez seu nome por ter estudado no MIT, trabalhado no Google e Microsoft e ter ajudado a construir uma empresa, a Lemon, no Vale do Silício. Brilhante, né? Seria, se os trabalhos no Google e na Microsoft não fossem um estágio de 3 meses de verão e se ela fosse co-founder das empresas citadas ou alguma coisa mais efetiva por lá.
Quero que vocês pensem nessas conversas e então se perguntem por que não se lembram delas. A provável razão é que vocês não as tiveram. Na verdade, a maioria dos pais nunca teve esse tipo de conversa. Por outro lado, aqui estão algumas conversas das quais vocês talvez se lembrem melhor. Vou dar uma pista: provavelmente vocês não as tiveram com seu filho.
Meu filho não se parece nem age como os outros meninos da idade dele. Aos nove anos, ele se identifica como "gênero-criativo". Isso significa que ele não quer mudar sua anatomia ou ser menina; simplesmente prefere as coisas que são marqueteadas para elas (como roupas, pijamas, sapatos, jogos, brinquedos, filmes, decoração e acessórios, só para mencionar alguns exemplos). E prefere estar entre as meninas.